"Muitas vezes colocamos nossa felicidade em “Se eu conseguisse isso ou se conseguisse aquilo”.
Todas as coisas têm causa, a causa de nosso sofrimento é originária de nossos desejos e apegos.
Quanto mais forte nosso apego, maior nosso sofrimento.
É como se vocês olhassem em suas casas e dissessem, “dessas coisas que eu tenho, quais poderia me desfazer sem sofrer?”, esse é um bom teste, “Eu posso perder tudo, ou não?”, se eu não puder perder tudo é porque coloquei minha felicidade nessas coisas.
E onde eu coloquei minha felicidade e meu coração, lá estará meu sofrimento.
Deixe, pelo menos, sua felicidade nas coisas nobres, como as pessoas que você ama, mas não nos objetos, eles não valem tanto, já bastam os grandes apegos que temos pelos nossos amores.
Você deve saber e lembrar-se disso, meu sofrimento está exatamente onde se encontram meus apegos.
Buda quis deixar bem claro, todos os sofrimentos têm uma causa e você sempre pode se perguntar, “Onde esta a causa do meu sofrimento?”
...
Então Buda inicia um discurso, um ensinamento chamado, As Quatro Nobres Verdades.
E é sobre ele que vamos falar hoje, o mais básico dos ensinamentos do budismo.
Diz ele, “a primeira nobre verdade é que a vida é insatisfatória”.
Em geral é traduzido como, “a vida é sofrimento”.
Mas não é exatamente isso que Buda quis dizer, a palavra que ele usou foi dukkha.
Dukkha vem da raiz duk que significa eixo.
Naquela época já se usavam rodas,carroças e eixos.
Imaginem dukkha, um eixo descentrado, um eixo que não está bem no centro da roda, então a roda sobe e desce porque não está exatamente no centro, e isso é o que a vida faz conosco, ela tem ciclos, as vezes em cima, as vezes embaixo, as vezes de um lado,outras de outro, ela varia.
Todos nós passamos por momentos agradáveis e felizes como também por momentos mais tristes.
Isso é inevitável, porque a vida é dukkha, insatisfatória,cíclica, cheias de sobes e desces.
A primeira coisa que temos que reconhecer é que a vida tem tristezas e tem alegrias, nem um nem outro é permanente.
Postado em momentos diferentes por Monge zen Genshô.
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