publicado originalmente em 01 de Setembro de 2013, por Paulo Ribeiro
Vou deixar o método proposto pelo autor mais recente, Josh Kauffman. Se quiser entender um pouco mais, assista à palestra TEDx abaixo.
Para quem não quiser ver, segue um pequeno passo a passo.
1. Desconstrua. Qualquer habilidade é, na realidade, um amontoado de outras sub-habilidades bastante específicas. Se você quer jogar bem futebol, na realidade, você está falando em ficar bom no toque de bola, saber se posicionar em campo, ter visão de jogo, tranquilidade para armação de jogadas e afins. Quanto mais eficiente a desconstrução, melhor você poderá praticar deliberadamente cada fator que compõe seu objetivo. Você poderá também selecionar quais os mais importantes e em qual ordem irá abordá-los.
2. Aprenda o suficiente para se corrigir. No caminho de um autodidata, reconhecer o próprio erro é fundamental. Enquanto no modo tradicional de estudo isso só viria muito mais tarde, numa abordagem acelerada, o conhecimento que você reuniu sobre a atividade antes de saber executá-la irá ajudar no processo. Ao saber o jeito certo de fazer – antes mesmo de conseguir executar do modo certo –, você dispensa a necessidade de professor nesse cenário: você sabe onde está errando, só precisa praticar mais até acertar.
3. Remova as barreiras para a prática. Toda a formação de hábitos pode ser enxergada como remoção de barreiras. Se quer correr depois que acorda, deixe o material de corrida ao lado da cama. Ao acordar, você não vai ter trabalho – barreira removida – para juntar suas coisas e sair de casa. Do mesmo modo com o aprendizado: reúna todas as ferramentas e conhecimento necessário sobre a atividade antes de iniciá-la, para tornar mais provável que você continue praticando.
4. Pratique pelo menos 20 horas. O maior impedimento para o aprendizado não é intelectual, mas emocional. As técnicas do meta-aprendizado permitem que você aprenda as coisas no limite humano, mas você não chegará lá se nem ao menos sair do zero. Ser ruim em algo é desagradável, machuca nosso ego e senso de identidade. Por isso, para romper essa barreira – fase do aprendizado em que você é ruim em algo e sabe – faça o compromisso de praticar pelo menos 20 horas.
Vinte horas é o número que a pesquisa de Josh Kauffman encontrou para a prática necessária até você observar que está ficando bom em algo.
Novamente, não são quaisquer vinte horas; tem que ser prática deliberada, consciente e estruturada; mas só a ideia de poder aprender qualquer coisa em 20 horas é libertadora.
Quantos hobbies você iniciaria? Quantas paixões você descobriria se não tivesse medo das dez mil horas no momento de tentar?publicado em 01 de Setembro de 2013, 12:27
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