De Martha Medeiros.
Gosto dos livros de ficção do psiquiatra Irvin Yalom (Quando Nietzsche Chorou, A Cura de Schopenhauer) e por isso acabei comprando também seu Os Desafios da Terapia, em que ele discute alguns relacionamentos padrões entre terapeuta e paciente, dando exemplos reais. Eu devo ter sido psicanalista em outra encarnação, tanto o assunto me fascina.Ainda no início do livro, ele conta a história de uma paciente que tinha um relacionamento difícil com o pai. Quase nunca conversavam, mas surgiu a oportunidade de viajarem juntos de carro e ela imaginou que seria um bom momento para se aproximarem. Durante o trajeto, o pai, que estava na direção, comentou sobre a sujeira e degradação de um córrego que acompanhava a estrada. A garota olhou para o córrego a seu lado e viu águas límpidas, um cenário de Walt Disney. E teve a certeza de que ela e o pai realmente não tinham a mesma visão da vida. Seguiram a viagem sem trocar mais palavra.Muitos anos depois, esta mulher fez a mesma viagem, pela mesma estrada, desta vez com uma amiga. Estando agora ao volante, ela surpreendeu-se: do lado esquerdo, o córrego era realmente feio e poluído, como seu pai havia descrito, ao contrário do belo córrego que ficava do lado direito da pista. E uma tristeza profunda se abateu sobre ela por não ter levado em consideração o então comentário de seu pai, que a esta altura já havia falecido.Parece uma parábola, mas acontece todo dia: a gente só tem olhos para o que mostra a nossa janela, nunca a janela do outro. O que a gente vê é o que vale, não importa que alguém bem perto esteja vendo algo diferente.
A mesma estrada, para uns, é infinita, e para outros, curta. Para uns, o pedágio sai caro; para outros, não pesa no bolso. Boa parte dos brasileiros acredita que o país está melhorando, enquanto que a outra perdeu totalmente a esperança. Alguns celebram a tecnologia como um fator evolutivo da sociedade, outros lamentam que as relações humanas estejam tão frias. Uns enxergam nossa cultura estagnada, outros aplaudem a crescente diversidade. Cada um gruda o nariz na sua janela, na sua própria paisagem.Eu costumo dar uma espiada no ângulo de visão do vizinho. Me deixa menos enclausurada nos meus próprios pontos de vista, mas, em contrapartida, me tira a certeza de tudo. Dependendo de onde se esteja posicionado, a razão pode estar do nosso lado, mas a perderemos assim que trocarmos de lugar. Só possuindo uma visão de 360 graus para nos declararmos sábios. E a sabedoria recomenda que falemos menos, que batamos menos o martelo e que sejamos menos enfáticos, pois todos estão certos e todos estão errados em algum aspecto da análise.
É o triunfo da dúvida.
Martha Medeiros
http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a1737451.xml&template=3916.dwt&edition=9136§ion=812
Não por ingenuidade, mas por que minha experiência de vida me prouxe até aqui assim, é que tenho todas as reservas com pessoas que se sustentam em discursos elaborados e belos (muitas vezes corretos e edificantes), mas que tem na prática uma vida que não reflete sua fala.
É o caso de meu mui insperador e muso de minha juventude Friedrich Wilhelm Nietzsche que tanto me inspirou a buscar minha pulsão de poder e minha força interior, mas que viveu como um foragido de sua própria vida... sem lugar ou destino (acreditava que seus pares ainda estavam por nascer... nisto ele tinha alguma razão, mas, que vida é esta que não é vivida no presente??? somente no talvez, no quem sabe? No futuro?????? é muito anacronismo...) Assim como tantos outros ele viveu uma vida dedicada a uma busca e foi corroido por esta.
Muitos porém são "corrompidos por ela", corrompidos pela busca e pelo ego que o identifica como o ''único'' capaz de superar uma determinada etapa ou esclarecimento...
São derrotados pela "Misancene" e pelas máscaras que eles mesmo criaram...
atores que acreditam no personagem mais que em si mesmos...
Políticos que roubam e juram que faziam pelo país (a ponto de se dizerem traídos pelos que os criticam, como mártires),
filósofos que não seguem suas teorias, a menos que tenham público que compense,
religiosos que defendem o desapego e colecionam limosines e garotinhas em tenras formas...
Bestas humanas que pululam nossa história moderna e recente, mas não são novidade.
Mas e daí???
Bem eu li o mesmo livro que Marta sita.
Minha janela é a da paisagem trágica. Estou do lado feio do caminho.
