Texto de autor desconhecido mas "adaptado" por Paulo Coelho:
Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final…
Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.
Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos.
Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.
Foi despedida do trabalho?
Terminou uma relação?
Deixou a casa dos pais?
Partiu para viver em outro país?
A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações?
Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu….
Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó.
Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seus amigos, seus filhos, seus irmãos, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado.
Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco.
O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar.
As coisas passam, e o melhor a fazer é deixar que elas realmente possam ir embora…
Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem.
Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração… e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar.
Deixar ir embora.
Soltar.
Desprender-se.
Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos.
Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor.
Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais.
Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do “momento ideal”.
Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará!
Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa – nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade.
Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante.
Encerrando ciclos.
Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida.
Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira.
Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é.
Esqueça quem você era, e passe a ser quem é.
FELIZ 2011!
Kanromon – Portal do Doce Néctar
Origens da Kanromon:
Conta a tradição que Ananda ( nobre, primo de Buda, que se converteu em devoto muito dedicado a ele após ter entrado para a Ordem. No segundo ano de ministério com Buda, ele se tornou seu acompanhante pessoal, o seguindo na maioria das suas peregrinações e sendo o interlocutor de muitos dos seus diálogos. Na tradição Zen, Ananda é considerado o segundo patriarca indiano. Ele é frequentemente descrito com tendo Buda Mahakashyapa ao lado, o primeiro patriarca Indiano. Era famoso por posuir uma prodigosa memória, sendo apelidado de o Guardião do Darma, por ter presenciado e memorizado diversos fatos ligados a vida do Buda ) teve um sonho terrível, no qual ele viu sua mãe pendurada de cabeça para baixo em um reino do inferno, sofrendo terrivelmente.
Assustado ele foi para o Buda e lhe perguntou o que ele poderia fazer para aliviar o sofrimento de sua mãe.
Buda então deu-lhe uma rotina de daranis (recitações, mantras). No século 18 professor de nome "Menzan" arranjou o "serviço" para o Kanromon nós reconhecemos hoje.
O formato ficou este...
Portal do Doce Néctar (Kanromon)
{Convite para a Manifestação dos Três Tesouros}
Ο Honra Suprema aos Budas nas Dez Direções
Honra Suprema ao Darma nas Dez Direções
Honra Suprema à Sanga nas Dez Direções
Ο Honra Suprema ao Mestre Original Xaquiamuni Buda
Honra Suprema a Grande Compaixão Avalokitesvara Bodisatva
Honra Suprema a Ananda Sonja
{Súplica pela Mente da Iluminação Superior}
♦ Isto igualmente com todos os seres.
{Voto para alimentar os espíritos famintos}
Ο Acordando para a Mente de Iluminação Superior,
Oferecemos estes alimentos especiais a todos os espíritos famintos nas Dez direções do espaço e do tempo,
Estendendo para dentro e para fora,
Preenchendo da menor partícula até o maior espaço.
Todos espíritos famintos das dez direções, por favor,
Venham aqui, se reúnam aqui.
Compartilhando de suas infelicidades,
Ofereço a todos estes alimentos e espero que satisfaçam
Sua fome e sede.
{Reza para Compartilhar Alimentação}
Rezo para que todos recebendo esta oferta retornem os méritos.
A todos os Budas e a toda criação através do espaço e do tempo.
E, fazendo assim, que todos se tornem satisfeitos.
{Reza para Acordar para a Mente de Iluminação}
Rezo também para que todos recebendo esta oferta
Possam se libertar e se livrar de todos os sofrimentos
Renascendo felizes, poderão brincar livremente
Nos campos da Terra Pura através do espaço e do tempo.
Acordando para a Mente de Iluminação Superior
Que todos se tornem Budas Futuros, sem regressar.
Aqueles que realizarem o Caminho primeiro, por favor, façam
O voto de libertar todos os seres através do espaço e do tempo.
{Reza para atingir esses votos}
Suplico que me protejam dia e noite e me dêem forças para
Manter meus votos.
{Reza para transferir os méritos desta prática}
Ao oferecer estes alimentos
Rezo para que os méritos desta oferenda
Sejam transferidos, com igualdade, a todas os seres
Nos mundos do Darma da Verdadeira Realidade,
Á Iluminação Suprema e a todas as Sabedorias de Buda.
{Reza repetida para obter o Caminho iluminado}
Rogo que todos se tornem o Caminho de Buda
E não convidem mais as misérias e os sofrimentos.
Possam todos os seres no mundo do Darma,
Imbuídos deste Darma, simultânea e rapidamente
Se tornarem o Caminho de Buda.
{Darani convidando a manifestação de todos Deuses e Demônios}
(Honra Suprema ao Tathagata sem apegos)
♦ Nô bô bohori gyari tari tatâ gya taya
{Darani de esmagar os portais do inferno e abrir as gargantas dos espíritos}
(Honra Suprema ao Tathagata infinito)
♦ On boho tei-ri gya tari tatâ gya taya
{Darani de purificação do alimento com a radiância de inúmeras virtudes}
(Honra Suprema aos Budas e a Avalokitesvara Bodisatva. Por favor, nutram, nutram)
♦ Nô maku saraba tatâ gyata baro-kitei on san barâ san barâ un
{Darani de colocar o gosto do doce néctar do darma}
(Honra Suprema ao inconcebível corpo Buda. Permita que o néctar do Darma jorre)
♦ Nô maku soro baya tatâ gya taya ta-nyata on soro-soro hara-soro hara-soro sowaka
{Darani de alimentar todos os espíritos}
(Honra Suprema a todos Budas girando a roda da água da Compaixão)
♦ Nô maku san man da bota nan ban (repetir 14 ou 21 vezes)
{Dharani para convidar os Budas das cinco famílias}
{Convidando as Manifestações dos Budas da Família Padma}
(Honra Suprema a todos os Budas nas esferas de fé, removendo toda a ganância. Fortuna e Sabedoria abundantes.)
Ο Namu Tahô Nyorai nôbo bagya batei hara bota aratan nôya tatâ gya taya joken tongô fuku chien man.
{Convidando as manifestações dos Budas da família Ratna}
(Honra Suprema a todos os Budas nas esferas de vida, esmagando a não beleza. Perfeita aparência de corpo e mente se manifestando).
Namu Myôshiki Shin Nyorai nôbo bagya batei soro baya tatâ gya taya ha-shûro gyô en man sô ko.
{Convidando as manifestações dos Budas da família de Buda}
(Honra Suprema a todos os Budas nas esferas de Buda. Corpos repletos dos Darmas infinitos e prazer na existência.)
Ο Namu Kanro Ou Nyorai nôbo bagya batei ami ritei aran jaya tatâ gya taya kan pô shin jin ryô juke-raku.
{Convidando as manifestações dos Budas da família Vrajna}
(Honra Suprema a todos os Budas nas esferas de estudo. Gargantas abertas, comer e beber completamente satisfeitos.)
Namu Kôhaku Shin Nyorai nôbo bagya batei bihora gya taraya tatâ gya taya in kô kôdai on jiki jû bô.
{Convidando as manifestações dos Budas da família Karma}
(Honra Suprema a todos os Budas nas esferas sociais. Todos os sofrimentos são iluminados.)
Namu Rifui Nyorai nôbo bagya batei. aba-en gya raya tatâ gya taya kufu shi-tsu-jô riga kishu.
{Darani para Acordar para a Mente de Iluminação}
Oficiante: On bôji shit-ta boda hada yami
Todos: ♦ On bôji shit-ta boda hada yami
Oficiante: Agora acordei para a mente de iluminação suprema.
Todos: ♦ Agora acordei para a mente de iluminação suprema.
{Darani de Dar os Preceitos de Samadhi Bodisatva}
Oficiante: On san maya satoban.
Todos: ♦ On san maya satoban
Oficiante: Sou os Budas e os Budas são em mim.
Todos: ♦ Sou os Budas e os Budas são em mim.
{Daihô Rôkaku Zenjû Himitsu Konpon Darani}
Ο Nô-maku saraba tatâ gya tanan on bihora gya rabei mani hara bei tatâ gya tani tara shani mani mani sohara bei bimarei shagya ra gen birei
Un nun jin bara jin bara boda biro kitei kugya
Chishut-ta gya rabei sowaka on mani baji rei un on mani darei un bat-ta.
{Shobutsu Kômyô Shingon Kanchô Darani}
Ο On abogya bei-rosha-nô maka-bodara ma-nihan do-ma jin- • bara hara-bari ta- • ya un.
{Hak-ken Guedatsu Darani}
Oficiante: On basara bokisha boku.
{Poema de Transferência dos Méritos} (Dedicatória)
(Mokugyou toca)
Ο Através dessa prática quero agora demonstrar minha gratidão aos meus pais, mestres e todos os seres que tem feito tanto por mim.
• Possam aqueles que praticam nesta esfera continuar suas vidas com plenitude de bens e felicidades.
• Possam aqueles que já se foram estar livres de todo o sofrimento e encontrar a verdadeira Paz.
• Possam todos os seres nos três mundos receber as quatro bem aventuranças.
• Possam aqueles que estão sofrendo nos três caminhos atormentados pelas oito dificuldades se arrepender e ficar curados de todos os males.
• Possam todos se libertar do • samsara e nascer na Terra Pura.
Conta a tradição que Ananda ( nobre, primo de Buda, que se converteu em devoto muito dedicado a ele após ter entrado para a Ordem. No segundo ano de ministério com Buda, ele se tornou seu acompanhante pessoal, o seguindo na maioria das suas peregrinações e sendo o interlocutor de muitos dos seus diálogos. Na tradição Zen, Ananda é considerado o segundo patriarca indiano. Ele é frequentemente descrito com tendo Buda Mahakashyapa ao lado, o primeiro patriarca Indiano. Era famoso por posuir uma prodigosa memória, sendo apelidado de o Guardião do Darma, por ter presenciado e memorizado diversos fatos ligados a vida do Buda ) teve um sonho terrível, no qual ele viu sua mãe pendurada de cabeça para baixo em um reino do inferno, sofrendo terrivelmente.
Assustado ele foi para o Buda e lhe perguntou o que ele poderia fazer para aliviar o sofrimento de sua mãe.
Buda então deu-lhe uma rotina de daranis (recitações, mantras). No século 18 professor de nome "Menzan" arranjou o "serviço" para o Kanromon nós reconhecemos hoje.
O formato ficou este...
Portal do Doce Néctar (Kanromon)
{Convite para a Manifestação dos Três Tesouros}
Ο Honra Suprema aos Budas nas Dez Direções
Honra Suprema ao Darma nas Dez Direções
Honra Suprema à Sanga nas Dez Direções
Ο Honra Suprema ao Mestre Original Xaquiamuni Buda
Honra Suprema a Grande Compaixão Avalokitesvara Bodisatva
Honra Suprema a Ananda Sonja
{Súplica pela Mente da Iluminação Superior}
♦ Isto igualmente com todos os seres.
{Voto para alimentar os espíritos famintos}
Ο Acordando para a Mente de Iluminação Superior,
Oferecemos estes alimentos especiais a todos os espíritos famintos nas Dez direções do espaço e do tempo,
Estendendo para dentro e para fora,
Preenchendo da menor partícula até o maior espaço.
Todos espíritos famintos das dez direções, por favor,
Venham aqui, se reúnam aqui.
Compartilhando de suas infelicidades,
Ofereço a todos estes alimentos e espero que satisfaçam
Sua fome e sede.
{Reza para Compartilhar Alimentação}
Rezo para que todos recebendo esta oferta retornem os méritos.
A todos os Budas e a toda criação através do espaço e do tempo.
E, fazendo assim, que todos se tornem satisfeitos.
{Reza para Acordar para a Mente de Iluminação}
Rezo também para que todos recebendo esta oferta
Possam se libertar e se livrar de todos os sofrimentos
Renascendo felizes, poderão brincar livremente
Nos campos da Terra Pura através do espaço e do tempo.
Acordando para a Mente de Iluminação Superior
Que todos se tornem Budas Futuros, sem regressar.
Aqueles que realizarem o Caminho primeiro, por favor, façam
O voto de libertar todos os seres através do espaço e do tempo.
{Reza para atingir esses votos}
Suplico que me protejam dia e noite e me dêem forças para
Manter meus votos.
{Reza para transferir os méritos desta prática}
Ao oferecer estes alimentos
Rezo para que os méritos desta oferenda
Sejam transferidos, com igualdade, a todas os seres
Nos mundos do Darma da Verdadeira Realidade,
Á Iluminação Suprema e a todas as Sabedorias de Buda.
{Reza repetida para obter o Caminho iluminado}
Rogo que todos se tornem o Caminho de Buda
E não convidem mais as misérias e os sofrimentos.
Possam todos os seres no mundo do Darma,
Imbuídos deste Darma, simultânea e rapidamente
Se tornarem o Caminho de Buda.
{Darani convidando a manifestação de todos Deuses e Demônios}
(Honra Suprema ao Tathagata sem apegos)
♦ Nô bô bohori gyari tari tatâ gya taya
{Darani de esmagar os portais do inferno e abrir as gargantas dos espíritos}
(Honra Suprema ao Tathagata infinito)
♦ On boho tei-ri gya tari tatâ gya taya
{Darani de purificação do alimento com a radiância de inúmeras virtudes}
(Honra Suprema aos Budas e a Avalokitesvara Bodisatva. Por favor, nutram, nutram)
♦ Nô maku saraba tatâ gyata baro-kitei on san barâ san barâ un
{Darani de colocar o gosto do doce néctar do darma}
(Honra Suprema ao inconcebível corpo Buda. Permita que o néctar do Darma jorre)
♦ Nô maku soro baya tatâ gya taya ta-nyata on soro-soro hara-soro hara-soro sowaka
{Darani de alimentar todos os espíritos}
(Honra Suprema a todos Budas girando a roda da água da Compaixão)
♦ Nô maku san man da bota nan ban (repetir 14 ou 21 vezes)
{Dharani para convidar os Budas das cinco famílias}
{Convidando as Manifestações dos Budas da Família Padma}
(Honra Suprema a todos os Budas nas esferas de fé, removendo toda a ganância. Fortuna e Sabedoria abundantes.)
Ο Namu Tahô Nyorai nôbo bagya batei hara bota aratan nôya tatâ gya taya joken tongô fuku chien man.
{Convidando as manifestações dos Budas da família Ratna}
(Honra Suprema a todos os Budas nas esferas de vida, esmagando a não beleza. Perfeita aparência de corpo e mente se manifestando).
Namu Myôshiki Shin Nyorai nôbo bagya batei soro baya tatâ gya taya ha-shûro gyô en man sô ko.
