Reuno aqui dois artigos (na verdade complementares) postados na página do Diário da saúde. óbviamente é uma página leiga e volatada para os aspéctos NÃO RELIGIOSOS da meditação, que também é válido... mas cabe lembrar que a meditação "PER SÍ" NÃO É TERAPIA e não seria "saudável" pensa-la somente assim.
A meditação é um instrumento que praticado CONCOMITANTE as demais práticas Budistas gera inúmeros benefícios. Mas sozinha, é só um moderador de humor e perde sua capacidade de gerar progressos. Até pela nossa falta de feedback com a prática. Não somos capazes de perceber em nós mesmo erros sutis, cacoetes e hábitos que podem ser confundidos com progressos e gerar iatrogenias.
Poucas pessoas poderiam dizer que são eficiênte e capazes de viver praticando meditação sozinhos... sem o suporte de uma sanga ou sem as adequações e correções de um professor. Raras. Por isto sempre sugiro não deixem de praticar. Que pratiquem sozinhos, mas sempre procurem encontrar/associar/criar alguma sanga em linhagem que possua um professor/orientador treinado para ajudar a aparar as arestas ou apenas corrigir sua postura.
A meditação é um instrumento que praticado CONCOMITANTE as demais práticas Budistas gera inúmeros benefícios. Mas sozinha, é só um moderador de humor e perde sua capacidade de gerar progressos. Até pela nossa falta de feedback com a prática. Não somos capazes de perceber em nós mesmo erros sutis, cacoetes e hábitos que podem ser confundidos com progressos e gerar iatrogenias.
Poucas pessoas poderiam dizer que são eficiênte e capazes de viver praticando meditação sozinhos... sem o suporte de uma sanga ou sem as adequações e correções de um professor. Raras. Por isto sempre sugiro não deixem de praticar. Que pratiquem sozinhos, mas sempre procurem encontrar/associar/criar alguma sanga em linhagem que possua um professor/orientador treinado para ajudar a aparar as arestas ou apenas corrigir sua postura.
O praticante solitário tem muito mais chance de cometer erros contra sí.
Dado o recado segue a postágem.
Por Diário da Saúde 09/06/2012
Meditação melhora capacidade de ver os próprios erros
Antes relacionada a aspectos religiosos, cada vez mais os efeitos positivos da meditação são aferidos por pesquisas neurológicas.
Inteligência emocional
Pessoas que fazem meditação saem-se melhor em tarefas que requerem autocontrole.
Isso acontece porque elas são mais abertas a suas próprias emoções.
Esta é a conclusão de Michael Inzlicht e seus colegas da Universidade de Toronto (Canadá).
Para os psicólogos, o autocontrole - que eles também chamam de
"controle executivo" - é a capacidade de prestar atenção aos estímulos
apropriados e iniciar comportamentos apropriados, ao mesmo tempo
inibindo os comportamentos inapropriados.
É o autocontrole
que o mantém estudando quando você gostaria de ir assistir TV, ou o faz
levantar-se de manhã para ir caminhar, mesmo que você preferisse
continuar dormindo.
"Nossos resultados sugerem que a força de vontade ou o autocontrole
podem ser mais apurados em pessoas que são sensíveis e abertas às suas
próprias experiência emocionais. A força de vontade, em outras palavras,
está relacionada com a inteligência emocional," disse Inzlicht.
Emoções e autocontrole
A maioria das técnicas de meditação enfatiza duas práticas principais: consciência do momento presente - a chamada meditação da mente alerta - , e aceitação dos estados emocionais - o autodistanciamento emocional.
É sabido que a prática em manter a atenção no agora reforça o
controle executivo, mas os pesquisadores queriam aferir a influência da
aceitação emocional sobre o controle de si mesmo.
Eles analisaram a chamada "Negatividade Relacionada ao Erro", um
sinal elétrico que surge no cérebro 100 milissegundos depois que uma
pessoa comete um erro, o que é bem antes que ela possa estar consciente
do erro.
