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CONVERSAS ANÔNIMAS! Mendigos TIRAM A PRÓPRI4 VID4?

Teve uma postagem na comunidade onde o centro da questão era o “Snicídi@ de mendigos”... Me pareceu algo "mal intencionada" e jocosa a postagem e não encontrei mais ela… Mas, apesar dos filtros da rede, é uma oportunidade para pensar na Teoria Freudiana da “Pulsão de morte”



Se a pergunta fosse séria: Mendigos TIRAM A PRÓPRI4 VID4?

A RESPOSTA SERIA: Sim. Diariamente. 

Se tem um assunto que eu não tenho habilidades pra desenvolver é sobre a "Pulsão de Morte" do Freud... A morte não me incomoda, mas não sei o que pensar sobre a proposta de Freud.

Segundo o próprio, existe uma tendência do organismo humano para buscar a auto destruição, o desaparecimento, o aniquilamento o retorno ao Inorgânico. Isso é entendido pelo corpo como a única alternativa ao sofrimento entendido como exasperador para o verdadeiro Eu.

Algo como: "Essa dor é tanta, é tão medonha, que eu prefiro nem existir ao correr o risco de senti-la.

Segundo Freud, a pulsão de morte é uma das duas pulsões básicas (junto com a pulsão de vida) que regem o comportamento humano.

Ela pode se manifestar de forma direta ou indireta, sendo que a forma direta é o suicídio e de forma indireta: a auto negligência e o comportamento de risco.

A auto negligência é o exercício do "suicídio lento". Uma forma de autoagressão que consiste em atos repetidos que colocam em risco a saúde e a vida do indivíduo, como o consumo excessivo de álcool, drogas, cigarro, alimentos nocivos, entre outros.

O suicídio lento e a auto negligência podem ser vistas como expressão da pulsão de morte que busca o alívio do sofrimento psíquico através da destruição do corpo.

Se manifesta na incapacidade ou na recusa de prover as necessidades básicas para si mesmo, como higiene, alimentação, medicação, vestuário, etc. A auto negligência pode ter causas diversas, como depressão, demência, isolamento social, abuso de substâncias, traumas, etc.

Lacan, afirmam que a pulsão de morte não é o oposto da pulsão de vida, mas sim a sua condição de possibilidade.

Melanie Klein, diz que a pulsão de morte acaba sendo sublimada em atividades criativas, artísticas ou científicas.

Winnicott criticou o conceito de pulsão de morte proposto por Freud, e ofereceu alternativas para explicar os fenômenos da compulsão à repetição, da agressividade e do trauma. Winnicott não negava a existência de uma força destrutiva inerente ao sujeito, mas a considerava como uma expressão da criatividade e da integração, e não como um ódio constitucional.

Winnicott também enfatizou o papel do ambiente na produção do trauma, que ocorre quando há uma falha na adaptação às necessidades do bebê. Além disso, Winnicott substituiu a ideia de retorno ao inorgânico por Freud pela noção de regressão curativa no setting psicanalítico. Dá pra perceber que eu gosto mais do Winnicott, nesse aspecto?

Então, se me permitem a recapitulação:  Freud se refere à tendência inata do organismo de retornar ao estado inorgânico, de, assim, reduzir a tensão e a excitação, e de se livrar dos vínculos com o mundo externo, sendo a “pulsão de morte” a fonte da agressividade, do sadismo, do masoquismo e da compulsão à repetição de situações traumáticas, como oposição à pulsão de vida, que busca a preservação, a satisfação e a união com os objetos…

Dito isso: Nesse sentido, a MINHA ferramenta para ENFRENTAR a Pulsão de Morte está FORA da teoria psicanalítica mas dentro do processo teórico/prático de “Viktor Frankl”, e se baseia na ideia de que TODO SER HUMANO tem uma “Vontade de Sentido”, ou seja, uma necessidade de encontrar um propósito para sua existência, que pode ser realizado no amor, no trabalho ou na atitude diante do sofrimento. Para Frankl, o sentido da vida não é algo dado a priori, mas algo que se descobre a cada momento, de acordo com as circunstâncias e as possibilidades de cada um. O sentido da vida seria a forma de superar o vazio existencial, a angústia e o desespero, e de afirmar a liberdade e a responsabilidade do ser humano.

Uma possível relação entre essas duas teorias é que ambas reconhecem a existência de um conflito entre as forças internas e externas que atuam sobre o homem, e que ambas propõem uma forma de lidar com esse conflito.

Para Freud, o conflito seria entre as pulsões e a realidade, e a solução seria o equilíbrio entre elas, através do princípio de realidade. POSSO FALAR DISTO OUTRA HORA!
Para Frankl, o conflito seria entre o sentido e o absurdo, e a solução seria a busca pelo sentido, através da transcendência de si mesmo. Assim, poderíamos dizer que, enquanto Freud enfatiza o aspecto biológico e instintivo do homem, Frankl enfatiza o aspecto espiritual e existencial do homem.

Ficou longo... mas espero que útil!

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