UM HOMEM É MUITO MAIOR QUE SUA MASCULINIDADE ASSIM COMO UM CANHOTO É MUITO MAIS QUE UM BRAÇO ESQUERDO!

Aqui esta o meu exercício é cruzar a psicologia geral com a psicanálise em uma leitura sobre o tema de uma postagem de uma Comunidade do Facebook sobre Psicanálise.

Falando claramente eu não estou respondendo ninguém em especial de fato… estou ME treinando. Não respondo com Psicólogo nem como psicanalista… mas como um estudante… fatalmente terei arestas para aparar.

Espero que seja útil a mais alguém.

Dito isso: ESSA É UMA BOA OPORTUNIDADE PARA FALAR SOBRE MASCULINIDADE FRÁGIL!




A "masculinidade frágil" é um termo que surgiu nas discussões sobre gênero e sociologia para DESCREVER UM EVENTO RECORRENTE: O estado de INSEGURANÇA expresso de forma INDIRETA nos comportamentos que alguns homens têm expresso em relação à sua identidade masculina.

Homens que VIVENCIAM sentimentos de MASCULINIDADE FRÁGIL fantasiam que existe em algum patamar da natureza uma estrutura externa que o define como masculino! Entretanto, antropologicamente falando, cada cultura constrói a imagem do que é o masculino de forma diferente, tendo muitos pontos em contradição e outros em comum. A masculinidade acaba não sendo um conceito estático, mas sim algo que é constantemente construído e reconstruído através de práticas sociais e culturais.

Assim esse homens com Masculinidade Frágil sentem-se agredidos toda vez que alguém, fora dos seus rígidos e irrealistas padrões, se manifesta sobre condutas e questões que lhes toca a presunção de sua seara!

Eles são tão frágeis que não conseguem lidar com a exposição do que lhe é diferente. Uma clara manifestação de posição narcísica.

O SUPEREGO é o termo da psicanálise usado para se referir à parte da nossa constituição mental que age como uma espécie de CONSCIÊNCIA MORAL, internalizando as normas e valores sociais. Quando uma pessoa tem um superego muito rígido acaba por internalizar uma visão muito rígida e estereotipada do mundo. e sofre sempre que o mundo não corresponde a essa visão.

Ao que tudo indica a MASCULINIDADE FRÁGIL estrutura o “significado” de ser “masculino” de forma irrealista por sentir ansiedade ou medo de não estar à altura desses padrões.

Isso resulta nos
 COMPORTAMENTOS COMPENSATÓRIOS que são característicos da masculinidade frágil.

O esforço é manter a IDEALIZAÇÃO do que é ser homem, fortemente influenciado pelo contexto social, por um Superego rígido idealista e por necessidade de estruturar um lugar no mundo! Esses homens constroem, para esse fim, essa figura mítica de uma masculinidade tradicional (inventada) e normativa que não deve ser desafiada ou questionada, mesmo que pela realidade da vida.

Esses padrões influenciam e quando internalizados, servem para proteger as pessoas de enfrentar seus medos e defeitos que são insuportáveis de enfrentar conscientemente. Sentimentos esses que são recalcados em camadas e mais camadas internas de estereótipos. O que acaba por gerar:

- Dificuldade em expressar emoções ou admitir vulnerabilidade, muitas vezes derivada do estigma social de que homens "reais" não choram ou não mostram fraqueza;
- Tendência a reagir de forma exagerada ou agressiva a desafios percebidos à sua masculinidade, como ser provocado ou desafiado em alguma característica que a sociedade tradicionalmente associa ao ser homem;
- Resistência a envolver-se em atividades ou interesses considerados não-masculinos ou femininos, por medo de serem vistos como menos masculinos;
- Manutenção de relações interpessoais baseadas em dominação ou competição, ao invés de emoções ou apoio mútuo;
- Reforço de estereótipos de gênero e crítica de homens que não se conformam com esses estereótipos…

O que resulta em POSIÇÕES DEFENSIVAS, PASSIVO-AGRESSIVO (aquela em que responde que está tudo bem e que não está com raiva, ainda que esteja visivelmente furioso) ou COMPORTAMENTOS EXAGERADOS para reafirmar sua masculinidade irrealista o tempo todo. Desta forma, esse comportamento é uma tentativa desesperada para sustentar-se diante das claras informações externas que contrapõem a suas fantasias e para evitar de ter de encarar a inadequação de sua natureza real interna.

