Como animais muito evoluídos temos a impressão de que se "percebe" a realidade muito bem... Mas se as nossas impressões e percepções forem apenas boas o suficiente para serem úteis e forem melhores ainda e até mais eficientes em NOS ENGANAR CONFORTÁVELMENTE?Donald Hoffman estuda como nossa percepção visual, guiada por milhões de anos de seleção natural, cria todos os aspectos de nossa realidade cotidiana.Em sua pesquisa para descobrir os segredos subjacentes da percepção humana, Donald Hoffman descobriu pistas importantes que apontam para a natureza subjetiva da realidade.Em vez de um conjunto de princípios físicos absolutos, a realidade é melhor compreendida como um conjunto de fenômenos que nosso cérebro constrói para guiar nosso comportamento. Simplificando: criamos ativamente tudo o que vemos, e não há aspecto da realidade que não dependa da consciência.Hoffman é membro do corpo docente da UC Irvine e recebeu o Troland Award da Academia Nacional de Ciências dos EUA.
Segue a transcrição do vídeo.
Eu adoro um grande mistério, e sou fascinado pelos grandes mistérios não resolvidos da ciência, talvez porque seja pessoal. Tem a ver com quem nós somos, e não consigo evitar minha curiosidade.
O mistério é esse: qual é a relação entre o seu cérebro e suas experiências de consciência como a sua experiência de provar chocolate ou tocar o veludo?
O mistério não é novo. Em 1868, Thomas Huxley escreveu: "Como é que algo tão notável quanto um estado de consciência que acontece como o resultado de irritar o tecido nervoso é tão inexplicável quanto a aparição do gênio quando Aladin esfrega sua lâmpada ?" Huxley sabia que a atividade cerebral e as experiências conscientes são correlacionadas, mas ele não sabia por quê. Para a ciência da época dele, isso era um mistério. Nos anos após Huxley, a ciência descobriu muito sobre a atividade cerebral, mas a relação entre a atividade cerebral e as experiências conscientes ainda é um mistério. Por quê? Por que fizemos pouco progresso? Bem, alguns peritos acham que não podemos resolver esse problema porque nos faltam os conceitos e a inteligência necessários. Não esperamos que macacos resolvam problemas em mecânica quântica, e, como acontece, não podemos esperar que nossa espécie também o resolva. Bem, eu discordo. Sou mais otimista. Acho que simplesmente fizemos uma falsa suposição. Uma vez que a corrigirmos, talvez possamos corrigir esse problema. Hoje, gostaria de lhes dizer qual é essa suposição, por que ela é falsa e como resolvê-la.
Comecemos com uma pergunta: "Vemos a realidade como ela é?" Eu abro os olhos e experimento algo que descrevo como um tomate vermelho a um metro de distância. Como resultado, passo a acreditar que, na realidade, existe um tomate vermelho a um metro de distância. Então fecho os olhos e minha experiência muda para um campo cinza, mas será que, em realidade, há um tomate vermelho a um metro de distância? Acho que sim, mas eu poderia estar errado? Poderia estar interpretando erroneamente a natureza das minhas percepções?
Já interpretamos as nossas percepções erroneamente antes. Acreditávamos que a Terra era plana, porque parecia ser assim. Pitágoras descobriu que estávamos errados. Depois achamos que a Terra é o centro imóvel do Universo, novamente porque parece ser assim. Copérnico e Galileu descobriram, novamente, que estávamos errados.
Galileu então questionou se poderíamos estar interpretando nossas experiências erroneamente em outros modos. Ele escreveu: "Eu acho que gostos, odores, cores e assim por diante, residem na consciência. Daí, se a criatura viva fosse removida, essas qualidades seriam aniquiladas."
É uma declaração atordoante. Galileu poderia estar certo? Poderíamos realmente estar julgando nossas experiências tão mal assim? O que a ciência moderna tem a dizer sobre isso?
