Bom... isso não é bem verdade…
Existe sim uma parte das pessoas que têm essa perspectiva e preconcepção mas não se pode afirmar que é a maioria. Talvez, no máximo, a maioria das quais você falou em sua amostra pessoal. Mas essa amostra não é significativa para além da sua população e contexto… mas a postagem NÃO é sobre isso.
De uma forma ou de outra a postagem é sobre O EFEITO DA AUTO-IMAGEM dos outros na sua PROJEÇÃO e sobre MECANISMOS DE DEFESA.
Podemos falar sobre Auto-imagem, mecanismos de defesa e projeções… Mas vamos por partes:
A auto-imagem é a representação mental que construímos de nós mesmos. Essa percepção não necessariamente está consciente de sua existência e não se baseia apenas na aparência física, mas também leva em conta nossa identidade como um todo, incluindo gestos, modo de falar, modo de vestir, ideias e sentimentos. Ela pode ser razoavelmente saudável mas pode ser muito distorcida. Isso envolve: Uma “Concepção realista de si mesmo” (autoconceito), o quanto se tem “Confiança em si mesmo”, na “Forma que nos Relaciona” com os outros, no ”Reconhecer” tanto nossas fraquezas quanto nossas habilidades e na estruturação do Amor próprio e embora a autoimagem seja geralmente estável, ela muda constantemente conforme VOCÊ MUDA.
Daí falar sobre “Os mecanismos de Defesa”, que são estratégias que seu “Eu”, de forma inconsciente, constroi para proteger a sua personalidade e até a sua “auto imagem” contra o que ela considera “ameaça”, afastando eventos que geram sofrimento da percepção consciente. Alguns dos principais mecanismos de defesa incluem o “Recalque”, a “Regressão” e a “Sublimação”... Existem muitos. São processos psíquicos que ajudam a manter o equilíbrio psicológico, mas também podem manifestar problemas.
Por exemplo A PROJEÇÃO: Na tentativa de não se sentir “diminuído” uma pessoa pode precisar “diminuir os outros”… Neste processo, características intoleráveis em si mesmo são atribuídas ao outro. Desejos e sentimentos recusados são depositados no outro, como se fossem dele. Em termos de mecanismo de defesa, a inveja pode ser uma maneira de lidar com sentimentos de inferioridade, transferindo-os para o objeto de inveja.
Isso quer dizer o quê?
Que existem sim funcionários públicos com auto estima deslocada (cheios de si), mas estão longe de serem a maioria.
Existe um número muito maior de trabalhadores privados… e a possibilidade de existir um número muito maior de funcionários PRIVADOS com auto estima deslocada (cheios de si) é grande.
Existe uma FANTASIA em torno do funcionalismo público, assim como parte da população acredita que existem MUITOS engenheiros e advogados trabalhando como UBER por não existirem campos bem remunerados para eles em seus campos de formação.
Entende o ponto? Tudo está focado onde projetamos nossa fantasia como parâmetro!
A fantasia aqui se refere a uma percepção idealizada ou irrealista. No contexto do funcionalismo público, muitas pessoas acreditam que trabalhar no setor público é mais estável, seguro e bem remunerado do que em outras áreas.
Da mesma forma: muitos profissionais qualificados (engenheiros e advogados) que não encontram oportunidades bem remuneradas em suas áreas de formação e, portanto, recorrem a empregos alternativos, como dirigir para o Uber.
Isso pode ser verdade em alguns casos, mas não é uma regra geral.
É uma IDEALIZAÇÃO! A percepção sobre o funcionalismo público e as oportunidades de emprego para engenheiros e advogados são complexas e variadas. É importante considerar as nuances e não generalizar com base em estereótipos ou ideias preconcebidas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário