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Visitas ao coletivo de meus passados: Pictos, celtas...

Os pictos eram antigos habitantes da Escócia que estabeleceram seu próprio reino e lutaram contra os romanos na Britânia. Fontes romanas afirmam que os pictos teriam um poderoso reino com centro em Strathmore. Tiveram que enfrentar o advento de outros povos à Grã-Bretanha, entre eles os anglos da Úmbria do Norte; e os escotos procedentes da Irlanda, que formaram um reino na Dalriada.
As invasões nórdicas nos século VIII e IX parecem ter levado os pictos e escotos a se unirem, pois, em 843, Kenneth I MacAlpin, antes rei dos escotos, tornou-se também rei dos pictos. A partir de então, toda a Escócia reconhecia um só rei. Eles venceram os vikings e os anglo-saxões e criaram a Escócia.
Segundo um estudo efectuado pelo geneticista Bryan Sykes, os pictos seriam originários da península Ibérica.



A pintura se chama A jovem Filha dos Pictos (1585-88), de Jacque Le Moyne de Morgues'

Os Pictos como povo constituem um enigma. Alguns especialistas defendem que seriam uma tribo celta, outros, por outro lado, crêem tratar-se de um povo mais antigo. Os escritores romanos sempre os distinguiram dos celtas da Escócia, surpreendendo-se pela sua ferocidade e o hábito barbárico de se pintarem ou tatuarem. Até o nome "Pictos" não ajuda, na medida em que deriva da palavra latina picti, que significa simplesmente "pintados" - uma referência às suas pinturas ou tatuagens de guerra. O nome que os Pictos davam a si mesmo perdeu-se.
As descrições dos Pictos traçam um retrato de um povo pequeno, robusto mas delgado, pele amarelecida ou escura, de todo diferentes dos Gauleses, cuja pele mais clara, altura e constituição impressionavam os escritores romanos.

Falam de guerreiros E GUERREIRAS que lutavam nús com os corpos ricamente pintados e gravados de tatuagens. Falam de mulheres que eram CHEFES tribais.


O folklore escocês fala dos "pechs". Ao longo dos séculos estes foram tornando-se numa raça mágica de fadas e duendes, mas muitos especialistas crêem que se trata duma "memória popular" dos Pictos, o que indica que seriam vistos pelos Celtas da Escócia como uma raça separada e não apenas uma tribo separada. A juntar com as diferenças físicas, parece que os Pictos poderiam ser os últimos vestígios da população pré-Celtica da Grã-Bretanha, mas não há certeza.

Um tríscele ou triskelion, do grego τρισκέλιον [triskélion]; τρισκελής [trislelís], "com três pernas".

É um
 símbolo formado por três espirais entrelaçadas flexionadas de forma similar com a ideia de simetria rotacional e em movimento. É um símbolo que aparece em muitas culturas da Antiguidade, como a dos Celtas, Pictos, micênios ou dos lícios.
.Galeria de imagens de trísceles

Estas espirais são encontradas em vários artefatos e construções antigas, o seu significado reside na beleza e na simplicidade dos seus traços. Geralmente, representam o equilíbrio do universo dentro de nós, ou seja, o equilíbrio espiritual interior e a consciência exterior. Elas formam um padrão que começa pelo centro e se deslocam para fora ou para dentro, conforme a sua configuração. Esses movimentos podem ser observados no sentido horário ou anti-horário. As espirais com movimentos no sentido horário estão associadas ao Sol e a harmonia com a Terra ou movimentos que representam à expansão e à atração, em relação ao centro.


Por outro lado, as espirais com movimentos no sentido anti-horário estão associadas à manipulação dos elementos da natureza e aos encantamentos que visam à interiorização e à transmutação de energias, assim como a proteção. Lembrando que entre os celtas, mover-se em torno de um objeto em sentido anti-horário era considerado como mau agouro.Os antigos túmulos megalíticos na Irlanda, são exemplos maravilhosos de espirais, anterior aos celtas, conhecidos como "As Espirais da Vida", que representam o ciclo da vida, da morte e do renascimento.

Na cultura celta é dedicado à Manannán Mac Lir, o Senhor dos Portais entre os mundos. Tudo indica que o número três era considerado sagrado pelos Celtas, reforçando o conceito da triplicidade e da cosmologia celta de: Submundo, Mundo Intermediário e Mundo Superior.

O Triskle também é conhecido por triskelion ou triskele, tríscele, threefold ou espiral tripla, e possui dois grandes aspectos principais de simbolismo implícitos em sua representação, que são:

  • Simbologia ligada ao constante movimento de ir, representando: a ação, o progresso, a evolução, a criação e os ciclos de crescimento;
  • Simbologia ligada às representações da triplicidade: 
Corpo, Mente e Espírito;

Passado, Presente e Futuro;
Primavera, Verão e Inverno.

