"É hoje que irei morrer?
Estou vivendo a vida que eu quero viver?
Estou sendo a pessoa que quero ser?
Quando aprendemos a morrer, aprendemos a viver."
Morrie Schwartz, Mestre e Doutor em Sociologia, evidentemente citando Zen.
Em 1959 começou uma longa carreira de ensino na Universidade Brandeis.
Continuou a ensinar até ser diagnosticado com Esclerose Lateral Amiotrófica.
A Esclerose lateral amiotrófica (ELA) (também designada por doença de Lou Gehrig e doença de Charcot) é uma doença neurodegenerativa progressiva e fatal, caracterizada pela degeneração dos neurônios motores, as células do sistema nervoso central que controlam os movimentos voluntários dos músculos.
Ataca o sistema nervoso, até o momento irreversível em que degrada as funções básicas do ser humano, à medida que avança. A pessoa sente dificuldades de se locomover, comer, falar; perde habilidade dos movimentos, inclusive das próprias mãos, não consegue ficar de pé por muito tempo pois a doença acaba por afetar toda a musculatura.
No final, geralmente depois da perda das faculdades de locomoção, fala, deglutição, etc.., o doente acaba falecendo por incapacidade respiratória, quando os músculos associados à respiração terminam por sucumbir.
Como não afeta suas capacidades intelectuais, o paciente percebe tudo que acontece em sua volta, e vivencia por isso lucidamente a doença e a sua progressão. Um dos fatores que mais o atormenta é não conseguir se comunicar, seja através da fala ou da escrita.
As pessoas que o acompanham têm de adivinhar quais são suas necessidades em cada momento.
A esperança de vida varia de indivíduo para indivíduo mas em termos estatisticos, mais de 60% dos doentes só sobrevivem entre 2 a 5 anos.
Morrie sabia de tudo isso. Soube aceitar o irremediável mas conseguiu manter a Paz interior, a alegria, o sorriso, conseguiu transformar essa experiênica terminal em algo engrandecedor e compassivo.
Certo dia, começou a ser entrevistado pelo repórter Ted Koppel no programa Nightline (um dos programas de maior audiência na TV americana).
O vídeo mostra Morrie conversando com Ted Koppel sobre a evolução do mal, sobre a proximidade da morte, como se preparou para ela, meditação, Zen, e plácidamente se preparando para o ato final, com alegria e compaixão.
Ele fala com sinceridade da depressão, de como passou a aceitar a morte, a se sentir parte de um todo universal, e o que espera nos próximos meses.
Não é uma conversa mórbida, pelo contrário, é incrivelmente alegre e lúcida. Inspiradora.
Vale a pena ver e ouvir e aprender com o velho mestre leigo.
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