Prevenção do câncer está associada a mudanças de comportamentos e hábitos, diz oncologista
Estimativa divulgada pelo Inca na semana passada, indica que 520 mil novos casos da doença serão diagnosticados no Brasil em 2012
O alerta do oncologista se refere ao fato de que se as pessoas não fumarem, evitarem o consumo excessivo de álcool, cuidarem do peso e de determinadas infecções, o risco de desenvolvimento de um tumor maligno será reduzido.
— É uma questão de mudança de comportamento — frisou ele em entrevista concedida ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional.
Para Buso, o desafio do sistema de saúde no Brasil é colocar à disposição dos doentes o tratamento adequado para a cura do câncer.
De acordo com ele, o conhecimento existe.
— O desafio é oferecer tratamento [a todas] as pessoas — disse.
Segundo o médico, estudos recentes mostram que se os cânceres de colo do útero, mama e intestino forem identificados na fase inicial, as chances de recuperação plena superam 90%. Buso lembra que a descoberta da doença é feita por meio de exames específicos para cada caso.
No que se refere ao câncer de mama, os exames indicados são a mamografia e o ultrassom. O câncer de colo do útero pode ser detectado por meio do chamado exame papanicolau, que consiste na coleta de material do colo uterino e análise feita em laboratório. No caso do câncer de intestino, o oncologista recomenda atenção ao surgimento de infecções e pólipos na região.
Na semana passada, o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca) divulgou um estudo mostrando que a estimativa é que, apenas no próximo ano, 520 mil novos casos de câncer surjam no país. Pelo estudo, 18 tipos da doença são as que mais atingem os brasileiros.
O câncer de mama, com exceção do tumor de pele não melanoma (o mais agressivo), é o mais frequente em mulheres. Nos homens, a incidência maior é de câncer de pele (não melanoma) seguido pelo câncer de próstata.
Especialistas consideram que são fatores de proteção ao câncer:
- a amamentação na infância,
- a prática de atividade física
- e alimentação saudável
Em seu último estudo, publicado em 2009, o Inca previu que, em 2010, 490 mil pessoas seriam afetadas pela doença em todo o país. As estimativas de anos diferentes não podem, no entanto, ser comparadas, devido a diferenças metodológicas entre elas.
AGÊNCIA BRASIL
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