Comentário de um participante da palestra sobre "Os dez passos do Boi" realizada pelo Monge
Gensho:
Outro dia me perguntaram como eu vim parar no budismo, como tinha acontecido. Daí eu respondi que na época eu passava por umas inquietações, estava buscando algumas respostas, mas, refletindo bastante, não consegui encontrar uma resposta. Honestamente, eu não sei.
Outro dia me perguntaram como eu vim parar no budismo, como tinha acontecido. Daí eu respondi que na época eu passava por umas inquietações, estava buscando algumas respostas, mas, refletindo bastante, não consegui encontrar uma resposta. Honestamente, eu não sei.
Prosseguiu o Monge Gensho:
Existe uma questão de reconhecimento. Eu nasci em uma família em que o pai já era vegetariano, um místico, tinha muitos princípios em sua mente, mas não conhecia o budismo. Quando eu era pequeno eu me sentia atraído por religião. Então, uma amiga da minha mãe deu a ela um livro: “Meu Filho será Padre”. E ela era muito católica e me viu rezando na hora da Ave Maria. Minha mãe deve ter pensado: “Meu filho será padre”. E quando estava com vinte e três anos, passei algum tempo frequentando um mosteiro Beneditino na Bahia e o abade me convidou para ser monge, experimentar a vida monástica. Quando cheguei ao vinte e seis, eu vi um monge zen. Naquele instante comecei um grupo de zazen. E desde então, foi um sobe e desce na prática, pára, não tem professor, não tem sangha, não havia livros. Só fui costurar meu rakusu em 1992 e daí é que a prática se tornou mais constante. O que fez grande diferença foi ter montado um grupo, sentar, ler, praticar. Se formos olhar para o passado, acredito que tinha uma marca kármica para nascer naquela família. O principal, agora, é cultivar profundamente suas marcas kármicas para estar em melhores condições na próxima vez. Se possível, acumular kensho e, se possível, obter o satori nessa vida e ficar livre pra poder ir para a cidade com mãos auxiliadoras.
( Texto de palestra sobre "Os dez passos do Boi" decupado da gravação por Ápio San e revisado por Eleonora San)
Reverendo Petrúcio Chalegre (Meihô Gensho)
Monge
Genshô iniciou no Dharma através de Igarashi Roshi, em 1973, teve sua
investidura leiga em 1992 com o nome de Meihô, sendo ordenado monge na
forma limitada de ordenação particular em 2001, após passou para a
orientação de Moriyama Roshi, de quem foi professor assistente, até que
este também voltou para o Japão em 2005, foi então ordenado oficialmente
pelo Sookan (Superior Geral) da América do Sul, Dosho Saikawa Roshi,
monge da Soto Zen, em 2008 graduou-se Zagen na cerimônia de Hossenshiki
(Combate do Dharma) tendo como Mestre o próprio Saikawa Roshi o qual lhe
deu a Transmissão em 2011, o que o torna um dos seus sucessores, dirige
a Comunidade zen budista de Florianópolis a qual tem grupos
relacionados sob sua responsabilidade em Rio do Sul, Joinville, Rio de
Janeiro, Goiânia e Londrina. Na vida leiga atua como consultor de
empresas de grande porte dirigindo uma empresa de consultoria em gestão.
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