10 coisas que "pensamos" que nos farão mais felizes...
fotografada por Matthieu Ricard
Fator fundamental para uma mente saudável é a constante consciência de que a mente nos prega peças. Ela é frágil, precisa ser cuidada, incorre frequentemente em erros. Eis uma lista importante feita por Matthieu Ricard, monge buddhista, autor, tradutor e fotógrafo.
As 10 coisas que pensamos que nos farão mais felizes, mas estamos enganados:
1-Tornarmo-nos mais ricos, poderosos e famosos.
2-Tratar o universo como se fosse um catálogo de compras para nossos desejos e vontades.
3-Aspirar por "liberdade" para fazer tudo que nos vem à mente. (Isso não é liberdade, mas ser escravo de seus próprios pensamentos).
4-Buscar constantemente sensações prazerosas, uma após a outra. (Sensações prazerosas logo se tornam maçantes e frequentemente desagradáveis).
5-Maliciosamente se vingar de alguém que o feriu. (Fazendo isso você se torna tão vil quanto ele e ainda envenena sua mente).
6-“Se tudo isto acontecer, certamente serei feliz” ou “Se eu não tiver isto, não poderei ser feliz”. (Tais previsões usualmente não se provam verdadeiras).
7-Ser sempre elogiado e nunca enfrentar a crítica. (Isso nunca o ajudará a progredir).
8-Conquistar todos os seus inimigos. (Animosidade nunca traz felicidade).
9-Nunca enfrentar a adversidade. (Isso o tornará fraco e vulnerável).
10-Colocar todos os seus esforços em cuidar apenas de si mesmo. (O amor altruísta e a compaixão são as raízes da felicidade genuína).
A alegoria da Caverna
A alegoria da Caverna
Fonte: Wikipédia
O mito da caverna, também chamada deAlegoria da caverna, foi escrita pelo filósofo Platão, e encontra-se na obra intitulada A República (livro VII). Trata-se da exemplificação de como podemos nos libertar da condição de escuridão que nos aprisiona através da luz da verdade.
Alguns ainda chamam de Os prisioneiros da caverna ou menos comumente de A parábola da caverna.
Mito da caverna
Imaginemos um muro bem alto separando o mundo externo e uma caverna. Na caverna existe uma fresta por onde passa um feixe de luz exterior. No interior da caverna permanecem seres humanos, que nasceram e cresceram ali.
Ficam de costas para a entrada, acorrentados, sem poder locomover-se, forçados a olharsomente a parede do fundo da caverna, onde são projetadas sombras de outros homens que, além do muro, mantêm acesa uma fogueira. Pelas paredes da caverna também ecoam os sons que vem de fora, de modo que os prisioneiros, associando-os, com certa razão, às sombras, pensam ser eles as falas das mesmas. Desse modo, os prisioneiros julgam que essas sombras sejam a realidade.
Imagine que um dos prisioneiros consiga se libertar e, aos poucos, vá se movendo e avance na direção do muro e o escale, enfrentando com dificuldade os obstáculos que encontre e saia da caverna, descobrindo não apenas que as sombras eram feitas por homens como eles, e mais além todo o mundo e a natureza.
Caso ele decida voltar à caverna para revelar aos seus antigos companheiros a situação extremamente enganosa em que se encontram, correrá, segundo Platão, sérios riscos – desde o simples ser ignorado até, caso consigam, ser agarrado e morto por eles, que o tomaram por louco e inventor de mentiras.
Platão não buscava as verdadeiras essências na simplesmente Phýsis, como buscavam Demócrito e seus seguidores. Sob a influência de Sócrates, ele buscava a essência das coisas para além do mundo sensível. E o personagem da caverna, que acaso se liberte, como Sócrates correria o risco de ser morto por expressar seu pensamento e querer mostrar um mundo totalmente diferente. Transpondo para a nossa realidade, é como se você acreditasse, desde que nasceu, que o mundo é de determinado modo, e então vem alguém e diz que quase tudo aquilo é falso, é parcial, e tenta te mostrar novos conceitos, totalmente diferentes. Foi justamente por razões como essa que Sócrates foi Morto pelos cidadãos de Atenas, inspirando Platão à escrita da Alegoria da Caverna pela qual Platão nos convida aimaginar que as coisas se passassem, na existência humana, comparavelmente à situação da caverna: ilusoriamente, com os homens acorrentados a falsas crenças, preconceitos, ideias enganosas e, por isso tudo, inertes em suas poucas possibilidades.
