Eu estava revisando um prontuário e um link me lembrou esta história... Que possa trazer algum proveito a alguém.
Devadatta (em Sânscrito, Pali e Japonês: Daibadatta) era filho do Rei Dronodana e era primo de Sidarta Gautama (o *Buda*), de quem, um dia, se tornou, inicialmente, um discípulo e, posteriormente, inimigo.
Nas escrituras budistas ele é descrito como um homem perverso, que por ciume, intenta matar o Buda e destruir a Ordem Budista.
Quando ambos eram jovens (antes de Sidarta dedicar-se a uma vida religiosa), diz-se que ele matou um elefante branco que Gautama lhe havia presenteado, e que chegou a disputar com o primo a mão da princesa Yashodhara, que viria a se casar com o futuro Buda. Mas quando Sidarta retirou-se da vida mundana e alcançou a iluminação, Devadatta converteu-se em um de seus discípulos. Por um tempo.
Um dia, quando Buda atravessava um desfiladeiro, Devadatta, então tomado de ciume e inveja, fez rolar uma pedra enorme com a firme intenção de atingir o Iluminado mortalmente. No entanto, a pedra passou ao seu lado.
Buda não só não se abalou como ainda viu o autor de tal tentativa de homicídio, mas não perdeu em momento algum a sua postura compassiva.
Algum tempo depois do ocorrido, Sidarta Gauthama cruzou com Devadatta em seu caminho, e para espanto deste, saudou-o com carinho e afeto.
Devadatta, cabisbaixo e se sentindo culpado, perguntou-lhe:
- Sabes o que eu fiz. Sabe o que eu quis... Não me odiais Senhor?
- Não, evidentemente que não – respondeu Buda.
- Como assim? – perguntou Devadatta numa atitude de espanto e simultaneamente de culpa.
Buda disse:
- *Neste momento já não és tu quem arremessou aquela rocha, assim como eu não sou mais aquele que estava no desfiladeiro quando a pedra foi arremessada.* *Sejamos melhores. Ambos.*
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