Pessoas que até óntem andavam de bandeira erguida ao meu lado em pról da liberdade e tinham atitudes que eu admirava defendem hoje o totalitarismo de ditadores populistas agregados a narco terroristas... ou vendem sua alma por posições bem remuneradas ou de destaque político... por estatus.
Os partidos que eu defendia hoje praticam a mais desvelada continuidade da prática sórdida paternalista que tanto criticavamos...
Não é só na política.
Mesmo depois de tantos anos, de tanto esclarecimento e alcance a informação os mesmos "pseudos gurus" são a fonte de iniciação de um grande número de pessoas bem informadas e acarretam um sem número de distorções nas práticas mais corretas e proativas.
Hoje, quando dei por mim, eu estava mais preocupado com a apaixonada defesa de alguns pelo personágem " X " que esqueci por completo pelo que se propunha um post específico...
Tenho andado demais na janela mais triste por estar sempre na ponta de lança das minhas lutas...
Lidar com a vida e a morte de frágeis pessoinhas que nem sabem que estão vivas ou mortas, e que nunca verão um dia de sol ou sentirão o cheiro de grama humida de chuva morna e terra...
Lidar com um hospital onde as paredes explodem em vazamentos e chove reboco em unidades que deveriam ser de tratamento intensivo...
Em fim... absorvi o monstro que eu pensei combater e me tornei uma criatura amarga e sem esperança...
peço desculpa se não consegui ser produtivo com minhas opiniões e com minhas convicções;
Realmente não confio nos políticos de esquerda, direita e de qualquer um que tenha uma opinião definida sem pensar ou em frases que comecem com: "-- Veja bem, na verdade...";
Gurus e Mestres que recebem títulos de seguidores devem ser suspeitos...
Duvido de Buda (Sidarta), de Cristo e de Todas as Doutrinas Celestes que fundamentam-se na Palavra Divina de livros sagrados, por isto sou obrigado a pô-los a prova em minha própria vida...assim sou obrigado a viver minha própria experiência e tirar conclusões baseado nestas, e nada mais...
Peço desculpas por minha posição enfática e por meus erros de português.
Tendo por base o que descrevi repito:
Teu discípulo por várias existências, por muitos kalpas,ficou preso aos obstáculos docarma,
ânsia,
raiva,
arrogância,
ignorância,
confusão
e erros,e hoje,
graças ao conhecimento que tem do Buda,reconhece seus errose começa sinceramente outra vez...
Assim:
Que eu possa estar em paz, feliz e leve de corpo e de espírito;
Que eu possa viver em segurança e livre de males;
Que eu possa estar livre da raiva, das aflições, medos e ansiedades;
Que eu possa aprender a olhar-me com olhos de compreensão e amor;
Que eu possa reconhcer e tocar as sementes de alegria e felicidade que existem em mim;
Que eu possa aprender a identificar as fontes de raiva, cobiça e ilusão que existem em mim;
Que eu possa alimentar as sementes de alegria em mim todos os dias;
Que eu possa ser sereno, firme e livre;
Que eu possa estar livre do apego e da aversão sem me tornar indiferente;
Que os meus amigos possam estar em paz, felizes e leves de corpo e de espírito;
Que os meus amigos possam viver em segurança e livres de males;
Que os meus amigos possam estar livres da raiva, das aflições, medos e ansiedades;
Que os meus amigos possam aprender a se olhar com olhos de compreensão e amor;
Que os meus amigos possam reconhecer e tocar as sementes de alegria e felicidade que existem em si mesmos;
Que os meus amigos possam aprender a identificar as fontes de raiva, cobiça e ilusão que existem em si mesmos;
Que os meus amigos possam alimentar as sementes de alegria em si mesmos todos os dias;
Que os meus amigos possam ser serenos, firmes e livres;
Que os meus amigos possam estar livres do apego e da aversão sem se tornar indiferentes....
Meditação adaptada por Thich Nhat Hanh do texto Visuddhimagga, escrito por Buddhagosa em 430 d.C. - texto tradicional theravada.
Terminei minhas práticas diárias e minha meditação, guardei os livros e as preces, limpei o porta incenso e troquei a ofernda de água, liguei para minha mulher, de plantão la no hospital e lhe dei boa noite... Meu filho ronrona e faz muito calor em Porto Alegre...Chove em silêncio em minha cidade... Agora vou dormir.
16 de Janeiro de 2008.
Ainda é difícil lidar com tantas idéias.
Mas com a Ajuda de minha querida professora a Monja Isshin Havens.