O diálogo de Sócrates e Glauco
Trata-se de um diálogo metafórico onde as falas na primeira pessoa são de Sócrates, e seus interlocutores, Glauco e Adimanto, são os irmãos mais novos de Platão. No diálogo, é dada ênfase ao processo de conhecimento, mostrando a visão de mundo do ignorante, que vive de senso comum, e do filósofo, na sua eterna busca da verdade.
Sócrates – Agora imagina a maneira como segue o estado da nossa natureza relativamente à instrução e à ignorância. Imagina homens numa morada subterrânea, em forma de caverna, com uma entrada aberta à luz; esses homens estão aí desde a infância, de pernas e pescoços acorrentados, de modo que não podem mexer-se nem ver senão o que está diante deles, pois as correntes os impedem de voltar a cabeça; a luz chega-lhes de uma fogueira acesa numa colina que se ergue por detrás deles; entre o fogo e os prisioneiros passa uma estrada ascendente. Imagina que ao longo dessa estrada está construído um pequeno muro, semelhante às divisórias que os apresentadores de títeres armam diante de si e por cima das quais exibem as suas maravilhas.
Glauco – Estou vendo.
Sócrates – Imagina agora, ao longo desse pequeno muro, homens que transportam objetos de toda espécie, que os transpõem: estatuetas de homens e animais, de pedra, madeira e toda espécie de matéria; naturalmente, entre esses transportadores, uns falam e outros seguem em silêncio.
Glauco – Um quadro estranho e estranhos prisioneiros.
Sócrates – Assemelham-se a nós. E, para começar, achas que, numa tal condição, eles tenham alguma vez visto, de si mesmos e de seus companheiros, mais do que as sombras projetadas pelo fogo na parede da caverna que lhes fica defronte?
Glauco – Como, se são obrigados a ficar de cabeça imóvel durante toda a vida?
Sócrates – E com as coisas que desfilam? Não se passa o mesmo?
Glauco – Sem dúvida.
Sócrates – Portanto, se pudessem se comunicar uns com os outros, não achas que tomariam por objetos reais as sombras que veriam?
Glauco – É bem possível.
Sócrates – E se a parede do fundo da prisão provocasse eco sempre que um dos transportadores falasse, não julgariam ouvir a sombra que passasse diante deles?
Glauco – Sim, por Zeus!
Sócrates – Dessa forma, tais homens não atribuirão realidade senão às sombras dos objetos fabricados?
Glauco – Assim terá de ser.
Sócrates – Considera agora o que lhes acontecerá, naturalmente, se forem libertados das suas cadeias e curados da sua ignorância. Que se liberte um desses prisioneiros, que seja ele obrigado a endireitar-se imediatamente, a voltar o pescoço, a caminhar, a erguer os olhos para a luz: ao fazer todos estes movimentos sofrerá, e o deslumbramento impedi-lo-á de distinguir os objetos de que antes via as sombras. Que achas que responderá se alguém lhe vier dizer que não viu até então senão fantasmas, mas que agora, mais perto da realidade e voltado para objetos mais reais, vê com mais justeza? Se, enfim, mostrando-lhe cada uma das coisas que passam, o obrigar, à força de perguntas, a dizer o que é? Não achas que ficará embaraçado e que as sombras que via outrora lhe parecerão mais verdadeiras do que os objetos que lhe mostram agora?
Glauco – Muito mais verdadeiras.
Sócrates – E se o forçarem a fixar a luz, os seus olhos não ficarão magoados? Não desviará ele a vista para voltar às coisas que pode fitar e não acreditará que estas são realmente mais distintas do que as que se lhe mostram?
Glauco – Com toda a certeza.
Sócrates – E se o arrancarem à força da sua caverna, o obrigarem a subir a encosta rude e escarpada e não o largarem antes de o terem arrastado até a luz do Sol, não sofrerá vivamente e não se queixará de tais violências? E, quando tiver chegado à luz, poderá, com os olhos ofuscados pelo seu brilho, distinguir uma só das coisas que ora denominamos verdadeiras?
Glauco – Não o conseguirá, pelo menos de início.
Sócrates – Terá, creio eu, necessidade de se habituar a ver os objetos da região superior. Começará por distinguir mais facilmente as sombras; em seguida, as imagens dos homens e dos outros objetos que se refletem nas águas; por último, os próprios objetos. Depois disso, poderá, enfrentando a claridade dos astros e da Lua, contemplar mais facilmente, durante a noite, os corpos celestes e o próprio céu do que, durante o dia, o Sol e sua luz.
Glauco – Sem dúvida.
Sócrates – Por fim, suponho eu, será o sol, e não as suas imagens refletidas nas águas ou em qualquer outra coisa, mas o próprio Sol, no seu verdadeiro lugar, que poderá ver e contemplar tal qual é.
Glauco – Necessariamente.
Sócrates – Depois disso, poderá concluir, a respeito do Sol, que é ele que faz as estações e os anos, que governa tudo no mundo visível e que, de certa maneira, é a causa de tudo o que ele via com os seus companheiros, na caverna.
Glauco – É evidente que chegará a essa conclusão.
Sócrates – Ora, lembrando-se de sua primeira morada, da sabedoria que aí se professa e daqueles que foram seus companheiros de cativeiro, não achas que se alegrará com a mudança e lamentará os que lá ficaram?
Glauco – Sim, com certeza, Sócrates.
Sócrates – E se então distribuíssem honras e louvores, se tivessem recompensas para aquele que se apercebesse, com o olhar mais vivo, da passagem das sombras, que melhor se recordasse das que costumavam chegar em primeiro ou em último lugar, ou virem juntas, e que por isso era o mais hábil em adivinhar a sua aparição, e que provocasse a inveja daqueles que, entre os prisioneiros, são venerados e poderosos? Ou então, como o herói de Homero, não preferirá mil vezes ser um simples lavrador, e sofrer tudo no mundo, a voltar às antigas ilusões e viver como vivia?
Glauco – Sou de tua opinião. Preferirá sofrer tudo a ter de viver dessa maneira.
Sócrates – Imagina ainda que esse homem volta à caverna e vai sentar-se no seu antigo lugar: Não ficará com os olhos cegos pelas trevas ao se afastar bruscamente da luz do Sol?
Glauco – Por certo que sim.
Sócrates – E se tiver de entrar de novo em competição com os prisioneiros que não se libertaram de suas correntes, para julgar essas sombras, estando ainda sua vista confusa e antes que seus olhos se tenham recomposto, pois habituar-se à escuridão exigirá um tempo bastante longo, não fará que os outros se riam à sua custa e digam que, tendo ido lá acima, voltou com a vista estragada, pelo que não vale a pena tentar subir até lá? E se alguém tentar libertar e conduzir para o alto, esse alguém não o mataria, se pudesse fazê-lo?
Glauco – Sem nenhuma dúvida.
Sócrates – Agora, meu caro Glauco, é preciso aplicar, ponto por ponto, esta imagem ao que dissemos atrás e comparar o mundo que nos cerca com a vida da prisão na caverna, e aluz do fogo que a ilumina com a força do Sol. Quanto à subida à região superior e à contemplação dos seus objetos, se a considerares como a ascensão da alma para a mansão inteligível, não te enganarás quanto à minha idéia, visto que também tu desejas conhecê-la. Só Deus sabe se ela é verdadeira. Quanto a mim, a minha opinião é esta: no mundo inteligível, a idéia do bem é a última a ser apreendida, e com dificuldade, mas não se pode apreendê-la sem concluir que ela é a causa de tudo o que de reto e belo existe em todas as coisas; no mundo visível, ela engendrou a luz; no mundo inteligível, é ela que é soberana e dispensa a verdade e a inteligência; e é preciso vê-la para se comportar com sabedoria na vida particular e na vida pública.
Glauco – Concordo com a tua opinião, até onde posso compreendê-la.
(Platão, A República, v. II p. 105 a 109)
Interpretação da alegoria
O mito da caverna é uma metáfora da condição humana perante o mundo, no que diz respeito à importância do conhecimento filosófico e à educação como forma de superação da ignorância, isto é, a passagem gradativa do senso comum enquanto visão de mundo e explicação da realidade para o conhecimento filosófico, que é racional, sistemático e organizado, que busca as respostas não no acaso, mas na causalidade.
Segundo a metáfora de Platão, o processo para a obtenção da consciência abrange dois domínios: o domínio das coisas sensíveis (eikasia e pístis) e o domínio das idéias (diánoia e nóesis). Para o filósofo, a realidade está no mundo das idéias e a maioria da humanidade vive na condição da ignorância, no mundo das coisas sensíveis, no grau da apreensão de imagens (eikasia), as quais são mutáveis, não são funcionais e, por isso, não são objetos de conhecimento.
Fonte: WikipédiaBossa Zen: Clarice e o Zen Budismo
Postado no Bossa Zen
“A mensagem é clara: não sacrifique o dia de hoje pelo de amanhã. Se você se sente infeliz agora, tome alguma providência agora, pois só na sequência de agora é que você existe” A Descoberta do Mundo, p.160. Clarice Lispector. Esse livro é uma coletânea de crônicas.
Clarice Lispector não era budista nem zen budista. Por nascimento-judia, mas provavelmente não praticante.
Tinha conhecimento do Budismo de conversas com amigos.
