Guilherme Mazui - guilherme.mazui@zerohora.com.br
Muitos casais gostariam de interferir na escolha do sexo de seus filhos, se tivessem a oportunidade. Tanto que, na tentativa, costumam pedir uma mãozinha à ciência ou à própria natureza.
Crenças baseadas em fases da Lua, dias e posições para o ato sexual não convencem os médicos. Com a chancela de estudos, entretanto, é sabido que a reprodução assistida pode determinar com alto grau de precisão se um bebê será menino ou menina. O segredo está no sêmen. Cada espermatozoide carrega um tipo de cromossomo: o Y é masculino, enquanto o X é feminino. Já o óvulo é sempre X. Quando a combinação resulta em XY o herdeiro será guri. Se for XX, virá uma guria.
Especialista em reprodução humana, o médico João Sabino Cunha Filho depara frequentemente com pais interessados na possibilidade de escolher o sexo do bebê. Questionado, tem a resposta imediata.
— Dia do mês, fase da Lua e posição influenciando no sexo da criança são mitos. Por meio da fertilização in vitro, é possível definir se o bebê será menino ou menina com quase 100% de certeza. Só há uma ressalva — avisa.
O porém é ético. Reside em uma resolução do Conselho Federal de Medicina que só permite a sexagem — como é chamado o processo de escolha do gênero da criança — em casos de doenças relacionadas ao sexo, como a hemofilia, mais comum em meninos. Fora a exceção, a decisão cabe à natureza.
— No Brasil não há lei que criminalize a sexagem. No entanto, é uma questão ética. Ao não respeitar a norma, o médico infringe seu código e pode ser punido — completa o médico Marcelo Oliveira Ferreira, também especialista em reprodução humana.
Quando a ciência tem aval para atuar, a fertilização in vitro é a técnica mais eficaz. Nela, a fecundação é feita em laboratório, e, somente após ter o sexo verificado, que o embrião é colocado no útero. O custo médio é de R$ 15 mil, e as chances de o procedimento ter sucesso são de um terço.
Outra técnica utilizada é a fitometria de fluxo, a separação dos espermatozoides por tipo de cromossomo. Eles podem ser colocados diretamente no útero da mulher, por meio da inseminação artificial, ou seguir o método da fertilização in vitro.
Uma mãozinha natural
Quando a ciência fica afastada da escolha do sexo, outras técnicas podem ser tentadas, porém, sem o aval médico. É o caso do método apontado pelo médico americano Landrum Shettles.
Sua teoria parte do princípio de que o espermatozoide masculino é leve e rápido, chegando mais depressa ao óvulo. Já o feminino é pesado e lento, demorando mais para percorrer o mesmo caminho.
Assim, se a mulher quiser engravidar de um menino, deve ter relações sexuais mais próximas do dia em que está ovulando. Do contrário, o sexo deve ocorrer dias antes da ovulação.
— Existe lógica no pensamento. No entanto, faltam estudos científicos mais rigorosos — atesta o médico especialista em reprodução humana Marcelo Oliveira Ferreira.
Bioquímica especializada em biologia molecular, Carolina Ynterian acredita na eficácia do método natural.
— Na biologia, não há 100%, mas os índices de acerto são altos. Se o casal deseja um menino, vale tentar dar uma ajuda à natureza. Independentemente do sexo pretendido, o casal precisa estar aberto para ter um filho — assegura Carolina.
Engraçado é se a criança DECIDE que o sexo de sua nascença NÃO É COMPATÍVEL COM SUA NATUREZA PSICOLÓGICA... Hehehehe!!!
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