MASCULINIDADE FRÁGIL É PROBLEMÁTICA porque pode contribuir para uma dinâmica social nociva, como a promoção do machismo, a homofobia, o sexismo e uma cultura que desencoraja homens a buscar ajuda ou apoio emocional. Também pode levar a comportamentos de risco, como agressão física e recusa ao uso de medidas de segurança (como cintos de segurança ou capacetes) por parecerem sinais de fraqueza.

Para superar a masculinidade frágil, muitos pesquisadores sugerem a necessidade de expandir as definições culturais de masculinidade para incluir uma gama mais ampla de experiências e expressões emocionais, permitindo assim que homens possam viver de uma forma mais autêntica e menos restritiva.



Mas como ser um homem autêntico?

Focando na SUA PESSOA e não na sua masculinidade apenas!

UM HOMEM É MUITO MAIOR QUE SUA MASCULINIDADE ASSIM COMO UM CANHOTO É MUITO MAIS QUE UM BRAÇO ESQUERDO!

Talvez a única maneira de pensar esse processo de forma mais ampla esteja na perspectiva que se concentra na experiência humana individual e na busca por significado de si mesmo!

Ajudar ao paciente a encontrar e viver a SUA AUTENTICIDADE, e não os rótulos encorajando-o a ENCONTRAR A SI MESMO mesmo que em um mundo construído a partir de pressões sociais e influências do ambiente externo. As experiências de vida, objetivos e relacionamentos interpessoais precisam ser analisados pela suas idiossincrasias e não fundamentados em estereótipos aprendidos ou normas de círculos sociais auto alimentados por preconceitos.

É o momento de incentivar os indivíduos a explorar sua própria natureza e experiência de vida. Promover o autoconhecimento que emancipa para viver a liberdade de expressão e de escolha.


Por enquanto é só.

Que este texto seja útil!

Fiquem bem!

CONVERSAS ANÔNIMAS! Por que há pais que querem que os filhos casem e tenham filhos?

 A pergunta é: Por que há pais que querem que os filhos casem e tenham filhos?








TODOS OS PAIS SÃO ANIMAIS.

E como humanos, são animais bem, bem complexos. Somos animais Bio/Psico/Sociais!

Precisamos avaliar a questão do ponto de vista que transcende o INDIVÍDUO (Pai/mãe que quer netos e ser Avô/Avó) e olhar dos pontos de vista da Psicologia Social, da Psicologia Evolutiva e da Psicologia Existencial… ao mesmo tempo.


Mesmo do ponto de vista da Psicologia e da “Psicologia Evolucionista” o desejo de ter netos pode ser explicado por várias razões, muitas das quais são fundamentadas na biologia simples: EXATAMENTE COMO TODOS OS OUTROS ANIMAIS, do ponto de vista evolutivo, a procriação é a maneira dos animais garantirem a continuação dos genes de uma espécie. Ter netos, por tanto, é uma extensão disso, pois permite que os genes de uma pessoa continuem a ser transmitidos para as gerações futuras...


Se não existissem OUTRAS razões, como afetivas, sociais, culturais... apenas a biológica já sustentaria a necessidade de ter netos.


Os netos podem fornecer um “senso de propósito”, de alegria e de RESILIÊNCIA!


A ideia de netos também pode oferecer o conforto da PRESUNÇÃO de apoio emocional e, em algumas culturas, apoio físico e financeiro na velhice! O “Vínculo Familiar”, na presença de netos, pode fortalecer os vínculos familiares e trazer a família para mais perto no momento que os avós mais precisem do coletivo!


Ainda, ter netos permite que as pessoas passem adiante suas tradições, conhecimentos e valores. Isso pode dar às pessoas um senso de imortalidade simbólica.


Na “Psicologia Evolutiva” existem as expressões : “aptidão inclusiva” e “Imortalidade Genética”!


A “aptidão inclusiva” é um conceito que descreve como os genes ou “qualidades” de um indivíduo podem ser passados para as gerações futuras não apenas através de sua própria prole, mas também através da prole de parentes próximos, como irmãos ou filhos. Embora um indivíduo vá morrer eventualmente, seus genes podem continuar a existir nas gerações futuras.


E isso é conhecido como “imortalidade genética”. Ter filhos e netos é uma maneira de um indivíduo “viver” além de sua própria vida, pelo menos em um sentido genético.


Mesmo que a próxima geração NÃO SEJA GENÉTICAMENTE vinculada, a manutenção da CULTURA, das tradições, das representações através de netos é uma forma de PERPETUAÇÃO do “si mesmo”.