O que Clarice praticava como ninguém era buscar uma aproximação com o momento. Um diálogo, uma escrita que, mesmo amparada em lembranças e vivências essenciais a escrita, se faz no momento.
Alguns estudos acadêmicos já apontaram com maior propriedade e provas o que digo. Teses ou artigos foram escritos.
“A mensagem é clara: não sacrifique o dia de hoje pelo de amanhã. Se você se sente infeliz agora, tome alguma providência agora, pois só na sequência de agora é que você existe” A Descoberta do Mundo, p.160. Clarice Lispector. Esse livro é uma coletâneade vários textos.
Esse é apenas um dos múltiplos exemplos de alguém que pensava no presente. Embora ela mesma pouco usasse na sua vida diária o que escrevia como aprendizado. Daí a diferença entre a ficção e a realidade, às vezes a ponte entre esses dois mundos pode ser intransponível ou cheia de obstáculos. Clarice tinha muitos problemas pessoais e familiares e grande dificuldade em lidar com eles e com si mesma, bem como de se relacionar com o mundo. No entanto, foi tão mitificada ou endeusada que poucos conseguem ver que escrever, como ela mesma dizia, era sua salvação.
Mas nós podemos tomar o exercício ficcional ou meta ficcional da autora como ensinamento, mesmo numa simples frase fora do contexto. Se ela nos serve, porque não fazer uso dela para nossa vida.
Para quem quiser ler uma dessas teses: Zen e a Poética Auto-Reflexiva de Clarice Lispector de autoria de Igor Rossoni.
Hospital Presidente Vargas comemora 60 anos
24/01/2013 08:30:46
Foto: Jonathan Heckler/PMPA
Hospital é referência em atendimento a mulheres, crianças e adolescentes
O Hospital Materno-Infantil Presidente Vargas (HMIPV) comemora 60 anos nesta quinta-feira, 24, com a celebração de uma missa de ação de graças, às 18h, na Paróquia Nossa Senhora da Conceição (avenida Independência, 230). A cerimônia terá a presença do prefeito em exercício Sebastião Melo.
Inaugurado em 24 de janeiro de 1953, o HMIPV passou a ser administrado pelo município em 2000, depois da assinatura de um convênio, em 24 de agosto, entre a Prefeitura de Porto Alegre e o Ministério da Saúde. O hospital oferece atenção especializada (ambulatorial e internação hospitalar) para mulheres (nas áreas de ginecologia, obstetrícia, planejamento familiar e saúde mental) e para crianças e adolescentes (em pediatria e especialidades pediátricas).
Hoje, o HMIPV é referência para o Rio Grande do Sul em serviços prestados pela rede pública de saúde. Entre eles, estão o teste do pezinho (feito em bebês para diagnosticar precocemente doenças que podem produzir lesões irreversíveis, como retardo mental) e a assistência integral a crianças e adolescentes vítimas de abuso sexual - isponível no Centro de Referência no Atendimento Infanto-Juvenil (Crai).
Composto por uma equipe formada por assistentes sociais, psicólogos, psiquiatras, pediatras, ginecologistas, advogados e policiais civis, o Crai ampara essas crianças e adolescentes fornecendo desde o registro da ocorrência policial, preparação para a perícia médica, notificação ao Conselho Tutelar e avaliação clínica, até o encaminhamento para tratamento terapêutico na rede de saúde do município de origem das vítimas.
No Serviço de Referência de Triagem Neonatal (SRTN), são feitos em torno de 10 mil testes do pezinho por mês. É o único local no Estado onde o exame é realizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O número de bebês atendidos equivale a perto de 80% dos nascidos vivos no Rio Grande do Sul. No caso de bebês diagnosticados com distúrbios, a assistência à criança e à família tem início imediatamente e se estende ao longo da vida. Atualmente, 800 famílias contam com esse apoio. Para estender o atendimento ao interior do Estado, o hospital se mantém articulado com serviços especializados em outros municípios, por meio de parcerias com o Estado e prefeituras.
Serviço Especializado - O HMIPV hospeda também um Serviço de Atendimento Especializado (SAE) em Hepatites Virais, que é o primeiro ambulatório do país mantido por governo municipal para atendimento a todas as necessidades de portadores de hepatites crônicas em um mesmo local. Além de acompanhamento integral aos pacientes, o SAE realiza biópsias de fígado e endoscopia digestiva, entre outros procedimentos. As pessoas que utilizam o serviço recebem atenção individual e podem participar de grupos de apoio em que trocam experiências entre si e obtêm informações sobre tratamentos, proteção da saúde e nutrição. Para ser atendido, o paciente deve ser encaminhado por uma Unidade Básica de Saúde ou Unidade de Saúde da Família, depois de consultar primeiro com clínico geral.