Neurocientistas nos dizem que cerca de um terço do córtex do cérebro está envolvido na visão. Quando vocês abrem os olhos e olham ao redor dessa sala, bilhões de neurônios e trilhões de sinapses são envolvidas.
Isso é um tanto surpreendente, pois, até onde levamos a visão em consideração, pensamos nela como se fosse uma câmera. Ela só faz um registro da realidade objetiva como ela é. Agora, existe uma parte da visão que é como uma câmera: o olho tem uma lente que foca uma imagem na sua parte traseira onde há 130 milhões de fotorreceptores, assim, o olho é como uma câmera de 130 megapixels. Mas isso não explica os bilhões de neurônios e trilhões de sinapses envolvidos na visão. O que esses neurônios estão aprontando?
Bem, os neurocientistas nos dizem que eles estão criando, em tempo real, todas as formas, objetos, cores, e movimentos que vemos. É como se estivéssemos tirando fotos dessa sala tal como ela é, mas, na verdade, estamos construindo tudo o que vemos. Não construímos o mundo todo de uma só vez. Construímos o que precisamos no momento.
Há muitas demonstrações bem convincentes de que construímos o que vemos. Vou lhes mostrar apenas duas. Neste exemplo, vocês veem discos vermelhos com alguns pedacinhos cortados, mas se eu girar os discos um pouquinho, de repente, veem um cubo 3D pular da tela. A tela é plana, então o cubo tridimensional que estão vendo deve ser a construção de vocês.
Neste outro exemplo, vocês veem barras azuis brilhantes com margens bem nítidas movendo-se num campo de pontos. Na verdade, nenhum ponto se move. Estou apenas mudando a cor dos pontos de um quadro ao outro, do azul para o preto ou vice-versa. Mas quando faço isso rapidamente, o sistema visual de vocês cria as barras azuis brilhantes com as margens nítidas e o movimento. Existem muitos outros exemplos, mas esses são dois onde vocês constroem o que veem.
Mas neurocientistas vão além. Eles dizem que reconstruímos a realidade. Então, quando tenho uma experiência que descrevo como um tomate vermelho, aquela experiência é, de fato, uma reconstrução precisa das propriedades de um tomate vermelho real que existiria mesmo se eu não estivesse olhando.
Por que os neurocientistas diriam que não apenas construímos, e sim reconstruímos? O argumento padrão dado normalmente é um evolucionário. Entre os nossos ancestrais, os que tinham visão mais acurada tiveram uma vantagem competitiva comparado àqueles que enxergavam com menos precisão, e, portanto, era mais provável que passassem seus genes. Somos descendentes daqueles com visão mais apurada, então podemos confiar que, normalmente, nossas percepções são precisas. Vemos isso nos livros didáticos padrão. Um livro diz, por exemplo, "Falando em termos evolucionários, a visão é útil exatamente por ser tão precisa." A ideia é de que percepções precisas são percepções mais aptas. Elas lhes dão uma vantagem de sobrevivência.
Isso está correto? É a interpretação correta da teoria da evolução? Bem, vejamos alguns exemplos na natureza.
O besouro-joia australiano tem covinhas, é brilhante e marrom. A fêmea não voa. O macho voa, procurando, é claro, por uma fêmea no cio. Quando ele encontra uma, ele pousa e acasala. Existe uma outra espécie no deserto australiano, o Homo sapiens. O macho dessa espécie tem um cérebro compacto que ele usa para caçar cerveja gelada. (Risos) E quando encontra uma, ele bebe tudo, e, às vezes, joga a garrafa no deserto. Acontece que essas garrafas têm covinhas, são brilhantes, e o tom perfeito de marrom para assanhar esses besouros. Os machos se aglomeram por toda a garrafa tentando acasalar. Eles perdem todo o interesse pelas fêmeas. Caso clássico do macho deixando a fêmea por uma garrafa. (Risos) (Aplausos) A espécie quase entrou em extinção. A Austrália teve que mudar suas garrafas para salvar seus besouros. (Risos) Os machos foram bem-sucedidos ao encontrar fêmeas por milhares, talvez milhões de anos. Pareceu que eles tinham visto a realidade como ela é, mas aparentemente não. A evolução tinha dado um golpe neles. Uma fêmea é qualquer coisa com covinhas, brilhante e marrom, quanto maior, melhor! (Risos) Mesmo enquanto se arrastavam pela garrafa, o macho não conseguia descobrir seu erro.