Lidar com oque SOMOS e não com oque QUERÍAMOS SER é parte do caminho...
Rohatsu Sesshin - dezembro de 2008.
Prezados Membros e Simpatizantes das Sangas,
Segue a previsão da programação para o nosso Rohatsu Sesshin.
Mais uma vez, pretendemos realizar este sesshin de forma íntima, na casa da Ieda Seishin - Av. Maryland 1015 - Ap 401 - Bairro Auxiliadora, para facilitar o acesso aos membros que trabalhem.
Podem entrar e sair de acordo com as suas necessidades - vejam os espaços de kinhin ou intervalos para evitar perturbar o zazen.
Pedimos que avisam com antecedência, por causa da chave do prédio, uma vez que o apartamento dela fica no 4o andar e alguém terá que descer abrir o portão (e subir novamente) cada vez que alguém chegue...
Vamos procurar minimizar esta ginástica...
O número de meu telefone é: 9331-7476.
No sábado e domingo do retiro, teremos refeições "formaisl", apesar de ainda meio improvisadas (ainda não temos os nossos oryokis-conjuntos de tigelas), a ser preparadas pelos nossos novos tenzos-em-treinamento, Miguel e Adriana.
Assim, pedimos a confirmação antecipada (até 2a-feira, dia 1) dos que irão participar das refeições (almoço e janta) para permitir o planejamento correto das quantidades de comida.
Também será solicitada uma colaboração para cobrir os custos (e deixar sobre alguma coisa para o fundo de patrimônio... ).
Aguardo as suas confirmações.
Cuidem-se bem!
Gassho, Monja Isshin.
Sanga Soto Zen Budista Águas da Compaixão.
Rohatsu Sesshin – Retiro da Iluminação do Buda – 2008
Segunda-feira, dia 1º a Domingo, dia 7 de dezembro 2008
Manhã
09:00
-
Abertura do Sesshin (Sábado) e Zazen 40" (ou Zazen 20"/Kinhin 5"/Zazen 15")
09:40
-
Tchôka – Serviço Matinal
10:00
-
Zazen 40" (ou Zazen 20"/Kinhin /Zazen 15" ou Programação Alternativa 45")
10:40
-
Kinhan 5"
10:45
-
Zazen 40" (Zazen com Palestra 20"/Kinhin 5"/Zazen 15")
11:25
-
Kinhin 5"
11:30
-
Zazen 30" – Iniciar com Kwan Sun Mu
12:00
-
Nitchu Fugin – Serviço de Meio-dia
12:10
-
Intervalo para Almoço
Tarde
14:00
-
Zazen 40" (ou Zazen com Palestra 20"/Kinhin 5" /Zazen 15") – Iniciar com Do-in
14:40
-
Kinhin 5"
14:45
-
Zazen 40" (ou Zazen com Palestra 20"/Kinhin 5"/Zazen 15")
15:25
-
Chá – Descanso
16:00
-
Zazen 30"
16:30
-
Kinhin 5"
16:35
-
Banka – Serviço Vespertino (Portal do Doce Néctar)
17:00
-
Intervalo para Jantar
Noite
18:00
-
Zazen 40" (ou Zazen com Palestra 20"/Kinhin 5" /Zazen 15" ou Programação Alternativa 45")
18:40
-
Kinhin 5"
18:45
-
Zazen 40" (ou Zazen com Palestra 20"/Kinhin 5" /Zazen 15") Tema: Hokyôzanmai
19:25
-
Kinhin 5"
19:30
-
Zazen 30" – Leitura de Sutra
20:00
-
Bate-papo do Darma (ou Zazen 30"/Kinhin 5"/ Zazen 25")
21:00
-
Descanso
Domingo, 7 de dezembro – igual até 18 horas
18:00
-
Zazen 40" (ou Zazen com Palestra 20"/Kinhin 5" /Zazen 15" ou Programação Alternativa 45")
18:40
-
Kinhin 5"
18:45
-
Zazen 40" (ou Zazen com Palestra 20"/Kinhin 5" /Zazen 15") Tema: Hokyôzanmai
19:25
-
Kinhin 5"
19:30
-
Zazen 30" – Leitura de Sutra
20:00
-
Ryaku Fusatsu – Cerimônia Formal Curta de Arrependimento, com queima de Carmas
Cerimônia da Iluminação de Buda
21:00
-
Fim do Retiro
Tema principal de estudo deste sesshin: Hokyôzanmai, Samadhi do Espelho Precioso, sutra recitado diariamente no serviço matinal nos mosteiros, templos e locais de prática.