Outro importante serviço abrigado pelo Hospital Presidente Vargas é o Banco de Leite, onde é feita coleta para suprir as necessidades de bebês internados e repassada orientação a mães sobre amamentação. As informações são fornecidas tanto por telefone como pessoalmente. O leite materno para abastecer o Banco é doado, em parte, por mães que vão diariamente ao hospital para amamentar seus bebês em tratamento e deixam lá o excedente não consumido. Outra parte vem de mães voluntárias, que também produzem leite a mais do que o utilizado para os filhos. Nesse caso, a SMS conta com a parceria do Corpo de Bombeiros para recolher o material a domicílio.
Reformas - Em 2011, o Banco de Leite ganhou espaço renovado para higienização de utensílios. No ano passado, foi entregue a nova Unidade de Internação Psiquiátrica, com 24 leitos, dos quais cinco para tratamento de gestantes usuárias de crack - no qual o hospital é referência. Em 2010, já haviam sido reformados o Centro de Materiais e Esterilização (onde é feita a desinfecção, limpeza, preparo e esterilização de instrumental e roupas cirúrgicas), o Laboratório de Análises Clínicas (que realiza cerca de 10 mil exames por mês nas áreas de hematologia, bioquímica, microbiologia, urinálise e citopatologia) e a Emergência Pediátrica.
Ambulatório deu origem ao hospital
O surgimento do Hospital Presidente Vargas teve início seis anos antes da inauguração. Seis médicos, liderados por Antonio Saint-Pastous, instalaram um ambulatório em um casarão da avenida Independência, para pacientes particulares. Logo depois, foi construído um prédio onde passou a funcionar o então Hospital do Médico – hoje, o local abriga o Bloco A do HMIPV.
Pela falta de recursos para compra de equipamentos, os sócios venderam o empreendimento ao Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Empregados em Transportes e Cargas (Iapetec) em 1950. Três anos depois, o hospital foi transformado em hospital geral e, uma década adiante, passou a ser administrado pelo Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), que resultou da unificação dos institutos de Aposentadorias e de Pensões.
Já com o nome de Hospital Materno-Infantil (adotado em 1978), tornou-se referência regional no atendimento a gestantes de alto risco a partir da década de 1980, quando era então administrado pelo Instituto Nacional de Assistência Médica e Previdência Social (Inamps).
Cedido ao Ministério da Educação e Cultura em 1991, o hospital passou a ser dirigido, em 1995, pela Fundação Faculdade Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre. Naquele ano, foi assinado convênio de co-gestão entre o Ministério da Saúde (MS), a Secretaria Estadual de Saúde e o hospital. Uma mobilização de representações da área de saúde, no final de 1999, defendia a estadualização ou municipalização do HMIPV. Em 24 de agosto de 2000, um convênio entre o MS e a prefeitura de Porto Alegre transferiu a gestão para o município.
/hospitais/saude
Texto de: Rui Felten
Edição de: Caren Mello
Autorizada a reprodução dos textos, desde que a fonte seja citada.
Foto: Jonathan Heckler/PMPA
Hospital é referência em atendimento a mulheres, crianças e adolescentes
O Hospital Materno-Infantil Presidente Vargas (HMIPV) comemora 60 anos nesta quinta-feira, 24, com a celebração de uma missa de ação de graças, às 18h, na Paróquia Nossa Senhora da Conceição (avenida Independência, 230). A cerimônia terá a presença do prefeito em exercício Sebastião Melo.
Inaugurado em 24 de janeiro de 1953, o HMIPV passou a ser administrado pelo município em 2000, depois da assinatura de um convênio, em 24 de agosto, entre a Prefeitura de Porto Alegre e o Ministério da Saúde. O hospital oferece atenção especializada (ambulatorial e internação hospitalar) para mulheres (nas áreas de ginecologia, obstetrícia, planejamento familiar e saúde mental) e para crianças e adolescentes (em pediatria e especialidades pediátricas).
Hoje, o HMIPV é referência para o Rio Grande do Sul em serviços prestados pela rede pública de saúde. Entre eles, estão o teste do pezinho (feito em bebês para diagnosticar precocemente doenças que podem produzir lesões irreversíveis, como retardo mental) e a assistência integral a crianças e adolescentes vítimas de abuso sexual - isponível no Centro de Referência no Atendimento Infanto-Juvenil (Crai).
Composto por uma equipe formada por assistentes sociais, psicólogos, psiquiatras, pediatras, ginecologistas, advogados e policiais civis, o Crai ampara essas crianças e adolescentes fornecendo desde o registro da ocorrência policial, preparação para a perícia médica, notificação ao Conselho Tutelar e avaliação clínica, até o encaminhamento para tratamento terapêutico na rede de saúde do município de origem das vítimas.