Agora, vocês podem dizer, besouros, claro, são criaturas muito simples, mas não são mamíferos. Mamíferos não acreditam em trapaças. Bem, não vou me demorar nisso, mas vocês entenderam.
Isso cria uma questão técnica importante: a seleção natural realmente favorece ver a realidade como ela é? Felizmente, não precisamos acenar as mãos e adivinhar; a evolução é uma teoria matematicamente precisa. Podemos usar as equações de evolução para verificar isso. Podemos fazer com que vários organismos em mundos artificiais compitam e veremos quais deles sobreviverão e prosperarão, quais sistemas sensoriais são mais aptos.
A noção chave nessas equações é a aptidão, o sucesso reprodutivo. Considerem esse bife: o que esse bife faz para a aptidão do animal? Bem, para um leão faminto querendo comer, ele intensifica sua aptidão. Para um leão alimentado procurando acasalar, ele não intensifica a aptidão. E para um coelho em qualquer condição, ele não intensifica a aptidão, então a aptidão depende da realidade como ela é, sim, mas também do organismo, sua condição e ação. Aptidão não é a mesma coisa que a realidade como ela é, e é aptidão, e não realidade como ela é, a parte central nas equações da evolução.
Então, no meu laboratório, nós conduzimos centenas de milhares de simulações de jogos evolucionários com muitos mundos diferentes aleatoriamente escolhidos e organismos que competem por recursos nesses mundos. Alguns dos organismos veem toda a realidade, outros veem apenas parte dela, e alguns não veem nada da realidade, apenas aptidão. Quem ganha?
Bem, odeio ter que dizer isso para vocês, mas a percepção da realidade é extinta. Em quase toda simulação, organismos que não veem nada da realidade mas estão sintonizados à aptidão, levam à extinção todos os organismos que percebem a realidade como ela é. Em resumo, evolução não favorece percepções verticais ou precisas. Essas percepções da realidade são extintas.
Isso é um pouquinho atordoante. Como pode ser que não ver o mundo com precisão nos dá uma vantagem de sobrevivência? Isso é um tanto ilógico. Mas lembrem-se do besouro-joia. Ele sobreviveu por milhares, talvez milhões de anos, usando trapaças e golpes simples. O que as equações de evolução estão nos dizendo é que todos os organismos, incluindo nós, estão no mesmo barco que o besouro-joia. Nós não vemos realidade como ela é. Somos moldados por trapaças e golpes que nos mantêm vivos.
Ainda assim, precisamos de ajuda com nossas intuições. Como pode ser útil não perceber a realidade como ela é? Bem, felizmente, temos uma metáfora muito útil: a interface da área de trabalho do seu computador. Considerem aquele ícone azul para uma palestra TED que estejam escrevendo. O ícone é azul e retangular e no canto direito inferior da área de trabalho. Isso significa que o arquivo de texto no computador é azul, retangular e no canto direito inferior do computador? Claro que não. Qualquer um que pensou isso interpretou mal o propósito da interface. Não está ali para lhes mostrar a realidade do computador. Na verdade, ele está ali para esconder aquela realidade. Não nos interessam os diodos, resistores e todos megabites do software. Se tivéssemos que lidar com isso, não poderíamos escrever nossos textos ou editarmos nossas fotos. Então a ideia era a de que a evolução nos deu uma interface que esconde a realidade e guia comportamento adaptável. Espaço e tempo, como vocês os percebem nesse momento, são a sua área de trabalho. Objetos físicos são simplesmente ícones naquela área de trabalho.
