RESUMO das práticas da política de saúde do Bolsonaro!
Em março de 2020, o Bolsonaro queria uma solução rápida pra crise do coronavírus, porque pra ele era inadmissível que as pessoas deixassem de sair de casa e estragassem a suposta recuperação econômica dele (que nem existia, aliás, balela do Paulo Guedes, já que a recessão estava instalada e nenhuma medida Econômica apontava ter algum sucesso)
Daí apareceram algumas pesquisas muito preliminares falando da cloroquina para o tratamento de COVID em camundongos. Como é comum em pesquisas do tipo, a cloroquina foi bem nas primeira fases de testes, mas... logo precisa ser descartada pois se verificou alta toxicidade na dose que faria efeito.
Mas Bolsonaro, desesperado pra acabar com o "lockdown dos governadores", abraçou a cloroquina com tudo. Demitiu dois ministros da saúde por causa da cloroquina. Três dias antes da demissão do Mandetta, ele teve reunião surpresa com a Nise Yamaguchi, que defendia o medicamento.
A cloroquina tinha outra vantagem estratégica:
1. A matéria prima era razoavelmente barata;
Imagina esse monte de informação circulando na cabeça de Homer Simpson do Bolsonaro:
--> Sairia como "herói" e
Daí ele mandou o exército "produzir" milhões de cápsulas de cloroquina. E O EXÉRCITO, sabendo que a medicação não tinha ainda sequer comprovação de que funcionaria TOPOU fabricar mesmo assim.
Só faltou combinar com o vírus.
Mas as cápsulas já estavam lá, produzidas.
E produzir medicamento sem eficácia no meio de uma pandemia e distribuir é crime.
SIM, É CRIME de responsabilidade.
E é sujeito a impeachment.
No limite, pode até ser considerado genocídio (inclusive um dos argumentos usados pela Ucrânia pra considerar o Holodomor um genocídio independente do dolo é esse).
Aviso Legal histórico: o caso de Holodomor como genocídio, o argumento é de que quando Stálin permitiu a Trofim Lysenko fazer suas políticas agrícolas anti ciência assumiu o risco pela morte de milhões de pessoas por inanição independente de dolo, que foi EXATAMENTE o que rolou no caso Bolsonaro. Juridicamente, é possível usar esse argumento contra Bolsonaro também: ao financiar um tratamento ineficaz para COVID e insistir nisso mesmo quando a ineficácia estava clara, Bolsonaro assumiu o risco pela morte das pessoas que foram tratadas com cloroquina.
POIS BEM: desde então, tudo o que Bolsonaro tem feito é para se livrar de todas essas acusações. Até o Trump desistiu da cloroquina (ele tinha uma eleição pra perder), mas Bolsonaro não. Por que? Porque ele precisa ter argumentos políticos e jurídicos pra se safar dessa.
Por que estou falando tudo isso? Porque Mandetta foi demitido ao não querer embarcar na loucura da cloroquina. Teich foi demitido ao não querer embarcar na loucura da cloroquina. O critério pra um novo ministro assumir era "embarcar na loucura da cloroquina". Zero médicos toparam.
Quem é que estava junto com Bolsonaro na loucura da cloroquina?
SIM Os militares.
Daí Bolsonaro contratou UM MILITAR para o Ministério da Saúde.
Um militar "especialista em logística".
Pra que?
Pra despachar as milhões de cápsulas de cloroquina produzidas por ordem do presidente.
Mais do que despachar as milhões de cápsulas, a missão era ao menos deixar dúvidas na cabeça da galera quanto à eficácia do medicamento. Como? Fazendo cortinas de fumaça e dando sinais confusos sobre outras cousas estilo vacina.
Então, a distribuição de toda essa cloroquina produzida foi errática até o momento.
Agora o governo age em duas frentes: assumir o controle das vacinas, inclusive as produzidas pelos estados, e... despachar cloroquina. Tudo ao mesmo tempo.
O Ministério do gestor/milico prevê gastar R$ 250 milhões para pôr 'kit-covid' em farmácias populares.
SIM: gastar R$ 250 milhões para pôr um "'kit-covid'" que se sabe que NÃO FUNCIONA em farmácias populares.
Isso porquê o EXÉRCITO tem mais de 2,5 milhões de comprimidos de hidroxicloroquina encalhados nos estoques.
E por que tudo junto? Porque Bolsonaro nunca admite erro ou derrota.
O objetivo é sempre ajustar a narrativa para sair triunfante das circunstâncias. Então o engodo chamado Kit Covid vai ser distribuído AO MESMO TEMPO que as vacinas vão ser distribuidas.
O motivo?
Daí, na cabeça dele, ele mata três coelhos numa cajadada só:
-> despacha a cloroquina represada,
-> ainda sai como herói da pandemia, pronto para ser reeleito em 2022 e enfraquecendo possíveis adversários como Dória.
Vai dar certo?
Claro que não, mas talvez seja o suficiente para colocar um pouquinho de dúvida na cabeça de uma parcela da população e para enfraquecer os argumentos de acusação de crime de responsabilidade e de genocídio.
E ainda limpa um pouco a barra do Exército.