No Serviço de Referência de Triagem Neonatal (SRTN), são feitos em torno de 10 mil testes do pezinho por mês. É o único local no Estado onde o exame é realizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O número de bebês atendidos equivale a perto de 80% dos nascidos vivos no Rio Grande do Sul. No caso de bebês diagnosticados com distúrbios, a assistência à criança e à família tem início imediatamente e se estende ao longo da vida. Atualmente, 800 famílias contam com esse apoio. Para estender o atendimento ao interior do Estado, o hospital se mantém articulado com serviços especializados em outros municípios, por meio de parcerias com o Estado e prefeituras.
Serviço Especializado - O HMIPV hospeda também um Serviço de Atendimento Especializado (SAE) em Hepatites Virais, que é o primeiro ambulatório do país mantido por governo municipal para atendimento a todas as necessidades de portadores de hepatites crônicas em um mesmo local. Além de acompanhamento integral aos pacientes, o SAE realiza biópsias de fígado e endoscopia digestiva, entre outros procedimentos. As pessoas que utilizam o serviço recebem atenção individual e podem participar de grupos de apoio em que trocam experiências entre si e obtêm informações sobre tratamentos, proteção da saúde e nutrição. Para ser atendido, o paciente deve ser encaminhado por uma Unidade Básica de Saúde ou Unidade de Saúde da Família, depois de consultar primeiro com clínico geral.
Outro importante serviço abrigado pelo Hospital Presidente Vargas é o Banco de Leite, onde é feita coleta para suprir as necessidades de bebês internados e repassada orientação a mães sobre amamentação. As informações são fornecidas tanto por telefone como pessoalmente. O leite materno para abastecer o Banco é doado, em parte, por mães que vão diariamente ao hospital para amamentar seus bebês em tratamento e deixam lá o excedente não consumido. Outra parte vem de mães voluntárias, que também produzem leite a mais do que o utilizado para os filhos. Nesse caso, a SMS conta com a parceria do Corpo de Bombeiros para recolher o material a domicílio.
Reformas - Em 2011, o Banco de Leite ganhou espaço renovado para higienização de utensílios. No ano passado, foi entregue a nova Unidade de Internação Psiquiátrica, com 24 leitos, dos quais cinco para tratamento de gestantes usuárias de crack - no qual o hospital é referência. Em 2010, já haviam sido reformados o Centro de Materiais e Esterilização (onde é feita a desinfecção, limpeza, preparo e esterilização de instrumental e roupas cirúrgicas), o Laboratório de Análises Clínicas (que realiza cerca de 10 mil exames por mês nas áreas de hematologia, bioquímica, microbiologia, urinálise e citopatologia) e a Emergência Pediátrica.
Ambulatório deu origem ao hospital
O surgimento do Hospital Presidente Vargas teve início seis anos antes da inauguração. Seis médicos, liderados por Antonio Saint-Pastous, instalaram um ambulatório em um casarão da avenida Independência, para pacientes particulares. Logo depois, foi construído um prédio onde passou a funcionar o então Hospital do Médico – hoje, o local abriga o Bloco A do HMIPV.
Pela falta de recursos para compra de equipamentos, os sócios venderam o empreendimento ao Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Empregados em Transportes e Cargas (Iapetec) em 1950. Três anos depois, o hospital foi transformado em hospital geral e, uma década adiante, passou a ser administrado pelo Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), que resultou da unificação dos institutos de Aposentadorias e de Pensões.
Já com o nome de Hospital Materno-Infantil (adotado em 1978), tornou-se referência regional no atendimento a gestantes de alto risco a partir da década de 1980, quando era então administrado pelo Instituto Nacional de Assistência Médica e Previdência Social (Inamps).
Cedido ao Ministério da Educação e Cultura em 1991, o hospital passou a ser dirigido, em 1995, pela Fundação Faculdade Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre. Naquele ano, foi assinado convênio de co-gestão entre o Ministério da Saúde (MS), a Secretaria Estadual de Saúde e o hospital. Uma mobilização de representações da área de saúde, no final de 1999, defendia a estadualização ou municipalização do HMIPV. Em 24 de agosto de 2000, um convênio entre o MS e a prefeitura de Porto Alegre transferiu a gestão para o município.
/hospitais/saude
Texto de: Rui Felten
Edição de: Caren Mello
Autorizada a reprodução dos textos, desde que a fonte seja citada.
Cabeça zen ~ Meditação frequente faz com que o cérebro fique mais atento e funcional
Estudo mostra que adeptos da prática usam menos áreas do cérebro para desempenhar mesmas tarefas que pessoas que não meditam.
