Astronomia ~~ Vasculhar o universo atrás de planetas com as mesmas características da Terra é um desafio estatístico e também tecnológico. Mas os cientistas garantem: ainda acharemos um mundo parecido com o nosso
Marco Túlio Pires
Faz apenas 19 anos que os cientistas descobriram os primeiros planetas fora do Sistema Solar - ou exoplanetas. Hoje são 685 confirmados e outros 2.000 candidatos. Mas quase nenhum pode abrigar alguma forma de vida, obsessão maior dos caçadores de novos mundos. Uma rara exceção é o planeta HD 85512 b, a 36 anos-luz de distância, um dos 50 achados mais recentes do Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês). Mas por que é tão difícil encontrar um exoplaneta como a Terra? Como os astrônomos descobrem mundos fora do Sistema Solar? Em entrevista ao site de VEJA, astrônomos explicam o desafio de esquadrinhar o universo atrás de exoplanetas, falam do empenho e técnicas para acelerar o ritmo das descobertas e garantem: ainda acharemos um mundo parecido com o nosso.
Requisitos - Para que possa abrigar vida como a conhecemos na Terra, um planeta precisa cumprir uma série de requisitos. "O mais importante é estar situado na zona habitável da estrela", diz o físico Claudio Melo, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e astrônomo do ESO. Trata-se da região em volta das estrelas onde a quantidade de energia solar que o planeta recebe permite a existência de água líquida na superfície, essencial à formação de vida. É onde foi encontrado o HD 85512 b. E, claro, é onde está a Terra, que ocupa bem o centro da zona habitável do Sistema Solar.
Outro requisito é que o planeta seja rochoso, como a Terra e Marte. Um planeta gasoso, como Saturno é Júpiter, é considerado um ambiente hostil demais à vida. Nestes casos, as esperanças seriam depositadas em suas eventuais luas - como Europa, o mais famoso satélite de Júpiter, ou Enceladus, de Saturno.
Além da posição e composição do planeta, entram também na conta: o tipo, o tamanho e a temperatura de sua estrela; a existência, disposição e dimensões de luas e planetas vizinhos; a duração do ano, a inclinação do planeta; o formato e a idade da galáxia; entre muitas outras variáveis. A lista de requisitos pode ser tão longa que acabam descartados praticamente todos os exoplanetas conhecidos - ou por conhecer. E para complicar, ao contrário das estrelas, planetas não têm brilho próprio, o que torna sua identificação um enorme desafio.
Requisitos - Para que possa abrigar vida como a conhecemos na Terra, um planeta precisa cumprir uma série de requisitos. "O mais importante é estar situado na zona habitável da estrela", diz o físico Claudio Melo, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e astrônomo do ESO. Trata-se da região em volta das estrelas onde a quantidade de energia solar que o planeta recebe permite a existência de água líquida na superfície, essencial à formação de vida. É onde foi encontrado o HD 85512 b. E, claro, é onde está a Terra, que ocupa bem o centro da zona habitável do Sistema Solar.
Outro requisito é que o planeta seja rochoso, como a Terra e Marte. Um planeta gasoso, como Saturno é Júpiter, é considerado um ambiente hostil demais à vida. Nestes casos, as esperanças seriam depositadas em suas eventuais luas - como Europa, o mais famoso satélite de Júpiter, ou Enceladus, de Saturno.
Além da posição e composição do planeta, entram também na conta: o tipo, o tamanho e a temperatura de sua estrela; a existência, disposição e dimensões de luas e planetas vizinhos; a duração do ano, a inclinação do planeta; o formato e a idade da galáxia; entre muitas outras variáveis. A lista de requisitos pode ser tão longa que acabam descartados praticamente todos os exoplanetas conhecidos - ou por conhecer. E para complicar, ao contrário das estrelas, planetas não têm brilho próprio, o que torna sua identificação um enorme desafio.
Técnicas - De acordo com Melo, existem dois métodos de maior sucesso para caçar exoplanetas. Um deles se chama técnica de trânsito e é usada pelo Observatório Espacial Kepler, da Nasa, a agência espacial americana. A outra, batizada de velocidade radial, está presente em um instrumento do ESO responsável pela confirmação dos 50 exoplanetas mais recentes, chamado HARPS.
Leia a matéria completa aqui: http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/terras-a-vista
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