Pular para o conteúdo principal

O caminho do zen


Shunryu Suzuki diz "Ao escutar essa história, quase todos queremos ser o melhor cavalo. Se for impossível, queremos pelo menos ser o segundo"




Esta é a sexta tira que eu faço adaptando trechos do livro Mente zen, mente de principiante, de Shunryu Suzuki. Este trecho me marcou desde a primeira leitura:


"Ao escutar essa história, quase todos queremos ser o melhor cavalo. Se for impossível, queremos pelo menos ser o segundo." 


Ao terminar de ler, mesmo querendo me encaixar no perfil do melhor cavalo, me vi como o pior em muitas situações e como o melhor em outras. É reconfortante saber que os piores podem ser também os melhores, bastando apenas mudar a forma como encaramos as dificuldades. Ele diz: 



"É nas próprias imperfeições que você encontra as bases para sua mente resoluta que busca o caminho."

Suzuki também aplica essa ideia nas artes:

"Se você estudar caligrafia, poderá verificar que aqueles que não são muito talentosos, por via de regra, acabam sendo os melhores calígrafos. Os que são muito hábeis com as mãos geralmente deparam com grandes dificuldades depois de terem atingido certo estágio. Isto é verdade para as artes e para o Zen."

Vejo isso diariamente nas aulas de desenho que dou. Em geral os alunos menos habilidosos se esforçam mais e acabam tendo resultados surpreendentes.
Oficina "Desbloqueio do Desenho" em São Paulo

Deixo um convite: dia 14 de março, sábado, vou oferecer, junto com Eliza Mania, a oficina "Desbloqueio do Desenho", no espaço Laboriosa 89, na Vila Madalena.

Ao contrário do que a gente poderia pensar, a habilidade do desenho tem pouco a ver com a falta de coordenação motora e talento. Nesta oficina vamos ver como os nossos condicionamentos interferem na nossa visão, como isso produz bloqueios e veremos formas práticas de lidar com eles. O objetivo é ampliar a nossa capacidade de observação abrindo o caminho para a prática do desenho. Espero vocês!





publicado em 24 de Fevereiro de 2015, 21:28

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

ACALME-SE

A técnica A.C.A.L.M.E.-S.E. é um acrônimo (uma palavra formada pela junção das primeiras letras ou das sílabas iniciais de um grupo de palavras) usado como estratégia da Psicoterapia Cognitivo-Comportamental que oferece passos práticos para lidar com a ansiedade durante uma crise. Esses passos ajudam a pessoa a se acalmar e a lidar com as sensações desagradáveis de forma mais eficaz. É uma técnica útil que pode ser praticada sozinha ou com a ajuda de um terapeuta. Aqui está um resumo dos passos: 1. ACEITE a sua ansiedade. Aceitar é o primeiro passo para a mudança. Um dicionário define aceitar como dar “consentimento em receber”. Concorde em receber as suas sensações de ansiedade. Mesmo que lhe pareça absurdo no momento, aceite as sensações em seu corpo assim como você aceitaria em sua casa um visitante inesperado ou desconhecido ou uma dor incômoda. Substitua seu medo, raiva e rejeição por aceitação. Não lute contra as sensações. Resistindo você estará prolongando e intensificando o

Escuta Compassiva.

O monge budista Thich Nhat Hanh diz que OUVIR pode ajudar a acabar com o sofrimento de um indivíduo.  A escuta profunda é o tipo de escuta que pode ajudar a aliviar o sofrimento de outra pessoa.  Podemos chamar-lhe escuta compassiva.  Escuta-se com um único objetivo: ajudar a pessoa a esvaziar o seu coração.  Mesmo que ele diga coisas cheias de percepções erradas, cheias de amargura, somos capazes de continuar a ouvir com compaixão.  Porque sabe que, ouvindo assim, dá a essa pessoa a possibilidade de sofrer menos.  Se quisermos ajudá-la a corrigir a sua percepção, esperamos por outra altura.  Para já, não interrompe.  Não discute.  Se o fizer, ela perde a sua oportunidade.  Limita-se a ouvir com compaixão e ajuda-o a sofrer menos.  Uma hora como essa pode trazer transformação e cura.