Na audiência com a juíza Andreia Terres do Amaral, no Foro Central de Porto Alegre, nesta quarta-feira (09), ficou evidente, mais uma vez, como o Ministério Público e os governos estadual e municipal desdenham a população que depende, exclusivamente, do Sistema Único de Saúde. Tanto o MP quanto Estado e Município ignoraram a alternativa de uma Proposta de Emenda à Constituição que absorva à Secretária da Saúde estadual os trabalhadores da Fugast que atuam há décadas em diversos setores do Hospital Materno-Infantil Presidente Vargas, por exemplo. A demissão, segundo o Ministério Público, tem de ser imediata, sem ao menos saber se o município tem servidores concursados ou contratados emergencialmente para assumir o hospital. “Vai ter de morrer alguma criança ou mãe para que a experiência de técnicos, enfermeiros e médicos valha alguma coisa?”, questionou Joel Soares, diretor do Sindisprev-RS, que esteve na reunião.
Para o diretor do sindicato, Estado e Município jogam números ao vento para argumentarem que a população não ficará desassistida. “Não bastou a última semana, quando setores importantes do HPV fecharam, para o Ministério Público e os governos se derem conta do descaso que cometem com trabalhadores e pacientes”, lembrou. Na sexta-feira (11), vai ocorrer uma nova reunião na 1 Vara da Fazenda Pública para definir de que forma será feita a transição dos funcionários com os servidores que os governos dizem estar prontos. Os trabalhadores da Fugast realizam nova assembléia nesta quinta-feira.
“A partir desta quinta-feira (10), a emergência do Hospital Psiquiátrico São Pedro fechará as portas, pois o médico que atenderá no plantão é da Fugast. Dos sete médicos, quatro estão nessa situação. Entre 30 e 40 pacientes ficarão sem atendimento”, lamentou a psiquiatra Leila Tannous.
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