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Mente Zen Mente Atenta: "Gate gate paragate parasamgate bodhi svaha"

"Gate gate paragate parasamgate bodhi svaha":




O mantra de Avalokitesvara é "Gate gate paragate parasamgate bodhi svaha".

Gate significa ter ido. Ter ido da inconsciência até a mente atenta. Ter ido da dualidade até a não-dualidade. Assim, Gate, gate significa "ter ido, ter ido".

Paragate significa "ter atravessado até a outra margem".

Então, este mantra é recitado de uma maneira muito forte. "Ter ido, ido completamente".

Parasamgate: 'sam' significa "todas as pessoas", a sangha, toda a comunidade de seres. 

Bodhi é a luz interna, iluminação ou despertar. Você a vê e a visão da realidade desperta você.

E Svaha é um grito de exaltação ou euforia, como "Bem-vindo!" ou "Aleluia!".


"Gate gate, paragate, parasamgate, bodhi svaha".
"Foi, foi, 
foi completamente, 
todos terem foram à outra margem,
a iluminação, saudemos!"

(Adaptado da explicação de Thich Nhat Hanh em "O coração da compreensão, Bodigaya")

Avalokiteshvara (em sânscrito Avalokiteśvara, "Aquele que enxerga os clamores do mundo"; em tibetano Chenrezig), é o/a bodisatva (bodhisattva) que representa a suprema compaixão de todos os Budas. 
Um bodhisattva é aquela criatura que está adiantada ou pronta para alcançar o estado deBuda; contudo faz voto de só alcançá-lo plenamente quando nenhum ser estiver mais no samsara, ou na roda de encarnações neste mundo. 
Sendo a compaixão uma virtude central do budismo, Avalokiteshvara tornou-se muito conhecido por budistas e não budistas, sendo comum encontrar inscrições com seu mantra - Om mani padme hum- mesmo em meios não budistas. 
Conta uma historinha sobre a ligação entre Avalokiteshvara e o Buddha Amitaba. 
A parábola diz que o bodisatva, ao ver o sofrimento nos infernos, fez o voto de só atingir a iluminação quando os esvaziasse. 
Amitaba então perguntou que castigo ele receberia se falhasse e Avalokiteshvara lhe respondeu que poderia lhe partir a cabeça ao meio se não o fizesse. 
Imediatamente, Avalokiteshvara começou a retirar os seres dos infernos e trabalhando incessantemente, conseguiu esvaziá-los. Porém, tão logo se apresentou a Amitaba, os infernos estavam repletos, pois apenas os humanos mortos eram suficientes para enchê-los. 
Amitaba então bateu em sua cabeça e ela se partiu, nascendo em seguida mais cabeças e mais braços, para que Avalokiteshvara pudesse ver e acudir o número imenso de seres presos nos infernos e no samsara. Essa pequena história retrata a compaixão providente dos budas, que mesmo diante de nossos compromissos mais estranhos - partir a cabeça, por exemplo - podem extrair benefício a todos.
Encontra-se na iconografia budista imagens de Avalokiteshvara com mil braços e cabeças.

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