Trabalhadores da Fugast não aceitam acordo somente para funcionários do Presidente Vargas

11/03/2011 11:56 - Atualizado em 11/03/2011 12:13

Nova audiência para tratar do impasse entre trabalhadores da Fugast e gestores da saúde acontece, às 15h, na sexta feira, 11/03 no Fórum Central. O encontro reuniu a juíza Andreia Terre do Amaral, da 3ª vara da Fazenda Pública, e integrantes do Ministério Público, das Secretaria das Saúdes do Município e do Estado, além de trabalhadores.

Os funcionários que aguardam prorrogação do prazo para demissão vão entregar um documento com a decisão da assembleia de não aceitar a dilatação do prazo em 120 dias para os funcionários do Hospital Presidente Vargas.

O diretor do Simpa, João Ezequiel, explica que 500 trabalhadores foram afetados e que a demissão altera serviços no Hospital Psiquiátrico São Pedro, Sanatório Partenon, Lacen e Hemocentro. As demissões foram suspensas até o encontro de hoje, mas o prazo dado pela Justiça para cumprimento de ação movida pelo MP contra a cedência de funcionários venceu dia 8 de março.

Esses trabalhadores estão fora da Fundação de Gastroenterite há 13 anos. A solução definitiva deve vir com a votação da Proposta de Emenda Constitucional que tramita na Assembleia Legislativa para que os trabalhadores passem a ocupar cargos extintos como "celetistas".

     Ouça o áudio: Diretor do Simpa, João Ezequiel
Fonte: Tatiane de Sousa / Rádio Guaíba
Hoje reabriu as portas a emergência do Hospital Presidente Vargas. Trabalham lá pessoas de várias instituições que conseguiram aprovação no contrato emergêncial (QUE FOI NEGADO AOS DA FUGAST) e, aos poucos o hospital recomeça a trabalhar e a apontar uma sutil proposta de normalidade. Não internou nenhuma criança. Mas já existem leitos disponíveis.

Em breve as pessoas não lembrarão dos funcionários que dedicaram parte de suas vidas a vida... e receberam de recompensa apenas um aviso em um quadro lhes dando uma data para sua demissão.

E a vida continua.

MAS AGUARDAMOS A PEC.

A Proposta de Emenda Constitucional estabelece que os funcionários da Fugast que prestam serviços diretamente ao Estado passem a integrar categoria de servidores públicos em regime de extinção da Secretaria Estadual da Saúde, sob regime celetista.


Nada mais justo e correto para redimir os erros e injustiças que afligiram as mais de 500 pessoas que dedicaram tanto a Porto Alegre e sua população.

2 comentários:

Lisiane disse...

Bom dia Islan!

Muito obrigada pela tua sensibilidade. Realmente, daqui alguns dias cairemos no esquecimento. Dedicamos 16 anos, integralmente, ao HMIPV, foi muito bom, não queria que acabasse, mas o MP determinou o seu fim, temos que acatar. Agora é tentar reorganizar a vida, tanto particular quanto profissional. Não vai ser fácil, mas também não é impossível!
Boa sorte e obrigada!
Farm. Lisiane

Iza Colorada disse...

Seu post ilustra muito bem nossa situação (Fugast), realmente após
15 anos de trabalho, recebemos
apenas um aviso nos demitindo,este
é o agradecimento que recebemos e
pior, daqui alguns meses ninguém lembrará de nós!
Parabéns por seu post e blog muito
lindo!
Abraços

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