* Programação Alternativa poderá incluir:
Cópia de Sutra / Kinhin Longo ao Ar Livre / Alongamento / Tai Chi / Yoga
http://monjaisshin. wordpress. com
http://aguasdacompa ixao.wordpress. com/
http://zendovirtual .wordpress. com/
http://interconexao .wordpress. com/
A paz começa com cada um de nós - aqui, agora.
Peace begins with each of us - right here, right now.
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No sábado e domingo do retiro, teremos refeições "formaisl", apesar de ainda meio improvisadas (ainda não temos os nossos oryokis-conjuntos de tigelas), a ser preparadas pelos nossos novos tenzos-em-treinamento, Miguel e Adriana.
Assim, pedimos a confirmação antecipada (até 2a-feira, dia 1) dos que irão participar das refeições (almoço e janta) para permitir o planejamento correto das quantidades de comida.
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Rohatsu Sesshin – Retiro da Iluminação do Buda – 2008
Segunda-feira, dia 1º a Domingo, dia 7 de dezembro 2008
Manhã
09:00
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Abertura do Sesshin (Sábado) e Zazen 40" (ou Zazen 20"/Kinhin 5"/Zazen 15")
09:40
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Tchôka – Serviço Matinal
10:00
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Zazen 40" (ou Zazen 20"/Kinhin /Zazen 15" ou Programação Alternativa 45")
10:40
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Kinhan 5"
10:45
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Zazen 40" (Zazen com Palestra 20"/Kinhin 5"/Zazen 15")
11:25
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Kinhin 5"
11:30
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Zazen 30" – Iniciar com Kwan Sun Mu
12:00
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Nitchu Fugin – Serviço de Meio-dia
12:10
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Intervalo para Almoço
Tarde
14:00
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Zazen 40" (ou Zazen com Palestra 20"/Kinhin 5" /Zazen 15") – Iniciar com Do-in
14:40
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Kinhin 5"
14:45
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Zazen 40" (ou Zazen com Palestra 20"/Kinhin 5"/Zazen 15")
15:25
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Chá – Descanso
16:00
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Zazen 30"
16:30
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Kinhin 5"
16:35
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Banka – Serviço Vespertino (Portal do Doce Néctar)
17:00
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Intervalo para Jantar
Noite
18:00
-
Zazen 40" (ou Zazen com Palestra 20"/Kinhin 5" /Zazen 15" ou Programação Alternativa 45")
18:40
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Kinhin 5"
18:45
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Zazen 40" (ou Zazen com Palestra 20"/Kinhin 5" /Zazen 15") Tema: Hokyôzanmai
19:25
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Kinhin 5"
19:30
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Zazen 30" – Leitura de Sutra
20:00
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Bate-papo do Darma (ou Zazen 30"/Kinhin 5"/ Zazen 25")
21:00
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Descanso
Domingo, 7 de dezembro – igual até 18 horas
18:00
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Zazen 40" (ou Zazen com Palestra 20"/Kinhin 5" /Zazen 15" ou Programação Alternativa 45")
18:40
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Kinhin 5"
18:45
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Zazen 40" (ou Zazen com Palestra 20"/Kinhin 5" /Zazen 15") Tema: Hokyôzanmai
19:25
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Kinhin 5"
19:30
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Zazen 30" – Leitura de Sutra
20:00
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Ryaku Fusatsu – Cerimônia Formal Curta de Arrependimento, com queima de Carmas
Cerimônia da Iluminação de Buda
21:00
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Fim do Retiro
Tema principal de estudo deste sesshin: Hokyôzanmai, Samadhi do Espelho Precioso, sutra recitado diariamente no serviço matinal nos mosteiros, templos e locais de prática.
* Programação Alternativa poderá incluir:
Cópia de Sutra / Kinhin Longo ao Ar Livre / Alongamento / Tai Chi / Yoga
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Sobre a liturgia da escola Soto Zen
Novembro 13, 2008 — Monja Isshin
Os principais gêneros de literatura Budista usados na liturgia da escola Soto Zen no Japão são: sutras (kyo), dharanis (darani), tratados (ron), eko (eko mon) e versos (ge, mon). As escrituras em questão são numerosas, variadas em sua forma literária e extremamente ricas e diversificadas em seu conteúdo filosófico, ético e espiritual. Quando recitadas no contexto das práticas e rituais Zen formais, entretanto, elas possuem um número limitado de funções que podem ser claramente distinguidas.
