Esta história não é minha. É a transcrição do vídeo "A Ciência Salvou Minha Alma (Science Saved my Soul)" do usuário Phihellneas no youtube. Mas em váreas passagens reflete coisas que experimentei durante a vida.
Uma grande semelhança é que em algum lugar do fim da década de 80 eu estava em uma escalada em uma monte do Rio Grande do Sul e deitei exausto no chão olhando a noite GIGANTE que se manifestava sobre mim... lá, longe das luzes da cidade e no alto de um grande monte, a perspectiva (e a hiperventilação associado ao baixo oxigênio) fez as estrelas ficarem maravilhosamente límpidas e vivas... cintilando em cores que o olho nu e a poluição nunca permitiram perceber. Observei a "Via Lactea" com clareza e fui arrebatado quando fomos presenteados com uma chuva de meteoros... dezenas de estrelas cadentes passava por sobre nossas cabeças como se pudessem ser apanhadas com a mão.
Na quela época eu já possuía o gosto por astronomia e sabia que o evento ocorreria (um dos motivos para escalarmos tão próximo da noite era que sabíamos que haveria a chuva de meteoros) mas a presenciar a uma apresentação daquelas em cima daquele monte me fez experimentar um grau de realização novo: A Ciência não te faz promessas, mas oferece realizações e perspectivas realizáveis. Me permitia conhecer o mundo realmente.
Uma grande semelhança é que em algum lugar do fim da década de 80 eu estava em uma escalada em uma monte do Rio Grande do Sul e deitei exausto no chão olhando a noite GIGANTE que se manifestava sobre mim... lá, longe das luzes da cidade e no alto de um grande monte, a perspectiva (e a hiperventilação associado ao baixo oxigênio) fez as estrelas ficarem maravilhosamente límpidas e vivas... cintilando em cores que o olho nu e a poluição nunca permitiram perceber. Observei a "Via Lactea" com clareza e fui arrebatado quando fomos presenteados com uma chuva de meteoros... dezenas de estrelas cadentes passava por sobre nossas cabeças como se pudessem ser apanhadas com a mão.
Na quela época eu já possuía o gosto por astronomia e sabia que o evento ocorreria (um dos motivos para escalarmos tão próximo da noite era que sabíamos que haveria a chuva de meteoros) mas a presenciar a uma apresentação daquelas em cima daquele monte me fez experimentar um grau de realização novo: A Ciência não te faz promessas, mas oferece realizações e perspectivas realizáveis. Me permitia conhecer o mundo realmente.
Eu fui a vida toda um "mistico".
Entenda-se que por místico eu não quero dizer um "crente". Entendo "Mistístico" (do grego μυστικός, transliterado mystikos) "um iniciado em uma religião de mistérios", mas como a busca da comunhão com uma derradeira realidade através da experiência pessoal, direta e intuitiva.
Um dos melhores instrumentos que obtive foi a meditação e o Zen. Somado aos que obtive com a filosofia, a psicologia e minha parca experiência de vida, venho vivenciando uma busca pela verdade... Conhecer a realidade que esta a minha volta. Neste sentido conceitos como "Nirvana", o "Satori" ou "Samadhi" do Budismo não são diferentes dos grandes insights de pensadores, filósofos e ciêntistas. Com a diferença do auto grau de IMERSÃO na experiência.
No meu processo "Deus" deixou de ser um mistério e a passos largos foi deixando de ser "imaginado". Foi sendo desconstruído. Sem precisar ser "substituído" por outro "personagem". O Deus cristão foi o primeiro a não resistir a análise. Com ele os seus "anexos". Crísto, a Bíblia, a Torá, o Corão, paulatinamente foi sendo "desMITIficado" e assim "desMISTIficando" diante de meus olhos.
Sem sofrimento e sem dor...