{Convidando as manifestações dos Budas da família de Buda}
(Honra Suprema a todos os Budas nas esferas de Buda. Corpos repletos dos Darmas infinitos e prazer na existência.)
Ο Namu Kanro Ou Nyorai nôbo bagya batei ami ritei aran jaya tatâ gya taya kan pô shin jin ryô juke-raku.
{Convidando as manifestações dos Budas da família Vrajna}
(Honra Suprema a todos os Budas nas esferas de estudo. Gargantas abertas, comer e beber completamente satisfeitos.)
Namu Kôhaku Shin Nyorai nôbo bagya batei bihora gya taraya tatâ gya taya in kô kôdai on jiki jû bô.
{Convidando as manifestações dos Budas da família Karma}
(Honra Suprema a todos os Budas nas esferas sociais. Todos os sofrimentos são iluminados.)
Namu Rifui Nyorai nôbo bagya batei. aba-en gya raya tatâ gya taya kufu shi-tsu-jô riga kishu.
{Darani para Acordar para a Mente de Iluminação}
Oficiante: On bôji shit-ta boda hada yami
Todos: ♦ On bôji shit-ta boda hada yami
Oficiante: Agora acordei para a mente de iluminação suprema.
Todos: ♦ Agora acordei para a mente de iluminação suprema.
{Darani de Dar os Preceitos de Samadhi Bodisatva}
Oficiante: On san maya satoban.
Todos: ♦ On san maya satoban
Oficiante: Sou os Budas e os Budas são em mim.
Todos: ♦ Sou os Budas e os Budas são em mim.
{Daihô Rôkaku Zenjû Himitsu Konpon Darani}
Ο Nô-maku saraba tatâ gya tanan on bihora gya rabei mani hara bei tatâ gya tani tara shani mani mani sohara bei bimarei shagya ra gen birei
Un nun jin bara jin bara boda biro kitei kugya
Chishut-ta gya rabei sowaka on mani baji rei un on mani darei un bat-ta.
{Shobutsu Kômyô Shingon Kanchô Darani}
Ο On abogya bei-rosha-nô maka-bodara ma-nihan do-ma jin- • bara hara-bari ta- • ya un.
{Hak-ken Guedatsu Darani}
Oficiante: On basara bokisha boku.
{Poema de Transferência dos Méritos} (Dedicatória)
(Mokugyou toca)
Ο Através dessa prática quero agora demonstrar minha gratidão aos meus pais, mestres e todos os seres que tem feito tanto por mim.
• Possam aqueles que praticam nesta esfera continuar suas vidas com plenitude de bens e felicidades.
• Possam aqueles que já se foram estar livres de todo o sofrimento e encontrar a verdadeira Paz.
• Possam todos os seres nos três mundos receber as quatro bem aventuranças.
• Possam aqueles que estão sofrendo nos três caminhos atormentados pelas oito dificuldades se arrepender e ficar curados de todos os males.
• Possam todos se libertar do • samsara e nascer na Terra Pura.
Bem Vindo ANO NOVO! ! ! Será o ano de 2577 de Buda! ! !
2011 Cristão será o ano do Coelho de METAL... preparem-se:
Ano do Coelho
Em geral um ano calmo, muito bem vindo e muito necessitado após o ano feroz do tigre. Nós devemos apagar alguns pontos, curar as nossas feridas e começar com algum descanso após todas as batalhas do ano precedente.
O bom gosto e refinamento brilharão em tudo e as pessoas reconhecerão que a persuasão é melhor do que a força. Uma época harmoniosa em que a diplomacia, as relações internacionais e a política darão um grande passo outra vez. Nós agiremos com discrição e faremos concessões razoáveis sem demasiada dificuldade.
O momento de prestar atenção ao que se passa à nossa volta. A influência do coelho tende a estragar os momentos de mais conforto despertando e relevando a eficácia e o sentido do dever.
A lei e a ordem serão as máximas deste ano; as regras e os regulamentos deverão ser cumpridos. No entanto, ninguém parece incomodar-se muito com estas realidades desagradáveis. Estão mais ocupados em se apreciar ou simplesmente a fazer coisas fáceis. O cenário é quieto e calmo, deteriorando-se ao ponto de provocar sonolência. Nós todos teremos uma tendência para pôr de lado as tarefas desagradáveis por um período o mais longo possível.
Pode ganhar-se dinheiro sem muito trabalho. O nosso estilo de vida será lânguido e cheio de lazer. Um ano temperado com ritmo lento. Pode-nos parecer possível ser feliz sem demasiados cuidados.
COELHO METAL - 1891, 1951, 2011
Este tipo de coelho pode ser mais resistente física e mentalmente do que os coelhos que pertencem a outros elementos. Não assumirá os compromissos como os outros coelhos. Tem uma fé inabalável nos seus próprios poderes da observação e dedução e está frequentemente convencido que tem a resposta e as soluções certas para os problemas. Pode assumir responsabilidades de forma admirável e aumentará bastante a iniciativa no trabalho
O metal combinado com o coelho fá-lo-á preocupar-se mais com os seus desejos, objectivos e impulsos criativos. Será mais voluntarioso, mas a sua ambição será medida com cuidado através da lógica fresca e da inteligência.
Um conhecedor por excelência, saberá viver e saborear as coisas boas que a vida tem para oferecer de uma maneira refinada. Poderá ser indiferente às opiniões dos outros, é movido emocionalmente e fisicamente pela arte, pela música e por outras formas da beleza. A sua autoconfiança e o seu olho básico para as coisa, fará dele um excelente juiz de qualquer tipo de áreas relacionadas com a criatividade ou arte; pode transformar-se num coleccionista distinto se tiver os meios para isso. Qualquer que seja a carreira que escolha fará cedo a sua marca porque é naturalmente um trabalhador completo e devotado.
Mas como todos os espíritos verdadeiramente românticos, este tipo de coelho poderá ter o seu lado negro, trabalhar bem somente quando está suficientemente inspirado. Ardente no amor e de largos horizontes, ele permitirá somente a um punhado de pessoas que entrem na sua vida por causa das muitas inibições que ele esconde no seu ego.
Ano do Coelho
Em geral um ano calmo, muito bem vindo e muito necessitado após o ano feroz do tigre. Nós devemos apagar alguns pontos, curar as nossas feridas e começar com algum descanso após todas as batalhas do ano precedente.
O bom gosto e refinamento brilharão em tudo e as pessoas reconhecerão que a persuasão é melhor do que a força. Uma época harmoniosa em que a diplomacia, as relações internacionais e a política darão um grande passo outra vez. Nós agiremos com discrição e faremos concessões razoáveis sem demasiada dificuldade.
O momento de prestar atenção ao que se passa à nossa volta. A influência do coelho tende a estragar os momentos de mais conforto despertando e relevando a eficácia e o sentido do dever.
A lei e a ordem serão as máximas deste ano; as regras e os regulamentos deverão ser cumpridos. No entanto, ninguém parece incomodar-se muito com estas realidades desagradáveis. Estão mais ocupados em se apreciar ou simplesmente a fazer coisas fáceis. O cenário é quieto e calmo, deteriorando-se ao ponto de provocar sonolência. Nós todos teremos uma tendência para pôr de lado as tarefas desagradáveis por um período o mais longo possível.
Pode ganhar-se dinheiro sem muito trabalho. O nosso estilo de vida será lânguido e cheio de lazer. Um ano temperado com ritmo lento. Pode-nos parecer possível ser feliz sem demasiados cuidados.
COELHO METAL - 1891, 1951, 2011
Este tipo de coelho pode ser mais resistente física e mentalmente do que os coelhos que pertencem a outros elementos. Não assumirá os compromissos como os outros coelhos. Tem uma fé inabalável nos seus próprios poderes da observação e dedução e está frequentemente convencido que tem a resposta e as soluções certas para os problemas. Pode assumir responsabilidades de forma admirável e aumentará bastante a iniciativa no trabalho
O metal combinado com o coelho fá-lo-á preocupar-se mais com os seus desejos, objectivos e impulsos criativos. Será mais voluntarioso, mas a sua ambição será medida com cuidado através da lógica fresca e da inteligência.
Um conhecedor por excelência, saberá viver e saborear as coisas boas que a vida tem para oferecer de uma maneira refinada. Poderá ser indiferente às opiniões dos outros, é movido emocionalmente e fisicamente pela arte, pela música e por outras formas da beleza. A sua autoconfiança e o seu olho básico para as coisa, fará dele um excelente juiz de qualquer tipo de áreas relacionadas com a criatividade ou arte; pode transformar-se num coleccionista distinto se tiver os meios para isso. Qualquer que seja a carreira que escolha fará cedo a sua marca porque é naturalmente um trabalhador completo e devotado.
Mas como todos os espíritos verdadeiramente românticos, este tipo de coelho poderá ter o seu lado negro, trabalhar bem somente quando está suficientemente inspirado. Ardente no amor e de largos horizontes, ele permitirá somente a um punhado de pessoas que entrem na sua vida por causa das muitas inibições que ele esconde no seu ego.
"Todos os fenômenos, na sua própria origem, Sempre têm o aspecto de quietude e extinção. Quando o discípulo de Buda percorre este caminho, Em vidas futuras, ele se tornará um Buda"
A Bussola do Zen - Mestre Zen Seung Sahn.
O Sutra do Lótus nos ensina sobre a verdade. Em caracteres chineses, este sutra é chamado shil sang myo hoep kyong. Shil sang significa 'verdade,' myo hoep significa 'Darma místico,' e kyong significa sutra. Logo, este é o 'Verdadeiro Sutra do Darma Místico.' Ele mostra como realizar a Mente Una. Ele também mostra como podemos alcançar o tempo infinito e o espaço infinito.
O Sutra do Lótus nos ensina como alcançar a mente de completa quietude. Às vezes, nos chamamos isso de Mente Una. São apenas nomes para nossa mente original. Não é algo para se 'alcançar,' mas algo que nós já somos. Todavia, quando surge um único pensamento, nós perdemos esta mente original de quietude e extinção. Enquanto você ouve minhas palavras e segue algum pensamento que esvoaça através da sua mente, você e eu nos tornamos vastamente separados. Porém, apenas por interromper todo pensamento e retornar a apenas escutar, você volta a estar completamente nesta ação. Quando você corta o seu apego ao pensamento, então a minha fala e a sua escuta são completamente uma mesma coisa. O falar e o ouvir não são 'duas' coisas. Isso já é o Buda verdadeiro, o verdadeiro Jesus, o verdadeiro Deus. Essa experiência não é coreana, ou americana, ou alemã, ou chinesa. Não é masculina ou feminina. [bate na mesa] Às vezes, eu chamo isto de ponto primário.
Há muitos anos, enquanto ensinava em Paris, um grupo de padres franceses veio me ver no Centro Zen. Nós tomamos chá, e eles me fizeram perguntas sobre o budismo e cristianismo. Finalmente, um deles disse que havia participado da palestra pública sobre o Darma na noite anterior, e algo que eu disse perturbou-o a noite toda. 'Na palestra, você disse que esse 'ponto primário' é infinito em tempo e espaço. Então, qual a relação entre o ponto primário e a criação de Deus?'
Eu bati na mesa com minha mão assim [bate na mesa]. Isto é tudo. Houve vários segundos de silêncio, durante os quais o padre ficou com um estranho e confuso olhar em sua face. Depois expliquei: 'Falar da criação de Deus é só pensamento. Mas, este ponto [bate na mesa] é antes dos pensamentos. É antes de Jesus e Buda. [bate] É antes do universo. [bate] É antes da criação de Deus. Se você verdadeiramente alcança este ponto, você pode ver Deus.'
Então, um outro padre sorriu e perguntou: 'Bem, então, mestre Zen, você pode ver Deus?' 'Suas batinas são pretas.'
O Sutra do Lótus nos mostra como este ponto [bate na mesa] é a nossa natureza e a natureza de todo fenômeno. Ele também ensina que aquele que perceber completamente este ponto 'se tornará um Buda em vidas futuras.' Esta é uma linha muito interessante. Não quer disser que você consegue a iluminação em alguma 'outra' vida não; nossa próxima vida não é realmente a próxima vida. Isto é só uma distinção que vem do fato de se usar palavras para descrever algo além das palavras. Não há realmente mais nenhum lugar para nos tornarmos Budas além de agora mesmo, aqui. Isto não 'acontece' em nenhum outro lugar ou noutro tempo. Um discípulo do Buda simplesmente pratica. Por apenas praticar, exatamente agora, então, 'próxima vida' significa este momento. [bate na mesa com força]
Você só tem este momento - próxima vida não existe. A sua mente 'faça isso,' neste momento, já é Buda. Esta verdade é inestimável. Alcançar a mente búdica não é difícil. Não acontece em algum ponto no futuro. Significa simplesmente que agora mesmo não há dentro ou fora, nem sujeito ou objeto. Neste momento, sujeito e objeto - BOOM ! - são um. Apenas faça e você já é um Buda. Mas, tenha cuidado!
Todo mundo sabe que muitas pessoas usam o título deste sutra para alcançar a experiência de Mente Una. Seguidores da seita japonesa Nichiren cantam Namu myoho renge-kyo para conseguir o que desejam. 'Namu myoho renge-kyo, namu myoho renge-kyo.' É o título deste sutra em japonês. Fazendo isso, eles acreditam que podem conseguir felicidade, uma bela casa ou uma esposa maravilhosa.
Talvez possam ter sucesso nos negócios por cantar isso o tempo todo. Eles acreditam que tudo é possível, se apenas repetirem esse título novamente e novamente.
O título desse sutra é como um mantra para se obter alguma coisa. Esse tipo de prática não é nem boa nem ruim. É apenas sobre manter a Mente Una. Isto pode ser bom, se você quer obter alguma coisa.
No entanto, a prática correta da meditação significa focar a mente num ponto, sem nada querer. Esta é a meta de qualquer prática de mantra, não apenas do Namu myoho renge-kyo. Com qualquer tipo de mantra é a mesma coisa. Mesmo repetir 'Coca-Cola, Coca-Cola, Coca-Cola," se realizado com completa determinação, produzirá o mesmo resultado. O ponto mais importante é: Como você abandona o seu pensamento? Como está a sua mente? Como manter a sua mente vazia? Se você mantiver esta mente vacuosa, é o Absoluto. Às vezes, nós chamamos isto de ponto primário. Quando você mantém o ponto primário por um longo tempo, você pode livrar-se da sua causa primária. Toda a sua felicidade e sofrimento vem da causa primária. Logo, se você abandonar a causa primária, sua condição muda e você obtém um resultado diferente. Você irar mudar o seu sofrimento de modo que compaixão e felicidade (verdadeira) possam aparecer. Este é o ensinamento da originação dependente.
