Somos bem parecidos a redemoinhos no rio da vida .
Em seu fluxo, o rio ou riacho encontra pedras, galhos ou irregularidades do leito que levam ao aparecimento espontâneo de redemoinhos aqui e ali.
A água que passa por esses pontos rapidamente os atravessa e se reintegra ao rio, podendo mais adiante entrar em outro rodamoinho e prosseguir depois. Embora por curtos períodos ela pareça distinta , um evento separado, a água do redemoinho é
apenas o próprio rio.
A estabilidade do redemoinho é temporária.
A energia do rio da vida forma as coisas vivas... o ser humano, o gato, o cachorro, as árvores e as plantas, e, então, o que mantinha o redemoinho no lugar sofre uma modificação e aquele torvelinho é desfeito e torna a entrar no fluxo maior.
A energia que foi um certo redemoinhos e dissolve e a água prossegue, talvez para ser novamente retida e, por um momento, transformar-se em outro rodamoinho.
Preferimos no entanto não pensar sobre nossas vidas dessa maneira.
Não queremos nos ver como uma formação temporária e simples, um redemoinho no rio da vida . O fato é que assumimos uma forma por um certo tempo e, quando as condições são propícias, saímos de cena . Não há nada errado em sair de cena; é uma parte natural do processo. Contudo, gostamos de pensar que esses pequenos redemoinhos que somos não fazem parte do rio.
Uma iluminada mestre Zen nascida nos Estados Unidos em 27 de março de 1917 e falecida em 2011.
Somos iludidos que "somos" a "identidade" fixa, como a foto do redemoinho na água.
Mas somos água em movimento.
O Darma.
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