A "desintegração" do capitalismo global está desencadeando a 3ª guerra mundial!
Ver as raízes sistêmicas desse risco pode nos ajudar a evitar a catástrofe e construir resiliência
Por Nafeez Ahmed | Tradução: Marianna Braghini
Um economista sênior da Comissão Europeia alertou que uma Terceira Guerra Mundial é “extremamente possível” nos próximos anos, dada a desintegração do capitalismo global.
Em um artigo (“From Integrated Capitalism to Disintegrating Capitalism. Scenarios of a Third World War”) publicado em janeiro, o Professor Gerhard Hanappi afirmou que desde o crash financeiro de 2008, a economia global tem se distanciado de um capitalismo “integrado” e caminhado para uma mudança “desintegradora” marcada pelos mesmos tipos de tendências que precederam as guerras mundiais anteriores.
Hanappi é professor do Instituto para Modelos Matemáticos em Economia da Universidade de Tecnologia de Viena. Ele também compõe o comitê de administração do grupo de especialização em Riscos Sistêmicos na rede de pesquisas sobre Cooperação Europeia em Ciência e Tecnologia, financiada pela União Européia.
Em seu novo artigo, Hanappi conclui que as condições globais carregam inquietantes paralelos com tendências anteriores à eclosão da I e II Guerras Mundiais. Os sinais-chaves de que podemos estar escorregando para um terceiro conflito global incluem, segundo ele:
- o aumento inexorável de gastos militares;
- as democracias tornando-se Estados policiais crescentemente autoritários;
- o aumento de tensões geopolíticas entre grandes potências;
- o ressurgimento do populismo entre a esquerda e a direita;
- a derrocada e enfraquecimento de instituições globais estabelecidas que governam o capitalismo transnacional;
- a ampliação implacável de desigualdades globais.
Estas tendências, algumas das quais eram visíveis no preâmbulo das guerras mundiais, estão reaparecendo de novas formas. Hanappi argumenta que a característica definitiva do período atual é uma transição de uma forma mais antiga de “capitalismo integrado” para uma nova forma de “capitalismo desintegrado”, cujos aspectos mais visíveis emergiram após a crise financeira de 2008.
Na maior parte do século XX, ele diz, o capitalismo global estava em um caminho de “integração” rumo a concentrações maiores de riqueza transnacional. Isso foi interrompido pelos surtos de nacionalismo violento envolvendo as duas guerras mundiais. Depois disso, uma nova forma de “capitalismo integrado” emergiu, baseado em um quadro institucional que permitiu que países industrializados evitassem uma guerra mundial por 70 anos.
O sistema está agora entrando em um período de desintegração. Anteriormente, fraturas dentre o sistema entre ricos e pobres eram superadas “distribuindo um pouco dos ganhos do tremendo aumento dos frutos da divisão global do trabalho às classes trabalhadoras mais ricas nestas nações.” Similarmente, tensões internacionais eram dissipadas por meio de estruturas de governança global e acordos para a regulação do capitalismo.
Mas desde a crise financeira de 2008, a distribuição de riqueza piorou, com o poder de compra das classes médias e trabalhadoras declinando enquanto a riqueza se torna ainda mais concentrada.
O crescimento nos centros ocidentais de capital transnacional está mais vagaroso, na medida em que os antes sacrossantos acordos de comércio internacional estão sendo rasgados. Isso contribuiu para uma reversão ao nacionalismo em que estruturas globais e transnacionais são rejeitadas e os “estrangeiros” demonizados. À medida em que o capital global continua a se desintegrar, estas pressões ampliam-se, particularmente enquanto sua justificativa interna depende cada vez mais em intensificar a competição com rivais externos.
Enquanto o capitalismo integrado dependeu de estruturas institucionais transnacionais que permitiram “exploração estável em nível nacional”, Hanappi argumenta que o “capitalismo em desintegração” vê esta estrutura desagregar-se entre EUA, Europa, Rússia e China, cada qual buscando novas formas de subordinação hierárquica dos trabalhadores.