Existe um contra-argumento óbvio. Hoffman, se você pensa que aquele trem que vem a 320 quilômetros por hora é apenas um ícone na sua área de trabalho, por que não fica na frente dele? E depois de morto, levando a sua teoria com você, saberemos que aquele trem significava mais que do um simples ícone. Eu não me colocaria na frente daquele trem pelo mesmo motivo que eu não arrastaria por descuido aquele ícone para a lixeira: não porque eu pego o ícone, literalmente, o arquivo não é literalmente azul ou retangular, mas eu o levo a sério. Eu poderia perder semanas de trabalho. Do mesmo modo, a evolução nos moldou com símbolos perceptuais que servem para nos manter vivos. É melhor os levarmos a sério. Se vocês veem uma cobra, não a pegam. Se veem um precipício, vocês não pulam. Eles têm intenção de nos manter seguros, e deveríamos levá-los à sério. Não significa que deveríamos entendê-los literalmente. Esse é um erro lógico.
Outra objeção: não há nada de novo aqui. Físicos nos disseram há muito tempo que o metal daquele trem parece sólido, mas é na maior parte espaço vazio com partículas microscópicas circulando. Não há nada de novo aqui. Bem, não exatamente. É como dizer: "Sei que aquele ícone azul na área de trabalho não é a realidade do computador, mas olhando bem de pertinho com a minha lupa de confiança, eu vejo pequenos pixels, e essa é a realidade do computador. Bem, na verdade, não; você ainda está na área de trabalho e esse é o ponto. Essas partículas microscópicas ainda estão no espaço e tempo: elas ainda estão no interface do usuário. Então estou dizendo algo bem mais radical do que aqueles físicos.
Finalmente, vocês podem argumentar: "Veja, nós todos vemos o trem, portanto nenhum de nós constrói o trem." Mas lembrem-se deste exemplo. Nele, todos vemos um cubo, mas a tela é plana, então o cubo que vocês veem é o cubo que constroem. Todos nós vemos um cubo porque cada um de nós constrói o cubo que vemos. O mesmo acontece com o trem. Todos vemos o trem porque cada um de nós vê o trem que construímos, e o mesmo se aplica a todos os objetos físicos.
Somos inclinados a pensar que percepção é como uma janela da realidade como ela é. A teoria da evolução está nos dizendo que essa é uma interpretação incorreta das nossas percepções. Em vez disso, a realidade é mais como uma área de trabalho 3D planejada para esconder a complexidade do mundo real e conduzir o comportamento adaptável. Espaço como vocês o percebem é a sua área de trabalho. Objetos físicos são apenas ícones nessa área de trabalho.
Acreditávamos que a Terra era plana porque ela parecia ser assim. Depois achamos que a Terra era o centro imóvel da realidade porque parecia ser assim. Estávamos errados. Havíamos interpretado nossas percepções erroneamente. Agora acreditamos que espaço/tempo e objetos são a natureza da realidade como ela é. A teoria da evolução está nos dizendo que, novamente, estamos errados. Estamos interpretando mal o conteúdo de nossas experiências perceptivas. Há algo que existe quando você não olha, mas não é espaço/tempo e objetos físicos. É tão difícil para nós nos desapegarmos do espaço/tempo e objetos quanto é para o besouro-joia se desapegar de sua garrafa. Por quê? Porque estamos cegos para nossas próprias cegueiras. Mas temos uma vantagem sobre o besouro-joia: nossa ciência e tecnologia. Ao espionar pela lente do telescópio descobrimos que a Terra não é o centro imóvel da realidade; ao espionarmos pela lente da teoria da evolução descobrimoos que o espaço/tempo e objetos não são a natureza da realidade. Quando tenho uma experiência perceptiva que descrevo como um tomate vermelho, estou interagindo com a realidade, mas aquela realidade não é um tomate vermelho e nem se parece com um. Analogamente, ao ter uma experiência que descrevo como um leão ou um bife, estou interagindo com a realidade, mas ela não é um leão ou um bife. E aqui está a guinada: quando tenho uma experiência perceptiva que descrevo como um cérebro ou neurônios, estou interagindo com a realidade, mas ela não é um cérebro ou neurônios e nada parecido com um cérebro ou neurônios. E aquela realidade, qualquer que seja, é a fonte verdadeira de causa e efeito no mundo. Não o cérebro, não os neurônios. Cérebros e neurônios não têm poderes casuais. Eles não causam nenhuma de nossas experiências perceptivas, ou nossos comportamentos. Cérebros e neurônios são um conjunto de símbolos de espécie específica, um truque.
