Ao senhor Paulo Sant'ana, meu agradecimento.

Infelizmente a única vóz da mídia a dar atenção para os funcionários da FUGAST e ao hospital Presidente Vargas de Porto Alegre tem sido a do senhor Paulo Sant'ana. Embora esta vóz nos seja muito admirada ela fica como um eco em uma sala vazia... pois quem deveria dar ouvidos esta em outras discuções menos profícuas (para o povo) mas, ainda assim políticamente interessante para eles. Divagando sobre a cortina de fumaça que eles mesmos criaram.

O resto dos profissionais de notícia tem se rezervado ao papel de estimular a discução em torno do ENGODO no qual a prefeitura, o estado e os sindicatos de profissionais de saúde vem engendrando.

O "engodo" esta em dois discursos mentirosos, que tanto os governantes como os sindicatos (em posições antagonicas) vem construíndo: o de que o assunto deve se focar no tal "Instituto Municipal de Estratégia de Saúde da Família (Imesf)". Buenas, como se o problema estivesse na AUSÊNCIA de "Fundações" na saúde de Porto Alegre.

Fundações na saúde pública de Porto Alegre nós temos. E hoje elas são parte do problema. Os mesmo problemas que vemos no serviço público SE REPETEM NAS FUNDAÇÕES. Privilégios para poucos, horários rígidos apenas para os que não são do "time" na chefia... Fucionários que estão ausentes (em férias) e assinam ponto como se estivessem presentes. Todos os malefícios de que reclama o Senhor prefeito SE REPETEM NAS FUNDAÇÕES. Na mesma proporção.

O que quer dizer que proporcionalmente A MAIORIA dos trabalhadores tanto das fundações quanto estatutários TRABALHA CORRETAMENTE.

Se existem pessoas usando de má fé na máquina pública não é por ser estatutário, MAS PORQUE NUNCA FOI INTERESSE DO MUNICÍPIO SOLUCIONAR O PROBLEMA. Os funcionários da FUGAST por exemplo, tem parte da verba originada no governo federal. Não sai dos cofres do município. Era cômodo SUSTENTAR uma situação por mais de 15 anos, mesmo que ilegal, pois esta geraria problema para um governo muito distante no futuro e não gerava despesa... Hoje este futuro chegou.

Além da Fugast, anualmente fundações e empresas privadas como a "FAURGS - FUNDAÇÃO DE APOIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL" e a ULBRA ou a PUC, vem ocupando os espaços que deveriam ser estatutários, atravéz de "cartas contrato". A última foi com a PUC. Sabe-se lá quanto ganhou a PUC para NÃO resolver os problema de falta de funcionários, ja que as contratações (temporárias) só se dão no período de inverno e empurram os problemas de pessoal para o anos seguinte. Tem sido assim a mais de 10 anos.

Se a lei Magna não permite este instrumento (de fundações públicas de direito privado) é preciso viabilizar OUTRO modo de não permitir que o Hospital Materno infantil Presidente Vargas fique SEM FUNCIONÁRIOS e venha a fechar as portas para centenas de mulheres e crianças.

Ninguém quer ilegalidade. A proposta pela prefeitura de uma fundação de direito privado para gerir servíços de saúde QUE DEVERIAM SER PÚBLICOS não só é ilegal como deve criar um novo problema. Basta lembrar os problemas AINDA NÃO SOLUCIONADOS com a ULBRA na Restinga. Nem se quer cabides de emprego. As pessoas que trabalham no HMIPV são tão vítimas quanto a clientela do hospital. Vítimas desta disputa de vaidades que joga servidor e polulação uns contra os outros. A burla ao concurso público tem sido uma regra em todo o país, principalmente com os processos de terceirização e nada nos garante que nas fundações será diferente.

Sou muito grato pelo espaço de denúncia que o senhor Paulo San'ana tem dado para o Hospital e seus funcionários (estatutários ou não) e espero que seja separado desta discução (justa) por cumprimento de horário da eminente total falta de um servíço importantíssimo para a população porto alegrense. Não é justo que todos os estatutários sejam juntados hà figura de irresponsáveis e exploradores. É horrível dedicar-se tanto a uma profissão e ver toda uma gama de trabalhadores serem enxovalhados pela conduta de um número "x" de péssimos profissionais e irresponsáveis escondidos em jalecos e gabinetes arcondicionados.
O funcionalísmo NÃO É um espaço de desocupados. Somos pessoas dígnas que com esforço conquistamos uma posição que serve PARA O BENEFÍCIO DO CIDADÃO. Os funcionários da FUGAST são pessoas para qual o Hospital Presidente Vargas  (e seu público) tem uma dívida de gratidão que não poderá ser paga.


Islan Conceição, tecnico de enfermagem do Hospital Materno Infantil Presidente Vargas.


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