Assim, como é que você abandona a causa primária? Apenas mantenha a Mente Una. Quando estiver fazendo alguma coisa, apenas faça. Apenas faça. Na mente 'apenas-faça', não há um sujeito nem objeto. Dentro e fora se tornam um. Como resultado, você pode se conectar com a energia universal. O nome que nós geralmente usamos para isso é ponto primário. Quando você mantém o ponto primário por um longo tempo, então, lentamente, lentamente, lentamente, a causa primária desaparece. O seu pensamento cria a sua causa primária. Assim, abandonando a sua mente-dual, as energias opostas são eliminadas, e a causa primária desaparece como a água deixada por um longo tempo ao sol. Ela evapora por si mesma.
Quando você pratica intensamente, é muito fácil fazer isto! Mas, o seu pensamento cria carma, e o carma bloqueia o sol; logo, a água da sua causa primária não pode se evaporar assim tão rapidamente.
Cantar Namu myoho renge-kyo não é uma prática nem boa nem ruim. É possível Ter um insight sobre a sua verdadeira natureza ao repetir Om mani padme hum ou o Grande Darani. Mesmo usar um mantra como 'Coca-Cola' pode ajudar sua vida se você praticar corretamente. Qualquer que seja a sua prática, mantenha uma Grande Questão e apenas faça. Se você tem uma mente-determinada e uma Grande Questão, então, todo tipo de prática pode auxiliar você e alcançar o seu verdadeiro eu. Muito tempo atrás, na Coréia, havia um monge chamado Sok Du, que significa 'cabeça-empedrada.' Ele era um monge muito, muito estúpido, porém tinha uma mente muito determinada, muito forte. Um dia, Sok Du perguntou a um mestre Zen: 'O que é Buda?'
O mestre Zen respondeu: 'juk shin shi bul,' que significa: 'Buda é mente.' Contudo, Sok Du não tinha ouvido direito. Ele pensou que seu professor tivesse dito: 'jip shin shi bul,' que significa: 'Buda é sapatos de grama.' O que significa? 'Eu não sei...' Ele nunca duvidou da sua prática. Ele nunca verificou se aquela afirmação era certa ou não. Ele nunca checou com seu professor. Ele não pensava em bom ou mau. Sok Du apenas mantinha essa questão com determinação unifocada no meio de todas as suas atividades, quer sentado, de pé, comendo ou trabalhando.
Então, um certo dia, enquanto carregava lenha colina abaixo, o pé de Sok Du encontrou uma pedra. A madeira saltou das suas mãos e as suas sandalhas de palha voaram para o ar, enquanto ele dava cambalhotas no chão. Quando as sandálias aterrissaram, caíram com as solas viradas para cima bem na sua frente. Ao ver isso, naquele exacto instante, Sok Du alcançou a iluminação. As sandálias viradas, sua mente e todo o universo se tornaram completamente um. Naquele ponto, ele viu a sua verdadeira natureza. 'Uaaaaauuu! Buda é sapatos de grama!'
Ele voltou correndo para seu professor, gritando, 'Mestre! Mestre! Agora eu entendo Buda!'
'Oh? Então me traga o seu entendimento.'
Sok Du bateu com seus sapatos de grama na cabeça do mestre Zen.
'Só isso?' O mestre Zen perguntou.
'Meus sapatos de grama estão rasgados!'
O mestre Zen atirou a cabeça para trás e riu.
'Ah, Maravilhoso! Agora você realmente entendeu Buda!'
Esta é uma estória muito interessante sobre como praticar e manter a Mente Una. Apenas siga esta prática mantendo uma Grande Questão, e logo tudo ficará claro para você. É muito fácil! Mas a coisa mais importante é que você deve tentar. Quando você estiver fazendo alguma coisa, apenas faça-a. Apenas faça.
Esse é o osso do Sutra do Lótus."
A ciência da felicidade - 2 O que é capaz de fazer alguém feliz?
RETIRADO DA REVISTA
A ciência da felicidade Amor, dinheiro, saúde, amigos... O que é capaz de fazer alguém feliz? No mundo inteiro, cientistas estão debruçados sobre o tema. Reunimos pesquisas e listamos aqui os passos mais importantes para garantir essa conquista
Publicação: 17/12/2010 14:38 Atualização: 17/12/2010 20:07
A ciência da felicidade Amor, dinheiro, saúde, amigos... O que é capaz de fazer alguém feliz? No mundo inteiro, cientistas estão debruçados sobre o tema. Reunimos pesquisas e listamos aqui os passos mais importantes para garantir essa conquista
Publicação: 17/12/2010 14:38 Atualização: 17/12/2010 20:07
Carolina Samorano // Especial para o Correio
"É melhor ser alegre que ser triste." Não há dúvidas de que Vinícius de Moraes estava coberto de razão quando escreveu o primeiro verso de Samba da bênção. Mas o poeta, esteja lá onde estiver, há de entender que ser feliz não é tão simples assim. Tão abstrata quanto perseguida, a felicidade, para muitos, parece uma luz miúda no fim de um túnel que, por mais que se caminhe, nunca chega ao fim. Num dia, a certeza de que ela está lá. No outro, a luz se apagou — ou será que foi o túnel que cresceu?
há quem diga que tanta angústia assim não há razão de ser. A última pesquisa internacional World Values Survey é uma dessas vozes com discursos superotimistas. Durante 25 anos, alguns pesquisadores dedicaram-se a reunir os resultados de pesquisas nacionais representativas em 97 países, que perguntavam às pessoas se elas se consideravam "muito", "razoavelmente", "não muito" ou "nem um pouco" felizes. Todo esse interrogatório resultou numa coisa chamada índice de bem-estar subjetivo, uma expressão complicada demais que, no fundo, quer dizer apenas "o quão feliz você é", na língua dos cientistas. O índice acabou virando uma tabela cheia de números que, no fim das contas, pode ser traduzido em "até que somos bem felizes". A Dinamarca aparece em primeiro lugar no ranking; O Brasil, em trigésimo. Entre1991 e 2007, o número de brasileiros que dizem ser felizes aumentou em 15%. Só perdemos para o México, que chegou a 25%.
O problema é que, se de um lado juramos a pesquisadores que estamos vendendo felicidade, do outro somos obrigados a enfrentar uma realidade contraditória. A Organização Mundial da Saúde (OMS) aposta que em 2020 a depressão será a segunda causa de morte no mundo, perdendo apenas para doenças do coração. E tão surpreendente quanto essa sentença é saber que só a menor parte dos casos ocorrerá devido a tendências genéticas. Outra pesquisa recente, da Faculdade de Medicina de Harvard, mostra que atualmente 80% das consultas médicas são devido ao estresse.
Talvez por isso, a felicidade — vista no passado como um assunto fútil no meio acadêmico — tenha ganhado outro status. Hoje, é tema de centros de pesquisa especializados na Europa, preocupa governos e autoridades, é protagonista de linhas de pensamento da psicologia e virou assunto batido de palestras motivacionais nas empresas. Inglaterra e França chegaram a encomendar a economistas e psicólogos pesquisas para estimar o grau de felicidade das suas populações. No Brasil, buscar a felicidade está em vias de virar oficialmente direito do cidadão, carimbado na Constituição pela PEC da Felicidade.
"A sociedade contemporânea prometeu muito. Consumo, progresso, modernidade. Veja os Estados Unidos hoje. Um país riquíssimo, mas onde a população é mais infeliz do que há alguns anos. E aí as pessoas se perguntam: ‘Poxa, cadê o pote de ouro?’ É hora de repensar", reflete a psicóloga Lilian Graziano, autora da tese Felicidade revisitada.
Pois é. Nunca antes se falou tanto nela. Nunca se buscou tanto também. E, em tempos de renovação de propósitos, como são as festas de fim de ano, essa procura tende a ser acentuada. O caminho é longo, um tanto tortuoso e, às vezes, aponta para muitas direções, assim como as pesquisas. A Revista ouviu especialistas, estudiosos, psicólogos e gente comum, na rua, para tentar saber qual, afinal de contas, é o melhor atalho até a vida feliz. Com vocês, o resultado.
O que é, o que é?
Pensar a própria felicidade é, provavelmente, uma das atividades mais antigas da espécie humana. Lá atrás, na filosofia clássica, Aristóteles e Platão já pregavam que o sentido da vida era mesmo alcançar a tal da "eudaimonia" — o que eles chamavam de felicidade. Só que, em vez da terna sensação de ouvir o coração querer cantar, felicidade, para eles, tinha mais a ver com o sentimento de ter vivido uma vida de virtudes, baseada na moral e no bom comportamento, ainda que isso custasse alguns bons baldes de lágrimas derramadas. Passaram-se os anos, Aristóteles e Platão partiram dessa para outra, sabe-se lá tendo ou não alcançado a eudaimonia. Por mais subjetivo que seja o conceito, ele já não parece ter mais tanto em comum com a velha ideia de moral que eles pregavam. "Hoje, em seu significado mais moderno, é mais sobre sentir-se bem. Maximizar o prazer e minimizar a dor", simplifica o historiador Darrin McMahon, professor da Universidade da Flórida (EUA) e autor do livro Felicidade: uma história.
Mas, por mais simples que possa parecer, decifrar a felicidade tem deixado malucos psicólogos e pesquisadores. Por um motivo muito simples: ela é diferente para cada um e, ainda que os cientistas estabeleçam métodos de medição do nível de felicidade individual, esse índice será sempre relativo. "Existe uma escala de respostas que te pergunta, de um a sete, quão feliz você se sente. Porém, um seis para mim pode ser diferente de um seis para você. Nunca saberemos", diz a psicóloga Lilian Graziano, diretora do Instituto de Psicologia Positiva e autora da tese Felicidade revisitada.
Para facilitar as coisas, a ciência decidiu criar uma definição que guia todas as pesquisas e serve, na verdade, como uma espécie de autodiagnóstico. "Seria um balanço que se faz da própria vida e que inclui relações afetivas, sentimentos agradáveis e baixos níveis de humores negativos", explica Lilian. E isso, é bom lembrar, não quer dizer estar contente o tempo inteiro. "Não podemos estar supernergéticos o tempo todo, nem deveríamos querer", reflete o também adepto da psicologia positiva Jonathan Haidt, professor da Universidade da Virgínia (EUA). "Mas podemos ter como constante companheira a sensação de que temos uma vida plena, a qual batalhamos. Ser feliz depende do que você considera felicidade."
Aprendendo a ser feliz
Há cerca de três anos a disciplina mais disputada na toda-poderosa Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, berço de uma quantidade incontável de gênios e profissionais bem-sucedidos nas mais diversas áreas, atendia pelo nome de introdução à economia. Hoje, uma revolução desse cenário serve para, no mínimo, se fazer uma reflexão sobre para onde caminham as preocupações humanas. No lugar da economia, cerca de 1,4 mil alunos disputam todos os semestres uma vaga nas aulas de psicologia positiva. Em outras palavras, brigam por uma chance de aprender a serem mais felizes, simples assim como quem aprende cálculo ou regras gramaticais na escola.
A psicologia positiva é uma linha recente de pensamento que tem conquistado adeptos nas universidades e clínicas. Simplificando, funciona mais ou menos como aquele ditado do prevenir ou remediar: entre curar doenças mentais ou cuidar do bem-estar das pessoas e prevenir para que elas não apareçam, melhor a segunda opção. Assim, as disputadíssimas aulas de Harvard são espécies de treinos para uma vida mais feliz. "É muito mais do que só 'vamos pensar positivo'", sublinha Lilian Graziano, uma das pioneiras no estudo da psicologia positiva no Brasil. "É educar para a felicidade. Uma aula prática de exercícios para que emoções positivas, como alegria, gratidão e perdão se sobreponham às negativas", explica.
A busca dos universitários faz certo sentido, segundo o empresário Anderson Cavalcante, autor de As coisas boas da vida. Para ele, felicidade leva mais ao sucesso do que o contrário. E, para provar, existem inclusive pesquisas, como a que constatou que, de um grupo de 1,5 mil universitários, 102 haviam se tornado milionários 20 anos após pegarem os diplomas. Deles, 101 tinham em mente, ao deixar a faculdade, mais ser feliz do que ter uma carreira bem-sucedida. "O importante é saber que nunca é tarde para se aprender", incentiva Cavalcante. "Um dos caminhos é olhar para o administrador da sua vida, que é você, com os olhos de um chefe. Veja se concorda com as suas decisões, se elas estão no rumo das metas da 'empresa' e analise, com muita frieza, se você demitiria ou promoveria essa pessoa. Então, comece a agir no sentido de arrumar a casa", ensina.
Conhece o Smiley?
Todo mundo já viu ele por aí, redondo, amarelo e sempre muito simpático. O Smiley, que já virou símbolo máximo da felicidade, nasceu em 1963 pelas mãos do designer Harvey Ball, por encomenda de uma empresa de seguros que queria levantar o astral dos funcionários depois de uma redução no quadro. Dizem que Ball recebeu apenas US$ 240 pela criação. Em 1970, foram vendidos mais de 50 milhões de broches do Smiley.
Dinheiro traz felicidade?
Sim, segundo alguns dos números gerados no centro de pesquisa World Database of Happiness, especializado em estudos para a felicidade e comandado pelo sociólogo holandês Ruut Veenhoven. "As pesquisas mostram que populações de países ricos são mais felizes e, mesmo internamente, pessoas ricas são mais felizes que as mais pobres", diz o estudioso. No entanto, uma pesquisa recente comandada por dois economistas da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, não só concluiu que dinheiro pode, sim, interferir na felicidade, como a felicidade tem um valor: R$ 11,3 mil por mês. No entanto, eles acreditam que apesar do resultado — conseguido a partir de uma análise de um banco de dados gigantesco no país — o segredo da felicidade, na verdade, não é ser rico. Tem mais a ver com não ser pobre.
"Ter mais dinheiro não significa ser mais feliz desde que você tenha dinheiro o suficiente para fazer as coisas que gosta", argumenta o economista Angus Deaton, coordenador do estudo. Segundo os resultados, quem ganha até R$ 11,3 mil tem a felicidade incrementada conforme a quantidade de dinheiro que entra na conta todo mês. Mas segure o instinto ganancioso: ganhar mais do que isso não faz nada pela felicidade individual.
Solidão, saúde, ser casado, ter filhos e ser religioso também interferem no nível de bem-estar, diz a conclusão da pesquisa. Mas, se fazer dinheiro demais não significa felicidade em dobro (ou triplo, quádruplo...), ter um contracheque mais generoso que o das pessoas com a mesma faixa etária do que você, significa. Desde que você se preocupe em guardar uma parte para a sua aposentaria ou para dias de vacas mais mirradas — se um dia eles chegarem. Isso porque ter essa segurança gera emoções positivas, como expectativas, sentimento de recompensa e segurança, que podem acender uma luz no caminho rumo à felicidade. A conclusão é de um estudo da Universidade do Estado da Pensilvânia, de 2005.