Os Sutras são textos reverenciados como sermões de Buda Xaquiamuni, o Buda histórico, que viveu na Índia. Os Sutras utilizados na tradição Zen são principalmente escrituras Mahayana, tais como o Sutra do Coração da Grande Sabedoria Completa e o Sutra da Flor de Lótus da Lei Maravilhosa. Eles estão escritos e são recitados em chinês clássico, apesar de utilizarem uma transliteração japonesa, o que significa que são incompreensíveis para o leitor comum. A maioria dos japoneses com certa erudição pode ler chinês clássico em algum grau, de forma que os sutras poderiam ser compreendidos se eles tivessem também um texto escrito para seguir ou se, tendo memorizado o texto ao recitá-lo diversas vezes, eles puderem visualizar os caracteres chineses enquanto cantam. Quando os sutras são estudados, eles são normalmente lidos em uma tradução japonesa. Apesar de muitos dos ensinamentos e crenças neles expressos serem muito importantes para a tradição Zen, a principal razão para se recitar sutras em um contexto litúrgico não é promover seu significado, e sim produzir mérito espiritual (kudoku), que é subsequentemente oferecido e dedicado ritualmente para uma série de seres e propósitos. Em alguns ritos elaborados, o mérito é produzido através do “revolver o sutra” (tendoku), que consiste em girar as páginas de um longo sutra sem realmente recitar cada palavra.
Dharanis (também chamadas de mantras) são fórmulas mágicas: conjuntos de sons que são considerados sagrados e poderosos, embora muitas vezes tenham pouco ou nenhum valor semântico discernível. A pronunciação correta dos sons é considerada necessária para que eles sejam efetivos. Os caracteres chineses clássicos com que as dharanis usadas na escola Soto Zen estão escritas foram todos selecionados por seu valor fonético (não seu significado), como um meio de transliterar (não traduzir) fórmulas mágicas que foram originalmente escritas e/ou recitadas em linguagens da índia. Os manuais litúrgicos japoneses sempre incluem um guia de pronúncia, escrito em caracteres kana, que estão lado a lado com os caracteres chineses. As dharanis utilizam um modo de expressão que é performático ao invés de comunicativo: acredita-se que, através de sua recitação, ações podem ser magicamente realizadas, tais como apaziguar espíritos ou prevenir desastres. Entretanto, sua principal função na liturgia da escola Soto Zen, assim como os sutras, é produzir mérito para dedicação ritual.
Os Tratados são comentários sobre os sutras ou apresentações independentes da doutrina Budista, atribuídos a outros professores famosos que não o próprio Buda. Dois tratados utilizados regularmente na liturgia Soto Zen são A Identidade do Absoluto e do Relativo, de Shitou Xiqian (700-790) e o Samadhi do Espelho Precioso, de Dongshan Liangjie (807-869). Estes textos, originalmente escritos em chinês clássico, são recitados em sua tradução japonesa. Quando recitados no contexto de oferendas rituais para os professores ancestrais (soshi), eles servem ao propósito duplo de gerar mérito e honrar os autores, que pertencem e são representativos da linhagem da escola Soto Zen. Dois outros tratados utilizados na liturgia Soto são as Instruções Universalmente Recomendadas para Zazen, de Mestre Dogen, ou O Significado da Prática e da Iluminação, uma compilação moderna de passagens escolhidas de seu Shobogenzo. Apesar do primeiro ter sido escrito em chinês, ambos são recitados em japonês clássico. Sua função na liturgia Soto é honrar Mestre Dogen, o fundador da escola Soto no Japão, e apresentar um sumário condensado de seus ensinamentos mais importantes.
Eko são versos para transferir mérito, escritos em chinês clássico mas normalmente recitados em sua tradução japonesa. Os versos normalmente têm duas partes. A primeira explica como o mérito foi gerado (nomeando os textos que foram recitados para este propósito), para quem ele será transferido e os propósitos específicos para que ele será dedicado. A segunda parte é uma reza que pede algo em troca do mérito que foi cedido.
Os Versos são poemas curtos, compostos em chinês clássico, que expressam os ideais e valores Budistas. Alguns, como os Versos das Refeições Formais, os Versos do Banho e o Verso de Lavar o Rosto, são utilizados no contexto do treinamento monástico Zen, para santificar e dar significado religioso a atividades que, de outra forma, seriam consideradas mundanas. Eles são sempre recitados quando e onde a atividade em questão é realizada, seja por um grupo (como no caso das refeições), seja por indivíduos (como ao entrar no banheiro).
