Mentira é o nome dado as afirmações ou negações falsas ditas por alguém que sabe (ou suspeita) de tal falsidade, e na maioria das vezes espera que seus ouvintes acreditem nos dizeres. Dizeres falsos quando não se sabe de tal falsidade e/ou se acredita que sejam verdade, não são considerados mentira, mas sim erros.
A capacidade dos hominídeos de mentir é percebida cedo e quase universalmente no desenvolvimento humano e estudos de linguagem com pongídeos (gorilas). O marco mais comumente citado na ascensão desta prática, o que é conhecido como inteligência maquiavélica, ocorre na idade de cerca de quatro anos e meio, quando as crianças começam a ser capazes de mentir de maneira convincente. Antes disso, elas parecem ser incapazes de compreender que todo mundo não tem a mesma visão dos eventos que elas têm – e parecem presumir que há apenas um ponto de vista — o seu próprio — que precisa ser integrado a qualquer história. Salvo os patológicos mitomaniacos e os pseudoláliacos (que sofrem da doença da mentira compulsiva) as pessoas comumente mentem cerca de 200 vezes por dia, em média uma vez a cada 5 minutos.
Há alguns anos ocupam-se com o mistério da mentira não apenas filósofos, mas também cientistas políticos e psicólogos. O resultado das pesquisas sobre a mentira:
– Mentira e engano são parcialmente implantados nos nossos genes, foram e são o motor da evolução. Os biólogos presumem que o desenvolvimento do cérebro humano só foi possível por ter que lidar com enganos;– Nós adulamos, engodamos e sorrimos diariamente com olhar inocente para manter uma boa atmosfera ou para nos apresentar numa luz mais favorável. Principalmente os cônjuges e familiares são enganados de maneira intensa. Eles são vítimas de dois terços de todas as mentiras graves – segundo as análises de diários da psicóloga americana Bella DePaulo da Universidade da Virgínia em Charlottesville;– Talento para enganar é um tipo de inteligência – um fator de sucesso, tão útil como perspicácia, intuição ou criatividade. "O sucesso profissional de um executivo depende em 80% da sua inteligência social" que envolve mentir. Afirma Howard Gardner, psicólogo da Harvard School of Education. Também Peter Stiegnitz, um pesquisador da mentira em Viena (Áustria), pensa que os "carreiristas preferem trabalhar com jeito e charme ao invés de fazê-lo com aplicação e perseverança";
Paradoxalmente, apesar de ser natural "precisar" mentir, ainda assim ser honesto consigo e com os outros é mais "homeostático". Um exemplo temos com o trabalho de Paul Ekman, pesquisador que há mais de quatro décadas se ocupa do estudo da mímica facial humana e mapeou o repertório de expressões faciais. Seu trabalho revela que a mente da pistas. Pistas deixadas pelos próprios mentirosos.
A expressão de um rosto muitas vezes dispensa palavras, quando não as contradiz, sendo mais "honestas" que estas. Na verdade a "leitura" não consciente de emoções como alegria ou tristeza, medo ou raiva, em fim, decifrar expressões faciais e corpóreas é um dos exercícios mais corriqueiros do ser humano como espécie. Tanto que quase sempre o fazemos sem perceber. A convivência social seria impensável sem essa habilidade.
Portanto, por mais que pareça natural mentir, de fato "o cérebro não gosta de mentir" e "se entrega" na tentativa de adaptar a retórica com uma mentira. É o que defende o neuropsicólogo NELSON S LIMA:
abendo isto você pode apanhar um mentiroso!
Meio mundo anda a mentir a toda a hora. Há até profissões e atividades em que a mentira é um recurso de "sobrevivência". Muitos políticos mentem, muitos vendedores mentem, as crianças não passam sem uma mentirinha por dia, nós mesmo mentimos uma vez por outra mesmo que sem intenção maldosa.
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Evite de todo mentir.
É desconfortável manter uma mentira e enganar. E é moralmente inaceitável. E a mentira contribui para a doença pois cria, no organismo, um confronto psicológico entre duas informações contraditórias, sendo que uma está condenada ao fracasso. Isso reflete-se no estado do sistema nervoso e, em última instância, no seu estado de saúde e na sua felicidade. Ninguém pode se sentir feliz mentindo.
Não minta nunca. A verdade (aquilo em que acredita) pode ser discutível mas é a "sua verdade". Se tiver de corrigir algo não será uma mentira mas um erro, uma falha de entendimento, um não-saber. E isso é ser bom caráter, é ter boa moral. E seu cérebro também agradece. Ele é um órgão honesto. Não gosta de ser forçado (por si) a mentir.
Não minta nunca. A verdade (aquilo em que acredita) pode ser discutível mas é a "sua verdade". Se tiver de corrigir algo não será uma mentira mas um erro, uma falha de entendimento, um não-saber. E isso é ser bom caráter, é ter boa moral. E seu cérebro também agradece. Ele é um órgão honesto. Não gosta de ser forçado (por si) a mentir.
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