Um dos melhores instrumentos que obtive foi a meditação e o Zen. Somado aos que obtive com a filosofia, a psicologia e minha parca experiência de vida, venho vivenciando uma busca pela verdade... Conhecer a realidade que esta a minha volta. Neste sentido conceitos como "Nirvana", o "Satori" ou "Samadhi" do Budismo não são diferentes dos grandes insights de pensadores, filósofos e ciêntistas. Com a diferença do auto grau de IMERSÃO na experiência.
No meu processo "Deus" deixou de ser um mistério e a passos largos foi deixando de ser "imaginado". Foi sendo desconstruído. Sem precisar ser "substituído" por outro "personagem". O Deus cristão foi o primeiro a não resistir a análise. Com ele os seus "anexos". Crísto, a Bíblia, a Torá, o Corão, paulatinamente foi sendo "desMITIficado" e assim "desMISTIficando" diante de meus olhos.
Sem sofrimento e sem dor...
Há três anos atrás eu estava em um observatório, bem distante da cidade mais próxima e geralmente era completamente escuro à noite. Era proibido fumar do lado de dentro, então à 1 da manhã eu saí para um cigarro.
Depois de alguns minutos parado na escuridão eu pude perceber que conseguia enxergar claramente minha mão, algo que eu não conseguia fazer nas noites anteriores. Então eu olhei para cima esperando ver o brilho da lua cheia... mas a lua não estava à vista. Ao invés, havia uma longa e brilhante nuvem bem acima de mim. Os romanos a chamavam de “a via galáctica” (a estrada de leite), hoje a chamamos de Via Láctea. Para aqueles que perderam essa aula na escola os fatos básicos são esses:
Lembre-se que um ano-luz equivale a 9,5 trilhões de quilômetros
A nossa galáxia tem um diâmetro de aproximadamente 100 mil anos-luz
O nosso Sol está localizado na extremidade de um dos braços espirais, a cerca de 26 mil anos-luz do núcleo da galáxia.
São necessários de 200 a 250 milhões de anos para o sol completar uma orbita em volta do núcleo.
Ao redor da galáxia, acima e abaixo do disco numa auréola circular, existem aproximadamente 200 aglomerados globulares, que podem conter até um milhão de estrelas cada.
A Via Láctea contém 200 Bilhões de estrelas aproximadamente.
Esses números são essenciais para compreender o que é uma Galáxia, mas quando a contemplamos, uma parte da mente humana protesta que não pode ser assim, mas uma investigação das evidências nos leva a conclusão de que é. E se você chegar a essa conclusão numa noite escura e limpa quando olhar para cima, você pode ver algo que irá mudar sua vida.
É assim que uma galáxia se parece vista de dentro, dos subúrbios do nosso Sol.
Através de um binóculo, para cada estrela que conseguir enxergar com olho nu, você verá mais 100 ao redor dela todas suspensas através de uma névoa azul acinzentada. Se você olhar através de um telescópio barato e esperar que seus olhos se ajustem à escuridão e consigam se focalizar, você vai ver o que essa névoa realmente é... MAIS ESTRELAS.
Como poeira se estendendo até onde se parece ser O INFINITO.
Mas você tem que ter o conhecimento, enxergar é só metade. Naquela noite há 3 anos atrás eu sabia de um pouco das coisas que estavam lá fora. O tipo, a escala e a idade das coisas, a violência e a destruição, a energia pulsante, a gravidade inexorável, e o desespero das distâncias. Mas eu me senti seguro, pois sabia que meu mundo está protegido pela mesma distância que os outros temem.
É como se o Universo estivesse gritando na sua cara: “VOCÊ SABE QUEM EU SOU? QUÃO GRANDE EU SOU? QUÃO VELHO EU SOU? VOCÊ PODE SEQUER COMPREENDER O QUE EU SOU? O QUE É VOCÊ COMPARADO A MIM?”.
E, se você sabe um pouco de ciência, você pode sorrir para o Universo e responder: “Cara! Eu sou você!”.