Outros versos, como os Três Refúgios, os Quatro Votos, o Verso do Arrependimento e o Verso de Homenagem às Relíquias de Buda, são recitados como atos de fé e compromisso em si mesmos. Eles são normalmente cantados por grupos em conjunto com os sutras e outros serviços religiosos, mas em essência sua recitação é um ato de devoção pessoal. Os versos utilizados na liturgia Soto não são únicos à escola Zen; quase todos derivam da tradição Budista chinesa em seu aspecto mais amplo. Nestes versos, a maioria das palavras é recitada na ordem clássica da versão chinesa, mas alguns deles (como o Verso das Cinco Contemplações, recitado nas refeições) são traduzidos e recitados em japonês.
Entre os contextos mais comuns em que os textos são recitados nos mosteiros e templos da escola Soto Zen estão os serviços diários, mensais e anuais de recitação de sutras (fugin). Trata-se de ritos em que o mérito espiritual (kudoku) é primeiro gerado através da recitação de sutras, dharanis ou tratados e então é ritualmente transferido (eko) para diversos destinatários, que são nomeados em um verso formal para transferir mérito. Os serviços de recitação de sutras são utilizados para fazer oferendas de mérito para uma ampla série de seres: Buda Xaquiamuni; seus discípulos próximos, os arhats; a linhagem de mestres ancestrais através de quem o Dharma Zen foi transmitido; os dois grandes fundadores da escola Soto Zen no Japão: Mestre Dogen e Mestre Keizan; o abade fundador ou outros antigos abades de mosteiros específicos; várias deidades protetoras do Dharma ou de mosteiros, incluindo devas indianos, espíritos chineses e kami japoneses; os ancestrais de patronos leigos dos templos Soto; além de fantasmas famintos, habitantes dos infernos, e diversos outros seres que sofrem. Alguns serviços de recitação de sutras, em particular, são distinguidos (e muitas vezes nomeados) pelas principais figuras para quem o mérito espiritual é transferido, mas é comum que um mesmo serviço inclua também oferendas para outras figuras menos importantes, ao mesmo tempo.
Outros contextos rituais em que textos são recitados para produzir e dedicar mérito incluem: serviços memoriais mensais (gakki) para Dogen, Keizan e o abade fundador de cada mosteiro; serviços memoriais anuais (nenki) para eles, outros ancestrais na linhagem Soto Zen e patronos leigos; funerais (sogi) para monges e praticantes leigos; e várias outras recitações ocasionais ou de rotina (nenju) e orações (kito).
Toda a recitacão de sutras, assim como os funerais e serviços memoriais, são realizados frente a altares que contêm imagens ou tabletes com os nomes dos principais beneficiados pelas oferendas. A recitação que produz mérito é geralmente realizada em uníssono por todos os monges (e às vezes pelos leigos) presentes em um serviço, enquanto o eko, ou verso de transferência de mérito, é recitado por uma única pessoa, ou oficiante monástico conhecido como “cantor” (ino). A performance oral em que o mérito é gerado e transferido é muitas vezes acompanhada por oferendas físicas no altar, como queimar incenso ou oferecer comidas e bebidas.
Os serviços de orações e recitações são um tanto diferentes, no sentido em que o mérito produzido não é dedicado a indivíduos, mas sim em prol de benefícios específicos, como a recuperação de doenças, a harmonia na comunidade ou o sucesso de um retiro monástico. Como não há nenhum indivíduo nomeado nas oferendas, estes serviços não precisam ser realizados frente a um altar, mas podem ser efetuados em outros locais, como uma enfermaria ou uma sala de meditação.
Resumindo, as três funções rituais mais importantes da ligurgia da escola Soto Zen são produzir e dedicar mérito, honrar os professores ancestrais e santificar as atividades de rotina nas vidas diárias dos praticantes Zen. Entretanto, independente de como eles são utilizados em um contexto ritual, a maioria dos textos que são recitados nos serviços e práticas da escola Soto Zen também podem ser lidos apenas por seu significado, como obras de filosofia, ética e/ou como literatura religiosa de inspiração. Longe de serem mutualmente exclusivas, as várias funções destas escrituras se suportam e se enriquecem umas às outras.
T. Griffith FoulkEditor, “Soto Zen Text Project”- originalmente publicado em inglês no site Soto-net
Os principais gêneros de literatura Budista usados na liturgia da escola Soto Zen no Japão são: sutras (kyo), dharanis (darani), tratados (ron), eko (eko mon) e versos (ge, mon). As escrituras em questão são numerosas, variadas em sua forma literária e extremamente ricas e diversificadas em seu conteúdo filosófico, ético e espiritual. Quando recitadas no contexto das práticas e rituais Zen formais, entretanto, elas possuem um número limitado de funções que podem ser claramente distinguidas.