Então… Muitos “pais” querem que os seus filhos casem e tenham filhos por muitas razões:


* Continuidade BIOLÓGICA: Porque A GENÉTICA induz o ser vivo a propagar seus genes para garantir a continuidade da espécie e ver seus próprios filhotes terem filhos é biologicamente reconfortante;


* Angústia EXISTENCIAL: Porque os “pais” intuem que vão morrer e isso é angustiante, pois o amor próprio natural faz sofrer diante da finitude e a continuidade da família lhe dá conforto da imortalidade simbólica;


* Conforto CULTURAL: porque a propagação da sua própria história expressa nas tradições, representações simbólicas, hábitos mantidos através de netos é uma forma de PERPETUAÇÃO do “si mesmo” dentro da comunidade.


Somos ANIMAIS SOCIAIS!  
Os avós DEVERIAM desempenhar papéis muito importantes na transmissão de tradições culturais e valores familiares, que são então passados de geração em geração. As memórias e histórias sobre os avós deveriam ser compartilhadas e preservadas, permitindo que sua presença seja sentida mesmo depois que eles se forem. São um impacto significativo no desenvolvimento e formação de seus netos, influenciando suas personalidades, escolhas de vida e até mesmo suas próprias práticas parentais.

Pais que querem netos, portanto, buscam acreditar que terão algum legado e que podem continuar a viver simbolicamente através de suas futuras gerações.


CONVERSAS ANÔNIMAS! Mendigos TIRAM A PRÓPRI4 VID4?

Teve uma postagem na comunidade onde o centro da questão era o “Snicídi@ de mendigos”... Me pareceu algo "mal intencionada" e jocosa a postagem e não encontrei mais ela… Mas, apesar dos filtros da rede, é uma oportunidade para pensar na Teoria Freudiana da “Pulsão de morte”



Se a pergunta fosse séria: Mendigos TIRAM A PRÓPRI4 VID4?

A RESPOSTA SERIA: Sim. Diariamente. 

Se tem um assunto que eu não tenho habilidades pra desenvolver é sobre a "Pulsão de Morte" do Freud... A morte não me incomoda, mas não sei o que pensar sobre a proposta de Freud.

Segundo o próprio, existe uma tendência do organismo humano para buscar a auto destruição, o desaparecimento, o aniquilamento o retorno ao Inorgânico. Isso é entendido pelo corpo como a única alternativa ao sofrimento entendido como exasperador para o verdadeiro Eu.

Algo como: "Essa dor é tanta, é tão medonha, que eu prefiro nem existir ao correr o risco de senti-la.

Segundo Freud, a pulsão de morte é uma das duas pulsões básicas (junto com a pulsão de vida) que regem o comportamento humano.

Ela pode se manifestar de forma direta ou indireta, sendo que a forma direta é o suicídio e de forma indireta: a auto negligência e o comportamento de risco.

A auto negligência é o exercício do "suicídio lento". Uma forma de autoagressão que consiste em atos repetidos que colocam em risco a saúde e a vida do indivíduo, como o consumo excessivo de álcool, drogas, cigarro, alimentos nocivos, entre outros.

O suicídio lento e a auto negligência podem ser vistas como expressão da pulsão de morte que busca o alívio do sofrimento psíquico através da destruição do corpo.

Se manifesta na incapacidade ou na recusa de prover as necessidades básicas para si mesmo, como higiene, alimentação, medicação, vestuário, etc. A auto negligência pode ter causas diversas, como depressão, demência, isolamento social, abuso de substâncias, traumas, etc.

Lacan, afirmam que a pulsão de morte não é o oposto da pulsão de vida, mas sim a sua condição de possibilidade.

Melanie Klein, diz que a pulsão de morte acaba sendo sublimada em atividades criativas, artísticas ou científicas.

Winnicott criticou o conceito de pulsão de morte proposto por Freud, e ofereceu alternativas para explicar os fenômenos da compulsão à repetição, da agressividade e do trauma. Winnicott não negava a existência de uma força destrutiva inerente ao sujeito, mas a considerava como uma expressão da criatividade e da integração, e não como um ódio constitucional.

Winnicott também enfatizou o papel do ambiente na produção do trauma, que ocorre quando há uma falha na adaptação às necessidades do bebê. Além disso, Winnicott substituiu a ideia de retorno ao inorgânico por Freud pela noção de regressão curativa no setting psicanalítico. Dá pra perceber que eu gosto mais do Winnicott, nesse aspecto?