O capitalismo em desintegração, ele explica, irá recorrer cada vez mais a “poderes coercitivos diretos apoiados por novas tecnologias informacionais” para suprimir tensões internas, bem como uma maior propensão a hostilidades internacionais: “O novo império autoritário demanda confrontação de uns contra os outros, para justificar sua própria estrutura interna de comando inflexível.”
Conflito de Grandes Potências
Hanappi explora três cenários potenciais sobre como um novo conflito global poderia se desencadear. Em seu primeiro cenário, ele explora a prospecção de uma guerra entre as três potências militares mais proeminentes: EUA, Rússia e China.
Todas as três viveram grande aumento dos gastos militares desde o colapso da União Soviética. Uma redução, no caso dos EUA, a partir de 2011, foi revertida sob Trump; a Rússia manteve o aumento e as despesas chinesas crescem rapidamente. Os três países também viveram uma deriva autoritária.
Com base na teoria dos jogos, Hanappi argumenta que o cálculo de que nenhum destes países seria capaz de “ganhar” uma guerra mundial pode estar mudando percepções das lideranças destes países. Segundo uma estimativa, a China tem a maior probabilidade de sobrevivência num conflito global (52%), seguida pelos EUA (30%) e Rússia (18%). Esse cálculo sugere que, das três potências, a China pode ser a que está mais inclinada a ampliar atividades militares hostis diretas que desafiem seus rivais, se perceber uma ameaça direta ao que vê como seus interesses legítimos.
EUA e Rússia, em contraste, podem transferir o foco de suas atividades militares para ações mais encobertas, indiretas e terceirizadas. No caso dos EUA, Hanappi aponta:
“… a estratégia militar de Trump parece incluir a possibilidade de delegar parte da responsabilidade operacional local para vassalos próximos, que recebem apoio maciço de armamentos dos EUA — por exemplo a Arábia Saudita e Israel, no Oriente Médio. A Turquia, um dos braços mais fortes da OTAN na área, é um caso especial. Ela parece ter sido autorizada a destruir um Estado emergente da população curda, o que estaria mais próximo do estilo europeu de governança.”
Há sinais crescentes da intensificação de tensões entre as grandes potências, o que poderia explodir devido a um acidente ou uma provocação imprevista, em um conflito global que ninguém quer.
A guerra comercial entre EUA e China está acelerando, enquanto ambas potências disputam sobre segredos de tecnologia e discutem acerca da crescente presença militar da China no Mar da China Meridional. Enquanto isso, a expansão massiva de Trump da marinha e força aérea dos EUA aponta para a preparação de um grande conflito com China e Rússia.
EUA e Rússia abandonaram um importante acordo nuclear, estabelecido desde a Guerra Fria, abrindo caminho para uma corrida armamentista nuclear. A Coréia do Norte permanece disposta a manter seu programa nuclear em andamento, enquanto o desmantelamento de Trump do acordo nuclear com o Irã desincentiva este país a se desarmar e a relatar sua situação militar exata.
No ano passado, um estudo estatístico da frequencia de grandes guerras na história humana avaliou que os 70 anos da chamada “grande paz” não são um fenômeno comum, sugerindo um período de paz sem precedentes. O estudo concluiu que não havia razão para acreditar que o período de 70 anos não abriria espaço para uma outra grande guerra.
Pequenas guerras, contágio global
O segundo cenário de Hanappi explora a prospecção de uma série de “pequenas guerras civis em diversos países.” Os ingredientes para tal cenário estão enraizados no ressurgimento do populismo nos campos da esquerda e da direita. “Ambas variantes – às vezes implicitamente, outras explicitamente – referem-se a uma forma de Estado histórico nacional passado que se propõem a restaurar,” pensa Hanappi.
