Pular para o conteúdo principal

Meditação aumenta a profundidade de “processamento de informação”


Meditação aumenta a profundidade de “processamento de informação” e melhora a alocação de espaço em “atenção”

Publicação da página da revista “Fronteirasem Neurociência Humana” (Frontiers in Human Neuroscience)“ sobre o artigo de Sara van Leeuwen1*, Wolf Singer1,2 e Lucia Melloni1,2Artigo publicado on line em 15 May 2012.


Em pesquisa foi identificado que praticantes de meditação progressivamente aumentam a profundidade de “processamento de informação” em seus cérebros e melhoram a alocação de espaço em “atenção”.

Possivelmente por que durante a meditação, praticantes adquirem o hábito de focar sua atenção sobre um objeto específico (que pode ser a respiração, um mantra, independe da técnica), por períodos de tempo prolongados. Quando seus pensamentos são desviados, eles aprendem a rapidamente desligar-se da distração e retornar sua atenção ao foco. A hipótese é que ao aprender a responder à demanda dupla de envolver a atenção em objetos específicos (manter foco) e desengatar-se rapidamente de “distratores” aumenta a eficiência pela qual os praticantes de meditação pode alocar atenção.

Os pesquisadores testaram esta hipótese comparando atividades monitoradas onde mediam a atividade eletroencefalográfica de dois grupos: um composto de oito monges e monjas budistas altamente treinados e um grupo de comparação sem experiência anterior em meditação. A ideia era medir o tempo de reação as informações significativas para as atividades e a capacidade de distinguir informações desnecessárias das significativas para as mesmas atividades.

Analisando os tempos de reação dos voluntários confirmou-se previsão. Meditadores mostraram ter uma maior capacidade para selecionar o “nível alvo” (grau de relevância de uma informação) respectivo, como refletido por um processamento avançado de informações sobre o nível alvo. Em contraste com o grupo de controle, o qual mostrou um efeito de seleção mais lento. Assim, parece que os meditadores apresentam profundidade de processamento melhorada. Além disso, a meditação altera a coleta de informação de tal modo que a informação selecionada pelos meditadores experientes tem maior nível alvo no início da sequência de processamento do que os do grupo de controle.

A boa notícia é que esta melhora esta ao alcance de TODOS.

Prosseguindo em um estudo longitudinal, pôde-se reproduzir estes efeitos de comportamento em praticantes iniciantes de forma gradativa. O que se observou sugere que a meditação modula atenção já depois de um "retiro" de apenas 4 dias.

Juntos, esses resultados sugerem que a prática de meditação aumenta a velocidade com que a atenção pode ser alocada e realocada, aumentando a profundidade de processamento de informações e reduzindo a latência de resposta.



Pesquisa dos:

1 Departamento de Neurofisiologia, Max Planck Institute for Brain Research, em Frankfurt, Alemanha.

2 Ernst Strüngmann Institute (ESI) de Neurociência em cooperação com a Sociedade Max Planck, Frankfurt, Alemanha.


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

ACALME-SE

A técnica A.C.A.L.M.E.-S.E. é um acrônimo (uma palavra formada pela junção das primeiras letras ou das sílabas iniciais de um grupo de palavras) usado como estratégia da Psicoterapia Cognitivo-Comportamental que oferece passos práticos para lidar com a ansiedade durante uma crise. Esses passos ajudam a pessoa a se acalmar e a lidar com as sensações desagradáveis de forma mais eficaz. É uma técnica útil que pode ser praticada sozinha ou com a ajuda de um terapeuta. Aqui está um resumo dos passos: 1. ACEITE a sua ansiedade. Aceitar é o primeiro passo para a mudança. Um dicionário define aceitar como dar “consentimento em receber”. Concorde em receber as suas sensações de ansiedade. Mesmo que lhe pareça absurdo no momento, aceite as sensações em seu corpo assim como você aceitaria em sua casa um visitante inesperado ou desconhecido ou uma dor incômoda. Substitua seu medo, raiva e rejeição por aceitação. Não lute contra as sensações. Resistindo você estará prolongando e intensificando o

Escuta Compassiva.

O monge budista Thich Nhat Hanh diz que OUVIR pode ajudar a acabar com o sofrimento de um indivíduo.  A escuta profunda é o tipo de escuta que pode ajudar a aliviar o sofrimento de outra pessoa.  Podemos chamar-lhe escuta compassiva.  Escuta-se com um único objetivo: ajudar a pessoa a esvaziar o seu coração.  Mesmo que ele diga coisas cheias de percepções erradas, cheias de amargura, somos capazes de continuar a ouvir com compaixão.  Porque sabe que, ouvindo assim, dá a essa pessoa a possibilidade de sofrer menos.  Se quisermos ajudá-la a corrigir a sua percepção, esperamos por outra altura.  Para já, não interrompe.  Não discute.  Se o fizer, ela perde a sua oportunidade.  Limita-se a ouvir com compaixão e ajuda-o a sofrer menos.  Uma hora como essa pode trazer transformação e cura.