Mesmo com todas as tentativas do secretário municipal da Saúde de desconstituir a greve dos servidores municipais, estaduais e federais que atuam na rede de saúde pública da Prefeitura de Porto Alegre, a mobilização da categoria continua forte. Em todos os espaços de imprensa, o Simpa rebate as mentiras espalhadas pelos representantes do governo. Uma ação desesperada para encobrir a falta de um projeto de gestão para a Saúde na Capital.
Ontem (25), em assembleia geral unificada, os servidores reforçaram a continuidade da luta pela regulamentação e extensão das 30 horas para todos e também exigiram que o prefeito Fortunati assumisse a negociação com os trabalhadores.
Quanto ao pedido de ilegalidade da greve, movido pelo secretário da SMS, o mesmo não foi aceito pela Justiça. A liminar com o despacho ainda não foi entregue ao Sindicato, mas parte do conteúdo divulgado na imprensa apenas reforça o compromisso já assumido pelos servidores desde o início da greve: de manter o atendimento de urgência e emergência funcionando. Também lembramos que não há motivo para a falta de médicos nos postos, visto que os mesmos não fazem parte da mobilização.
O Sindicato segue conduzindo o calendário de mobilização e também acompanha as manifestações públicas da administração municipal, procurando garantir a posição da categoria e reforçar o objetivo da nossa luta.
Calendário de mobilização definido na assembleia:
27/8 (sábado)
9h – Concentração para Ato Público no Pronto Atendimento Cruzeiro do Sul (Rua Manoel Lobato, 151 - Vila Cruzeiro).
28/8 (domingo)
9h – Chimarrão no Brique da Redenção.
29/8 (segunda)
9h – Instalação do Piquete Farroupilha da Greve, no Paço Municipal (durante todo o dia).
30/8 (terça)
9h – Concentração para Ato Público, no Paço Municipal.
14h – Assembleia Geral Unificada no salão do Clube do Comércio (Rua dos Andradas, 1085 - 4º andar).
Prefeitura anuncia medidas contra a greve da saúde Francielle Caetano/PMPA/Divulgação/JC
Casartelli: 'Temos casos de falta da equipe de enfermagem, e até de posto fechado'.
Os secretários municipais da Saúde (SMS), Carlos Henrique Casartelli, e da Governança Local, Cezar Busatto, anunciaram na tarde desta sexta-feira, (26), que os servidores da saúde do município que não estão trabalhando, em função da greve, terão os dias descontados na folha salarial de agosto. Na ocasião também foi divulgada a lista dos serviços de saúde que não estão funcionando integralmente como determina decisão judicial. As informações foram repassadas em coletiva de imprensa na sede da SMS.
De acordo com Casartelli, a paralisação de parcela dos servidores tem causado prejuízos ao atendimento da população, especialmente nas Unidas Básicas de Saúde. “Temos casos de falta da equipe de enfermagem, e até de posto fechado”, destacou o secretário, ao falar da recomendação do Ministério Público de que a prefeitura adote todas as medidas necessárias para garantir o atendimento a esse serviço.
Paralelamente, a Justiça determinou que o Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) assegure que todos os funcionários dos serviços de urgência e emergência da Saúde da Capital estejam trabalhando, garantindo todo o atendimento da população. E, também que os outros serviços de saúde funcionem na sua integralidade, com no mínimo, 50% do efetivo de funcionários.
Busatto salientou que a prefeitura tem demonstrado em recentes negociações com os servidores municipais o compromisso e a disposição ao diálogo com a categoria.“Há menos de três meses, foram concedidos inúmeros benefícios que englobam este e o próximo ano”, declarou o secretário ao falar do reajuste concedido a todo o funcionalismo (8,16%), da reposição integral da inflação do período 2011 a 2012, da implantação do Ipergs/Saúde, do reajuste de 8,33% no vale-alimentação, do pagamento de progressões retroativas, da reformulação do Plano de Carreira e da equiparação do salário básico ao mínimo nacional.
COMENTÁRIOS
Adriana - 26/08/2011 - 23h43
E dizem que vivemos em uma democracia!!!Se eu não lutar pelo que acredito quem vai lutar por mim?Os políticos que não vão ser...agora só falta um espacinho na mídia para mostrar para todos o que realmente acontece, nada começou há pouco tempo, plano de carreira já tentamos negociar faz tempo , por que descriminação entre colegas médicos e não médicos???É são tantas perguntas....
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Gisele - 27/08/2011 - 09h41
O prefeito, no auto de sus "gestão participativa", deixa na gaveta um plano de carreira proposto pelo Conselho Municipal de Saúde em agosto de 2010 até agora, não apresenta proposta alguma para os trabalharodes da saúde,e institui um plano de carreira para apenas uma categoria, os médicos, institui carga horária para os mesmos de 4 horas por dia e exige que os demais trabalhadores façam carga horária de 8 horas diárias. A carga horária de 6 horas diárias ou 30 horas semanais é uma conquista de mais de 20 anos entre os trabalhadores. Por que mudar isso agora? Todas as demandas da população, serão resolvidas com esta prerrogativa governamental?
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helen - 27/08/2011 - 10h59
Se houve acordo para os médicos, sem prejuízo no salario porque não há acordo para as outras classes?Abram espaço para os servidores também, não só para a prefeitura, onde está a democracia?
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