Somos bem parecidos a redemoinhos no rio da vida... Charlotte Joko Beck.

Somos bem parecidos a redemoinhos no rio da vida . 


Em seu fluxo, o rio ou riacho encontra pedras, galhos ou irregularidades do leito que levam ao aparecimento espontâneo de redemoinhos aqui e ali.


A água que passa por esses pontos rapidamente os atravessa e se reintegra ao rio, podendo mais adiante entrar em outro rodamoinho e prosseguir depois. Embora por curtos períodos ela pareça distinta , um evento separado, a água do redemoinho é

apenas o próprio rio. 


A estabilidade do redemoinho é temporária. 


A energia do rio da vida forma as coisas vivas... o ser humano, o gato, o cachorro, as árvores e as plantas, e, então, o que mantinha o redemoinho no lugar sofre uma modificação e aquele torvelinho é desfeito e torna a entrar no fluxo maior.


A energia que foi um certo redemoinhos e dissolve e a água prossegue, talvez para ser novamente retida e, por um momento, transformar-se em outro rodamoinho.


Preferimos no entanto não pensar sobre nossas vidas dessa maneira.


Não queremos nos ver como uma formação temporária e simples, um redemoinho no rio da vida . O fato é que assumimos uma forma por um certo tempo e, quando as condições são propícias, saímos de cena . Não há nada errado em sair de cena; é uma parte natural do processo. Contudo, gostamos de pensar que esses pequenos redemoinhos que somos não fazem parte do rio.




Hoje seria o aniversário de Charlotte Joko Beck.


Uma iluminada mestre Zen nascida nos Estados Unidos em 27 de março de 1917 e falecida em 2011.


https://acegif.com/wp-content/gifs/water-11.gif


Nos vemos como uma imagem fixa  de alguém. 


Somos iludidos que "somos"  a "identidade" fixa, como a foto do redemoinho na água.


Mas somos água em movimento.


O Darma.




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