"É uma espécie de 'ops' cerebral, um sinal de alarme cortical," explicam os pesquisadores.
Aceitação e bola para a frente
Os resultados mostraram que o cérebro dos participantes do estudo que
praticavam meditação toca esse alarme cerebral muito mais fortemente do
que os demais.
Mas o resultado foi ainda melhor entre aqueles que praticam técnicas
de meditação voltadas à aceitação de suas emoções do que entre
praticantes daquelas voltadas para a atenção, que privilegiam aspectos
mais cognitivos do que emocionais.
O sinal da Negatividade Relacionada ao Erro possui um componente
motivacional ou afetivo, dizem os pesquisadores. Em outras palavras, ele
traz uma sensação ruim quando cometemos uma falha, e essa sensação pode
motivar a pessoa a fazer melhor as coisas.
Desde, é claro, que a pessoa esteja consciente de suas emoções, para conseguir detectar essa sensação sutil.
Como as pessoas que fazem meditação
estão mais conscientes de suas emoções, elas capturam a sensação mais
rapidamente, aceitam-na sem se culpar, e partem para fazer melhor,
concluem eles.
Por Anna Mikulak
Atenção no agora
Em tempos de estresse, muitas vezes somos incentivados a fazer uma pausa por um momento e simplesmente ficar no "agora".
Este tipo de consciência, ou "mente alerta", uma parte essencial das tradições
budista e da ioga indiana, transformou-se em um comportamento
predominante conforme as pessoas tentam encontrar formas de combater o
estresse e melhorar sua qualidade de vida.
E as pesquisas sugerem que a meditação da mente alerta pode ter benefícios para a saúde
e o desempenho individual, incluindo melhorias na função imunológica,
redução da pressão sanguínea e melhorias nas funções cognitivas.
Mas como é que uma única prática pode ter efeitos tão amplos sobre o bem-estar?
Prática multifacetada
Um novo artigo, publicado na última edição da revista Perspectivas sobre as Ciências Psicológicas, varreu a literatura científica para elaborar uma estrutura capaz de explicar estes efeitos positivos da meditação.
O objetivo deste trabalho foi "proporcionar 'um quadro geral',
organizando muitas descobertas, como as peças de um mosaico," afirma
Britta Hölzel, da Universidade Harvard, uma das autoras do estudo.
A conclusão dos pesquisadores é que aquilo que chamamos de meditação da mente alerta não é uma habilidade única.
Pelo contrário, é uma prática mental multifacetada que engloba vários mecanismos.
Efeitos positivos da meditação
Os autores identificaram especificamente quatro componentes-chave de
atenção que podem ser responsáveis pelos efeitos da meditação:
- a regulação da atenção
- a consciência corporal
- a regulação da emoção
- e o sentido do self
Juntos, esses componentes nos ajudam a lidar com os efeitos mentais e
fisiológicas do estresse por métodos que não envolvem julgamentos.
Embora estes componentes sejam teoricamente distintos, eles estão intimamente entrelaçados.
A melhoria na regulação da atenção, por exemplo, pode facilitar diretamente a consciência do nosso estado fisiológico.
A consciência corporal, por sua vez, nos ajuda a reconhecer as emoções que estamos experimentando.
Compreender as relações entre esses componentes e os mecanismos
cerebrais subjacentes a eles vai permitir aos médicos adequar melhor as
intervenções da meditação da mente alerta para seus pacientes, diz
Hölzel.
Treinamento e prática
No nível mais fundamental, o trabalho reforça a visão de que a
meditação da atenção plena não é uma panaceia, capaz de curar qualquer
coisa.
Uma meditação da mente alerta eficaz requer treinamento e prática, e
tem diferentes efeitos mensuráveis sobre nossas experiências subjetivas,
nosso comportamento e nossas funções cerebrais.
Os autores esperam que a pesquisa "permita que um conjunto muito mais
amplo de indivíduos utilize a meditação da atenção plena como uma
ferramenta versátil para facilitar mudanças - tanto na psicoterapia
quanto na vida cotidiana."
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