As coisas simples da vida
Esqueça carros luxuosos, cartões de créditos ilimitados, extensos currículos acadêmicos, projetos de vida mirabolantes ou cultos religiosos. Para alguns, a felicidade é simples como uma caminhada no fim da tarde ou uma lembrança boa da juventude. Acreditando nisso, o professor de inglês Willard Sipegelman, da Southern Methodist University, nos Estados Unidos, escreveu o livro Sete prazeres. O livro é uma reunião de ensaios sobre como ele encontrou a felicidade em sete coisas aparentemente bobas, mas, segundo garante, eficientes: ler, caminhar, olhar, ouvir, nadar, dançar e escrever.
Além de um cutucão nos que esgotam energias buscando a felicidade em patamares altíssimos — às vezes inalcançáveis —, a ideia de Spiegelman é mostrar que a indústria da felicidade, que ele identifica como a soma de pílulas antidepressivas e religião, não é a única nem a mais válida forma de ser feliz. "Há muitos prazeres na vida que são fáceis e baratos", conta. "Eu só preciso de um cartão de biblioteca e um bom par de tênis para ser feliz. Outras podem precisar de uma boa comida caseira, por exemplo", simplifica o autor.
Spiegelman, que sempre que está triste sai para dar uma volta a pé nas redondezas, conta no livro que só na volta de uma viagem rápida à Inglaterra percebeu o porquê de ter ido até lá: caminhar, conhecer as ruas, ver pessoas diferentes, se exercitar — coisa rara entre as pessoas que moram nas grandes cidades. "Relaxe, simplifique, não seja ganancioso. Essas são fórmulas, ou clichês, mas também são verdades", aconselha o professor.
Há pouco tempo estava em cartaz nos cinemas brasileiros um outro olhar sobre como não é preciso muitos limões para se fazer uma boa limonada. O filme era A suprema felicidade, do cineasta e jornalista Arnaldo Jabor. Quando começou a escrever o roteiro, a história da adolescência e das muitas descobertas do personagem Paulo, Jabor tinha em mente lembranças da própria infância, "um tempo de delicadeza, mais esperança e mais certezas", como descreve. "Não sei se a felicidade era mais fácil, mas era certamente mais simples", constata. Dos 8 aos 18 anos, o protagonista, Paulo, apaixona-se, decepciona-se, apaixona-se de novo, conhece a noite carioca, aproxima-se do pai, de quem sempre fora distante. No fim das contas, percebe que a felicidade pode estar nas menores coisas, nas pessoas, nos lugares e pode mesmo durar alguns minutos, o que não a diminui.
Coisa séria
Muitíssimo séria, por sinal. Pelo menos é para isso que têm despertado alguns governos mundo afora. Segundo a nova e repentina prioridade sobre a busca da felicidade, não basta investir em obras megalomaníacas, prometer os céus e apostar numa política econômica forte se isso não refletir na sensação de bem-estar da população. "A felicidade do cidadão é obrigação do Estado. É ele quem precisa dar ao seu povo condições para que a busca dele um dia gere resultados", defende o filósofo Ubirajara Carvalho, professor da Universidade de Brasília (UnB).
Há algumas semanas o Reino Unido lançou uma consulta pública para definir como fazer uma pesquisa capaz de mostrar o grau de felicidade dos britânicos. Até se chegar a um consenso sobre essa metodologia, a população será interrogada sobre o que a faz feliz. Dinheiro? Amigos? Família? Segurança? Eles é que vão dizer. Futuramente, a ideia é chegar a um índice trimestral, que será divulgado junto com o resultado do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país. A iniciativa tem o aval do primeiro-ministro David Cameron, que diz que as informações serão úteis para nortear investimentos futuros — ou cortes, se preciso for. Na mesma linha, há pouco tempo o presidente francês, Nicolas Sarkozy, encomendou aos Nobel de Economia Joseph Stiglitz e Amartya Sen uma pesquisa com o mesmo intuito da iniciativa dos ingleses.
No Brasil, essa preocupação está em vias de tomar corpo pela Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 10/2010, de autoria do senador Cristovam Buarque, que ficou conhecida como PEC da Felicidade e tramita no Congresso. A intenção é incluir o direito à busca da felicidade na Constituição Federal. A proposta é uma espécie de resgate dos direitos sociais, que andavam meio esquecidos, além de reforçar que eles são essenciais à felicidade, embora não suficientes. Assim, se for aprovada e passar a valer, a PEC vai alterar o artigo 6º da Constituição, que passará a ser: "São direitos sociais, essenciais à busca da felicidade, a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância".
"A ideia é apenas lembrar ao cidadão que esses direitos sociais são fundamentais para a felicidade. É fazer as pessoas entenderem que sem saúde fica difícil ser feliz, sem trabalho também, e por aí vai", explica o senador. "É chamar a atenção para o fato de que uma escola é mais importante para a felicidade que um viaduto, por exemplo. Incentivar as pessoas para que elas busquem para si esses direitos, porque buscar ‘para todos’, não funciona."
Um dos apoiadores da proposta é o Movimento + Feliz, idealizado pelo publicitário Mauro Motoryn. Assim como Ubirajara Carvalho, ele também acredita que felicidade é um sentimento individual, mas que, se o Estado tiver condições de facilitar essa busca, então está mais que na hora de ajudar. "Não é ajudar a encontrar um namorado", diz Motoryn. "É usar a felicidade como norteadora de políticas públicas. Por exemplo, se o governo tem que escolher entre investir uma verba no trem-bala ou na educação, é pensar: 'O que vai trazer mais felicidade para a população?’ E aí ele chega numa resposta que é óbvia", defende o publicitário. "É um resgate dos direitos básicos: alimentação, saúde, educação, e por aí vai."
O desafio, a partir do momento que as novas palavrinhas virarem realidade na nossa lei, será fazer valer a ideia. "Do contrário, será só literatice jurídica", afirma Ubirajara. "O processo leva muito em conta a mobilização social", completa Mauro Motoryn. "As políticas públicas são muito importantes. O Brasil é um país alegre. Mas felicidade é diferente", provoca.
Eternos infelizes?
Se a busca pela felicidade algumas vezes parece um enigma difícil de ser decifrado mesmo por especialistas gabaritados, significa, então, que o homem está condenado à eterna amargura de viver? Bom, de acordo com a psicóloga Lilian Graziano, tanto chororô tem explicações que esbarram em vícios culturais e tendências cerebrais, além, claro, das frustrações que a evolução mesmo nos impôs. A primeira teoria é que, por questões de sobrevivência, acabamos condicionando nosso cérebro a prestar mais atenção às coisas negativas do que às positivas. "Imagine o homem das cavernas. Ele tinha que olhar mais para os predadores do que para as florzinhas do campo, ou ele seria devorado", ilustra a especialista.
A segunda questão é a mania quase incurável que temos de olhar sempre para o que falta. Na escola, por exemplo, se o aluno tira 9, deveria ter tirado 10. Se tira 10, não fez mais que a obrigação. "Somos educados assim e, de certa forma, vamos passando isso adiante, para os nossos filhos, empresas, escolas e por aí vai", emenda a psicóloga. Fora essas duas tendências, há também a hipótese genética. "Acredita-se que até 50% da nossa tendência à felicidade seja determinada pelos genes", aponta a psicóloga Sonja Lyubomirsky, autora de A ciência da felicidade e uma das referências em estudos no assunto. Assim, fica fácil apontar um culpado para nossas lamúrias. "Algumas pessoas conseguem ser infelizes em qualquer situação. Elas são seus maiores inimigos, mas não podemos culpá-las. Ninguém escolhe seus genes", completa o psicólogo norte-americano Jonathan Haidt. Mas nada justifica, para Sonja, que, ainda que essa teoria esteja correta, nos esqueçamos que os outros 50% são por nossa conta.
A última e talvez mais inusitada das teorias é a de que talvez tanto pensar sobre essa felicidade desde os tempos da eudaimonia tenha só levado a mais e mais frustrações. É como dizia o filósofo John Locke: "Pergunte a si mesmo se você é feliz, e deixará de ser". "Perseguimos a felicidade no pior sentido da palavra perseguir: com hostilidade, como quem persegue um fugitivo ou um animal selvagem", compara o historiador Darrin McMahon. "E o que acontece quando capturamos a presa? Precisamos matá-la ou então aprisioná-la", conclui.
Além disso, segundo McMahon, existe na sociedade a ideia de que a felicidade é o estado natural do homem. Assim, se não estamos felizes, cultivamos a terrível sensação de que fracassamos em algo que deveria ser inato. "Parece que se não estamos felizes, há algo errado conosco ou então com o mundo em que vivemos. Isso cria em nós uma sensação de culpa que gera o que eu chamo de 'infelicidade de ser infeliz'. É quase como um ciclo", atesta.
Entrevista// Ruut Veenhoven
Se existe alguém no mundo capaz de falar sobre felicidade mais com a imparcialidade de um cientista do que com a paixão dos que a perseguem, esse alguém provavelmente é o sociólogo holandês Ruut Veenhoven, professor de felicidade humana da Universidade Erasmus de Roterdã. Veenhoven é referência absoluta nos tais índices e cálculos nos quais se apoiam tantas teorias sobre felicidade. Nem sempre foi assim. Ainda estudante, quando anunciou aos colegas acadêmicos o tema sobre o qual se aprofundaria, recebeu críticas, risos e lidou com professores que diziam que isso "não era coisa de gente séria". Passados os anos, é ele o nome por trás do World Database of Happiness, uma espécie de centro de pesquisa dedicado inteiramente a decifrar os porquês da felicidade no mundo. Tantos anos dedicados ao assunto, no entanto, não o fizeram mais feliz. Nem infeliz. Felicidade, afinal, "é uma coisa complexa", ele reconhece. Está aí uma verdade tão escancarada que não exige constatação por pesquisa. Confira a entrevista que ele concedeu à Revista, por e-mail.
O que é, afinal, a felicidade? A verdadeira felicidade existe?
Eu uso a palavra "felicidade" para descrever a alegria em viver a "vida como um todo". Ou seja, o quanto uma pessoa gosta e se sente bem com a vida que leva. Por esse ponto de vista não existe felicidade que não a verdadeira. Se você se sente feliz, é porque está. A noção de "felicidade verdadeira" está ligada a conceitos já formados do que seria uma boa vida, a noções comuns. Por essa visão, você não está realmente feliz se está conformado em viver uma vida que não é boa do ponto de vista da maioria. Para dar um exemplo, é esse o caso do criminoso que é feliz fazendo o que faz, mas para as quais as pessoas apontam e dizem que ele "não é realmente feliz". É muito subjetivo.
É possível sermos felizes o tempo inteiro ou a felicidade também inclui momentos de tristeza?
Na verdade, a maioria das pessoas são até bem satisfeitas com a vida delas na maior parte do tempo. Isso é o que observamos em pesquisas e estudos sobre felicidade. Mesmo essas pessoas estão suscetíveis a terem dias ruins. Essa questão é uma confusão comum que se faz com o humor felicidade e com o sentimento de felicidade para satisfação geral com a vida. Não podemos estar alegres o tempo inteiro, mas podemos, sim, ser felizes o tempo todo, apesar dos momentos ruins.
Dinheiro e felicidade têm alguma relação?
O dinheiro afeta a felicidade, sim. Em geral, pessoas que vivem em países ricos são mais felizes que as que moram em países pobres, e mesmo dentro dos países, as pessoas mais ricas parecem mais felizes que as pobres, mas essa diferença é mais saliente em nações pobres. Relações sociais, tendência genética, personalidade e posição social também têm papéis relevantes. É uma mistura de fatores, como na saúde. A saúde também depende de uma combinação de genes com o ambiente e o comportamento do indivíduo.
Podemos aprender a ser mais felizes ou felicidade é algo que simplesmente se tem?
Podemos, claro! Como falei, a felicidade também depende de habilidades para lidar com a vida e o comportamento de cada um. Quando, por exemplo, uma pessoa sofre um acidente e precisar amputar um membro ou fica paralítica, inicialmente ela vai ficar muito infeliz. Mas, a partir do momento que passa a dominar novas habilidades, ela geralmente acaba restaurando a felicidade a um nível excelente.
Ser feliz e coçar...
Meia dúzia de bons amigos, uma dose de gargalhadas sinceras, uma xícara cheia de união familiar e uma de satisfação com a carreira. Amor a gosto. Imagine só se existisse uma receita para a felicidade tão simples quanto essa. Tantos números, tabelas e estudos, no entanto, ainda não fizeram com que os cientistas e psicólogos chegassem a uma satisfatória. E talvez nunca cheguem. Mesmo assim, existem algumas jogadas que, ao que indicam pesquisas aqui e ali, podem nos deixar algumas casas mais próximos de uma vida melhor nesse jogo infinito que, às vezes, parece a busca pela felicidade. Ganha quem começar mais cedo. Vamos tentar?
1- Tenha amigos. Ao longo dos anos as pesquisas têm mostrado que pessoas que têm laços sociais fortalecidos são mais felizes. Uma delas, conduzida pelo pai da psicologia positiva, Martin Seligman, concluiu que os 10% de pessoas mais felizes têm um bom relacionamento com os amigos e comprometimento em dedicar tempo a eles.
2- Pratique uma religião. Não se sabe se por causa da fé, pelos amigos que se conquista na igreja ou se pelos dois fatores, as pessoas apegadas a uma religião tendem a ter níveis maiores de felicidade. "Pessoas religiosas têm um significado para a vida, hábitos saudáveis e uma esperança de que as coisas vão melhorar", justifica o economista Angus Deaton, da Universidade de Princeton (EUA).
3- Não se compare aos outros. Segundo a psicóloga Lilian Graziano, a comparação com quem está ao lado é uma eterna fonte de frustrações. "Sempre vamos encontrar alguém que tem mais. É preciso olhar para o que temos e não para o que falta", diz.
4- Conte as coisas boas da vida a alguém ou faça um diário. O conselho é da psicóloga Sonja Lyubomirsky, autora de A ciência da felicidade, que durante uma pesquisa descobriu que as pessoas que uma vez na semana — e não mais que isso — escrevem pelo menos cinco coisas pelas quais são gratas na vida são mais felizes.
5- Escute música. Ela ativa partes do cérebro que liberam endorfina e incrementam a sensação de bem-estar tanto quanto exercícios físicos, sexo e comida. Além disso, ela pode servir como relaxante e ajudar o cérebro a liberar melatonina — hormônio responsável por regular o sono.