Enquanto o populismo de direita remete aos regimes autoritários e racistas estabelecidos na Alemanha e Itália na década de 1930, o populismo de esquerda anseia por retornar ao modelo de “capitalismo integrado” das primeires três décadas após a Segunda Guerra Mundial, o qual combateu a desigualdade inerente ao capitalismo por meio da “rede social” do chamado “estado de bem estar”, bem como de várias formas de intervenção estatal na economia, ainda que num regime de indústria privada.
O problema é que este “capitalismo integrado” já está enridadeo em suas próprias contradições internas, o que impulsiona a entrada num período de desintegração.
Isso coloca o populismo de esquerda em uma posição sistematicamente mais fraca, pois o populismo de direita pode apontar para os múltiplos fracassos do “capitalismo integrado”: o fracasso em “superar os antagonismos de classe” e o fracasso em “cumprir a promessa de uma vida substancialmente melhor para a maioria das pessoas.” De acordo com Hanappi:
“Os defensores de uma economia integrada são forçados a experimentar novas formas de organização nacional. Formas mais participativas de organização democrática levam mais tempo e, com múltiplos grupos sociais envolvidos, isso pode enfraquecer movimentos diante do populismo de direita. Além disso, a visão de um capitalismo integrado é afetada pelo fato de que muitas pessoas ainda se lembram de sua crise, enquanto a canção da glória nacional que o populismo de direita canta refere-se a um distante passado imaginado, que ninguém jamais viveu”.
Neste contexto, ele argumenta, há potencial para que irrompam guerras civis nacionais entre ramos paramilitares de direita e movimentos de esquerda, num contexto em que ambas as correntes movimento poderiam assumir o poder do Estado e entrar em conflito com a oposição.
Hanappi alerta para a possibilidade de um efeito de “contágio” regional ou global, se estas irrupções ocorrem dentro de uma escala de tempo similar. Nesse cenário:
“A mobilidade fluida de agentes políticos nacionais, os criadores de movimentos populistas, choca-se com a rigidez das terríveis restrições econômicas globais. Este é o acidente que provoca guerras locais. ”
Insurgência global dos pobres
O terceiro cenário de Hanappi sugere que nos próximos anos, o mundo tende a encarar uma série “movimentos de independência” e “anti imperialistas”, “protestos de massa pró-reformas estruturais, contra governos nacionais” e “insurreições armadas” ou “insurgências” associadas à duas ideologias em particular, “marxismo” e “islamismo”.
De acordo com Hanappi, a plausibilidade desse cenário pode ser encontrada nas “trajetórias profundamente divergentes de bem-estar das partes pobres e de regiões ricas da economia mundial”.
Embora o PIB tenha continuado a crescer globalmente, nas últimas três décadas, as desigualdades de renda e riqueza ampliaram-se em quase todos os países, e tendem a se acentuar ainda mais. Se esse ciclo continuar, é possível uma sintonia de rebeliõpes entre os três bilhões mais pobres, estimulada pela interconectividade das comunicações na era do smartphone.
Hanappi argumenta que, na realidade, as condições globais tornam uma combinação desses três cenários mais provável do que a prevalência de apenas um deles. Ele afirma: “O capitalismo em desintegração não é uma profecia. Sua época já chegou e ele molda a vida cotidiana. O desaparecimento do capitalismo integrado também não é uma previsão. O capitalismo em desintegração dissolve o capitalismo, mas para isso é preciso primeiro destruir o capitalismo integrado, seu antecessor imediato”.
A característica distintiva do capitalismo em desintegração é a sua tendência para estabelecer “restrições nacionalistas e racistas” destinadas a excluir “o que seus líderes definem como uma minoria inferior”, a fim de proteger a acumulação de capital para uma identidade nacional estreita e paroquialmente definida. Antigas instituições capitalistas integradas são abandonadas e novas estruturas de governança mais coercitivas são introduzidas.
Neste contexto, Hanappi conclui que uma terceira guerra mundial “não necessariamente” irá acontecer, mas expressa uma “probabilidade assustadoramente alta”. Evitá-la, ele sugere, requer a adoção de estratégias de contra-ofensiva efetivas, como o movimento de paz global.