Então, se me permitem a recapitulação:  Freud se refere à tendência inata do organismo de retornar ao estado inorgânico, de, assim, reduzir a tensão e a excitação, e de se livrar dos vínculos com o mundo externo, sendo a “pulsão de morte” a fonte da agressividade, do sadismo, do masoquismo e da compulsão à repetição de situações traumáticas, como oposição à pulsão de vida, que busca a preservação, a satisfação e a união com os objetos…

Dito isso: Nesse sentido, a MINHA ferramenta para ENFRENTAR a Pulsão de Morte está FORA da teoria psicanalítica mas dentro do processo teórico/prático de “Viktor Frankl”, e se baseia na ideia de que TODO SER HUMANO tem uma “Vontade de Sentido”, ou seja, uma necessidade de encontrar um propósito para sua existência, que pode ser realizado no amor, no trabalho ou na atitude diante do sofrimento. Para Frankl, o sentido da vida não é algo dado a priori, mas algo que se descobre a cada momento, de acordo com as circunstâncias e as possibilidades de cada um. O sentido da vida seria a forma de superar o vazio existencial, a angústia e o desespero, e de afirmar a liberdade e a responsabilidade do ser humano.

Uma possível relação entre essas duas teorias é que ambas reconhecem a existência de um conflito entre as forças internas e externas que atuam sobre o homem, e que ambas propõem uma forma de lidar com esse conflito.

Para Freud, o conflito seria entre as pulsões e a realidade, e a solução seria o equilíbrio entre elas, através do princípio de realidade. POSSO FALAR DISTO OUTRA HORA!
Para Frankl, o conflito seria entre o sentido e o absurdo, e a solução seria a busca pelo sentido, através da transcendência de si mesmo. Assim, poderíamos dizer que, enquanto Freud enfatiza o aspecto biológico e instintivo do homem, Frankl enfatiza o aspecto espiritual e existencial do homem.

Ficou longo... mas espero que útil!

Você provavelmente é um neurótico.

Para a psicanálise todas as pessoas (todas mesmo... inclusive você) em algum momento de sua evolução como pessoa, entre o seu nascimento e seu atual estado de vida adulta, precisou reprimir parte dos seus impulsos básicos, por conta das demandas culturais, por necessidade de negociar afeto e garantir carinho... mas, sempre contra a sua própria vontade.


Em outras palavras, você até queria fazer diferente (escolhas, comportamentos, respostas), mas acabou por reprimir (essas mesmas escolhas, comportamentos, respostas) simplesmente porque não teve outra opção na hora, mas no fundo, não podia renunciar a esses impulsos básicos também!


Não podendo fazer do seu modo (as tais escolhas, comportamentos, respostas...) Fez de outra maneira MAS guardou dentro de si a vontade primeira! Então! Isso são a repressão e o recalque.


Nessas escolhas entre o que tu faz (com as tais escolhas, comportamentos, respostas...) com o material reprimido e o que tu não vai fazer (com as tais escolhas, comportamentos, respostas...) nasce o regulador do que pode ou não pode na sua vida... o Superego.


A neurose é  os pequenos desequilíbrios mentais de angústia e ansiedade, mas que não afetam o pensamento racional, apesar de ficarem lá pipocando e se manifestando no que o Superego autorizou se manifestar.


Erros de falas, chistes, atos falhos, condutas repetidas, manias... Tudo isso é resposta neurótica ao material reprimido.

Ela pode afetar as emoções e a autoconfiança, causando instabilidade emocional, desordens no sentido e na ação.


Freud definiu três importantes características de uma pessoa neurótica: compulsão, obsessão e fobia.


A compulsão é quando a pessoa substitui o gozo inconsciente por um sofrimento consciente suportável, gerando uma repetição sem controle racional.


Complicou?


Calma: A compulsão pode ser entendida como um comportamento repetitivo que a pessoa realiza originalmente para aliviar a ansiedade ou o sofrimento, como uma tentativa de substituir prazer que não foi permitido no inconsciente (as tais escolhas, comportamentos, respostas... reprimidas pelo Superego) trocadas por um "sofrimento" consciente, mas ainda assim mais suportável.


A obsessão ocorre quando o paciente faz com que o objeto inconsciente se separe da situação do pensamento original, substituindo o original por coisas imaginárias. Fetiches nascem assim: Você queria a atenção de "X" (ou pai, ou mãe, ou quem importe) E essa pessoa gostava de um sapato... e você passa a gostar de pés (bhá, bem simplificado); 


Já a fobia é quando o indivíduo projeta o prazer para fora do seu eu, em que o objeto ameaçado representa a angústia. As transferências começam assim.



A palavra “neurose” tem origem no grego “neuron”, que significa “nervo”. O termo foi utilizado pela primeira vez em 1769 pelo médico escocês William Cullen para se referir a distúrbios psicológicos e doenças nervosas, como Alzheimer e Parkinson, que interferem na personalidade. 