6- Mexa-se. Não é novidade para ninguém que exercitar o esqueleto estimula o cérebro a liberar endorfina, hormônio responsável por uma sensação de bem-estar e relaxamento.
7- Tenha um plano. Não vale acordar, trabalhar, voltar para casa e dormir. Segundo Anderson Cavalcante, o grande erro das pessoas é viver sem um projeto. "Acordar todos os dias e fazer algo que vai colaborar para alcançar a sua meta de vida é importante", aconselha.
8- Seja gentil. É o que incentivam Sonja Lyubomirsky e o historiador Darrin McMahon. A sensação de bem-estar depois é garantida, eles defendem. "Pensar demais na própria felicidade só leva a angústia. Para evitar isso, melhor focar na felicidade daqueles que nos rodeiam", afirma McMahon.
9- Trabalhe com o que gosta. "Felicidade e sucesso profissional estão ligados", defende Anderson Cavalcante. Uma pesquisa norte-americana acompanhou por 20 anos 1,5 mil ex-alunos de uma universidade. Ao final da pesquisa, 102 haviam ficado milionários e, desse seleto grupo, 101 chegaram ao sucesso fazendo aquilo que os deixavam felizes.
10- Perdoe. "Para começar, comece escrevendo um diário no qual pode treinar deixar no passado ressentimentos, raivas e mal-entendidos com pessoas que podem ter magoado você algum dia", diz Sonja Lyubomirsky no seu livro A ciência da felicidade.
11- Faça uma faxina na sua mente. Entre esperar o mundo mudar para se alinhar aos seus desejos, melhor começar a mudança por você, é o que aconselha o psicólogo Jonathan Haidt. Encontre formas de ser mais otimista e não se torturar por coisas ditas ou feitas no passado. Meditação e terapia cognitiva são opções possíveis.
12- Procure ajuda. Segundo a psicóloga Lilian Graziano, a psicoterapia pode ajudar a clarear um pouco o caminho. "Alguns profissionais adeptos da psicologia positiva vão ajudar você a se conhecer melhor, mas dando mais ênfase às suas qualidades do que aos seus demônios", diz.
"É melhor ser alegre que ser triste." Não há dúvidas de que Vinícius de Moraes estava coberto de razão quando escreveu o primeiro verso de Samba da bênção. Mas o poeta, esteja lá onde estiver, há de entender que ser feliz não é tão simples assim. Tão abstrata quanto perseguida, a felicidade, para muitos, parece uma luz miúda no fim de um túnel que, por mais que se caminhe, nunca chega ao fim. Num dia, a certeza de que ela está lá. No outro, a luz se apagou — ou será que foi o túnel que cresceu?
há quem diga que tanta angústia assim não há razão de ser. A última pesquisa internacional World Values Survey é uma dessas vozes com discursos superotimistas. Durante 25 anos, alguns pesquisadores dedicaram-se a reunir os resultados de pesquisas nacionais representativas em 97 países, que perguntavam às pessoas se elas se consideravam "muito", "razoavelmente", "não muito" ou "nem um pouco" felizes. Todo esse interrogatório resultou numa coisa chamada índice de bem-estar subjetivo, uma expressão complicada demais que, no fundo, quer dizer apenas "o quão feliz você é", na língua dos cientistas. O índice acabou virando uma tabela cheia de números que, no fim das contas, pode ser traduzido em "até que somos bem felizes". A Dinamarca aparece em primeiro lugar no ranking; O Brasil, em trigésimo. Entre1991 e 2007, o número de brasileiros que dizem ser felizes aumentou em 15%. Só perdemos para o México, que chegou a 25%.
O problema é que, se de um lado juramos a pesquisadores que estamos vendendo felicidade, do outro somos obrigados a enfrentar uma realidade contraditória. A Organização Mundial da Saúde (OMS) aposta que em 2020 a depressão será a segunda causa de morte no mundo, perdendo apenas para doenças do coração. E tão surpreendente quanto essa sentença é saber que só a menor parte dos casos ocorrerá devido a tendências genéticas. Outra pesquisa recente, da Faculdade de Medicina de Harvard, mostra que atualmente 80% das consultas médicas são devido ao estresse.
Talvez por isso, a felicidade — vista no passado como um assunto fútil no meio acadêmico — tenha ganhado outro status. Hoje, é tema de centros de pesquisa especializados na Europa, preocupa governos e autoridades, é protagonista de linhas de pensamento da psicologia e virou assunto batido de palestras motivacionais nas empresas. Inglaterra e França chegaram a encomendar a economistas e psicólogos pesquisas para estimar o grau de felicidade das suas populações. No Brasil, buscar a felicidade está em vias de virar oficialmente direito do cidadão, carimbado na Constituição pela PEC da Felicidade.
"A sociedade contemporânea prometeu muito. Consumo, progresso, modernidade. Veja os Estados Unidos hoje. Um país riquíssimo, mas onde a população é mais infeliz do que há alguns anos. E aí as pessoas se perguntam: ‘Poxa, cadê o pote de ouro?’ É hora de repensar", reflete a psicóloga Lilian Graziano, autora da tese Felicidade revisitada.
Pois é. Nunca antes se falou tanto nela. Nunca se buscou tanto também. E, em tempos de renovação de propósitos, como são as festas de fim de ano, essa procura tende a ser acentuada. O caminho é longo, um tanto tortuoso e, às vezes, aponta para muitas direções, assim como as pesquisas. A Revista ouviu especialistas, estudiosos, psicólogos e gente comum, na rua, para tentar saber qual, afinal de contas, é o melhor atalho até a vida feliz. Com vocês, o resultado.
O que é, o que é?
Mas, por mais simples que possa parecer, decifrar a felicidade tem deixado malucos psicólogos e pesquisadores. Por um motivo muito simples: ela é diferente para cada um e, ainda que os cientistas estabeleçam métodos de medição do nível de felicidade individual, esse índice será sempre relativo. "Existe uma escala de respostas que te pergunta, de um a sete, quão feliz você se sente. Porém, um seis para mim pode ser diferente de um seis para você. Nunca saberemos", diz a psicóloga Lilian Graziano, diretora do Instituto de Psicologia Positiva e autora da tese Felicidade revisitada.
Para facilitar as coisas, a ciência decidiu criar uma definição que guia todas as pesquisas e serve, na verdade, como uma espécie de autodiagnóstico. "Seria um balanço que se faz da própria vida e que inclui relações afetivas, sentimentos agradáveis e baixos níveis de humores negativos", explica Lilian. E isso, é bom lembrar, não quer dizer estar contente o tempo inteiro. "Não podemos estar supernergéticos o tempo todo, nem deveríamos querer", reflete o também adepto da psicologia positiva Jonathan Haidt, professor da Universidade da Virgínia (EUA). "Mas podemos ter como constante companheira a sensação de que temos uma vida plena, a qual batalhamos. Ser feliz depende do que você considera felicidade."
Aprendendo a ser feliz
Há cerca de três anos a disciplina mais disputada na toda-poderosa Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, berço de uma quantidade incontável de gênios e profissionais bem-sucedidos nas mais diversas áreas, atendia pelo nome de introdução à economia. Hoje, uma revolução desse cenário serve para, no mínimo, se fazer uma reflexão sobre para onde caminham as preocupações humanas. No lugar da economia, cerca de 1,4 mil alunos disputam todos os semestres uma vaga nas aulas de psicologia positiva. Em outras palavras, brigam por uma chance de aprender a serem mais felizes, simples assim como quem aprende cálculo ou regras gramaticais na escola.
A psicologia positiva é uma linha recente de pensamento que tem conquistado adeptos nas universidades e clínicas. Simplificando, funciona mais ou menos como aquele ditado do prevenir ou remediar: entre curar doenças mentais ou cuidar do bem-estar das pessoas e prevenir para que elas não apareçam, melhor a segunda opção. Assim, as disputadíssimas aulas de Harvard são espécies de treinos para uma vida mais feliz. "É muito mais do que só 'vamos pensar positivo'", sublinha Lilian Graziano, uma das pioneiras no estudo da psicologia positiva no Brasil. "É educar para a felicidade. Uma aula prática de exercícios para que emoções positivas, como alegria, gratidão e perdão se sobreponham às negativas", explica.
A busca dos universitários faz certo sentido, segundo o empresário Anderson Cavalcante, autor de As coisas boas da vida. Para ele, felicidade leva mais ao sucesso do que o contrário. E, para provar, existem inclusive pesquisas, como a que constatou que, de um grupo de 1,5 mil universitários, 102 haviam se tornado milionários 20 anos após pegarem os diplomas. Deles, 101 tinham em mente, ao deixar a faculdade, mais ser feliz do que ter uma carreira bem-sucedida. "O importante é saber que nunca é tarde para se aprender", incentiva Cavalcante. "Um dos caminhos é olhar para o administrador da sua vida, que é você, com os olhos de um chefe. Veja se concorda com as suas decisões, se elas estão no rumo das metas da 'empresa' e analise, com muita frieza, se você demitiria ou promoveria essa pessoa. Então, comece a agir no sentido de arrumar a casa", ensina.
Conhece o Smiley?
Dinheiro traz felicidade?
Sim, segundo alguns dos números gerados no centro de pesquisa World Database of Happiness, especializado em estudos para a felicidade e comandado pelo sociólogo holandês Ruut Veenhoven. "As pesquisas mostram que populações de países ricos são mais felizes e, mesmo internamente, pessoas ricas são mais felizes que as mais pobres", diz o estudioso. No entanto, uma pesquisa recente comandada por dois economistas da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, não só concluiu que dinheiro pode, sim, interferir na felicidade, como a felicidade tem um valor: R$ 11,3 mil por mês. No entanto, eles acreditam que apesar do resultado — conseguido a partir de uma análise de um banco de dados gigantesco no país — o segredo da felicidade, na verdade, não é ser rico. Tem mais a ver com não ser pobre.
"Ter mais dinheiro não significa ser mais feliz desde que você tenha dinheiro o suficiente para fazer as coisas que gosta", argumenta o economista Angus Deaton, coordenador do estudo. Segundo os resultados, quem ganha até R$ 11,3 mil tem a felicidade incrementada conforme a quantidade de dinheiro que entra na conta todo mês. Mas segure o instinto ganancioso: ganhar mais do que isso não faz nada pela felicidade individual.
Solidão, saúde, ser casado, ter filhos e ser religioso também interferem no nível de bem-estar, diz a conclusão da pesquisa. Mas, se fazer dinheiro demais não significa felicidade em dobro (ou triplo, quádruplo...), ter um contracheque mais generoso que o das pessoas com a mesma faixa etária do que você, significa. Desde que você se preocupe em guardar uma parte para a sua aposentaria ou para dias de vacas mais mirradas — se um dia eles chegarem. Isso porque ter essa segurança gera emoções positivas, como expectativas, sentimento de recompensa e segurança, que podem acender uma luz no caminho rumo à felicidade. A conclusão é de um estudo da Universidade do Estado da Pensilvânia, de 2005.
As coisas simples da vida
Cena do filme A suprema felicidade: um outro olhar sobre ser feliz |
Além de um cutucão nos que esgotam energias buscando a felicidade em patamares altíssimos — às vezes inalcançáveis —, a ideia de Spiegelman é mostrar que a indústria da felicidade, que ele identifica como a soma de pílulas antidepressivas e religião, não é a única nem a mais válida forma de ser feliz. "Há muitos prazeres na vida que são fáceis e baratos", conta. "Eu só preciso de um cartão de biblioteca e um bom par de tênis para ser feliz. Outras podem precisar de uma boa comida caseira, por exemplo", simplifica o autor.
Spiegelman, que sempre que está triste sai para dar uma volta a pé nas redondezas, conta no livro que só na volta de uma viagem rápida à Inglaterra percebeu o porquê de ter ido até lá: caminhar, conhecer as ruas, ver pessoas diferentes, se exercitar — coisa rara entre as pessoas que moram nas grandes cidades. "Relaxe, simplifique, não seja ganancioso. Essas são fórmulas, ou clichês, mas também são verdades", aconselha o professor.
Há pouco tempo estava em cartaz nos cinemas brasileiros um outro olhar sobre como não é preciso muitos limões para se fazer uma boa limonada. O filme era A suprema felicidade, do cineasta e jornalista Arnaldo Jabor. Quando começou a escrever o roteiro, a história da adolescência e das muitas descobertas do personagem Paulo, Jabor tinha em mente lembranças da própria infância, "um tempo de delicadeza, mais esperança e mais certezas", como descreve. "Não sei se a felicidade era mais fácil, mas era certamente mais simples", constata. Dos 8 aos 18 anos, o protagonista, Paulo, apaixona-se, decepciona-se, apaixona-se de novo, conhece a noite carioca, aproxima-se do pai, de quem sempre fora distante. No fim das contas, percebe que a felicidade pode estar nas menores coisas, nas pessoas, nos lugares e pode mesmo durar alguns minutos, o que não a diminui.
Coisa séria
Mauro Motoryn, do Movimento Feliz: felicidade é um sentimento individual, mas o Estado pode ajudar na sua busca |
Muitíssimo séria, por sinal. Pelo menos é para isso que têm despertado alguns governos mundo afora. Segundo a nova e repentina prioridade sobre a busca da felicidade, não basta investir em obras megalomaníacas, prometer os céus e apostar numa política econômica forte se isso não refletir na sensação de bem-estar da população. "A felicidade do cidadão é obrigação do Estado. É ele quem precisa dar ao seu povo condições para que a busca dele um dia gere resultados", defende o filósofo Ubirajara Carvalho, professor da Universidade de Brasília (UnB).
Há algumas semanas o Reino Unido lançou uma consulta pública para definir como fazer uma pesquisa capaz de mostrar o grau de felicidade dos britânicos. Até se chegar a um consenso sobre essa metodologia, a população será interrogada sobre o que a faz feliz. Dinheiro? Amigos? Família? Segurança? Eles é que vão dizer. Futuramente, a ideia é chegar a um índice trimestral, que será divulgado junto com o resultado do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país. A iniciativa tem o aval do primeiro-ministro David Cameron, que diz que as informações serão úteis para nortear investimentos futuros — ou cortes, se preciso for. Na mesma linha, há pouco tempo o presidente francês, Nicolas Sarkozy, encomendou aos Nobel de Economia Joseph Stiglitz e Amartya Sen uma pesquisa com o mesmo intuito da iniciativa dos ingleses.