O que isso significa para o mistério da consciência? Bem, isso abre novas possibilidades. Por exemplo, talvez a realidade seja uma máquina imensa que causa nossas experiências conscientes. Eu duvido, mas vale a pena explorar. Talvez a realidade seja uma imensa rede de agentes conscientes interagindo, simples e complexa, que causa experiências conscientes um no outro. Na verdade, isso não é uma ideia tão absurda como parece ser e estou explorando isso atualmente.
Mas aqui está a questão: uma vez que nos desapegamos de nossa sólida suposição intuitiva, mas falsa sobre a natureza da realidade, isso abre novas maneiras de pensar sobre o maior mistério da vida. Eu aposto que a realidade acabará sendo mais fascinante e inesperada do que jamais imaginamos.
A teoria da evolução nos apresenta com um desafio máximo: atreva-se a reconhecer que a percepção não tem a ver com enxergar a verdade, e sim com ter filhos. E, a propósito, mesmo essa palestra TED está apenas nas suas cabeças.
Muito obrigado.
Chris Anderson: se é você mesmo aí, muito obrigado. Há muita coisa em tudo isso. Em primeiro lugar, algumas pessoas podem ficar profundamente deprimidas ao pensar que, se evolução não favorece a realidade... Isso até certo ponto não enfraquece todos os nossos esforços aqui, toda a nossa habilidade de pensar que podemos pensar a verdade, inclusive a sua própria teoria, se concordarmos com isso?
Donald Hoffman: Bem, isso não nos impede de termos uma ciência bem-sucedida. O que temos é uma teoria que acabou sendo falsa, de que percepção é como a realidade e a realidade é como nossas percepções. Aquela teoria acabou sendo falsa. Joguemos essa teoria fora. Isso não nos impede de agora postular todo tipo de outras teorias sobre a natureza da realidade, então é um progresso reconhecer que uma das teorias era falsa. A ciência continua normalmente. Não há qualquer problema nisto.
CA: então acha possível... (Risos) Isso é legal, mas o que está dizendo, eu acho, é que é possível que a evolução ainda pode levar-lhe à razão.
DH: Sim. Agora esse é um ponto muito bom. As simulações do jogo evolucionário que mostrei eram específicas sobre percepção, e elas mostram nossas percepções foram moldadas para não nos mostrar a realidade como ela é, mas isso não significa a mesma coisa sobre nossa lógica ou matemática. Não fizemos essas simulações, mas aposto que vamos descobrir que existem pressões de seleção para a nossa lógica e nossa matemática para estarem, pelo menos, na direção da verdade. Matemática e lógica não são fáceis. Não entendemos muito bem, mas ao menos as pressões de seleção não são uniformemente distantes da verdade e da lógica. Acho que descobriremos que temos que observar cada faculdade cognitiva uma de cada vez e ver o que a evolução faz com ela. O que é verdade sobre a percepção pode não ser verdade sobre matemática e lógica.
CA: o que você propõe é uma nterpretação moderna do mundo como a de Bishop Berkeley? "Consciência causa matéria e não o contrário."
DH: bem, é um pouquinho diferente de Berkeley. Ele achava isso, ele era deísta e acreditava que a natureza última da realidade era Deus e assim por diante, e não preciso ir onde Berkeley está indo, então é bem diferente dele. Eu chamo isso de realismo consciente. É uma abordagem muito diferente.
CA: Don, poderíamos falar por horas, e espero fazer isso.
Obrigado pela palestra. DH: Obrigado. (Aplausos)
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