Sutra do Coração da Grande Sabedoria Completa(Maka Hannya Haramita Shingyô)
Quando Kanzeon Bodisatva praticava em profunda Sabedoria Completa
claramente observou o vazio dos cinco agregados
assim se libertando de todas as tristezas e sofrimentos.
Oh! Sharishi!
Forma não é mais que vazio.
Vazio não é mais que forma.
Forma é exatamente vazio.
Vazio é exatamente forma.
Sensação,
conceituação,
diferenciação,
conhecimento assim também o são.
Óh! Sharishi!
Todos os fenômenos são vazio-forma,
não nascidos,
não mortos,
não puros,
não impuros,
não perdidos,
não encontrados.
Assim é tudo dentro do vazio.
Sem forma,
sem sensação,
conceituação,
diferenciação,
conhecimento;
sem olhos,
ouvidos,
nariz,
língua,
corpo,
mente,
sem cor,
som,
cheiro,
sabor,
tato,
fenômeno.
sem mundo de visão,
sem mundo de consciência,
sem ignorância e
sem fim à ignorância,
sem velhice e morte e
sem fim à velhice e morte,
sem sofrimento,
sem causa,
sem extinção e
sem caminho,
sem sabedoria e sem ganho,
sem nenhum ganho.
Bodisatva devido à Sabedoria Completa.
Coração-Mente sem obstáculos,
sem obstáculos ,
logo, sem medo,
distante de todas as delusões,
isto é Nirvana.
Todos os Budas dos Três Mundos devido à Sabedoria Completa obtém
ANOKUTARA SAN MYAKU SAN BODAI.
Saiba que Sabedoria Completa
é expressão de grande divindade,
expressão de grande claridade,
expressão insuperável,
expressão inigualável,
com capacidade de remover todo o sofrimento.
Isto é verdade não é mentira!
Assim, invoque e
expresse a Sabedoria Completa,
invoque e repita:
Gya-tei, gya-tei •
ha-ra gya-teiHara-so gya-tei •
bo-ji sowa-ka
Sutra do Coração da Grande Sabedoria Completa.
Eu, Aqui e Agora
de Shundo Aoyama Roshi abadessa do Mosteiro Feminino de Aichi(Aichi Senmon Nisodo)
Se eu fosse um pano de chão, talvez dissesse: “seria melhor ser uma camisa”.
Pensar que o pano de chão não é importante e tem menos valor do que a camisa é uma idéia banal, a mentalidade típica dos seres humanos. Neste mundo, não há diferença de valor entre um objeto e outro. Ouvi dizer que um pino de poucos milímetros que sustenta os mecanismos de um relógio de cem mil yens custa apenas dez yens. Mas este pino tão barato é tão essencial ao funcionamento da vida quanto um objeto muito mais caro. Cada parte do relógio tem seu papel no funcionamento do mecanismo e, a cada instante, trabalha sem cessar para que o relógio não pare. Também nosso trabalho - qualquer que seja ele - é como as engrenagens de um relógio, mantendo uma família, uma empresa, um país e o mundo.
Se trabalharmos seriamente a cada instante, colocando de lado nossos pensamentos e interesses egoístas, podemos nos transformar em uma luz que ilumina as pessoas que nos circundam. Nossa presença por si só é suficiente para iluminar e nos tornamos a própria aparição de Shojin Haramitsu
- de Shundo Aoyama Rôshi.
Nota: Shojin (virya em sânscrito) é, de acordo com os textos antigos, a função mental que permite a alguém perseverar diligentemente na doutrina correta enquanto se afasta de todas as doutrinas falsas.
A palavra japonesa ‘haramitsu’ significa ‘paramita’.
de Shundo Aoyama Roshi abadessa do Mosteiro Feminino de Aichi(Aichi Senmon Nisodo)
O contrário do esforço diligente - Shojin - é a auto-indulgência, a negligência que segue apenas as paixões - Hoitsu. Na vida que busca o Shojin, precisamos deixar de lado nossa vontade pessoal e nos esforçar ao máximo para desempenhar o papel que nos foi confiado, aqui e agora.
Recentemente fiquei comovida ao ler uma poesia chamada “Pano de chão”, do poeta Michio Mado :
"Quando volto para casa em um dia de chuva
o pano de chão está me esperando
com a cara de um pano de chão.
Um rosto conhecido!
Mas certamente não era sua opção
tornar-se um pano de chão.
Até pouco tempo atrás
tinha a cara de uma camisa.
“sou uma camisa”, dizia.
Era macia como se fosse minha segunda pele
mas certamente tornar-se camisa
não foi sua opção.
Talvez há muito tempo,
em uma terra como a América
teria sorrido como uma flor de algodão
sorrindo para o vento e para o sol.