No Brasil, essa preocupação está em vias de tomar corpo pela Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 10/2010, de autoria do senador Cristovam Buarque, que ficou conhecida como PEC da Felicidade e tramita no Congresso. A intenção é incluir o direito à busca da felicidade na Constituição Federal. A proposta é uma espécie de resgate dos direitos sociais, que andavam meio esquecidos, além de reforçar que eles são essenciais à felicidade, embora não suficientes. Assim, se for aprovada e passar a valer, a PEC vai alterar o artigo 6º da Constituição, que passará a ser: "São direitos sociais, essenciais à busca da felicidade, a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância".
"A ideia é apenas lembrar ao cidadão que esses direitos sociais são fundamentais para a felicidade. É fazer as pessoas entenderem que sem saúde fica difícil ser feliz, sem trabalho também, e por aí vai", explica o senador. "É chamar a atenção para o fato de que uma escola é mais importante para a felicidade que um viaduto, por exemplo. Incentivar as pessoas para que elas busquem para si esses direitos, porque buscar ‘para todos’, não funciona."
Um dos apoiadores da proposta é o Movimento + Feliz, idealizado pelo publicitário Mauro Motoryn. Assim como Ubirajara Carvalho, ele também acredita que felicidade é um sentimento individual, mas que, se o Estado tiver condições de facilitar essa busca, então está mais que na hora de ajudar. "Não é ajudar a encontrar um namorado", diz Motoryn. "É usar a felicidade como norteadora de políticas públicas. Por exemplo, se o governo tem que escolher entre investir uma verba no trem-bala ou na educação, é pensar: 'O que vai trazer mais felicidade para a população?’ E aí ele chega numa resposta que é óbvia", defende o publicitário. "É um resgate dos direitos básicos: alimentação, saúde, educação, e por aí vai."
O desafio, a partir do momento que as novas palavrinhas virarem realidade na nossa lei, será fazer valer a ideia. "Do contrário, será só literatice jurídica", afirma Ubirajara. "O processo leva muito em conta a mobilização social", completa Mauro Motoryn. "As políticas públicas são muito importantes. O Brasil é um país alegre. Mas felicidade é diferente", provoca.
Eternos infelizes?
Se a busca pela felicidade algumas vezes parece um enigma difícil de ser decifrado mesmo por especialistas gabaritados, significa, então, que o homem está condenado à eterna amargura de viver? Bom, de acordo com a psicóloga Lilian Graziano, tanto chororô tem explicações que esbarram em vícios culturais e tendências cerebrais, além, claro, das frustrações que a evolução mesmo nos impôs. A primeira teoria é que, por questões de sobrevivência, acabamos condicionando nosso cérebro a prestar mais atenção às coisas negativas do que às positivas. "Imagine o homem das cavernas. Ele tinha que olhar mais para os predadores do que para as florzinhas do campo, ou ele seria devorado", ilustra a especialista.
A segunda questão é a mania quase incurável que temos de olhar sempre para o que falta. Na escola, por exemplo, se o aluno tira 9, deveria ter tirado 10. Se tira 10, não fez mais que a obrigação. "Somos educados assim e, de certa forma, vamos passando isso adiante, para os nossos filhos, empresas, escolas e por aí vai", emenda a psicóloga. Fora essas duas tendências, há também a hipótese genética. "Acredita-se que até 50% da nossa tendência à felicidade seja determinada pelos genes", aponta a psicóloga Sonja Lyubomirsky, autora de A ciência da felicidade e uma das referências em estudos no assunto. Assim, fica fácil apontar um culpado para nossas lamúrias. "Algumas pessoas conseguem ser infelizes em qualquer situação. Elas são seus maiores inimigos, mas não podemos culpá-las. Ninguém escolhe seus genes", completa o psicólogo norte-americano Jonathan Haidt. Mas nada justifica, para Sonja, que, ainda que essa teoria esteja correta, nos esqueçamos que os outros 50% são por nossa conta.
A última e talvez mais inusitada das teorias é a de que talvez tanto pensar sobre essa felicidade desde os tempos da eudaimonia tenha só levado a mais e mais frustrações. É como dizia o filósofo John Locke: "Pergunte a si mesmo se você é feliz, e deixará de ser". "Perseguimos a felicidade no pior sentido da palavra perseguir: com hostilidade, como quem persegue um fugitivo ou um animal selvagem", compara o historiador Darrin McMahon. "E o que acontece quando capturamos a presa? Precisamos matá-la ou então aprisioná-la", conclui.
Além disso, segundo McMahon, existe na sociedade a ideia de que a felicidade é o estado natural do homem. Assim, se não estamos felizes, cultivamos a terrível sensação de que fracassamos em algo que deveria ser inato. "Parece que se não estamos felizes, há algo errado conosco ou então com o mundo em que vivemos. Isso cria em nós uma sensação de culpa que gera o que eu chamo de 'infelicidade de ser infeliz'. É quase como um ciclo", atesta.
Entrevista// Ruut Veenhoven
Se existe alguém no mundo capaz de falar sobre felicidade mais com a imparcialidade de um cientista do que com a paixão dos que a perseguem, esse alguém provavelmente é o sociólogo holandês Ruut Veenhoven, professor de felicidade humana da Universidade Erasmus de Roterdã. Veenhoven é referência absoluta nos tais índices e cálculos nos quais se apoiam tantas teorias sobre felicidade. Nem sempre foi assim. Ainda estudante, quando anunciou aos colegas acadêmicos o tema sobre o qual se aprofundaria, recebeu críticas, risos e lidou com professores que diziam que isso "não era coisa de gente séria". Passados os anos, é ele o nome por trás do World Database of Happiness, uma espécie de centro de pesquisa dedicado inteiramente a decifrar os porquês da felicidade no mundo. Tantos anos dedicados ao assunto, no entanto, não o fizeram mais feliz. Nem infeliz. Felicidade, afinal, "é uma coisa complexa", ele reconhece. Está aí uma verdade tão escancarada que não exige constatação por pesquisa. Confira a entrevista que ele concedeu à Revista, por e-mail.
O que é, afinal, a felicidade? A verdadeira felicidade existe?
Eu uso a palavra "felicidade" para descrever a alegria em viver a "vida como um todo". Ou seja, o quanto uma pessoa gosta e se sente bem com a vida que leva. Por esse ponto de vista não existe felicidade que não a verdadeira. Se você se sente feliz, é porque está. A noção de "felicidade verdadeira" está ligada a conceitos já formados do que seria uma boa vida, a noções comuns. Por essa visão, você não está realmente feliz se está conformado em viver uma vida que não é boa do ponto de vista da maioria. Para dar um exemplo, é esse o caso do criminoso que é feliz fazendo o que faz, mas para as quais as pessoas apontam e dizem que ele "não é realmente feliz". É muito subjetivo.
É possível sermos felizes o tempo inteiro ou a felicidade também inclui momentos de tristeza?
Na verdade, a maioria das pessoas são até bem satisfeitas com a vida delas na maior parte do tempo. Isso é o que observamos em pesquisas e estudos sobre felicidade. Mesmo essas pessoas estão suscetíveis a terem dias ruins. Essa questão é uma confusão comum que se faz com o humor felicidade e com o sentimento de felicidade para satisfação geral com a vida. Não podemos estar alegres o tempo inteiro, mas podemos, sim, ser felizes o tempo todo, apesar dos momentos ruins.
Dinheiro e felicidade têm alguma relação?
O dinheiro afeta a felicidade, sim. Em geral, pessoas que vivem em países ricos são mais felizes que as que moram em países pobres, e mesmo dentro dos países, as pessoas mais ricas parecem mais felizes que as pobres, mas essa diferença é mais saliente em nações pobres. Relações sociais, tendência genética, personalidade e posição social também têm papéis relevantes. É uma mistura de fatores, como na saúde. A saúde também depende de uma combinação de genes com o ambiente e o comportamento do indivíduo.
Podemos aprender a ser mais felizes ou felicidade é algo que simplesmente se tem?
Podemos, claro! Como falei, a felicidade também depende de habilidades para lidar com a vida e o comportamento de cada um. Quando, por exemplo, uma pessoa sofre um acidente e precisar amputar um membro ou fica paralítica, inicialmente ela vai ficar muito infeliz. Mas, a partir do momento que passa a dominar novas habilidades, ela geralmente acaba restaurando a felicidade a um nível excelente.
Ser feliz e coçar...
Meia dúzia de bons amigos, uma dose de gargalhadas sinceras, uma xícara cheia de união familiar e uma de satisfação com a carreira. Amor a gosto. Imagine só se existisse uma receita para a felicidade tão simples quanto essa. Tantos números, tabelas e estudos, no entanto, ainda não fizeram com que os cientistas e psicólogos chegassem a uma satisfatória. E talvez nunca cheguem. Mesmo assim, existem algumas jogadas que, ao que indicam pesquisas aqui e ali, podem nos deixar algumas casas mais próximos de uma vida melhor nesse jogo infinito que, às vezes, parece a busca pela felicidade. Ganha quem começar mais cedo. Vamos tentar?
1- Tenha amigos. Ao longo dos anos as pesquisas têm mostrado que pessoas que têm laços sociais fortalecidos são mais felizes. Uma delas, conduzida pelo pai da psicologia positiva, Martin Seligman, concluiu que os 10% de pessoas mais felizes têm um bom relacionamento com os amigos e comprometimento em dedicar tempo a eles.
2- Pratique uma religião. Não se sabe se por causa da fé, pelos amigos que se conquista na igreja ou se pelos dois fatores, as pessoas apegadas a uma religião tendem a ter níveis maiores de felicidade. "Pessoas religiosas têm um significado para a vida, hábitos saudáveis e uma esperança de que as coisas vão melhorar", justifica o economista Angus Deaton, da Universidade de Princeton (EUA).
3- Não se compare aos outros. Segundo a psicóloga Lilian Graziano, a comparação com quem está ao lado é uma eterna fonte de frustrações. "Sempre vamos encontrar alguém que tem mais. É preciso olhar para o que temos e não para o que falta", diz.
4- Conte as coisas boas da vida a alguém ou faça um diário. O conselho é da psicóloga Sonja Lyubomirsky, autora de A ciência da felicidade, que durante uma pesquisa descobriu que as pessoas que uma vez na semana — e não mais que isso — escrevem pelo menos cinco coisas pelas quais são gratas na vida são mais felizes.
5- Escute música. Ela ativa partes do cérebro que liberam endorfina e incrementam a sensação de bem-estar tanto quanto exercícios físicos, sexo e comida. Além disso, ela pode servir como relaxante e ajudar o cérebro a liberar melatonina — hormônio responsável por regular o sono.
6- Mexa-se. Não é novidade para ninguém que exercitar o esqueleto estimula o cérebro a liberar endorfina, hormônio responsável por uma sensação de bem-estar e relaxamento.
7- Tenha um plano. Não vale acordar, trabalhar, voltar para casa e dormir. Segundo Anderson Cavalcante, o grande erro das pessoas é viver sem um projeto. "Acordar todos os dias e fazer algo que vai colaborar para alcançar a sua meta de vida é importante", aconselha.
8- Seja gentil. É o que incentivam Sonja Lyubomirsky e o historiador Darrin McMahon. A sensação de bem-estar depois é garantida, eles defendem. "Pensar demais na própria felicidade só leva a angústia. Para evitar isso, melhor focar na felicidade daqueles que nos rodeiam", afirma McMahon.
9- Trabalhe com o que gosta. "Felicidade e sucesso profissional estão ligados", defende Anderson Cavalcante. Uma pesquisa norte-americana acompanhou por 20 anos 1,5 mil ex-alunos de uma universidade. Ao final da pesquisa, 102 haviam ficado milionários e, desse seleto grupo, 101 chegaram ao sucesso fazendo aquilo que os deixavam felizes.
10- Perdoe. "Para começar, comece escrevendo um diário no qual pode treinar deixar no passado ressentimentos, raivas e mal-entendidos com pessoas que podem ter magoado você algum dia", diz Sonja Lyubomirsky no seu livro A ciência da felicidade.
11- Faça uma faxina na sua mente. Entre esperar o mundo mudar para se alinhar aos seus desejos, melhor começar a mudança por você, é o que aconselha o psicólogo Jonathan Haidt. Encontre formas de ser mais otimista e não se torturar por coisas ditas ou feitas no passado. Meditação e terapia cognitiva são opções possíveis.
12- Procure ajuda. Segundo a psicóloga Lilian Graziano, a psicoterapia pode ajudar a clarear um pouco o caminho. "Alguns profissionais adeptos da psicologia positiva vão ajudar você a se conhecer melhor, mas dando mais ênfase às suas qualidades do que aos seus demônios", diz.
Meditação ganha seguidores interessados em saúde e alívio para estresse
Prática nos faz entender fatores do sofrimento, em vez tentar supri-lo ou evitá-lo
O ímpeto de buscar a felicidade, atrelando-a a prazeres, cria expectativas desproporcionais. Se eu comprar um carro novo, serei feliz, ou se eu passar no vestibular, minha felicidade estará garantida, pensamos.— Isso gera um constante estado de perturbação mental. Sempre estamos jogando para o futuro situações que não dependem só de nós. Dependem de eventos, de outras pessoas, gerando uma condição de estresse, já que não temos controle sobre esse tipo de acontecimento — afirma o engenheiro Régis Guimarães.
Aos 71 anos, ele é um dos criadores da Sociedade Vipassana de Meditação, grupo não religioso e sem fins lucrativos que se dedica à prática e aos ensinamentos dessa técnica de meditação de matriz budista. Segundo ele, todos podem, por meio do conhecimento de si mesmos, mitigar a dor e a frustração.
— A meditação nos faz entender os fatores do sofrimento, em vez tentar supri-lo ou evitá-lo. Um resumo seria: "Não tente ser feliz. Pare de sofrer". A felicidade é decorrente, surge quando você elimina o sofrimento — explica Régis, praticante da vipassana desde 1985.
Apesar dos seus milhares de anos de história, a meditação ainda padece, em grande parte do Ocidente, de uma aura de misticismo que impede muitos de a conhecerem mais profundamente. Entretanto, os benefícios visíveis já despertam a atenção da comunidade científica brasileira. Mais ainda, membros dela, que já colocam a meditação como prática constante, se valem dos seus conhecimentos acadêmicos para "legitimar" a prática fora do âmbito religioso.
— A razão de eu ter me interessado pela meditação é que, como médico, procuro o melhor para os meus pacientes. Nesses 43 anos de profissão, garanto: nada é mais poderoso no sentido de recuperar e de manter a saúde do que a meditação — diz o médico Carlos Eduardo Tosta da Silva, professor da Universidade de Brasília (UnB).
Prática sob análise científica
Ele foi orientador da primeira dissertação de mestrado que pôs a meditação prânica sob análise científica no mundo, apresentada mês passado na universidade pelo biólogo César Augustus Fernandes da Silva.
