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Oposição afirma que Nobel da Paz ganhou eleição em Mianmar



Símbolo do movimento democrático em Mianmar e prêmio Nobel da Paz, a ativista Aung San Suu Kyi obteve uma cadeira no Parlamento - seu primeiro cargo público - na históricas eleição deste domingo, informou a Liga Nacional pela Democracia (LND), principal partido de oposição. Se confirmada, a vitória será um marco, ainda que simbólico, no país do sudeste asiático, onde militares estiveram no comando quase exclusivamente por meio século enquanto potências ocidentais impunham sanções.
Aung San Suu Kyi deposita seu voto durante as eleições parlamentares de Mianmar neste domingo
Foto: Reuters / Damir Sagolj
O triunfo da dirigente foi projetado em um letreiro digital instalado na sede do LND na cidade de Rangún. Segundo a legenda, Aung San obteve 65% dos votos em 82 dos 129 centros de votação de seu distrito eleitoral. As cifras são extraoficiais, já que a comissão eleitoral não divulgou resultados parciais.

As eleições deste domingo foram convocadas paar preencher 45 das 664 cadeiras do Parlamento, sem resultar em uma mudança no equilíbrio de poder do novo governo civil. A ativista e outros candidatos de oposição quase não terão peso legislativo relevante se ganharem as vagas que disputam.

O partido de oposição venceu esmagadoramente as eleições de 1990, as quais Aung San não participou porque estava sob prisão domiciliar. Os resultados foram anulados pelos militares, que mantiveram a opositora detida pelas duas décadas que se seguiram. A legenda boicotou as eleições de 2010, que terminou com quase cinco décadas de governo pela junta militar. A ativista foi libertada poucos dias depois da votação.

Mais cedo, a LND denunciou irregularidades, especialmente nas cédulas de votação.
- A principal denúncia é sobre a presença de cera sobre as cédulas ao lado do nome do candidato da LND - disse o porta-voz da legenda Nyan Win, explicando que a cera poderia ser retirada em seguida, e o voto anulado. - Se isto continuar, vai prejudicar o prestígio das eleições.

As eleições estão sendo vistas como um teste chave do compromisso de Mianmar para conduzir a reforma política. A participação de Aung San nas eleições e entrada no no Parlamento é fundamental para o governo, permitindo-lhe ganhar algum respeito da comunidade internacional e abrir caminho para o fim das sanções. Ao contrário de 2010, as autoridades permitiram desta vez a presença de observadores internacionais.

A União Europeia sinalizou que poderia aliviar algumas sanções se a votação transcorresse sem problemas.

- Esperamos o dia transcorra de forma pacífica e vamos fazer uma avaliação posterior com base em todas as sessões de votação que estaremos vendo - disse o observador da UE Ivo Belet.

O regime de Mianmar era visto como um dos mais fechados do mundo, e era alvo de acusações 
de violação de direitos humanos. Mas desde 2010, quando começou uma transição de poder com a chegada de uma geração mais jovem de líderes, o governo impressionou observadores internacionais com o ritmo da abertura política. A maioria dos prisioneiros políticos foi solta, restrições à imprensa foram aliviadas.



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