Um texto do caderno Ilustrada publicado na quinta (18) está repercutindo nas redes sociais nas últimas horas por sugerir ação de bots (robôs) nos comentários da publicação da Folha no Twitter.
A reportagem “Joalheria quer competir com obras de arte pelo bolso dos super-ricos” contém a palavra “bolso”, muito similar a “Bolsonaro”, o que possivelmente atraiu robôs pró-Bolsonaro a comentarem na publicação que nada falava sobre política.
Na sequência, usuários percebem a ação de robôs e os comentários fora de contexto.
olha os bots UAHEUAHEUHAUEHAUE
Isso divertiu alguns usuários
eu to rindo muito com os bot nos comentários HAUEHAUEHAUE manooooooo fez meu dia
Os apoiadores do Bolsonaro vieram em bando pelo termo 'bolso'. Sequer acho isso terrível, acho apenas maravilhoso! pic.twitter.com/biAJP9BQ0v
Olhando os robôs se entregando, muito bem @folha . hahahahahahahahahhaahahaha pic.twitter.com/balKu6zdBE
E também serviu para muita gente mostrar como, afinal, se dá a ação de bots nas redes sociais
Ei, você aí que não acredita em bots, em ataques orquestrados. A Folha faz uma matéria sobre joias caras e usa a palavra bolso, como é comum em matérias sobre dinheiro, economia. Os bots do candidato detectaram a palavra bolso e... bem, é SÓ LER OS COMENTÁRIOS. https://t.co/CE6qNrTjlM
E o mesmo aconteceu com um texto da revista sãopaulo sobre bolovo.
Clássico botequeiro, bolovo ganha releituras de chefs paulistanos https://t.co/7ULk1iMneUpic.twitter.com/2YALEH9cpB
Novamente, robôs em ação
E novamente a turma da risada
bo... o quê?! ah tá! pic.twitter.com/tBirK7OGUk
Em comum a esses perfis, poucos seguidores, nomes de usuários incomuns (com números e letras), poucas postagens e quase sempre uniformes e monotemáticas.
A Folha entrou com uma representação no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) nesta terça-feira (23) solicitando à Polícia Federal que instaure inquérito para apurar ameaças contra uma jornalista e um diretor da empresa.
Os ataques começaram após a publicação da reportagem “Empresários bancam campanha contra o PT pelo WhatsApp“, na quinta-feira (18).
O jornal considera haver indícios de uma ação orquestrada com tentativa de constranger a liberdade de imprensa.
A autora da reportagem, Patrícia Campos Mello, recebeu centenas de mensagens nas redes sociais das quais participa e por e-mail.
Entre sexta-feira (19), dia seguinte à publicação, e esta terça (23), um dos números de WhatsApp mantidos pelo jornal recebeu mais de 220 mil mensagens de cerca de 50 mil contas do aplicativo.
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