— Como vimos que ela trazia benefícios para os praticantes, resolvemos submeter a meditação prânica à metodologia científica para entender esses efeitos e os mecanismos envolvidos — lembra César.
A análise, que durou 10 semanas, envolveu voluntários saudáveis em um curso de meditação prânica, com aulas semanais de três horas de duração e prática diária em casa. Orientador e aluno avaliaram o nível das células do sistema imunológico que participam da regulação e da manutenção da saúde, assim como o comportamento de hormônios envolvidos em situações de estresse.
— Os resultados mostraram que a meditação prânica foi capaz de aumentar a atividade dos fagócitos, células que captam agentes infecciosos, ingerem-nos e os digerem, produzindo radicais microbicidas. Além disso, os hormônios estudados, abundantes no estresse, tiveram seus níveis reduzidos — completa o médico.
Fortalecendo o cérebro
Régis Guimarães, da Sociedade Vipassana, relaciona a decisão de se iniciar uma experiência meditativa com a entrada em uma academia. Quando alguém percebe que o físico necessita melhorar, se vale de exercícios para fortalecê-lo. A meditação faz isso com o cérebro, fazendo com que ele possa se antecipar aos impulsos ao garantir uma melhor observação da realidade.
— A meditação tem a função básica de trazer o indivíduo para um estado de tranquilidade. Você tem que baixar o nível de seu sistema hormonal. A partir desse estado, abre uma janelinha do seu interior.
Antever os acontecimentos não tem nada a ver com previsão de futuro. Régis explica que o cérebro é dividido em três partes: o córtex, que controla o lado mais racional do ser humano; o límbico, mais voltado para o emocional; e o reptiliano, que tem controle sobre as ações involuntárias. Essas últimas, tais como o batimento cardíaco ou o piscar dos olhos, são as mais primitivas e também podem ser relacionadas ao estado de vigília constante contra os perigos.
— Todo nosso processo de sobrevivência é comandado pelo reptiliano, que tem que ser rápido. E, por sermos seres reativos, mesmo as decisões conscientes serão reações aos nossos valores, quando defendemos nosso próprio eu.
O engenheiro afirma que a meditação exerce poder sobre o consciente para que ele possa perceber essas reações antes de serem postas em prática — dessa forma, ninguém toma decisões impensadas.
— Essa é a beleza da meditação: criar as condições para que você perceba, cada vez mais cedo, a origem do sinal.
“Sou uma pessoa muito ansiosa. Acredito que, se não fosse a meditação, não teria conseguido engravidar, porque não me imaginava focando apenas nos cuidados com um filho”, afirma a advogada Tatiana Malta Vieira, 34 anos. Ela, que sempre buscou formas de desenvolver a espiritualidade, se vale da meditação para direcionar toda sua atenção apenas a Rafael, seu filho de três meses. “Com mais autoconhecimento, nos tornamos mais tolerantes e observadores e tenho certeza que isso vai me ajudar a perceber todas as características do meu filho.”
Fonte: Clic RBS;
Não deixe o "Ego" no controle...
“Ainda não compreenderam que nosso eu é apenas um objeto de nossa percepção, e que se ele pode ser percebido, não pode ser quem está percebendo? Logo, ele não pode ser o que somos. E, portanto, o que na realidade somos está além disso que chamamos de “eu”. Não somos o eu; somos o Ser”.
Wei Wu Wei. Publicado no "the face" por Marcos Vinícius.
Wei Wu Wei. Publicado no "the face" por Marcos Vinícius.
A glândula pineal: antena humana?
Atividade Física / Psíquica
Uma fascinante série de estudos mostram alguma correlação entre a atividade geomagnética e um aumento em sonhos ou atividade psíquica.
Em um estudo, o famoso parapsicólogo Stanley Krippner instalou um laboratório do sono, onde alguns participantes dormiram em uma sala enquanto os outros participantes tentaram "enviar" algumas imagens, com a esperança de que estas imagens sejam incorporados os sonhos dos participantes dormia.
Ao acordar os dorminhocos tinham de descrever seus sonhos em grande detalhe, para determinar se havia alguma correlação com as imagens-alvo que tinha sido "enviada" em seus sonhos.
Paralelo a isto as atividade geomagnética local foi monitorado por 20 noites durante o exercíco. Neste caso, verificou-se que durante as noites de atividade geomagnética menor, a mulher tinha uma precisão muito maior na recolha de imagens do alvo.
Ninguém sabe exatamente o que fazer com a glândula pineal.
Esta glândula (ervilha em forma de cone) está localizado no teto do terceiro ventrículo do cérebro, atrás da raiz do nariz, flutuando em um pequeno lago de líquido cefalorraquidiano. Porque ele está localizado no centro do cérebro, neurocirurgiões e radiologistas têm encontrado uma boa referência útil para a cirurgia cerebral. Mas não passa de uma utilização espacial... tal como um cara alto em uma sala de anões... acaba sendo só um ponto de referência espacial.
Mas até muito pouco tempo, a pinela foi objecto de muita tradição como um portal para a alma ou o reino superior, a válvula de memória, um vórtice de energia, a chave primária de fluidos vitais e até mesmo a origem das doenças mentais.
Foi o filósofo René Descartes, que primeiro se apropriou da idéia de que a glândula pineal é a sede da alma, um único ponto de encontro entre o corpo e a alma.
Nos tempos modernos, a glândula foi vista como "excedente", sobras de lixo neurológicos e considerado pela comunidade científica como um excesso ou um resquício da evolução, o "apêndice do cérebro".
Mas a pineal não é de toda inútil... mesmo para céticos de suas funções: Em todos os vertebrados superiores, incluindo seres humanos, a glândula pineal secreta melatonina. A produção desse hormônio é estimulada pela escuridão e inibida pela luz.
A glândula pineal tem sido chamada de foto-transdutor neuroendócrino. Assim, uma informação ambiental (claridade ou escuridão) pode estar sendo convertida em um sinal neural, uma mensagem química - neste caso, para ativar ou desativar a produção de melatonina. E apenas isto ja não é pouca coisa.
Mestre do Tempo
A melatonina, entre outras coisas, funciona como uma espécie de relógio mestre que regula o sono e a vigília, e retarda o processo de envelhecimento, a regulação do crescimento e até mesmo a manutenção da estabilidade mental.
Embora os cientistas percebam que a glândula pineal é sensível à luz, foi sempre assumido que a luz ou a escuridão são "percebidas" pelo cérebro (oficialmente), como de costume, junto dos receptores dos cones na retina do olho e abre o caminho para a glândula através dos nervos simpáticos. Ou seja, de maneira "indireta".
A sabedoria convencional é que uma pequena percentagem dos impulsos nervo óptico sejam desviados para a glândula pineal a partir da via visual, e é essa entrada que controla a produção de melatonina.
A pesquisadora Serena Roney-Dougal coletou alguns dos dados mais interessantes no qual o "fluxo geomagnético da Terra", pode "estimular" a glândula pineal e nos permitiria fisicamente "sintonizarmo-nos" a este "fluxo geomagnético", ou seja "sintonizarmo-nos com a terra".
Glândula Psycodelica
Além da melatonina, a glândula pineal também produz "neuromoduladores" - produtos químicos - chamados de beta-carbolinas - que afetam o cérebro. Beta-carbolinas são inibidores da MAO (monoamina oxidase), bem como inibidores da recaptação da serotonina, o que significa que impede a repartição de serotonina, inibindo a sua absorção dentro das sinapses do cérebro.
Isso é semelhante ao que os médicos dizem que é a ação de inibidores seletivos de serotonina (ISRS) como Prozac.
Algumas evidências sugerem também que a pineal pode produzir uma substância alucinógena chamada 5 methoxydimethyltryptamine (5-metoxi-DMT) de melatonina. O que poderia ser o resultado é uma reunião conjunta destas aminas nas sinapses do cérebro, causando reações que são semelhantes aos de drogas alucinações induzidas.
A visão atual é que os neuromoduladores precisa de 5-metoxi-DMT e DMT para o trabalho e, através do bloqueio da MAO regula a glândula pineal e da concentração de serotonina. Esta função reguladora do bloqueio de um químico e promover outro é pensado para ser o catalisador de sonhos.
Vários fatos sugerem que a produção de serotonina e melatonina pode ser de alguma forma envolvidos em fenômenos psíquicos. Primeiro, muitas substâncias alucinógenas são parentes química dos produtos produzidos pela glândula pineal.
O Yage ou Ayahuasca, uma bebida cerimonial feita por algumas tribos da Amazônia para produzir efeitos psicológicos da clarividência, cura e premonição, é produzido a partir de estirpes nativas (Banisteriopsis caapi), que são quimicamente quase equivalente a 5-metoxi-DMT em seres humanos.
Sintonizado e CAPTANDO...
Quando a glândula pineal é estimulada geomagneticamente, produz (NATURALMENTE) substâncias químicas que são similares às plantas alucinógenas, que contribuem para alterar a consciência. Outros estudos mostram que as drogas psicodélicas alterar os níveis de melatonina e serotonina, que é, em alguns casos, a psicose.
Então, como poderia flutuações geomagnético da Terra afetar essas substâncias químicas do cérebro?
Pesquisadores descobriram que os campos electromagnéticos e geomagnéticos afetam grandemente a produção e a atividade da enzima hidroxiindol-O-metiltransferase (HIOMT). Esta enzima que está envolvida na produção de melatonina e, possivelmente, 5 methoxytryptamine (5-MT). Qualquer alteração no campo magnético pode produzir mudanças na atividade desta enzima. Estudos em animais mostraram também que qualquer mudança no campo magnético do ambiente - seja aumentada ou diminuída - inibem a produção de HIOMT. Outras pesquisas mostram que a serotonina N-acetiltransferase, a enzima envolvida na produção de melatonina, é fortemente influenciada por campos eletromagnéticos.
Se este fosse o caso, diz Roney-Dougal, quaisquer alterações importantes no ambiente do campo magnético da Terra produziria uma avalanche de alucinógenos naturais em nossos corpos, seria psicologicamente mais receptivos.
Uma fascinante série de estudos mostram alguma correlação entre a atividade geomagnética e um aumento em sonhos ou atividade psíquica.
Em um estudo, o famoso parapsicólogo Stanley Krippner instalou um laboratório do sono, onde alguns participantes dormiram em uma sala enquanto os outros participantes tentaram "enviar" algumas imagens, com a esperança de que estas imagens sejam incorporados os sonhos dos participantes dormia.
Ao acordar os dorminhocos tinham de descrever seus sonhos em grande detalhe, para determinar se havia alguma correlação com as imagens-alvo que tinha sido "enviada" em seus sonhos.
Paralelo a isto as atividade geomagnética local foi monitorado por 20 noites durante o exercíco. Neste caso, verificou-se que durante as noites de atividade geomagnética menor, a mulher tinha uma precisão muito maior na recolha de imagens do alvo.
É muito possível que o nosso potencial humano é maior quando estamos em harmonia com a terra e o sol. As culturas tradicionais tiveram uma maior compreensão desta harmonia energética, e nós faríamos bem em aprender com eles.
Fonte: http://abriendoetapas.
Causas e efeitos... uma leitura e uma menságem de "Fim de Ano" ! !
Inevitabilidade humana
Por Marcelo Gleiser
""SEMPRE ACHEI que final de ano é época de reflexão, e não só de presente e festa. Portanto, vamos lá.
Olhe para as suas mãos.
Nela, você encontra átomos que pertenceram a estrelas desaparecidas há mais de 5 bilhões de anos. Essas estrelas, no final de sua existência, forjaram os elementos químicos que compõem o seu corpo, as montanhas, os rios e os oceanos.
Quando explodiram, elas espalharam suas entranhas pelo espaço sideral, os ingredientes da vida, em ondas de choque que se propagavam a milhares de quilômetros por segundo. Em um canto da galáxia, essas ondas se chocaram com uma enorme nuvem de hidrogênio, provocando instabilidades que levaram ao seu colapso. E dele nasceu o Sistema Solar, com sua corte de planetas e luas e, em um deles, seres capazes de questionar suas origens.
Somos, concretamente, restos de estrelas animados de consciência.
O incrível disso é que tudo começou com praticamente apenas hidrogênio e gravidade. Ao comprimir essas nuvens de hidrogênio em estrelas, a gravidade se tornou o grande alquimista cósmico, criando os elementos químicos a partir do mais simples. Na visão moderna do Universo, somos o que acontece quando damos alguns bilhões de anos de tempo ao hidrogênio e à gravidade.
Temos muitas lacunas a preencher nessa grande narrativa cósmica, e é isso que faz os cientistas acordarem todos os dias com pressa de chegar ao trabalho. Dentre as várias questões, uma das mais controversas é sobre nossa inevitabilidade. Será que somos consequência inevitável das leis da natureza? Ou um mero acidente, e o Universo poderia igualmente existir sem nós?
A posição mais conservadora diria que tudo o que podemos fazer é medir. Não existe qualquer plano ou objetivo, apenas o que ocorre. A história que reconstruímos à partir dessas medidas começa com (pelo menos) quarks, elétrons e radiação e, bilhões de anos depois, inclui vida e seres humanos. Não há dúvida de que a matéria ficou mais complexa com o passar das eras. Por quê?
Antes de tentar dizer algo, vale a pena contemplar o que já conseguimos até aqui. A ciência comprova nossa profunda relação com o Cosmos. Não apenas porque vivemos nele, mas porque somos feitos dele: nós e todos os agregados de matéria, vivos e não-vivos. Estamos no Cosmos e o Cosmos está em nós.
Quem duvida que a ciência é uma busca espiritual deveria refletir sobre o que escrevi acima. A pesquisa do cientista, os dados e sua análise quantitativa, são atividades que dão concretude à busca. Alguns ficam só nisso e estão bem assim. Mas uma visão menos focada revela o óbvio: a ciência responde a anseios espirituais que estão conosco desde tempos ancestrais.
Retornando à nossa questão, alguns acreditam que deve existir um princípio que justifique a tendência à complexidade. Mas não temos evidência disso. O Cosmos poderia ter se desenvolvido sem nós. Mas o fato é que estamos aqui! Se abrirmos mão desse princípio, temos que aceitar que somos um acidente.
Talvez seja essa a origem da nossa importância. Se podemos refletir sobre a vida, temos algo de especial. Isso deveria nos levar a uma reavaliação do nosso papel: guardiões da vida e do planeta.
Talvez seja essa a nossa missão inevitável.""
Por Marcelo Gleiser
""SEMPRE ACHEI que final de ano é época de reflexão, e não só de presente e festa. Portanto, vamos lá.
Olhe para as suas mãos.
Nela, você encontra átomos que pertenceram a estrelas desaparecidas há mais de 5 bilhões de anos. Essas estrelas, no final de sua existência, forjaram os elementos químicos que compõem o seu corpo, as montanhas, os rios e os oceanos.