Em 1893, Sigmund Freud redefiniu o conceito para fazer referência à forma como as pessoas se relacionam consigo mesmas e como reagem à vida. A neurose é um dos pontos principais da psicanálise freudiana. Freud acreditava que a angústia e sofrimento são causados pelo inconsciente.


PÉRA! Tu tá dizendo que uma pessoa que está preocupada demais consigo mesma não é um Narcisista mas é um NEURÓTICO?


Quase! Estou dizendo que SEM ANALISAR CADA CASO tu pode confundir uma coisa com a outra ou pode até estar lidando com as duas ao mesmo tempo e não vais perceber!


Uma pessoa que está preocupada demais consigo mesma não é necessariamente um narcisista, mas pode ser um neurótico. A neurose é um distúrbio psicológico que pode se manifestar de várias maneiras, incluindo preocupação excessiva consigo mesmo. A preocupação excessiva é uma característica comum entre os indivíduos neuróticos. Embora o conceito de “neura” utilizado pelas pessoas no dia a dia não esteja totalmente alinhado com as definições da psicanálise, um fator está totalmente correto em ambos: a preocupação excessiva. Esta é muitas vezes originada de vestígios do passado que nos perseguem em todas as novas situações. O agravamento dos sentimentos e emoções negativas que constantemente atingem os neuróticos pode causar transtornos mentais, como depressão, ansiedade e fobias.


Outra coisa que me incomoda é a facilidade das pessoas confundirem “Neurose” e “Neuroticismo”


Parece igual, mas são termos diferentes, embora estejam relacionados. 


A “Neurose” é um distúrbio psiquiátrico que afeta a capacidade de adaptação e a realidade. É a preocupação exagerada ou excessiva.


Existem diferentes tipos de neurose, como neurose ansiosa, neurose depressiva, neurose histérica, neurose obsessiva-compulsiva, neurose de caráter e neurose de compensação. 


O “Neuroticismo”, por outro lado, é um traço de personalidade que se refere a uma tendência para experimentar emoções negativas, como ansiedade, tristeza e raiva. Embora o neuroticismo possa aumentar o risco de desenvolver neuroses, nem todas as pessoas com neuroticismo desenvolvem neuroses.


Pessoas saudáveis quando perdem alguém enfrentam o Luto! Neuroticismo é o quanto o luto te afeta! Pessoas SEM reação ao luto tem BAIXO neuroticismo.


Todos nós temos que lidar mentalmente com desejos que precisam de uma boa dose de autocensura. Somos todos neuróticos e vivemos sob o impacto de provações dignas de verdadeiras neuroses.

Estamos em um mundo que muda o tempo todo, sempre à beira de um ataque de nervos, e temos a sensação de que a vida irá nos enlouquecer. Afinal, temos limites e estamos com diversas atitudes no cotidiano que trazem desconforto ou contrariedade.


 “Neuróticos somos todos nós: pessoas que têm conflitos internos e lidam com eles por meio de repressões mentais” (Freud).


CONVERSAS ANÔNIMAS! Namoro há 10 anos com um rapaz bom, trabalhador e cheio de qualidades. Porém, não temos afinidade no sexo. Nunca senti prazer!

Boa noite. Hoje lendo alguns relatos na página me senti confortável em fazer meu relato. 

Namoro há 10 anos com um rapaz bom, trabalhador e cheio de qualidades. Porém, não temos afinidade no sexo. Ele foi meu primeiro. 

Eu nunca me senti a vontade de ter relação com ele, nunca senti prazer, sinto que estou fazendo ”a coisa errada”. 

Por estes motivos temos poucas relações, eu já abri o jogo com ele, expliquei como me sinto, e ele diz não saber o que fazer, que essa é uma situação que eu preciso resolver comigo mesma.

Já fui em sexóloga e ginecos para ver se estava tudo bem comigo. E sim, tudo normal. 
Só que, a frustração que eu sentia por não conseguir ter prazer na relação, vontade de beijar na boca e tudo mais era muito grande.

Ha 1 ano, me envolvi com um moço, com a intenção de “experimentar” outro sexo. Eu debati muito com minha Psicologa, pq tinha receio de sentir uma culpa muito grande ao fazer isso. 
E foi então que as duas coisas aconteceram: eu descobri que consigo sentir prazer e desejo na relação sexual, e ao mesmo tempo, descobri a maior culpa do mundo. 

