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Hospital Presidente Vargas comemora 60 anos


24/01/2013 08:30:46
Foto: Jonathan Heckler/PMPA


Hospital é referência em atendimento a mulheres, crianças e adolescentes

O Hospital Materno-Infantil Presidente Vargas (HMIPV) comemora 60 anos nesta quinta-feira, 24, com a celebração de uma missa de ação de graças, às 18h, na Paróquia Nossa Senhora da Conceição (avenida Independência, 230). A cerimônia terá a presença do prefeito em exercício Sebastião Melo.


Inaugurado em 24 de janeiro de 1953, o HMIPV passou a ser administrado pelo município em 2000, depois da assinatura de um convênio, em 24 de agosto, entre a Prefeitura de Porto Alegre e o Ministério da Saúde. O hospital oferece atenção especializada (ambulatorial e internação hospitalar) para mulheres (nas áreas de ginecologia, obstetrícia, planejamento familiar e saúde mental) e para crianças e adolescentes (em pediatria e especialidades pediátricas).

Hoje, o HMIPV é referência para o Rio Grande do Sul em serviços prestados pela rede pública de saúde. Entre eles, estão o teste do pezinho (feito em bebês para diagnosticar precocemente doenças que podem produzir lesões irreversíveis, como retardo mental) e a assistência integral a crianças e adolescentes vítimas de abuso sexual - isponível no Centro de Referência no Atendimento Infanto-Juvenil (Crai).

Composto por uma equipe formada por assistentes sociais, psicólogos, psiquiatras, pediatras, ginecologistas, advogados e policiais civis, o Crai ampara essas crianças e adolescentes fornecendo desde o registro da ocorrência policial, preparação para a perícia médica, notificação ao Conselho Tutelar e avaliação clínica, até o encaminhamento para tratamento terapêutico na rede de saúde do município de origem das vítimas.

No Serviço de Referência de Triagem Neonatal (SRTN), são feitos em torno de 10 mil testes do pezinho por mês. É o único local no Estado onde o exame é realizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O número de bebês atendidos equivale a perto de 80% dos nascidos vivos no Rio Grande do Sul. No caso de bebês diagnosticados com distúrbios, a assistência à criança e à família tem início imediatamente e se estende ao longo da vida. Atualmente, 800 famílias contam com esse apoio. Para estender o atendimento ao interior do Estado, o hospital se mantém articulado com serviços especializados em outros municípios, por meio de parcerias com o Estado e prefeituras.

Serviço Especializado - O HMIPV hospeda também um Serviço de Atendimento Especializado (SAE) em Hepatites Virais, que é o primeiro ambulatório do país mantido por governo municipal para atendimento a todas as necessidades de portadores de hepatites crônicas em um mesmo local. Além de acompanhamento integral aos pacientes, o SAE realiza biópsias de fígado e endoscopia digestiva, entre outros procedimentos. As pessoas que utilizam o serviço recebem atenção individual e podem participar de grupos de apoio em que trocam experiências entre si e obtêm informações sobre tratamentos, proteção da saúde e nutrição. Para ser atendido, o paciente deve ser encaminhado por uma Unidade Básica de Saúde ou Unidade de Saúde da Família, depois de consultar primeiro com clínico geral.

Outro importante serviço abrigado pelo Hospital Presidente Vargas é o Banco de Leite, onde é feita coleta para suprir as necessidades de bebês internados e repassada orientação a mães sobre amamentação. As informações são fornecidas tanto por telefone como pessoalmente. O leite materno para abastecer o Banco é doado, em parte, por mães que vão diariamente ao hospital para amamentar seus bebês em tratamento e deixam lá o excedente não consumido. Outra parte vem de mães voluntárias, que também produzem leite a mais do que o utilizado para os filhos. Nesse caso, a SMS conta com a parceria do Corpo de Bombeiros para recolher o material a domicílio.

Reformas - Em 2011, o Banco de Leite ganhou espaço renovado para higienização de utensílios. No ano passado, foi entregue a nova Unidade de Internação Psiquiátrica, com 24 leitos, dos quais cinco para tratamento de gestantes usuárias de crack - no qual o hospital é referência. Em 2010, já haviam sido reformados o Centro de Materiais e Esterilização (onde é feita a desinfecção, limpeza, preparo e esterilização de instrumental e roupas cirúrgicas), o Laboratório de Análises Clínicas (que realiza cerca de 10 mil exames por mês nas áreas de hematologia, bioquímica, microbiologia, urinálise e citopatologia) e a Emergência Pediátrica.

Ambulatório deu origem ao hospital

O surgimento do Hospital Presidente Vargas teve início seis anos antes da inauguração. Seis médicos, liderados por Antonio Saint-Pastous, instalaram um ambulatório em um casarão da avenida Independência, para pacientes particulares. Logo depois, foi construído um prédio onde passou a funcionar o então Hospital do Médico – hoje, o local abriga o Bloco A do HMIPV.

Pela falta de recursos para compra de equipamentos, os sócios venderam o empreendimento ao Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Empregados em Transportes e Cargas (Iapetec) em 1950. Três anos depois, o hospital foi transformado em hospital geral e, uma década adiante, passou a ser administrado pelo Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), que resultou da unificação dos institutos de Aposentadorias e de Pensões.

Já com o nome de Hospital Materno-Infantil (adotado em 1978), tornou-se referência regional no atendimento a gestantes de alto risco a partir da década de 1980, quando era então administrado pelo Instituto Nacional de Assistência Médica e Previdência Social (Inamps).

Cedido ao Ministério da Educação e Cultura em 1991, o hospital passou a ser dirigido, em 1995, pela Fundação Faculdade Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre. Naquele ano, foi assinado convênio de co-gestão entre o Ministério da Saúde (MS), a Secretaria Estadual de Saúde e o hospital. Uma mobilização de representações da área de saúde, no final de 1999, defendia a estadualização ou municipalização do HMIPV. Em 24 de agosto de 2000, um convênio entre o MS e a prefeitura de Porto Alegre transferiu a gestão para o município.

/hospitais/saude

Texto de: Rui Felten
Edição de: Caren Mello
Autorizada a reprodução dos textos, desde que a fonte seja citada.

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