Se eu fosse um pano de chão, talvez dissesse: “seria melhor ser uma camisa”.
Ou então: “agora me tornei um pano de chão, mas antes eu era uma bela camisa”.
Um pano de chão que se lamenta assim não é útil.
Não é nada fácil um pano de chão com a forma de uma camisa. Desempenhar plenamente o papel que nos foi confiado significa transformar-se plenamente em uma camisa quando temos que ser uma camisa, e voltar a ser um pano de chão quando devemos ser um pano de chão. Esta é a imagem de quem vive seguindo o caminho da verdade - Shojin - sem pensar em seus desejos caprichosos.
Pensar que o pano de chão não é importante e tem menos valor do que a camisa é uma idéia banal, a mentalidade típica dos seres humanos. Neste mundo, não há diferença de valor entre um objeto e outro. Ouvi dizer que um pino de poucos milímetros que sustenta os mecanismos de um relógio de cem mil yens custa apenas dez yens. Mas este pino tão barato é tão essencial ao funcionamento da vida quanto um objeto muito mais caro. Cada parte do relógio tem seu papel no funcionamento do mecanismo e, a cada instante, trabalha sem cessar para que o relógio não pare. Também nosso trabalho - qualquer que seja ele - é como as engrenagens de um relógio, mantendo uma família, uma empresa, um país e o mundo.
Se trabalharmos seriamente a cada instante, colocando de lado nossos pensamentos e interesses egoístas, podemos nos transformar em uma luz que ilumina as pessoas que nos circundam. Nossa presença por si só é suficiente para iluminar e nos tornamos a própria aparição de Shojin Haramitsu
- de Shundo Aoyama Rôshi.
Nota: Shojin (virya em sânscrito) é, de acordo com os textos antigos, a função mental que permite a alguém perseverar diligentemente na doutrina correta enquanto se afasta de todas as doutrinas falsas.
Em épocas mais recentes passou a significar diligência, assiduidade, constância, devoção e até mesmo abstinência.
É um dos Seis Paramitas:
dana - doação,
sila - preceitos,
kasnti - paciência,
virya - assiduidade,
dyana - meditação e
prajna - sabedoria.
São as seia espécies de prática dos bodhisattvas.
A palavra japonesa ‘haramitsu’ significa ‘paramita’.
Do livro Para uma pessoa bonita: Contos de uma mestra zen, Prefácio da Monja Coen, traduzido por Tomoko Ueno.São Paulo: Editora Palas Athena / Zen do Brasil, 2002. Pág. 103-105
Saudações pessoas!
Meu nome é Islan, mesmo... sou de Porto Alegre e sou tec. de enfermagem de UTI pediátrica e acadêmico de psicologia. Convivo, como autodidata, com o Budismo desde meus 9 ou 10 anos. Através do professor de meu pai de tae kwon do que era coreano (Mestre Kim), e por minhas leituras desde então. A 5 ou 6 anos assisti uma palestra do Mestre Zen Moriyama Roshi. Passei a ler tudo que se referia a Zen, depois de suas palavras. No Via zen conheci a mestra Coen. E foi inevitável tela como meu modelo de jornada. Hoje a busco sempre que vem a Porto Alegre. Através dela conheci a monja Isshin, pessoa impressionante que hoje me ajuda a me manter próximo do Zen, apesar de minha profissão e compromissos com a Prefeitura de poa e com minha família é a ela que recorro para conversar e para me orientar.Não posso participar de nenhuma das Shangas de Porto Alegre em função do tempo. Colaboro como posso divulgando e escrevendo eventualmente sobre o tema. (já leram sobre o “carnaval útil”???).Talvez deva dizer que ainda criança fui iniciado no Candomblé e no catolicismo, por partes diferentes de minha família. Na juventude estudei em seminário por três anos e trabalhei em terreiro por uns dois... sou filho de Oxalá... com muito orgulho (e em respeito a meus ancestrais)... mas não pratico nada de nenhuma das duas religiões. Me entendo por Budista, sigo as orientações do Zen Soto Shu, embora não participe do Via Zen nem receba as orientações do monge Monge Dengaku, sou um admirador afastado por força maior.Sou um leitor compulsivo de filosofia e mitologia. Apaixonado por cinema (de maneira eclética, curto de Frederico Feline a George Romero...). Fui montanhista e escoteiro. Sou ciclista amador e acredito na participação popular e organização social no que se refere a cidades e bairros. Mas tenho um engasgo com partidos políticos. Pratico "ecologia doméstica" (termo que inventei agora para definir as coisas simples que podemos fazer em casa para ajudar a não piorar mais as coisas).É um prazer me apresentar.
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