Presidente Bolsonaro , por que sua esposa Michelle recebeu R$ 89 mil de Fabrício Queiroz?

No domingo (23), durante visita à feira da Catedral de Brasília, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foi questionado por jornalistas sobre os cheques recebidos pela primeira-dama, Michelle Bolsonaro, de Fabrício Queiroz e sua esposa, Márcia Aguiar. Bolsonaro então disse a um repórter que estava com vontade de "encher a sua boca de porrada" e não respondeu a questão.

Segundo reportagem da revista Crusoé, a quebra do sigilo bancário de Queiroz apontou o depósito de cheques no valor total de R$ 72 mil na conta da primeira-dama, entre 2011 e 2018. Já Márcia depositou outros R$ 17 mil na conta de Michelle, totalizando R$ 89 mil.

Anteriormente, Bolsonaro havia afirmado que o valor se tratava de um empréstimo feito entre amigos, mas que o valor total seria de R$40 mil, divergindo das informações obtidas com a quebra do sigilo bancário.

Além dos cheques da primeira-dama, os Bolsonaro têm outras questões a serem respondidas. Listamos abaixo algumas delas.
Rachadinha

O hoje senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) é investigado pela prática de "rachadinha", como ficou conhecida a manobra de repasse de salário de servidores públicos para políticos e assessores.


Nelson Almeida / Getty Images

Fabrício Queiroz

O Ministério Público do Rio de Janeiro descobriu, após quebra de sigilos bancários, que Fabrício Queiroz, assessor de Flávio quando este era deputado estadual, movimentou cerca de R$ 2 milhões de 13 funcionários do gabinete na Alerj via depósitos ou transferência bancária entre 2007 e 2018.

No mesmo período, parte desses funcionários também sacaram mais de R$ 7 milhões de suas contas, o que levanta suspeitas de que parte do dinheiro também era entregue em mãos a Queiroz.

Desse montante recebido por Queiroz, o MP-RJ acredita que parte dele foi usado para pagar despesas de Flávio, como a escola das filhas do deputado.

Hoje, Queiroz cumpre prisão domiciliar em decorrência das investigações.

Em entrevista ao jornal O Globo, Flávio afirmou que "pode ser que por ventura eu tenha mandado, sim, o Queiroz pagar uma conta minha" e que os valores são lícitos e sem relação com o suposto esquema de rachadinha.


Adriano Machado / Reuters

Flávio Bolsonaro -  Loja de chocolates

Ainda segundo o MP-RJ, a loja de chocolates da franquia Kopenhagen que pertencia ao senador servia também para lavar parte do dinheiro da rachadinha. Entre 2015 e 2018, a suspeita é que R$1,7 milhão. O volume de depósitos em dinheiro vivo à franquia aumentou, gerando suspeitas.

Segundo as investigações, em período com aumento de vendas, o pagamento com dinheiro representava cerca de 20% do recebido por cartões. No entanto, a taxa aumentava em outros períodos do ano.

Em sua defesa, Flávio afirma que os valors obtidos são dos pagamentos de clientes.

Imóveis

Outra forma de uso do dinheiro vivo, que segundo o MP-RJ tinha origem na rachadinha, era através da compra de imóveis.



Segundo as investigações, a escritura aponta o valor de R$ 310 mil pelos dois imóveis, pagos em cheque. Ao concretizar a venda, o responsável pela venda dos imóveis, Gleen Dillard, depositou os cheques e R$ 638,4 mil em dinheiro vivo na sua conta. Durante todo o segundo semestre daquele ano, Dillard não realizou nenhuma outra transação imobiliária.


Flávio Bolsonaro afirma que todas as transações com dinheiro vivo tem origem lícita.



Jornalista no BuzzFeed News ~ Contatar Guilherme Lucio da Rocha via guilhermerocha.contractor@buzzfeed.com.


Porque assim como todos os usuários de todos os serviços públicos são "educados" pra pensar: ninguém vê a estrutura erguida pra que tu caminhe...

Nenhuma padaria abre sem ser com a ajuda e a infraestrutura do Estado.

Não tem água, rua, calçada, luz, telefone, internet que não tenham ORIGEM no esforço e suor de todos que somaram forças pro serviço chegar onde está.

Não existe no Brasil ou no mundo faculdade privada que não distribua os custos individuais dos cursos ou alunos nas fontes públicas de fomento.

Harvard tem fama de ser uma que usa menos (pois tem sua própria fonte de doações) usa 40% de dinheiro público..  e isso nos EUA.

Aliás, uma das que mais fez propaganda de ser 100% desvinculada de investimento público era a ESPM... Que hoje usa dinheiro público também... Direto. Então vive sem.

