Bossa Zen: Clarice e o Zen Budismo



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“A mensagem é clara: não sacrifique o dia de hoje pelo de amanhã. Se você se sente infeliz agora, tome alguma providência agora, pois só na sequência de agora é que você existe” A Descoberta do Mundo, p.160. Clarice Lispector. Esse livro é uma coletânea de crônicas. 

Clarice Lispector não era budista nem zen budista. Por nascimento-judia, mas provavelmente não praticante.

Tinha conhecimento do Budismo de conversas com amigos. 

O que Clarice praticava como ninguém era buscar uma aproximação com o momento. Um diálogo, uma escrita que, mesmo amparada em lembranças e vivências essenciais a escrita, se faz no momento.

Alguns estudos acadêmicos já apontaram com maior propriedade e provas o que digo. Teses ou artigos foram escritos.

“A mensagem é clara: não sacrifique o dia de hoje pelo de amanhã. Se você se sente infeliz agora, tome alguma providência agora, pois só na sequência de agora é que você existe” A Descoberta do Mundo, p.160. Clarice Lispector. Esse livro é uma coletâneade vários textos. 

Esse é apenas um dos múltiplos exemplos de alguém que pensava no presente. Embora ela mesma pouco usasse na sua vida diária o que escrevia como aprendizado. Daí a diferença entre a ficção e a realidade, às vezes a ponte entre esses dois mundos pode ser intransponível ou cheia de obstáculos. Clarice tinha muitos problemas pessoais e familiares e grande dificuldade em lidar com eles e com si mesma, bem como de se relacionar com o mundo. No entanto, foi tão mitificada ou endeusada que poucos conseguem ver que escrever, como ela mesma dizia, era sua salvação.

Mas nós podemos tomar o exercício ficcional ou meta ficcional da autora como ensinamento, mesmo numa simples frase fora do contexto. Se ela nos serve, porque não fazer uso dela para nossa vida.

Para quem quiser ler uma dessas teses: Zen e a Poética Auto-Reflexiva de Clarice Lispector de autoria de Igor Rossoni.

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