Técnica “economiza” neurônios porque mantém o foco em exercícios de atenção.
Cabeça zen. Bombardeio de estímulos causa dificuldade de focar numa tarefa e executá-la do início ao fim, segundo a pesquisadora Eliaria Andrade
A pesquisadora Elisa Kozasa (foto), do Instituto do Cérebro do Hospital Israelita Albert Einstein, é bióloga com pós-doutorado em Psicobiologia pela Unifesp e descobriu que a prática regular de meditação “economiza” neurônios porque mantém o foco em exercícios de atenção. Praticante de aikido há 32 anos, ela acredita que o grande trunfo seja relaxar em momentos de estresse.
De acordo com sua pesquisa, pessoas que meditam usam menos neurônios para executar as mesmas tarefas. É como se estas pessoas “economizassem” o cérebro?
Sim, entre aspas seria isso sim. Essas pessoas recrutam menos áreas cerebrais para executar as mesmas tarefas de atenção. É como se as pessoas que meditassem regularmente tivessem um cérebro mais eficiente para desempenhar estas tarefas.
Como isso acontece?
As práticas de meditação geralmente desenvolvem treinamento de foco de atenção, uma atenção sustentada. A gente interpreta que pessoas que praticam meditação com regularidade têm essa habilidade mais desenvolvida, fica mais fácil manter a atenção sustentada durante a tarefa de atenção.
O estudo usou ressonância magnética funcional por imagem para avaliar diferenças no cérebro de 20 meditadores e 19 não meditadores combinados por idade, sexo e nível de escolaridade. Os não meditadores mostraram maior atividade cerebral (giro frontal medial direito, giro médio temporal, giros pré e pós central, núcleo lentiforme) durante a execução das tarefas.
Qualquer pessoa consegue chegar a esse nível? SIM.
Nossa amostra era de gente como a gente. Havia duas pessoas com vida monástica, mas os meditadores da amostra tinham no mínimo três anos de prática constante: por 30 minutos, três vezes por semana, numa média de oito anos de tempo de meditação. E essa amostra foi suficiente para ver essa diferença entre meditadores e não meditadores. Esse artigo ficou como o mais baixado da revista “Neuroimage” por quase cinco meses. Ficamos bastante felizes e um tanto surpresos com o fato de um artigo sobre meditação despertar tanto interesse.
O estudo usou alguma técnica específica de meditação?
Fizemos o teste com pessoas de diferentes técnicas que meditavam regularmente. Acreditamos que exista um mecanismo similar entre as práticas — é claro que há diferenças entre elas também, mas mais específicas — que, em termos de atenção, funcionam de maneira similar. No estudo havia pessoas de meditação zen, de diferentes tradições budistas, praticantes de ioga que faziam práticas meditativas também, demindfulness, que é uma técnica de atenção plena que está bastante na moda. No outro grupo havia pessoas que nunca tiveram regularidade na prática de meditação.
Em que áreas os resultados do estudo podem ser aplicados?
O teste que usamos envolve atenção e controle de impulsos (Stroop Word-Colour Task — SWCT), em que aparece uma palavra verde pintada de vermelho, e a pessoa tem que escolher a cor vermelha, por exemplo. É um teste que exige manter atenção e inibir a tendência de ler a palavra em vez de escolher a cor. Observamos um potencial de atenção sustentada em quem pratica meditação. Hoje se fala muito em déficit de atenção, imaginamos que a prática de meditação pode ajudar as pessoas em vários setores da vida profissional, pode ser útil para atletas. O controle de impulsos é importante para regulação emocional, na área de saúde mental as práticas meditativas são bastante estudadas e podem ser úteis.
As áreas do cérebro relacionadas no estudo têm a ver com atenção, controle e comportamento.
É possível que a meditação seja uma solução no tratamento de ansiedade ou vício em drogas, problemas ligados a esse controle do cérebro?
Essa experiência mostra sim, que se pode regular impulsos porque o SWCT é um teste de atenção e controle de impulsos. Já existe atualmente um protocolo de prevenção a recaídas para usuários de drogas que envolve meditação junto com terapias cognitivas.
Os resultados desse trabalho têm muito a ver com uma forma de tratamento para a vida que estamos levando atualmente, com tantos estímulos...