Quando explodiram, elas espalharam suas entranhas pelo espaço sideral, os ingredientes da vida, em ondas de choque que se propagavam a milhares de quilômetros por segundo. Em um canto da galáxia, essas ondas se chocaram com uma enorme nuvem de hidrogênio, provocando instabilidades que levaram ao seu colapso. E dele nasceu o Sistema Solar, com sua corte de planetas e luas e, em um deles, seres capazes de questionar suas origens.
Somos, concretamente, restos de estrelas animados de consciência.
O incrível disso é que tudo começou com praticamente apenas hidrogênio e gravidade. Ao comprimir essas nuvens de hidrogênio em estrelas, a gravidade se tornou o grande alquimista cósmico, criando os elementos químicos a partir do mais simples. Na visão moderna do Universo, somos o que acontece quando damos alguns bilhões de anos de tempo ao hidrogênio e à gravidade.
Temos muitas lacunas a preencher nessa grande narrativa cósmica, e é isso que faz os cientistas acordarem todos os dias com pressa de chegar ao trabalho. Dentre as várias questões, uma das mais controversas é sobre nossa inevitabilidade. Será que somos consequência inevitável das leis da natureza? Ou um mero acidente, e o Universo poderia igualmente existir sem nós?
A posição mais conservadora diria que tudo o que podemos fazer é medir. Não existe qualquer plano ou objetivo, apenas o que ocorre. A história que reconstruímos à partir dessas medidas começa com (pelo menos) quarks, elétrons e radiação e, bilhões de anos depois, inclui vida e seres humanos. Não há dúvida de que a matéria ficou mais complexa com o passar das eras. Por quê?
Antes de tentar dizer algo, vale a pena contemplar o que já conseguimos até aqui. A ciência comprova nossa profunda relação com o Cosmos. Não apenas porque vivemos nele, mas porque somos feitos dele: nós e todos os agregados de matéria, vivos e não-vivos. Estamos no Cosmos e o Cosmos está em nós.
Quem duvida que a ciência é uma busca espiritual deveria refletir sobre o que escrevi acima. A pesquisa do cientista, os dados e sua análise quantitativa, são atividades que dão concretude à busca. Alguns ficam só nisso e estão bem assim. Mas uma visão menos focada revela o óbvio: a ciência responde a anseios espirituais que estão conosco desde tempos ancestrais.
Retornando à nossa questão, alguns acreditam que deve existir um princípio que justifique a tendência à complexidade. Mas não temos evidência disso. O Cosmos poderia ter se desenvolvido sem nós. Mas o fato é que estamos aqui! Se abrirmos mão desse princípio, temos que aceitar que somos um acidente.
Talvez seja essa a origem da nossa importância. Se podemos refletir sobre a vida, temos algo de especial. Isso deveria nos levar a uma reavaliação do nosso papel: guardiões da vida e do planeta.
Talvez seja essa a nossa missão inevitável.""
Abaixo-assinado contra o aumento nos salários do presidente da República, ministros e parlamentares. Dezembro/2010
Abaixo-assinado contra o aumento nos salários do presidente da República, ministros e parlamentares. Dezembro/2010
Para:Presidente da República Federativa do Brasil; Congresso Nacional do Brasil; Supremo Tribunal Federal; Câmara dos Deputados; Senado Federal
A Câmara aprovou na tarde desta quarta-feira (15/12/2010) o projeto de decreto legislativo, de autoria da Mesa Diretora da Casa, que equipara os salários de presidente da República, vice-presidente, ministros de Estado, senadores e deputados aos vencimentos recebidos atualmente pelos ministros do Supremo Tribunal Federal: R$ 26.723,13. A matéria foi aprovada simbolicamente. O texto será imediatamente remetido ao Senado, para tentar votá-lo ainda hoje. Por se tratar de decreto legislativo, o projeto precisa apenas ser aprovado nas duas Casas do Congresso, e não há necessidade da sanção do presidente da República.
Os novos salários entram em vigor a partir de 1º de fevereiro. O impacto financeiro nos dois poderes - Legislativo e Executivo - ainda estão sendo calculados. Mas só na Câmara estima-se que o aumento nos subsídios dos deputados (na ativa e aposentados) será de cerca de R$ 130 milhões.
Atualmente, deputados e senadores têm subsídios de R$ 16,7 mil. Presidente e vice recebem salário mensal de R$ 11,4 mil e ministros de Estado, R$ 10,7 mil. Os reajustes variam de 62% a 140%.
Há ainda o efeito cascata da medida nas assembleias legislativas nos estados, já que a Constituição estabelece que os deputados estaduais devem ter subsídios equivalentes a 95% dos recebidos por deputados federais. Para aumentar os seus salários, os deputados estaduais também terão que aprovar projetos nas respectivas assembleias.
Esse projeto amplia o abismo entre o Parlamento e a sociedade. É advocacia em causa própria. O percentual de 62% para os parlamentares e mais de 130% para presidente e ministros, diante da realidade brasileira, é evidentemente demasia.
Vamos mostrar a indignação do povo brasileiro quanto ao autoritarismo evidente na manipulação do orçamento e dos recursos provenientes de arrecadação de impostos e cofres públicos.
Os signatários
Este abaixo-assinado encontra-se alojado na internet no site Petição Publica Brasil que disponibiliza um serviço público gratuito para abaixo-assinados (petições públicas) online.
Caso tenha alguma questão para o autor do abaixo-assinado poderá enviar através desta página de contato
Caso tenha alguma questão para o autor do abaixo-assinado poderá enviar através desta página de contato
Meditação é tão eficaz quanto antidepressivos contra recaída da depressão
December 7, 2010 (Toronto) http://www.camh.net/News_events/News_releases_and_media_advisories_and_backgrounders/MBCT_Segal.html
Meditação versus antidepressivos
Cientistas do Centro de Dependência e Saúde Mental (CAMH), no Canadá, constataram que a terapia cognitiva baseada na meditação da mente alerta oferece o mesmo nível de proteção contra a recaída da depressão que a medicação antidepressiva tradicional.
O estudo, publicado na edição atual do Archives of General Psychiatry, comparou a eficácia da farmacoterapia com a meditação da mente alerta, estudando pessoas que foram inicialmente tratadas com antidepressivos e, em seguida, ou pararam de tomar a medicação a fim de praticar a meditação, ou continuaram a tomar medicação por 18 meses.
"Os dados disponíveis sugerem que muitos pacientes deprimidos param com a medicação antidepressiva muito cedo, seja por causa dos efeitos colaterais, seja por não quererem ficar tomando o medicamento durante anos," diz o Dr. Zindel Segal, coordenador do estudo.
Controle das emoções
A terapia cognitiva baseada na meditação é uma abordagem não-farmacológica que ensina habilidades no controle das emoções, de forma que os pacientes possam monitorar possíveis desencadeadores das recaídas, bem como adotar mudanças no estilo de vida que ajudem a manter um humor mais equilibrado.
Os participantes do estudo que foram diagnosticados com transtorno depressivo grave foram todos tratados com antidepressivos até a diminuição dos sintomas.
Eles foram então aleatoriamente designados para deixar a medicação e começar a aprender a técnica de meditação, deixar a medicação e receber um placebo, ou continuar com a medicação.
Essa proposta inovadora de pesquisa permite comparar a eficácia de prosseguir o tratamento farmacológico com um tratamento psicológico, em relação à manutenção do mesmo tratamento - antidepressivos - ao longo do tempo.
Os participantes escalados para a terapia com meditação participaram de 8 sessões semanais em grupo e se comprometiam a praticar diariamente em casa - uma espécie de dever de casa.
Foram realizadas avaliações clínicas a intervalos regulares em todos os participantes durante um período de 18 meses.
Recaída da depressão
As taxas de recaída para os pacientes no grupo da meditação foram as mesmas registradas entre os pacientes que continuaram recebendo antidepressivos - ambos na faixa de 30%.
Mas os pacientes que receberam placebo recaíram em uma taxa significativamente mais elevada - 70%.
"As implicações reais destes resultados é que eles confrontam diretamente a linha de frente dos tratamentos atuais da depressão. Para esse grupo considerável de pacientes que estão relutantes ou incapazes de tolerar o tratamento antidepressivo de manutenção, a meditação oferece o mesmo nível de proteção contra a recaída," disse o Dr. Segal.
Meditação versus antidepressivos
Cientistas do Centro de Dependência e Saúde Mental (CAMH), no Canadá, constataram que a terapia cognitiva baseada na meditação da mente alerta oferece o mesmo nível de proteção contra a recaída da depressão que a medicação antidepressiva tradicional.
O estudo, publicado na edição atual do Archives of General Psychiatry, comparou a eficácia da farmacoterapia com a meditação da mente alerta, estudando pessoas que foram inicialmente tratadas com antidepressivos e, em seguida, ou pararam de tomar a medicação a fim de praticar a meditação, ou continuaram a tomar medicação por 18 meses.
"Os dados disponíveis sugerem que muitos pacientes deprimidos param com a medicação antidepressiva muito cedo, seja por causa dos efeitos colaterais, seja por não quererem ficar tomando o medicamento durante anos," diz o Dr. Zindel Segal, coordenador do estudo.
Controle das emoções
A terapia cognitiva baseada na meditação é uma abordagem não-farmacológica que ensina habilidades no controle das emoções, de forma que os pacientes possam monitorar possíveis desencadeadores das recaídas, bem como adotar mudanças no estilo de vida que ajudem a manter um humor mais equilibrado.
Os participantes do estudo que foram diagnosticados com transtorno depressivo grave foram todos tratados com antidepressivos até a diminuição dos sintomas.
Eles foram então aleatoriamente designados para deixar a medicação e começar a aprender a técnica de meditação, deixar a medicação e receber um placebo, ou continuar com a medicação.
Essa proposta inovadora de pesquisa permite comparar a eficácia de prosseguir o tratamento farmacológico com um tratamento psicológico, em relação à manutenção do mesmo tratamento - antidepressivos - ao longo do tempo.
Os participantes escalados para a terapia com meditação participaram de 8 sessões semanais em grupo e se comprometiam a praticar diariamente em casa - uma espécie de dever de casa.
Foram realizadas avaliações clínicas a intervalos regulares em todos os participantes durante um período de 18 meses.
Recaída da depressão
As taxas de recaída para os pacientes no grupo da meditação foram as mesmas registradas entre os pacientes que continuaram recebendo antidepressivos - ambos na faixa de 30%.
Mas os pacientes que receberam placebo recaíram em uma taxa significativamente mais elevada - 70%.
"As implicações reais destes resultados é que eles confrontam diretamente a linha de frente dos tratamentos atuais da depressão. Para esse grupo considerável de pacientes que estão relutantes ou incapazes de tolerar o tratamento antidepressivo de manutenção, a meditação oferece o mesmo nível de proteção contra a recaída," disse o Dr. Segal.
Verdadeiros Bodhisattvas...
Julgar os outros
Nunca se sabe onde pode haver um bodisatva.
É dito que muitos bodisatvas, usando métodos habilidosos, são encontrados até mesmo entre abatedores de animais ou prostitutas.
É difícil dizer se alguém tem bodhicitta* ou não.
Buda disse:
Além de mim e daqueles como eu, ninguém pode julgar outra pessoa.
Então, qualquer um que desperte bodhicitta em você, seja uma deidade, um mestre, um companheiro espiritual ou qualquer outra pessoa, considere-o simplesmente como um verdadeiro buda.
Patrul Rinpoche (Tibete, 1808-1887) “As Palavras do Meu Professor Perfeito”, 2ª parte | cap. 3.
Hoje estive com minha família na "formatura" do ensino infantil da escola Kinder, de Porto Alegre. A Kinder é uma Entidade Filantrópica pioneira e única no Brasil com educação para deficientes múltiplos, com comprometimento grave, moderado e leve. Atua na Habilitação e Reabilitação, utilizando como referencial a Metodologia Fischinger, que possui o objetivo de promover atendimento interdisciplinar, beneficiando mais de 350 bebês, crianças e adolescentes. A entidade também é referencial na sua área de atuação pela qualidade, humanismo e confiabilidade, tendo seu comportamento e política baseados em princípios como: ética, honestidade e respeito em todas relações. Da mesma forma, prima pelo apoio e orientação às famílias das pessoas com deficiências múltiplas, pela atitude de prevenção e resolução de problemas com agilidade e competência, bem como pelo constante desenvolvimento do conhecimento técnico e científico.
Lá, vi, novamente, como se dá o caminho de um Bodhisattva.
A palavra voluntário vem do latim e está ligado a idéia de vontade, desejo, estar de boa vontade, seguindo impulsos internos que geram intenções de atuação.
Ja Bodisatva é um termo do budismo que significa duas coisas diferentes:
º Num sentido específico, refere-se aos seres de sabedoria elevada, que seguem uma prática espiritual que visa remover obstáculos e beneficiar todos os demais seres sencientes.
º Noutro sentido o significado para bodisatva refere-se a todas as forças de pureza dentro da mente.
Na tradição Mahayana e Vajrayāna, há todo um panteão de bodisatvas, personificações das forças dentro de nossas mentes. Nem sempre eles são entidades de fácil identificação.
Lá, vi, novamente, como se dá o caminho de um Bodhisattva.
A palavra voluntário vem do latim e está ligado a idéia de vontade, desejo, estar de boa vontade, seguindo impulsos internos que geram intenções de atuação.
Ja Bodisatva é um termo do budismo que significa duas coisas diferentes:
º Num sentido específico, refere-se aos seres de sabedoria elevada, que seguem uma prática espiritual que visa remover obstáculos e beneficiar todos os demais seres sencientes.
º Noutro sentido o significado para bodisatva refere-se a todas as forças de pureza dentro da mente.
Na tradição Mahayana e Vajrayāna, há todo um panteão de bodisatvas, personificações das forças dentro de nossas mentes. Nem sempre eles são entidades de fácil identificação.
Em expressão significa, em tradução literal do sânscrito, "ser (sattva) de sabedoria (bodhi)", e esta sabedoria muitas vezes se apresentam de forma pouco CONFORTÁVEL...
Os Bodhisattvas da Kinder são AS CRIANÇAS.
* Bodhicitta[1] (Ch: 菩提心, pudixin, Jp. bodaishin, Tibetano: jang chub sem, Mongol: бодь сэтгэл) é o desejo de obter a iluminação (Budeidad) para servir de benefício a todos os seres sintientes que estão atrapados na existência cíclica do samsara e não têm atingido a budeidad. Aquele que obtém a Bodhicitta como motivação principal em todas suas actividades e factos se chama Bodhisattva.
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