Pular para o conteúdo principal

Fazer um retiro Zen e o "choque" da volta...


Pergunta de um praticante leigo:

Após alguns dias (8) de meditação tanto sentada como no dia-a-dia e muita prática budista levei um choque ao olhar para as pessoas ao meu redor: tanto sofrimento, tanto caos, tanta complicação, agora as pessoas me pareceram frágeis e indefesas e ignorantes. 
Mas isso ao ponto de me assustar, e simultaneamente me veio um sentimento de querer ajudá-las, mesmo sem saber como. 
Gostaria de saber se isso ocorre com a maioria dos novatos, e se existe um choque semelhante quando se faz sesshin, ou algum outro tipo de retiro e se retorna a sociedade.

Resposta do Monge Gensho

Sim, este é um sentimento comum, como se de repente notassemos a loucura do mundo. 
É deveras importante, pois esta visão nos faz considerar a vida que levamos até agora, e como poderia ser uma vida plena. 
Com este sentimento podemos nos aprofundar na prática pois não quereremos retornar ao mundo ilusório em que costumavamos viver.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

ACALME-SE

A técnica A.C.A.L.M.E.-S.E. é um acrônimo (uma palavra formada pela junção das primeiras letras ou das sílabas iniciais de um grupo de palavras) usado como estratégia da Psicoterapia Cognitivo-Comportamental que oferece passos práticos para lidar com a ansiedade durante uma crise. Esses passos ajudam a pessoa a se acalmar e a lidar com as sensações desagradáveis de forma mais eficaz. É uma técnica útil que pode ser praticada sozinha ou com a ajuda de um terapeuta. Aqui está um resumo dos passos: 1. ACEITE a sua ansiedade. Aceitar é o primeiro passo para a mudança. Um dicionário define aceitar como dar “consentimento em receber”. Concorde em receber as suas sensações de ansiedade. Mesmo que lhe pareça absurdo no momento, aceite as sensações em seu corpo assim como você aceitaria em sua casa um visitante inesperado ou desconhecido ou uma dor incômoda. Substitua seu medo, raiva e rejeição por aceitação. Não lute contra as sensações. Resistindo você estará prolongando e intensificando o

Escuta Compassiva.

O monge budista Thich Nhat Hanh diz que OUVIR pode ajudar a acabar com o sofrimento de um indivíduo.  A escuta profunda é o tipo de escuta que pode ajudar a aliviar o sofrimento de outra pessoa.  Podemos chamar-lhe escuta compassiva.  Escuta-se com um único objetivo: ajudar a pessoa a esvaziar o seu coração.  Mesmo que ele diga coisas cheias de percepções erradas, cheias de amargura, somos capazes de continuar a ouvir com compaixão.  Porque sabe que, ouvindo assim, dá a essa pessoa a possibilidade de sofrer menos.  Se quisermos ajudá-la a corrigir a sua percepção, esperamos por outra altura.  Para já, não interrompe.  Não discute.  Se o fizer, ela perde a sua oportunidade.  Limita-se a ouvir com compaixão e ajuda-o a sofrer menos.  Uma hora como essa pode trazer transformação e cura.