Bolsonaro, como protótipo de ditador, só pensa nas coisas sob um viés: o dele mesmo. Então, sempre que a gente pensar em uma reação dele, tem que pensar sob a lógica do interesse individual imediato. Normalmente é se livrar de acusações ou livrar os filhos. Ele é baixo assim.
Inclusive eu espero estar errado e espero que o Bolsonaro quebre a cara da pior maneira possível. Ele está literalmente rifando vidas nessa brincadeira. Mas é nesses momentos que fica mais claro que nem valores universais como a vida estão acima de seus interesses pessoais.
Paralelo a isso é preciso acrescentar o quanto ele usa as igrejas e a religião para convencer cristãos que é um mártir. Que busca uma cura e que sofre retaliações constantes.Esse e o pensamento de muitos cristãos convencidos numa lavagem cerebral. Manipular pessoas simples.
Estou errado?
Escute seu corpo!
Em nossa sociedade, a mente predomina cada vez mais. Em nosso centro de operações, gerenciamos a cada dia milhares de estímulos que chegam até nós por e-mail, aplicativos de mensagens no celular, redes sociais, veículos de comunicação e pessoas com quem interagimos. Nossa mente é submetida a uma superestimulação constante, o que pode provocar estresse, ansiedade e esgotamento geral. O protagonismo da nossa mente, além disso, ocorre em detrimento da atividade do corpo, considerado por muitos um mero recipiente que contém os órgãos e permite que nos movamos −menos do que precisaríamos− de um espaço para outro. E ao sedentarismo típico da era tecnológica se somaram os efeitos colaterais das várias restrições da pandemia.
Quanto mais horas de televisão e telas, embora seja para conversar com nossos seres queridos, menos cuidado e tonificação corporal. Um exemplo bem simples: em vez de caminhar até o cinema local, o que significaria talvez alguns milhares de passos entre ir e voltar, damos um clique com um dedo, sem sair do sofá. Isso sem falar das horas que passamos sentados diante do computador durante o nosso trabalho. Cedo ou tarde, o corpo reclamará dos nossos maus-tratos e nos mandará mensagens que, se forem abertas, podem ser cruciais para nossa qualidade de vida.
Por outro lado, se silenciarmos os problemas ou as dores com analgésicos ou qualquer outro meio, como o álcool, para fazer o sintoma desaparecer, estaremos matando o mensageiro.
O psiquiatra e pesquisador Bessel van der Kolk explica em seu clássico O Corpo Guarda as Marcas (Editora Sextante) o risco de não ouvir os apelos do nosso veículo para a vida: “Enquanto você guardar segredos e suprimir informações, estará fundamentalmente em guerra consigo mesmo... Uma questão crucial é permitir a si mesmo saber o que você sabe. Isso pode precisar de uma enorme quantidade de coragem”.
Por meio da dor nas costas, o corpo pede que mudemos nossa postura, que nos movimentemos. Uma dor de cabeça recorrente nos convida a reduzir o ritmo. O desconforto e a fadiga de uma digestão pesada são avisos do organismo de que não estamos fazendo as coisas bem.
O corpo fala conosco para que possamos fazer uma pausa ou promover mudanças em nossa vida. Se o silenciamos ou ignoramos, por estarmos concentrados no mental, corremos o risco de que na próxima vez que decidirmos satisfazê-lo seja tarde demais.
Sobre isso, a terapeuta corporal Anna Sólyom estabelece, em seu livro Reconecta con tu Cuerpo (Reconecte-se com seu corpo), a seguinte analogia: “Assim como quando um carro começa a falhar ou faz ruídos estranhos nós o levamos à oficina porque não queremos ficar parados na estrada, vale a pena ouvir as mensagens de dor. A dor é nossa amiga, nossa melhor aliada, já que busca nossa sobrevivência, busca corrigir o que fazemos mal para prolongar a vida do organismo (...). Estamos diante de um professor que ninguém quer”.
Vejamos quatro medidas cotidianas para aprender a ouvir nosso corpo e ficar amigo dele:
Fazer um scanner corporal. Uma técnica muito usada em mindfulness é a meditação focada em cada parte do corpo para saber como ele se sente. Deitados, devemos prestar atenção em diferentes partes e “escutar” o que elas nos dizem.
Dar um passeio diário. A ferramenta mais simples para sair do sedentarismo são nossas pernas. Nosso celular tem aplicativos que nos permitem definir uma meta diária −por exemplo, 5.000 passos.
Alimentar o corpo e a mente. Os japoneses aplicam a regra dos 80%, comendo um pouco menos do que a fome que têm, para promover a leveza corporal. Por outro lado, não devemos reduzir as horas de sono de que nosso sistema necessita para um bom reset diário.
Honrar o mensageiro. Em vez de abafar os sintomas com comprimidos, se escutarmos nosso corpo, ele nos dirá do que precisa. Jenny Moix, professora de psicologia da Universidade Autônoma de Barcelona, resume desta forma: “Nosso corpo precisa ser levado em conta, cuidado, mimado. Normalmente nos esquecemos dele, só a dor nos lembra de que ele existe. É como se fosse o grito do nosso corpo para prestarmos um pouco de atenção nele”.
Francesc Miralles é escritor e jornalista especialista em psicologia.
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