O grande problema é que somos bombardeados constantemente por estímulos, e isso faz com que tenhamos dificuldade de focar numa tarefa, iniciá-la e cumpri-la, tendo em vista a quantidade de estimulações que a gente recebe durante o dia. Esse treinamento de atenção da meditação não é aquela atenção com tensão física, é uma atenção relaxada. Aliás, um dos pontos importantes da meditação é a prática informal. A prática formal é quando a pessoa senta para praticar a meditação, em uma determinada postura, usando uma determinada técnica. Mas o mais importante é que a pessoa consiga resgatar esse momento durante o dia, no que faz, no que fala, na maneira de se alimentar, tudo no sentido de procurar ter uma vida melhor, isso é o mais importante.
A senhora acha que a chamada Geração Y, criada a partir de tantos estímulos, lida com isso de uma forma diferente?
Eu não trabalho com essa área de desenvolvimento, mas imagino — mais opinião que algo que eu tenha estudado, porque não é a minha área — que possam existir diferenças entre pessoas que já cresceram num ambiente de alto nível de estimulação, e pessoas que tiveram outro tipo de vida, mas seria necessário fazer um estudo longitudinal, acompanhando desde a infância o que pode estar acontecendo com o cérebro dessas pessoas para comprovar essa tese.
Como surgiu seu interesse pela meditação?
Eu tive o primeiro contato quando comecei a praticar aikido, a arte marcial japonesa com ênfase nos estados mais meditativos. No aikido o praticante se utiliza desses estados para realizar movimentos. Comecei a praticar com 12 anos e hoje, com 44 anos, sou instrutora, ou seja, tenho mais tempo treinando aikido que não treinando. Sem dúvida, observei isso em mim e em grandes mestres de artes marciais que têm essa habilidade meditativa de conseguir relaxar sob ataque, sob estresse. Isso diferencia um bom artista marcial de um mediano.
A senhora acha que no futuro a meditação estará mais presente no nosso cotidiano?
Já está. Em São Paulo, até as unidades públicas de saúde oferecem práticas de ioga, meditação e tai chi chuan, por exemplo. Hoje não há um clube ou academia que não ofereça aula de ioga, que também envolve práticas meditativas. Isso já faz parte do cotidiano de boa parte da população, e o interesse é cada vez maior, infelizmente, por questões de estresse tão comuns em centros urbanos. Um estudo recente apontou que 30% das pessoas da megalópole de São Paulo atingiram critérios de diagnóstico de transtorno mental.
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/saude/meditacao-frequente-faz-com-que-cerebro-fique-mais-atento-funcional-7339640#ixzz2ItcCKjvA
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Schopenhauer e o Budismo
Estou lendo o livro "Schopenhauer e o Budismo ~ a Impermanência, a Insatisfatoriedade e a Insubstancialidade da existência" (Ideia/editora universitária João Pessoa/2012) de autoria do Professor Deyve Redyson da Universidade Federal da Paraíba. O livro foi indicado pelo Professor Joaquim Monteiro (monge da tradição Terra Pura que reside atualmente em Porto Alegre) que prefacia o livro.
Nessa obra, Deyve Redyson explora o pensamento de Schopenhauer e suas conexões com o pensamento budista (que se desenvolveu na Índia, China e Japão) a partir de determinados conceitos filosóficos. O autor examina o texto do filósofo alemão em busca de ideias advindas do budismo, e nos mostra como tais ideias contribuem para a formação do pensamento e da obra Schopenhauer - obra que por sua vez transforma profundamente a perspectiva da filosofia ocidental sobre a existência intrínseca do ser e mundo. Como o próprio autor aponta, existem publicações anteriores sobre esta temática feitas, sobretudo, por pesquisadores da Europa e Estados Unidos. No entanto, trata-se de um tema pouco explorado entre os pesquisadores do Brasil.
Deyve Redyson é doutor em Filosofia pela Universidade de Oslo, Noruega. Professor adjunto de Filosofia da Universidade Federal da Paraíba onde também trabalha no Programa de Pós-Graduação em Filosofia e em Ciências das Religiões. Estudou na Dinamarca, Suécia, Alemanha e República Tcheca. Pesquisa Schopenhauer, Feuerbach, Kierkegaard e Cioran. Autor dos livros: Metafísica do Sofrimento do mundo, João Pessoa, Ideia, (2009); Dossiê Schopenhauer, São Paulo, Universo dos Livros (2009) e organizador dos livros: Soren Kierkegaard no Brasil (et all), João Pessoa, ideia (2008); Homem e natureza em Ludwig Feuerbach (et all), Fortaleza, UFC (2009) e Arthur Schopenhauer no Brasil, João Pessoa, Ideia (2010). É membro do GT (Grupo de Trabalho) Schopenhauer da ANPOF e da Sociedade Brasileira de Filosofia da Religião e Sociedade Brasileira de Estudos de Kierkegaard.
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A prática tradicional Soto Zen Japonês nas Terras Gaúchas!
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