Para além da desintegração: o que vem depois?
O diagnóstico de Hanappi é perspicaz, mas em ultima instancia, limitado devido ao seu foco direcionado em economia. Em sua análise falta qualquer referência à crise biofísica que leva à desintegração do capitalismo global: aos fluxos ecológicos e energéticos pelo quais as economias capitalistas funcionam – e portanto os limites naturais (os limites planetários) que estão sendo violados.
Entretanto, sua concepção de “capitalismo em desintegração” — que produz maior propensão ao conflito violento – adere bem a um conceito ecológico mais amplo, do declínio civilizacional, explorado em um recente artigo da geógrafa norte americana Stephanie Wakefield, publicado no periódico Resilience.
Wakefield chama atenção ao trabalho pioneiro de CS Holling, um ecologista de sistemas que argumentou que os ecossistemas naturais tendem a acompanhar um “ciclo adaptativo” consistindo em duas fases, “um loop para frente de crescimento e estabilidade e um loop para trás de liberação e reorganização”.
Ela aponta que enquanto o trabalho de Holling estava focado no estudo de ecossistemas locais e regionais, ainda permanecia a questão de se a ideia do “loop para trás” poderia ser aplicado em uma escala planetária, para entender a dinâmica da transição civilizacional: “Estamos nós em um ‘profundo loop para trás’ que apresenta as mesmas oportunidades e crises que os estudos de loops regionais que descrevemos?”, ele perguntou em 2004.
Wakefield explora a ideia do “loop para trás” do Antropoceno, assinalando uma mudança de fase em que uma ordem, estrutura e sistema de valores particulares, abrangendo a relação da humanidade com a Terra, experimenta uma profunda ruptura e declínio:
“As alegações do domínio humano sobre o mundo estão sendo varridas pela elevação dos mares e pelas tempestades sem precedentes, enquanto os diagnósticos terminais da civilização ocidental proliferam tão rapidamente quanto as fantasias do fim.”
Nesta nova fase, há um paralelo entre a escalada de crises ambientais e a intensificação da ruptura política.
“A lista de pontos de ruptura induzidos por fatores antropogênicos cresce: colapso da pesca; perda de biodiversidade; derretimento das calotas polares e a elevação dos mares; concentrações de CO² atingindo 350 partes por milhão (ppm) e agora 400 ppm; entradas de nitrogênio antropogênico; acidificação dos oceanos e branqueamento de recifes de coral; desmatamento … Mas igualmente e junto com esses processos, desde 2011 também estamos em uma era de tumultos, revoluções, experimentos locais e movimentos sociais que podem parecer insanos, mas são muito reais. “
Mas o paralelo entre a disrupção politica e ambiental não é nenhum acidente. Na verdade, é uma característica fundamental do que Wakefield chama de “loop para trás do Antropoceno”, uma fase de declínio sistêmico que vê o desfiamento da antiga ordem – mas que simultaneamente abre possibilidades para a emergência de um novo sistema.
“Em resumo, uma coisa pareceria clara: nós não estamos mais em um loop para a frente,” escreve Wakefield.
“No loop para frente havia o ‘espaço seguro operacional’ do Antropoceno…este mundo complexo, não linear, de pós-verdade, de fragmentação, fratura, dissolução e transfiguração é o que proponho chamarmos de loop para trás do Antropoceno.”
O loop para frente, então, seria equivalente ao ápice do “capitalismo integrado” de Hanapper, que emergiu após a Segunda Guerra Mundial e continuou a evoluir por meio da ‘era de ouro’ do crescimento neoliberal, de 1980 ao início dos anos 2000.
