O grito de guerra tem de se tornar um sussurro sério e amoroso:
“interdependência ou morte”.
Interdependemos.
Dependemos uns dos outros.
Interdependemos.
Dependemos uns dos outros.
Dependemos de cada urtiga e de cada flor.
Dependemos dos vulcões e das enchentes.
Dependemos das estrelas e dos pirilampos.
Dependemos de nossos lampejos de sanidade e de loucura.
Somos diferentes dos gatos e dos cães, dos cavalos e das abelhas.
Não somos peixes nem focas.
Formigas nem abelhas.
Temos características únicas da nossa espécie.
Mas isso não nos faz melhor, pois dependemos de todas as outras para sermos.
Sem ar, sem terra, sem sol, sem vento, sem água, não existimos.
Sem sonho, sem utopia, sem respeito, sem dignidade, sem esperança, sem ternura, não existimos.
Somos uma mescla de tudo e de nada.
Está chegando o momento.
Já chegou na verdade.
Alguns já perceberam e vão se adaptando à única realidade.
“Intersomos”.
(Monja Coen - Extraído do texto "Independência” da Revista da Hora de 05 de setembro de 2004)
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