Nenhuma invenção relevante, da Internet (serviço público/Militar EUA) ao Ifone (Toutc scream- universidade pública Inglaterra e sistema operacional europeu...) foi produzida sem o serviço público dar base científica ou dinheiro... Ou os dois.

Quando ela só existe por que uma massa de pessoas construíram uma estrada pra gente chegar onde está. Se

Esperança precisa ser TER FÉ NA AÇÃO!

 Freud percebeu (estudando a mente humana, ainda como psiquiatra) que: "O ser humano só se move e evolui quando exposto a insatisfação";

O Dramaturgo Antonin Artaud: "Depois de todas as PESTE [eu diria: das pandemias[ se manifestam "Renascimentos”;
E como escreveu Lacan desenvolvendo o trabalho de Freud: "O Desespero e a Angústia só nos servem quando usamos como "combustível" pra "nos" levarem para novos lugares...
Vem o pensamento:
"Esperança é um verbo que se desenvolveu etimologicamente da palavra errada!
De Esperar... Passivo.
E ela devia ser "pensada" como crer na mudança de forma ATIVA.
E tem um porquê! O "sufixo" "-ança", esquecido e menosprezado SIGNIFICA AÇÃO!!!
Mais relevante ainda: "-ança" EM LATIN significa "RESULTADO de ação"...
Isso tão relevante, mas tão claro que o sufixo "-ança" é usado para formar uma palavra indicando a ideia que exprime ação ou resultado de mesma; estado; qualidade.
Pensa nas palavras: criança, matança, segurança, semelhança, vingança...
- > CRIANÇA: «derivado do Latim: "creare"= criar + -ança = agir, fazer... Pode ser "traduzido" como "aquele que foi feito"!
- > MATANÇA: do Latim MACTARE, “imolar, sacrificar aos deuses”. Aparentemente o verbo significava, no início, o ato de elevar o objeto de sacrifício ao ar, em direção ao céu. O ato de matar...
- > SEGURANÇA: Também tem origem no latim, significaria o sentido de “ocupar-se de si mesmo” [se+cura] + -[ANÇA] ... portanto "AGIR para cuidar de si mesmo!" ou AGIR PARA CUIDAR-SE!
- > SEMELHANÇA: Intenção ou ato de se tornar igual... o que agrega ao termo original "Símile" que quer dizer ser parecido [mas sem querer];
E meu mais poderoso exemplo:
- > VINGANÇA: provavelmente de "VIM DICTA", que significava “mostrar autoridade”, porque "VIM" significava, “força”, mais a raiz de DICERE, que é “dizer”... Mas vingança é marcada por -ANCA…
Podia parar por aí…Mas a história da humanidade exigiu juntar a âncora da AÇÃO!
Quando se agrega o "-ANÇA" deixa de ser uma reivindicação (discurso = dicere) para ser uma AÇÃO de impor força … AÇÃO DE IMPOR AÇÃO!
Tudo isso é pra dizer que hoje eu estava pensando e pensando… pensando que “ESPERANÇA” NÃO PODE SIGNIFICAR “FICAR A ESPERA”... pois a palavra termina em “ação”!
Tem que significar FAZER POR ONDE.
Já pensaram nisso?
SOMENTE ASSIM A ESPERANÇA FAZ OUTRA PALAVRA FAZER ALGUM SENTIDO:
A palavra “DESESPERANÇA”.
DES: não ter;
SPERARE: “aguardar, ter fé”
-ANÇA: AÇÃO!
NÃO TER FÉ NA AÇÃO!
Esperança precisa ser TER FÉ NA AÇÃO!
Até para desesperança fazer sentido.
Fez sentido?

Negligência disfarçada de conformismo...

Na quinta-feira, dia 6, o mundo relembra a explosão da bomba no porto japonês de Hiroshima, o primeiro artefato nuclear usado em uma guerra. 

A explosão destruiu a cidade e matou imediatamente entre 130 mil e 150 mil pessoas. 

Três dias depois, uma segunda bomba, em Nagasaki, selou o fim da Segunda Guerra. 

Somando os quatro meses que se seguiram, em Nagasaki morreram mais de 90 mil pessoas vitimadas por essa bomba.

Muito se discutirá sobre os horrores da guerra, a corrida armamentista (as superpotências acumulam quase 4 mil ogivas nucleares múltiplas vezes mais potentes do que as lançadas sobre o Japão) e, principalmente, sobre como a existência de uma arma tão mortífera mudou a nossa visão de mundo. Nos percebemos mais frágeis, mais impotentes às decisões dos poderosos, menos capazes de assegurar que nossos filhos terão dias melhores que os nossos.