Desde então, cada vez mais testemunhamos a erupção das contradições internas neste ‘loop para frente’ do capitalismo integrado, na forma de uma trajetória de desintegração que desencadeia o “loop para trás” do declínio sistêmico civilizacional:
“O loop para trás é nosso presente, o momento de nomear o Antropoceno (como um fracasso), no qual o passado (o loop para frente) não desapareceu, como pontos atrás de uma linha, mas está surgindo de formas imprevisíveis no presente. ”
A fase de desintegração do capitalismo, portanto, faz parte de um “ciclo adaptativo” mais amplo de capital global que agora se encontra à beira de um colapso prolongado. E, no entanto, adotar essa lente do sistema além do pensamento econométrico em uma estrutura ecológica mais profunda nos permite ver mais do que apenas a destruição da velha ordem em jogo, mas, nesse mesmo processo, o surgimento de possibilidades sem precedentes para um novo ‘loop para frente’’:
“Há um conjunto de benefícios em enxergar o Antropoceno através das lentes do ciclo adaptativo, e em particular em ver nosso limiar “atual” de terrenos acidentados, e de modos desconcertados de conhecer e ser como um loop para trás”, sugere Wakefield. “O principal deles é a capacidade de ver o Antropoceno não como um fim trágico ou como um mundo de ruínas, mas uma fase caótica em que novas possibilidades estão presente e o futuro mais aberto do que normalmente imaginamos”.
O reposicionamento de Wakefield sobre condição humana no âmbito do “loop para trás” abre espaço para visualizá-la como parte de uma série histórica mais longa de ciclos civilizacionais de declínio e renovação, nos quais a tarefa diante de nós é abraçar nosso papel em ativar e ampliar as possibilidades para renovação.
Isso significa ir muito além dos modelos convencionais de ‘loop para frente’ de resiliência – transformando as estruturas políticas e econômicas existentes, rompidas, em modelos de resiliência que visem reinventar e redesenhar a nós mesmos e a nossas estruturas:
“Em vez de aceitar o fim da ação humana – e de nos imaginar como vítimas ou administradores do ‘loop para trás’ – afirmo que existe outra possibilidade: decidirmos por nós mesmo, localmente e de maneiras diversas, onde e como habitar o loop para trás”. Habitar requer mais do que “lutar contra ou viver com medo”. Requer um grau de aceitação, achar o próprio lugar no processo: “ser familiar, confortável e envolvido… Um ato cotidiano e habitual, livre, de criação e construção.”
E isso requer reconhecer que estamos nos movendo em um terreno fundamentalmente e desconhecido, o que só pode ser feito dispensando velhos “modos de pensamento e ação do loop anterior.”
No loop para trás, tudo está em aberto – não apenas infraestruturas antigas, mas também ideologias políticas e realidades filosóficas assumidas. E assim, para responder à fase de desintegração do capitalismo e à ameaça de uma guerra global, é preciso irmos além de antigos modelos como a ideia de um “movimento global de paz”. Precisamos de espírito e práticas inteiramente novos e comprometidos com o surgimento de um novo mundo:
“O que o loop para trás nos sugere é que o Antropoceno é agora um momento para explorar de fundamentos do pensar e do agir – e nos abrir para as possibilidades oferecidas aqui e agora. Esse é um espaço operacional “inseguro” porque já ultrapassamos os limites, mas também porque não há projetos transcendentes, confiança ou garantias: a única coisa a fazer é nos tornarmos criadores de novos valores e novas respostas. “
O trabalho de Wakefield nos lembra que, enquanto os perigos de uma terceira guerra mundial estão aumentando no ciclo Antropocênico do capitalismo em desintegração, as oportunidades de renovação, reorganização e reavivamento também emergem rapidamente.
Elas precisam ser compreendidas e assumidas, quer uma nova guerra ecloda ou não. Mais que isso, precisamos trabalhar para soar o alarme, incansavelmente, em todos os níveis, para despertar a consciência sobre a mudança de faze em que nos encontramos como espécie. O que quer que emerja, ao final, não será o fim — estamos diante do alvorecer desconhecido de um novo começo.
Nafeez Mosaddeq Ahmed é jornalista investigativo britânico, autor, acadêmico e estrategista de mudanças. Ele é editor da plataforma de jornalismo investigativo crowdfunded INSURGE intelligence. E ex-comentarista ambientalista do The Guardian .
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