Os Sutras são textos reverenciados como sermões de Buda Xaquiamuni, o Buda histórico, que viveu na Índia. Os Sutras utilizados na tradição Zen são principalmente escrituras Mahayana, tais como o Sutra do Coração da Grande Sabedoria Completa e o Sutra da Flor de Lótus da Lei Maravilhosa. Eles estão escritos e são recitados em chinês clássico, apesar de utilizarem uma transliteração japonesa, o que significa que são incompreensíveis para o leitor comum. A maioria dos japoneses com certa erudição pode ler chinês clássico em algum grau, de forma que os sutras poderiam ser compreendidos se eles tivessem também um texto escrito para seguir ou se, tendo memorizado o texto ao recitá-lo diversas vezes, eles puderem visualizar os caracteres chineses enquanto cantam. Quando os sutras são estudados, eles são normalmente lidos em uma tradução japonesa. Apesar de muitos dos ensinamentos e crenças neles expressos serem muito importantes para a tradição Zen, a principal razão para se recitar sutras em um contexto litúrgico não é promover seu significado, e sim produzir mérito espiritual (kudoku), que é subsequentemente oferecido e dedicado ritualmente para uma série de seres e propósitos. Em alguns ritos elaborados, o mérito é produzido através do “revolver o sutra” (tendoku), que consiste em girar as páginas de um longo sutra sem realmente recitar cada palavra.
Dharanis (também chamadas de mantras) são fórmulas mágicas: conjuntos de sons que são considerados sagrados e poderosos, embora muitas vezes tenham pouco ou nenhum valor semântico discernível. A pronunciação correta dos sons é considerada necessária para que eles sejam efetivos. Os caracteres chineses clássicos com que as dharanis usadas na escola Soto Zen estão escritas foram todos selecionados por seu valor fonético (não seu significado), como um meio de transliterar (não traduzir) fórmulas mágicas que foram originalmente escritas e/ou recitadas em linguagens da índia. Os manuais litúrgicos japoneses sempre incluem um guia de pronúncia, escrito em caracteres kana, que estão lado a lado com os caracteres chineses. As dharanis utilizam um modo de expressão que é performático ao invés de comunicativo: acredita-se que, através de sua recitação, ações podem ser magicamente realizadas, tais como apaziguar espíritos ou prevenir desastres. Entretanto, sua principal função na liturgia da escola Soto Zen, assim como os sutras, é produzir mérito para dedicação ritual.
Os Tratados são comentários sobre os sutras ou apresentações independentes da doutrina Budista, atribuídos a outros professores famosos que não o próprio Buda. Dois tratados utilizados regularmente na liturgia Soto Zen são A Identidade do Absoluto e do Relativo, de Shitou Xiqian (700-790) e o Samadhi do Espelho Precioso, de Dongshan Liangjie (807-869). Estes textos, originalmente escritos em chinês clássico, são recitados em sua tradução japonesa. Quando recitados no contexto de oferendas rituais para os professores ancestrais (soshi), eles servem ao propósito duplo de gerar mérito e honrar os autores, que pertencem e são representativos da linhagem da escola Soto Zen. Dois outros tratados utilizados na liturgia Soto são as Instruções Universalmente Recomendadas para Zazen, de Mestre Dogen, ou O Significado da Prática e da Iluminação, uma compilação moderna de passagens escolhidas de seu Shobogenzo. Apesar do primeiro ter sido escrito em chinês, ambos são recitados em japonês clássico. Sua função na liturgia Soto é honrar Mestre Dogen, o fundador da escola Soto no Japão, e apresentar um sumário condensado de seus ensinamentos mais importantes.
Eko são versos para transferir mérito, escritos em chinês clássico mas normalmente recitados em sua tradução japonesa. Os versos normalmente têm duas partes. A primeira explica como o mérito foi gerado (nomeando os textos que foram recitados para este propósito), para quem ele será transferido e os propósitos específicos para que ele será dedicado. A segunda parte é uma reza que pede algo em troca do mérito que foi cedido.
Os Versos são poemas curtos, compostos em chinês clássico, que expressam os ideais e valores Budistas. Alguns, como os Versos das Refeições Formais, os Versos do Banho e o Verso de Lavar o Rosto, são utilizados no contexto do treinamento monástico Zen, para santificar e dar significado religioso a atividades que, de outra forma, seriam consideradas mundanas. Eles são sempre recitados quando e onde a atividade em questão é realizada, seja por um grupo (como no caso das refeições), seja por indivíduos (como ao entrar no banheiro).
