Piotr Alexeyevich Kropotkin (em russo: Пётр Алексе́евич Кропо́ткин, Ocidentalizado para Peter Kropotkin; Foi geógrafo, economista, cientista político, sociólogo, zoólogo, historiador, filósofo e ativista político russo.
Um dos principais pensadores do anarquismo no fim do século XIX, considerado também o fundador da vertente anarco-comunista. Suas análises profundas da burocracia estatal e do sistema prisional também são relevantes na área de criminologia.
Escreveu livros hoje considerados clássicos do pensamento libertário, dentre os quais se destacam A Conquista do Pão (Хлеб и воля) e Memórias de um Revolucionário (Записки революционера), ambos publicados em 1892, Campos, Fábricas e Oficinas (Поля, фабрики и мастерские), de 1899, e Mutualismo: Um Fator de Evolução (Взаимопомощь как фактор эволюции), publicado em 1902. Durante um longo período, também contribuiu para a Enciclopédia Britânica, tendo sido o autor do verbete "Anarquismo", entre outros,.
Nascido príncipe, membro da antiga família real de Rurik, na idade adulta Kropotkin rejeitou este título de nobreza pela sua decepção com a erudição dos aristocratas.[3] Ainda adolescente foi obrigado a ingressar no exército imperial russo por ordem do próprio czar Nicolau I. Nesta mesma época passou a ter contato com a literatura revolucionária da época.
Interessado por geografia, tornou-se explorador do círculo polar ártico percorrendo milhares de quilômetros a pé e registrando diferentes fenômenos relacionados a tundra e outras paisagens árticas. Em suas muitas viagens teve contato e passou a se solidarizar com os camponeses vivendo em condições miseráveis na Rússia e na Finlândia. Este sentimento de solidariedade fez com que Kropotkin abandonasse a atividade de pesquisador. Viajou para o Leste Europeu tendo contato em diversos países ativistas e revolucionários, entre estes os associados de Bakunin e os seguidores de Marx. Em Genebra, tornou-se membro da Primeira Internacional depois partiu em direção à Jura a convite de um anarquista que lhe relatara a força que o movimento adquirira naquela região. Estudou o programa revolucionário da Federação Anarquista de Jura, retornando à Rússia com a intenção de divulgá-lo entre ativistas libertários e populações marginalizadas. Na Rússia voltou a fazer pesquisas científicas, tomando parte em diferentes âmbitos do ativismo libertário.
Foi preso por diversas vezes por sua militância. Seus textos foram publicados por centenas de jornais ao redor do mundo. Seu funeral, em fevereiro de 1921, constituiu o último grande encontro de anarquistas na Rússia, uma vez que este país, desde a revolução de 1917, estava sob o domínio dos bolcheviques marxistas que passaram a perseguir, exilar e aniquilar os ativistas libertários onde quer que fossem encontrados.
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