Neste último ano, continuei tendo encontros com o moço e nos envolvemos sentimentalmente, porém decidimos que não podemos continuar tendo estes encontros. Ou terminamos nossos relacionamentos e tentamos o nosso, ou desistimos do affair que temos.

Eu tenho receio pois ele representa o desconhecido. Sei que o sexo é bom, mas e o restante? E a parceria, humor, propósitos em comum? E a dor que iremos causar nas outras pessoas? 
Detalhe: somos do mesmo grupo de amigos, ou seja, se nos descobrirem o caos vai ser enorme.

Isso tudo me deixa confusa e no fundo, penso que preciso de um tempo pra mim mesma. 
Tenho uma visão conturbada sobre relacionamentos, meu núcleo familiar foi bem confuso, presenciei traições dentro de casa quando eu era criança. Não que eu esteja culpando meus pais, mas sinto que ficaram “rastros”

Se quiserem dar suas opiniões: sem julgamentos por favor. Acho que no fundo só queria desabafar mesmo.


Caríssima Autora Anônima! O seu "desabafo" é importante... (foi uma das bases para a criação da psicanálise até) e é uma excelente ferramenta inicial. Se permitir você apenas verbalizar um problema seu, já é uma forma de buscar solução!

De fato, muitas vezes o espaço terapêutico se restringe a permitir a pessoa expor para SI MESMA o que lhe angustia. Dar vós a si e se permitir ouvir... Acaba que seu relato aqui é um exercício de extensão da sua terapia e uma forma de busca aceitação. Para você mesma. Para lhe dar vós na tua escrita!

Na sua narração você se descreve em um relacionamento de dez anos onde seu parceiro é descrito como uma pessoa agradável e proba (rapaz bom, trabalhador e cheio de qualidades) um ótimo perfil para um RH ou para uma vaga de emprego!

Você não deixou muita margem para apontar que ele é alguém que você sente desejo, talvez admiração. Você não explica se seu namorado é igualmente uma boa parceria em outras partes de sua vida (o que significa que TALVEZ ele até seja, mas essas partes de sua vida estão menos relevantes agora), se ele tem um bom humor, que vocês tenham sonhos e propósitos em comum! Vocês estão a 10 anos e eu presumo que, sendo ele seu primeiro parceiro sexual, em 10 anos o sexo com ele foi o padrão de referencia por muito tempo!

Note, o seu "padrão" com ele, e talvez o padrão dele também!

Ele não desenvolveu muito repertório se vocês começaram e desenvolveram sua sexualidade juntos. Normal. Sexo é um aprendizado dinâmico. Faz parte.

As mulheres nem sempre são estimuladas a procurar conhecer seu próprio corpo e a nossa cultura deixa a cargo do acaso a construção do próprio prazer. Se você tem sorte seu parceiro vai tentar te agradar quando das relações... se não tiver sorte ele vai tentar apenas se satisfazer... e se você tiver azar ele simplesmente nem vai pensar em você no processo.  Então, não é incomum mulheres não sentirem prazer nas primeiras relações. E 10 anos de mesmas práticas nem sempre levam a aprimoramento da técnica... mas pode levar apenas a repetição. E se ele teve em você as primeiras experiências ele TAMBÉM se sente assim... com a diferença que o gozo masculino é muito mais simples e objetivo de se conseguir. Se ele "faz algo" que ele foi levado a crer que isso "funciona" ele vai repetir esse "acerto" ad infinitum... Tenho certeza que isso tudo tua terapeuta já discutiu com você. Da minha parte, do que eu acredito ser interessante conversar sobre seu texto:
- A insatisfação sexual (quando "não" esta associada a nenhuma questão fisiológica que interfira, o que parece o caso) esta mais relacionada ao "manejo" do casal na atividade sexual, mas também, no "SIGNIFICADO" do ato ENTRE vocês! A relutância em se entregar em uma relação que já tem estruturado algum compromisso, geralmente envolve mais que valores morais conservadores ou apenas apetências! Parece ter origem no que essa relação significa! 

Parece ter relação entre o que seu corpo (a manifestação do que te é inconsciente) e a sua inconformidade com a tua relação amorosa.
Quando a questão é de insatisfação sexual em um casal, a psicanálise pode focar em várias variáveis psicológicas, para DESCARTAR outras possibilidades, e aqui vou pular todas as outras possibilidades (já que você não falou de apontamentos da sua psicologa, portanto presumo que já pularam essa etapa).

Você descreve seu parceiro com alguém digno, mas alguém que NÃO TE MOTIVA PAIXÃO.