Quando eu olhei para a galáxia naquela noite, eu sabia que até o mais fraco cintilar de uma estrela era uma conexão real entre meu olho ao longo de um fino raio de luz até a superfície de um outro sol. Os fótons que meus olhos detectam, a luz que eu vejo e a energia que interage com meus nervos, vieram daquela estrela! Eu pensei que eu nunca poderia tocá-la, mas mesmo assim, algo que vem dela atravessa todo o vazio e me toca. Eu nunca poderia ter imaginado.
Os meus olhos viram apenas pequenos pontos de luz, mas a minha mente enxergou muito mais. Eu vi as explosões de radiação Gama das estrelas gigantes serem convertidas em energia pura pelas suas próprias massas. Flashes de luz que brilharam do outro lado do universo muito antes de a Terra ter se formado. Eu vejo o brilho invisível das micro-ondas da radiação de fundo, deixada pelo Big Bang. Eu vejo estrelas vagando erroneamente a centenas de quilômetros por segundo e o espaço-tempo se curvando em volta delas. Eu até mesmo consigo ver milhões de anos no futuro. Aquele brilho azul irá explodir um dia, aniquilando todos os sistemas solares próximos, em um apocalipse que, em uma comparação, faria a fúria dos deuses humanos parecer algo patético. Mas foi a partir de uma destruição dessas que eu fui formado. Estrelas morreram para que eu pudesse viver. Eu nasci de uma SUPERNOVA... E você também!
Na luz desses fatos indiscutíveis, dessa verdade parcial, porém reveladora, qual o espaço que há no século 21 e além para as alegações mágicas das religiões organizadas?
As primeiras religiões eram por qualquer definição, primitivas. Por motivo de limitação de população, comunicação e geografia, elas nunca haviam crescido para nada além de uma preocupação local. Mas as religiões mudaram através dos tempos e se tornaram mais sofisticadas, e cada geração de sacerdotes aprendiam o que funcionava ou não, o que deixava as pessoas obedientes e o que causava revolta, quais idéias as pessoas podem facilmente evadir, e quais iriam assombrá-las até o ponto em que elas teriam de rezar somente para conter o medo crescente. Quando a população cresceu devido ao desenvolvimento lento, porém certo do conhecimento, como se estivessem numa guerra, as religiões entraram numa corrida armamentista entre si. Dos deuses do vento, do trovão e do mar, as ameaças e as escalas de poder dos deuses cresceram a níveis supremos, ao ponto de que toda religião organizada possuía um deus que era onipotente, eternamente benevolente, onisciente, e palavras como “infinito” e “eternidade” eram usadas sem escrúpulos, enquanto que todas as outras palavras são abertas ao abuso até que signifiquem exatamente o que as religiões querem que elas signifiquem.
Naquela noite sob a Via Láctea, eu que tive essa experiência, não posso chama-la de uma experiência religiosa, porque eu sabia que ela não foi religiosa em nenhum sentido. Eu estava pensando sobre fatos e física, tentando visualizar o que realmente é, e não o que eu gostaria que fosse. Não existe uma palavra que exprima esse sentimento provindo dessa revelação científica, e não mística. O motivo disso é que toda vez que alguém sofre esse deslumbre, a religião rouba isso simplesmente dizendo: “Ah! Você teve uma experiência religiosa.” E os espiritualistas vão dizer a mesma merda! E eles sempre ficam enfurecidos quando um ateu como eu, diz que só tive essas experiências depois de ter rejeitado qualquer coisa sobrenatural. Mas eu admito que depois dessas experiências, quando a realidade me atinge como um bilhete premiado de loteria, eu frequentemente penso sobre religião… E o quão sortudo eu sou por não ser religioso...
Você quer aprender algo sobre deus? Ok…
Isto é uma galáxia. Se deus existe, deus fez isto. Olhe para ela! Admire-a! Aceite-a! Se ajuste a ela, porque essa é a verdade, e provavelmente não vai mudar muito. Foi assim que deus fez as coisas. Deus provavelmente gostaria que você olhasse para ela, aprendesse sobre ela, tentasse entendê-la, mas se você não pode olhar, se você não quer nem tentar entender, o que isso diz sobre a sua religião? Como o bispo Lancelot Andrews disse uma vez: “Quanto mais perto da igreja, mais distante de deus.”
