Olhando com cuidado, quando se fala de “meditação para crianças”, quase sempre se trata de “atenção plena”, um termo que traduz de forma bem empobrecida a palavra em inglês “mindfulness”.
Atenção plena, segundo Jon Kabat Zinn, poderia ser definida da seguinte forma:
“consciência que emerge por prestar atenção propositadamente, no momento presente, sem julgamentos, aos desdobramentos das experiências, momento a momento”
Estas práticas buscam criar um espaço para que as reações impulsivas se tornem mais conscientes:
As crianças podem se beneficiar dessas práticas de diversas maneiras:
- melhor foco e concentração
- maior senso de calma
- diminuição do estresse e ansiedade
- mais controle sobre reações impulsivas
- maior auto-consciência
- mais habilidade em responder a emoções difíceis
- maior empatia e compreensão com relação aos outros
- desenvolvimento natural de habilidades para a resolução de conflitos
As crianças curtem muito esses espaços de tranquilidade quando eles são oferecidos.
Neste vídeo do programa “Mindful Schools“, o professor apresenta a prática do sino:
Observe que logo em seguida, o professor pergunta como as crianças se sentiram; e a garotinha disse que teve a sensação de “a mãe estar cozinhando” e se sentiu feliz. Me lembrou de uma vez em que estava aplicando uma técnica simples também de atenção à respiração a um grupo de crianças de 8 a 10 anos, e um garotinho disse:
“Ai que vontade de comer um pãozinho quentinho”, como que desejando aconchego. É indo ver como a criança entra facilmente em contato com as suas sensações.
Outra técnica apresentada nesse vídeo é de comer uvas passas com atenção plena. Claro que isso pode ser feito com qualquer alimento. E as crianças se divertem muito!
Experimente com biscoitos de texturas diferentes, sucos de frutas diferentes e convide as crianças para um lanchinho com atenção plena, bem devagar…
Neste outro vídeo da Fundação Inner Kids, podemos ver outras formas de praticar com as crianças, focando as sensações da respiração:
Poderíamos oferecer essas experiências às nossas crianças, não é mesmo? E a nós mesmos também! Antes até! Porque as crianças aprendem mesmo pelas costas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário