Decisões ruins... e Robert Downey Jr.



Só o sucesso nada resolve
Ex-dependente crônico de drogas pesadas, o astro várias vezes teve a morte profissional decretada. Mas passou de manchete de tabloide à maior força que Hollywood tem hoje ator Robert Downey Jr. se tornou a maior força de Hollywood — uma surpreendente indicação ao Oscar pela comédia Trovão Tropical, mais de 1,2 bilhão de dólares arrecadados com os dois Homem de Ferro e outros 900 milhões (e contando) com o primeiro Sherlock Holmes e o novo, O Jogo de Sombras, desde sexta-feira em cartaz no Brasil. O sucesso veio depois de anos às voltas com graves problemas com drogas — que o levaram a passar um ano em uma penitenciária da Califórnia. Casado desde 2005 com a produtora Susan Downey e com um bebê a caminho para se juntar a Indio, de 18 anos, filho de seu primeiro casamento, Downey contou a VEJA como administra o passado de internações em clínicas de reabilitação e de estrondosas recaídas públicas.



É cansativo ter de voltar sempre a esse assunto — o alcoolismo, as drogas, a prisão —, ou é útil para o senhor não esquecer que já esteve lá?
Claro que é difícil não ser reativo diante desses temas. 
Conheço sujeitos que estão sóbrios há trinta anos e a cada nova entrevista têm de responder a perguntas sobre aquela bebedeira que tomaram no século passado. 
É o preço que se paga, digamos assim. 
Eu prefiro pensar nas coisas reais que estou atravessando agora, como o meu filho que vai nascer. 
A vigilância é um princípio crucial da saúde, mas não pode ser o único. 
Imagine uma pessoa que viveu um relacionamento abusivo; ela não pode, ao conhecer um novo parceiro, levantar todo o histórico dele e ficar em alerta para qualquer sinal de que o velho padrão possa vir a se repetir. 
Se você não quer se apavorar, não deve se fixar em pensamentos apavorantes. 
Deve pensar é num bem maior. 
Ou seja, se você não quer passar por um divórcio amargo, por exemplo, pare de trair sua mulher. 
Em outras palavras: se você não quer deparar de novo com um velho resultado catastrófico, não tome aquela velha decisão ruim.

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