Talvez você precise se afastar da mesquita, da igreja, se afastar dos padres, dos pastores, dos livros, para ter qualquer chance de encontrar deus. Esprema uma fração de uma galáxia em sua mente e então você terá uma ideia melhor do que está procurando. Quando você compreende, mesmo que parcialmente a escala de uma única galáxia, você tem a impressão de desaparecer. E quando você se lembra das outras galáxias, você encolhe novamente centenas de bilhões de vezes e então você se lembra o que você é. Os mesmos fatos que dizem o quão insignificante você é, também explicam como você chegou até aqui. É como se você se tornasse mais real, ou talvez o universo se tornasse mais real. De repente você se encaixa, você pertence, você não precisa se ajoelhar, você não precisa temer. Nesses momentos, a única coisa que você tem que fazer é continuar respirando.
A matéria que o constitui desde que você nasceu, é tão velha quanto o cosmos, a forma pode ser nova e única, mas os materiais já tem 13,7 bilhões de anos de idade. Processados pela fusão nuclear em estrelas, moldados pelo electromagnetismo... palavras frias para processos tão impressionantes. E esse bebê, era você... É você! Você é impressionante, não só está vivo, mas também tem uma mente. Qual tolo trocaria isso por qualquer bilhete premiado que já existiu?
Quando eu comparo o que o conhecimento científico fez comigo com o que a religião tentou fazer, às vezes eu sinto calafrios. A religião diz às crianças que elas podem ir para o inferno e que elas TÊM de acreditar, enquanto que a ciência diz que elas vieram das estrelas e apresenta evidências nas quais elas PODEM acreditar. Eu já contei a diversas crianças sobre estrelas, átomos, galáxias e o Big Bang, e eu NUNCA vi medo em seus olhos, apenas o encanto e a curiosidade. Elas querem mais! Por que as crianças nadam nisso enquanto os adultos se afogam? O que aconteceu com a realidade entre a infância e a idade adulta? Será que alguém prometeu algo tão lindo que faça nosso universo parecer estúpido e vazio, e até assustador em comparação?
Isso tudo ainda pode ter sido feito por algum criador, mas a religião faz parecer desagradável. A religião define tudo que não a si própria como algo profano e pecaminoso. Enquanto embeleza e dignifica suas mentiras e erros como um porco que veste a melhor das roupas. Em seu esforço de tentar nos impedir de enxergar a realidade, a religião se tornou a realidade que não podemos encarar. Veja o que a religião já nos obrigou e nos obriga a fazer, com nós mesmos e com os outros. A religião roubou nosso amor e lealdade e os deu para um livro, para um pai telepático que diz às suas crianças que o amor significa se curvar diante dele. Eu não sou pai, mas posso dizer que essas crianças vão crescer perturbadas, e não poderão ser saudáveis, nem como filhos, nem como espécie.
Foi-nos dito há muito tempo atrás que só havia a Terra, que éramos o centro do universo. Isso se mostrou uma mentira, nós ainda não conseguimos se ajustar a isso, ainda estamos em choque. O universo não é o que esperávamos que fosse, não é o que eles nos disseram que era. Esse entendimento cósmico é novo para nós, mas não há nada a temer. Nós ainda somos especiais, ainda somos privilegiados... Pode haver um paraíso, mas ele não será perfeito e nós mesmos é que teremos que construí-lo. Se eu tenho algo que pode ser chamado de alma que precisa ser salva... então a ciência a salvou da religião...
Algumas pessoas acham realmente deprimente o fato de que o universo só poderá suportar a vida somente por mais 30 bilhões de anos. . . 30 BILHÕES DE ANOS! Você deve estar de sacanagem!
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