A relação de vocês ser tão longa me diz que VOCÊ se manteve nessa relação por necessidade de conforto emocional para a pessoa que você era a 10 ANOS ATRAS. Vou chutar que você tenha hoje 27 anos! Mesmo se não for, segue meu raciocínio:

Uma mulher na proximidade dos 30 é BEM diferente de uma mesma pessoa com 17 anos.

Você NÃO É mais a pessoa de dez anos atras! Suas necessidades mudaram, seu sonhos, suas ambições e desejos.
Sua falta de paixão é porque seu corpo SABE que você não precisa daquele conforto e sexo de 10 anos atras. O que te impressionava a 10 anos atras não te motiva mais. Seu mundo INTERNO mudou e o do seu parceiro TAMBÉM, mas você estão acostumados e apegados a essa relação pelos MOTIVOS ERRADOS!

Por carinho e habito, talvez! Por tudo que já representou um dia, e pelo perfil de RH que você tem dele e que ELE DEVE TER DE VOCÊ!
A vida humana EQUILIBRADA busca definir a nossa identidade e papéis de gênero, entendimento e aceitação do que percebe como erotismo (o que te excita), prazer físico, prazer emocional, prazer intelectual, intimidade e (pasmem) reprodução e perpetuação de si.

A sexualidade é experimentada mais que no ato sexual, mas se expressa em pensamentos, fantasias, desejos, crenças, atitudes, valores, comportamentos, práticas, papéis e (por fim) em relacionamentos.

Embora a sexualidade possa incluir todas essas dimensões, nem todas elas são sempre experimentadas ou expressas. O que é saudável também. Mas aí a sensação de equilíbrio aplaca a uma falta qualquer.
A nossa sexualidade é importante para o bem-estar e a qualidade de nossas vidas. Estudos indicam que as pessoas que manifestam maior satisfação com sua vida sexual habitualmente apresentam melhores níveis de saúde física e mental. É uma parte importante, precisa ser saudável e sua expressão NATURAL manifesta quem nós somos e o que seremos em nossas vidas.

Você já percebeu que seu namoro é apenas protocolar.

Você já percebeu que seu corpo se satisfaz em outras práticas. Está na hora de aprender com sua própria fala. Está na hora de SE OUVIR!
O que você acha?

CONVERSAS ANÔNIMAS! VOCÊ, SEU NARCISISTA!!!




Gostaria de falar sobre esta postagem:


Nada mais comum que uma postagem cheia de senso comum e conhecimento vulgar com uma compreensão enviesada do mundo.

Tudo bem até aí?

Só que não.

Uma postagem assim além de reforçar o senso comum, lhe da uma validade. O que é ERRADO!

A afirmação de que todo psicopata é narcisista é "FALSA"! E induz ao erro e preconceitos.

Primeiro que não explica de que narcisismo se esta falando, segundo porque também não explica que o termo “psicopata” não é um diagnóstico válido descrito! Nem está incluído no CID-10 e nem mesmo no DSM-5 ou em qualquer outro manual!

Existe um natural "Narcisismo saudável", uma fase do comportamento que visa atender as próprias necessidades de forma equilibrada e respeitosa, sem prejudicar ou explorar os outros. Uma pessoa com narcisismo saudável tem uma autoimagem positiva, uma autoestima elevada, uma autoconfiança adequada e um nível aceitável de auto importância. O narcisismo saudável pode ser visto como uma forma de amor próprio, que é essencial para o bem-estar psicológico e a realização pessoal.

Pense na quantidade de pessoas com baixa autoestima REPRIMINDO seu amor próprio por MEDO de ser taxada ou se tornar "narcisista"!

NARCISISMO É UMA DESCRIÇÃO DE UM TRAÇO NATURAL DO DESENVOLVIMENTO HUMANO!

A questão é que o mau uso do termo associou com uma conduta exclusivamente patológica.

Freud usou a expressão do psiquiatra Paul Näcke, que se inspirou na lenda mitológica de Narciso e Eco. Freud entende (diferente de Näcke) que todos precisamos de um exercício narcísico pra desenvolver auto estima, auto cuidado e amor próprio... Chamado "Narcisismo Primário"! Freud acreditava que não tinha como ser diferente.

Melanie Klein foi uma grande psicanalista austríaca-britânica considerada uma figura primordial no desenvolvimento da teoria das relações objetais e desenvolveu uma teoria sobre o narcisismo diferente da de Freud. Para Klein, o bebê já estabelece uma relação de objeto desde o nascimento, e o narcisismo não é uma fase isolada, mas um estado que persiste ao longo da vida. Klein também introduziu os conceitos de posição esquizo-paranoide e posição depressiva, que são modos de funcionamento psíquico relacionados ao narcisismo.

Para Klein, o narcisismo nunca é superado completamente em uma pessoa saudável, e as posições esquizo-paranoide e depressiva se alternam ao longo da vida, dependendo do grau de ansiedade e de defesa do indivíduo. O narcisismo saudável seria aquele que permite ao indivíduo manter um equilíbrio entre as suas necessidades e as dos outros, sem negar a realidade nem se isolar do mundo.

Outro grande autor Psicanalista foi Donald Woods Winnicott!  Winnicott foi um renomado pediatra e psicanalista inglês que fez importantes contribuições para a psicanálise e desenvolveu teorias inovadoras sobre o desenvolvimento infantil. Propôs uma visão original sobre o narcisismo, onde o narcisismo não é uma fase do desenvolvimento, mas um estado que persiste ao longo da vida, dependendo da qualidade da relação entre o bebê e o ambiente. 

Hoje se usa narcisista com uma forte carga patologizante no termo como sinônimo de afeto patológico por si mesmo.

O verdadeiro nome disso é "Transtorno de personalidade Narcísica"!

Traços narcísicos TODO MUNDO TEM!

DITO ISSO: O que diferencia o 
"Transtorno de personalidade Narcísica" do "Transtorno de Personalidade dissocial"?????

O mais próximo da descrição do texto do autor é o CID-10: F60.2 - "Transtorno de Personalidade dissocial" que é caracterizado por um desprezo das obrigações sociais, falta de empatia para com os outros

Existem diferenças
 relevantes entre o que se avalia com "Transtorno de Personalidade dissocial" (Psicopata) e o "Transtorno de personalidade Narcísica".

Embora ambos compartilhem algumas características em comum, como egoísmo, manipulação e falta de empatia, MAS, eles também têm características distintas que os separam. Por exemplo:

N - O narcisismo gira em torno da busca de validação pessoal;

P - Já os
 psicopatas se relacionam com comportamentos antiéticos, incluindo danos a outros;

N - Os narcisistas têm um senso desproporcional de seu próprio valor e uma necessidade excessiva de admiração;

P -  Psicopatas são mais frios e calculistas e não se importam com a opinião dos outros, inclusive, muitos preferem ficar sem ser notados;

N - Narcisistas têm um ego frágil que é facilmente ferido pelas críticas;

P - Psicopatas têm um ego forte que os torna resistentes ao estresse (não entram em pânico) e à culpa;

N -  EXISTE ASPECTOS SAUDÁVEIS NO COMPORTAMENTO NARCÍSICO! Você usa essa parte saudável com regularidade! narcisismo só não é SAUDÁVEL no Transtorno Narcísico.

P - A Psicopatia NÃO TEM ASPECTO SAUDÁVEL nenhum! Não tem gradação.

N - MESMO a pessoa com "Transtorno de personalidade Narcísica" tem algum grau de empatia cognitiva, ou seja, a capacidade de entender os sentimentos dos outros, mas, podem não ter empatia afetiva, ou seja, a capacidade de compartilhar esses sentimentos.

P - Os psicopatas, por outro lado, não têm empatia. Não 
tem empatia cognitiva, ou seja, tem dificuldade de entender os sentimentos dos outros, e não tem empatia afetiva, ou seja, não é capaz de compartilhar esses sentimentos. Pode descrever o que faz... mas não encontra palavras para seus próprios sentimentos. Em geral é INDIFERENTE.

Portanto, nem todo psicopata é narcisista. Da mesma forma, nem todo narcisista é psicopata.

Esses dois transtornos são complexos e requerem uma avaliação profissional para serem diagnosticados corretamente.

Espero que isso tenha esclarecido sua dúvida.

Esta é a verdadeira alegria da vida!


Esta é a verdadeira alegria da vida: Viver a sua vida para que ela seja usada para um propósito reconhecido por você como um poderoso propósito;

Ser uma força da Natureza ao invés de um "Ser pequeno" e febril com doenças e sofrimentos, reclamando que o mundo não se dedica a fazer você feliz.

Sou de opinião que minha vida pertence a toda a comunidade e enquanto eu viver é meu privilégio fazer por ela tudo o que eu posso.

Eu quero ter sido completamente usado quando eu morrer, porque quanto mais duro o trabalho, mais eu irei viver.

Eu me regozijo na vida por ela mesma.

A vida não é uma “pequena vela“ para mim.

A Vida é um tipo esplendido de tocha que eu seguro no momento, e eu quero fazer com que ela queime o mais brilhantemente possível antes que eu a entregue para as futuras gerações.













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