As teorias psicológicas sabem sobre a vida?Ou apenas sobre os sujeitos?Quando um sujeito tem uma queixa ele se queixa da vida, do outro, as vezes até de sí mesmo?Como diferenciar um sofrimento "legítimo" do sujeito em relação a sua vida, e um sofrimento extra, exagerado, que estaria tornando sua vida pior?O psicoterapeuta usaria para esse discernimento sua referência pessoal de "normal" e "anormal"?Ou o que?
Vamos falar sobre a minha percepção sobre a prática na clinica psicológica/psicanalítica (lembrando que sou acadêmico): As teorias psicológicas sabem sobre a vida?
No meu modo de entender as "teorias psicológicas" (psicanálise inclusa) não são necessariamente sobre a vida em si, mas sim sobre a compreensão do subjetivo e o impacto deste (subjetivo) na construção de realidade de cada pessoa... e, se for o caso, o tratamento dos aspectos psicológicos e emocionais dos indivíduos.
Nisso se aplica o que eu argumento sobre não existir necessariamente preocupação em distinguir "queixas primárias" e problemas "reais" no primeiro momento!
E o mais importante nisso: NÃO EXISTE MENTIRA, OU FALSIDADE, OU FANTASIA NO DISCURSO! Existe "o que dá"!
O que existe é MANIFESTAÇÃO do que CONSEGUIU vir a tona! Porque a repressão é isso mesmo... Sempre ativa! Paciente que acredita estar mentindo esta na verdade fazendo o que pode com o que tem... ele inventa uma história e conta e não sabe que a história inventada é para ele mesmo... e o terapeuta safo dá corda e transforma o engodo em ferramenta.
Acredito que um bom terapeuta clínico utiliza abordagens terapêuticas para ajudar os pacientes a lidar com questões MANIFESTAS como ansiedade, depressão, traumas e relacionamentos.
Mas isso é um primeiro movimento! Se perceber pertinente e acessível ele pode se concentrar na exploração do inconsciente e na análise dos processos mentais subjacentes QUE GERARAM OS SINTOMAS!
Na prática psicanalítica, o analista escuta TUDO o que apresenta o paciente com a mesma intensidade e sem julgamento de valor (isso é verdadeiro , isso é falso, isso é externo... isso é interno), permitindo que ele, paciente, expresse suas dores e fragilidades E SE OUÇA no processo. O objetivo é elaborar esses sentimentos e dar-lhes um novo significado.
Foco em temas específicos ficam a critério do método de clinica adotado pelo terapeuta.
Entende?
Então, quando tu pergunta: "Quando um sujeito tem uma queixa ele se queixa da vida, do outro, as vezes até de sí mesmo... Como diferenciar um sofrimento "legítimo" do sujeito em relação a sua vida, e um sofrimento extra, exagerado, que estaria tornando sua vida pior?"
Mentiras no Divã, de Irvin D. Yalom, Trata de uma paciente que finge ser outra pessoa, e assim descobre coisas sobre si mesma! |
E TUDO É LEGÍTIMO!
Aliás, principalmente quando não parece ser!
O cara fala do aquecimento global e do Brasil ser inabitável em 50 anos?
Ele na verdade está te falando do receio dele de lidar com as incertezas da vida!
O cara fala da mãe narcisista por uma hora?
Ele precisa de estruturar seu papel no que justifica a suas ações e suas respostas pro mundo tirando de si sua parcela de responsabilidade e solicitando de você um papel de mãe substituta.... Que você pode aceitar ou não...
O cara fala do político x e de uma conduta absurda deste, na realidade ele está te perguntando inconscientemente se tu iria aceitar da parte dele posições que Ele percebe em si e lhe são revoltantes...
TUDO É SEMPRE SOBRE O SUJEITO!
E tudo isso é legítimo...
Na psicanálise, quando um paciente conscientemente mente para o terapeuta, isso é visto como uma forma de resistência.
A resistência é sempre um mecanismo de defesa que o paciente usa, inconscientemente, para evitar lidar com sentimentos ou memórias dolorosas.
Mentir é uma maneira de proteger-se de precisar confrontar essas questões.
O terapeuta, ao perceber a mentira, pode explorar o motivo por trás dela. Isso pode revelar muito sobre os conflitos internos do paciente e ajudar a entender melhor suas defesas e ansiedades.
Não percebendo, ainda assim, atua na direção de estruturar uma relação de confiança entre paciente e terapeuta que é fundamental!
Trabalha para criar um ambiente seguro onde o paciente se sinta à vontade para ser honesto.
E nosso a verdade vem a tona...
Se não a verdade clara... a verdade possível.
E tudo isso é legítimo...
Na psicanálise, quando um paciente conscientemente mente para o terapeuta, isso é visto como uma forma de resistência.
A resistência é sempre um mecanismo de defesa que o paciente usa, inconscientemente, para evitar lidar com sentimentos ou memórias dolorosas.
Mentir é uma maneira de proteger-se de precisar confrontar essas questões.
O terapeuta, ao perceber a mentira, pode explorar o motivo por trás dela. Isso pode revelar muito sobre os conflitos internos do paciente e ajudar a entender melhor suas defesas e ansiedades.
Não percebendo, ainda assim, atua na direção de estruturar uma relação de confiança entre paciente e terapeuta que é fundamental!
Trabalha para criar um ambiente seguro onde o paciente se sinta à vontade para ser honesto.
E nosso a verdade vem a tona...
Se não a verdade clara... a verdade possível.
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