Nesta semana também, o Brasil registrará oficialmente a morte número 100.000...

...mas por Covid-19. 

Entre agosto e setembro, os relatórios oficiais mostrarão que mais brasileiros morreram de Covid-19 do que japoneses em Hiroshima. Em outubro e novembro, devemos ultrapassar as 200 mil vítimas de Hiroshima e Nagasaki somadas. E muito pouco está sendo feito para evitar essa tragédia.

Na sexta-feira (31/07), em Bagé, um recém-recuperado Jair Bolsonaro respondeu assim às perguntas sobre o combate ao coronavírus: “Eu sabia que um dia ia pegar. Infelizmente, acho que quase todos vocês vão pegar um dia. Tem medo do quê? Enfrenta!”, disse o presidente, após causar aglomeração, tirar a máscara e segurar crianças durante sua passagem pela cidade gaúcha para inaugurar uma escola cívico-militar e entregar as chaves de residências populares. “Lamento. Lamento as mortes. Morre gente todos os dias de uma série de causas. É a vida, é a vida.”

A negligência disfarçada de conformismo é a marca da política sanitária de Bolsonaro. Em julho, morreu mais gente por Covid-19 no Brasil do que em outro país (32.912 ante 23.851 nos EUA e 18.854 na Índia). Os gráficos de mortos no Brasil aumentam mês a mês e desde julho a média é de 7 mil vítimas a cada semana. É como se todo dia, repito todo dia, quatro aviões lotados caíssem, sem sobreviventes.

E tudo o que o presidente tem a dizer é “enfrenta”. E como o governo ajuda os brasileiros a enfrentar? Relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) descobriu que o Ministério da Saúde gastou somente 29% do dinheiro que recebeu para as ações de combate ao coronavírus entre março o final de junho. Menos de R$ 12 bilhões de um total de R$ 40 bilhões aprovados pelo Congresso.

Seria possível supor que a dificuldade do governo em NÃO gastar as verbas em saúde é decorrente de burocracias. Mas como apontou a procuradora do Ministério Público de Contas de São Paulo, Élida Graziane, a desculpa não se sustenta. No dia 15 de julho, depois de o ministro Gilmar Mendes afirmar que o Exército poderia ser acusado de “genocídio” pela cumplicidade com a desastrosa gestão da pandemia, o Ministério liberou R$4,977 bilhões. Em um único dia o Ministério repassou para Estados mais do que havia liberado em um mês.

O relatório do TCU revelou ainda que o Ministério da Saúde passou semanas sem repassar nada aos Estados durante as duas trocas de ministros, não demonstrou quais os critérios de liberação e na repartição de verbas prejudicou o Pará e o Rio de Janeiro, governados por opositores ao presidente.

Em 25 de maio, quando os dados oficiais registravam 23,4 mil mortes por Covid-19, o comitê técnico do Ministério da Saúde alertou o general Eduardo Pazuello de que sem isolamento social o país poderia levar até dois anos para controlar a pandemia. Pazuello não apenas ignorou o alerta, como seguiu a ordem presidencial de incentivar o fim das quarentenas e pedir a reabertura das empresas.

Desde maio, o Ministério da Saúde recebe alertas das secretarias estaduais sobre a falta de medicamentos essenciais para tratamento da Covid-19 em UTIs, como sedativos e analgésicos usados na intubação de pacientes graves. Demorou um mês para o Ministério aceitar coordenar a compra desses fármacos, com Estados e municípios, medida padrão em todos os governos desde a volta da democracia. Relatório de julho mostra que relaxantes e sedativos necessários para entubar pacientes estão em falta em treze Estados.

Em paralelo, o governo federal priorizou a distribuição de cloroquina, droga sem eficácia comprovada contra a Covid-19. Mais de 4,7 milhões de comprimidos de cloroquina e hidroxicloroquina foram distribuídos mesmo para Estados que não pediram o medicamento.

Em março e abril, o Ministério da Saúde prometeu entrega milhões de testes de diagnóstico aos Estados, além de abrir leitos de UTI em hospitais federais e ajudar na compra de respiradores. Em 17 de junho, na reunião do Centro de Operações de Emergência, já sob a gestão interina do general Eduardo Pazuello, o ministério passou a negar pedidos de ajuda. O documento sugere “deixar claro” que o ministério “não tem a responsabilidade de fornecer respiradores e equipamentos para proteção individual”.

A tragédia do Covid-19 não é um acaso. É um projeto. Hiroshima fica aqui.

COLETÂNEA PARA APRESENTAR JUNG