Os nós celtas são variantes entrelaçadas de símbolos do mundo pré-céltico, germânico e céltico. O número três nos liga aos reinos do Céu, da Terra e do Mar – elementos que compunham o mundo Celta – e por sua vez, formavam os Três Reinos, vistos da seguinte forma:

- O Céu, que está sobre nossa cabeça e nos oferece o Sol, a Lua, as estrelas e as chuvas que fertilizam a terra. Representa a luz, a inspiração (o fogo na cabeça) e os Deuses da criação.
- A Terra, que está sob nossos pés e nos dá o alimento, nos abriga e faz tudo crescer - são as raízes fortes das árvores. Representao xorpo, o solo, a raíz e os Espíritos da Natureza.
- O Mar é a água que está em nós, representa o Portal para o Outro Mundo, que sacia a sede e nos dá a vida - sem a água tudo perece e morre. Representa os seres feéricos, a água e os Ancestrais.

Sendo os três elementos interdependentes, onde cada um possui seu significado próprio, mas que dependem um do outro para continuar existindo, permitido assim, que o nosso mundo também exista em perfeita interação. 

Os três reinos representam locais onde há vida, e o fogo é a alma que caminha entre eles. Além disso, cada reino era relacionado a um grande caldeirão sustentado por três pernas, que por sua vez, possuíam três atributos diferentes. Apesar de não haver um mito de criação como outras culturas indo-europeias, havia entre eles a ideia dos Três Mundos, como citamos anteriormente, descritos como:

- O Mundo Celestial ou Superior: onde as energias cósmicas como o Sol, a Lua e o vento se movem. Associado aos Deuses da criação.
- O Mundo Intermediário ~ Terra média: onde nós e a natureza vivemos. Associado aos espíritos da natureza.
- O Submundo: onde os ancestrais e os seres feéricos vivem. Associado ao Outro Mundo.

Portanto, as três pontas do Triskle eram associadas aos Três Reinos ou aos Três Mundos e ao fluxo das estações. E, numa versão moderna, às três fases da Lua vistas no céu: Crescente, Cheia e Minguante. Com as mesmas características observadas nas espirais, seu movimento a partir do centro, pode ser descrito como no sentido horário ou anti-horário. Simbolicamente, o sentido horário: representa a expansão e crescimento e o sentido anti-horário: a proteção e o recolhimento."Tendo em consideração o número três, símbolo sagrado dos Celtas, o qual tanto se apresenta com a forma de Tríade como de Triskle, a tripla espiral que, girando à volta de um ponto central, simboliza por excelência o universo em expansão.

De um modo geral, este símbolo está associado ao crescimento pessoal, ao desenvolvimento humano, o fluir e a expansão da consciência física e espiritual.

texto de Rowena Arnehoy Seneween 

The 13th Warrior (O 13º guerreiro, no Brasil) é um filme norte-americano de 1999, dirigido por John McTiernan, baseado no romance "Eaters of the Dead", de Michael Crichton. Inspirado pela tradução para Inglês do relato real de Ahmad ibn Fadlan das suas viagens para cima do rio Volga, no século X. O enredo do filme, é, contudo, em grande medida uma adaptação moderna do épico anglo-saxão Beowulf.

O filme esforça-se por atingir uma atmosfera histórica, incluindo o uso de diálogos em Árabe, Sueco, Norueguês, Dinamarquês, Grego e Latim. O actor norueguês Dennis Storhøi co-protagonizou a película como Herger, enquanto o actor sueco Sven Wollter interpretou um velho chefe viquingue. A veterana actriz norueguesa Turid Balke teve também um pequeno mas proeminente papel ao interpretar a feiticeira, assim como a actriz sueco-norueguesa Maria Bonnevie como Olga, a criada.
Bran Mak Morn ~ O último rei picto.


 






Bran Mak Morn é um herói fictício de várias histórias de Robert E. Howard (criador de Conan - o bárbaro).

Nas histórias, ele é o último rei da última tribo dos pictos . Ele é um descendente linear direto de Brule Lança-Slayer, companheiro do
rei 
Atlante Kull, a quem ele consegue convocar num ritual mágico, para lutar com ele em "Kings of The Night", uma novela publicada pela Weird Tales em Novembro de 1930.

Bran Mak Morn é o líder de uma cultura sendo extinta pelo ocidentalismo, um pobre reflexo do que uma vez que foram e está profundamente consciente de seu caminho inevitável a extinção, embora, como todos os personagens Howard ele escolha lutar contra isso, em vez de sucumbir. Seus principais inimigos são os romanos e ele faz uma aliança profana para derrotá-los em "Worms of the Earth".

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