Outros versos, como os Três Refúgios, os Quatro Votos, o Verso do Arrependimento e o Verso de Homenagem às Relíquias de Buda, são recitados como atos de fé e compromisso em si mesmos. Eles são normalmente cantados por grupos em conjunto com os sutras e outros serviços religiosos, mas em essência sua recitação é um ato de devoção pessoal. Os versos utilizados na liturgia Soto não são únicos à escola Zen; quase todos derivam da tradição Budista chinesa em seu aspecto mais amplo. Nestes versos, a maioria das palavras é recitada na ordem clássica da versão chinesa, mas alguns deles (como o Verso das Cinco Contemplações, recitado nas refeições) são traduzidos e recitados em japonês.
Entre os contextos mais comuns em que os textos são recitados nos mosteiros e templos da escola Soto Zen estão os serviços diários, mensais e anuais de recitação de sutras (fugin). Trata-se de ritos em que o mérito espiritual (kudoku) é primeiro gerado através da recitação de sutras, dharanis ou tratados e então é ritualmente transferido (eko) para diversos destinatários, que são nomeados em um verso formal para transferir mérito. Os serviços de recitação de sutras são utilizados para fazer oferendas de mérito para uma ampla série de seres: Buda Xaquiamuni; seus discípulos próximos, os arhats; a linhagem de mestres ancestrais através de quem o Dharma Zen foi transmitido; os dois grandes fundadores da escola Soto Zen no Japão: Mestre Dogen e Mestre Keizan; o abade fundador ou outros antigos abades de mosteiros específicos; várias deidades protetoras do Dharma ou de mosteiros, incluindo devas indianos, espíritos chineses e kami japoneses; os ancestrais de patronos leigos dos templos Soto; além de fantasmas famintos, habitantes dos infernos, e diversos outros seres que sofrem. Alguns serviços de recitação de sutras, em particular, são distinguidos (e muitas vezes nomeados) pelas principais figuras para quem o mérito espiritual é transferido, mas é comum que um mesmo serviço inclua também oferendas para outras figuras menos importantes, ao mesmo tempo.
Outros contextos rituais em que textos são recitados para produzir e dedicar mérito incluem: serviços memoriais mensais (gakki) para Dogen, Keizan e o abade fundador de cada mosteiro; serviços memoriais anuais (nenki) para eles, outros ancestrais na linhagem Soto Zen e patronos leigos; funerais (sogi) para monges e praticantes leigos; e várias outras recitações ocasionais ou de rotina (nenju) e orações (kito).
Toda a recitacão de sutras, assim como os funerais e serviços memoriais, são realizados frente a altares que contêm imagens ou tabletes com os nomes dos principais beneficiados pelas oferendas. A recitação que produz mérito é geralmente realizada em uníssono por todos os monges (e às vezes pelos leigos) presentes em um serviço, enquanto o eko, ou verso de transferência de mérito, é recitado por uma única pessoa, ou oficiante monástico conhecido como “cantor” (ino). A performance oral em que o mérito é gerado e transferido é muitas vezes acompanhada por oferendas físicas no altar, como queimar incenso ou oferecer comidas e bebidas.
Os serviços de orações e recitações são um tanto diferentes, no sentido em que o mérito produzido não é dedicado a indivíduos, mas sim em prol de benefícios específicos, como a recuperação de doenças, a harmonia na comunidade ou o sucesso de um retiro monástico. Como não há nenhum indivíduo nomeado nas oferendas, estes serviços não precisam ser realizados frente a um altar, mas podem ser efetuados em outros locais, como uma enfermaria ou uma sala de meditação.
Resumindo, as três funções rituais mais importantes da ligurgia da escola Soto Zen são produzir e dedicar mérito, honrar os professores ancestrais e santificar as atividades de rotina nas vidas diárias dos praticantes Zen. Entretanto, independente de como eles são utilizados em um contexto ritual, a maioria dos textos que são recitados nos serviços e práticas da escola Soto Zen também podem ser lidos apenas por seu significado, como obras de filosofia, ética e/ou como literatura religiosa de inspiração. Longe de serem mutualmente exclusivas, as várias funções destas escrituras se suportam e se enriquecem umas às outras.
T. Griffith FoulkEditor, “Soto Zen Text Project”- originalmente publicado em inglês no site Soto-net
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