Andrea Solario, Salomé com a cabeça de são João Batista, provavelmente c. 1506-7. Óleo sobre madeira, 57,2 × 47 cm. The Friedsam Collection, doação de Michael Friedsam, 1931. Foto: The Metropolitan Museum of Art Carlos A. Inada / São Paulo Recentemente publicamos uma nota (incluindo uma palestra em vídeo) sobre o “mito da violência”, tema de um novo livro de Steven Pinker, The better angels of our nature: why violence has declined [Os melhores anjos de nossa natureza: por que a violência diminuiu]. O livro questiona uma percepção atual, de que vivemos na época mais violenta da história da humanidade, e de que o fracasso da civilização ocidental e de seus códigos morais deve ser responsabilizado por isso. Quantas vezes já ouvimos algum líder de seita comentar o fim da civilização como a conhecemos? De acordo com Pinker, no entanto, muito provavelmente esta é a época mais pacífica da existência de nossa espécie. David Brooks acrescenta outros ingredientes a essa discussão, em artigo que escreveu para o jornal The New York Times: Como escreve Steven Pinker em seu novo livro revelador, The better angels of our nature, estamos no meio de uma “mania pela empatia”. Há uma abundância de livros sobre ela [...]. Existe até uma teoria segundo a qual nosso cérebro possui neurônios-espelho que permitem que sintamos o que se passa na cabeça dos outros, e esses neurônios levariam a uma atenção e simpatia pelos outros, e à ação moral.Esta é uma interessante discussão: estaríamos exagerando o papel da empatia? ela é suficiente para motivar a ação? ou está sendo usada para permitir que nos regozijemos em nossas zonas de conforto? estaríamos ignorando alguns dos melhores legados da civilização ocidental? O que você pensa? Termino com uma citação de Jesse Prinz, pesquisador na City University of New York, mencionado por David Brooks em seu artigo: Não estou sugerindo que deveríamos ativamente suprimir a empatia. Talvez ela enriqueça a vida daqueles que a experimentam, e talvez ela ajude a promover a proximidade nas relações diádicas da vida pessoal. No domínio moral, no entanto, deveríamos ser cuidadosos com a empatia, devido à sua tendenciosidade, e reconhecer que ela não pode servir ao papel motivacional central de conduzir o comportamento pró-social. Talvez a empatia tenha um lugar na moralidade, mas outras emoções podem ser muito mais importantes: emoções como a culpa e a raiva. Quando confrontados por ofensas morais, não é suficiente sentir comiseração pelas vítimas. Deveríamos nos sentir assoberbados. |
Basta sentir empatia?
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