Taikô do Jisui Zendô

Jisui Zendô - Comunidade Zendo Sul




Teremos o primeiro encontro-ensaio para a formação do grupo de Taikô do Jisui Zendô no domingo, dia 7 de outubro das 14 às 16 horas. A previsão é de termos um encontro por mês inicialmente. Solicitamos aos interessados que cumprem com o seu dever como cidadão, votando nas eleições na parte da manhã...

Onde: Jisui Zendô
(casa-sede da Sanga Águas da Compaixão)

R. Eliziário Goulart da Silva, 93
(Antiga Rua Vista Alegre)
Bairro Cristo Redentor
(atrás do Hospital Cristo Redentor)

Ver as mãos das ruas para chegar de carro noGoogle Maps
 
Quando: 7 de outubro das 14 às 16 hs.

Todos os interessados são bem vindos, mesmo sem qualquer conhecimento ou experiência musical.

Contribuição sugerida: R$ 10,00
Reproduzo abaixo trechos de um texto excelente sobre Taikô que encontrei no site da Associação Cultural e Esportiva Nikkey de Bastos:
Taiko significa tambor na língua japonesa. É um instrumento que expressa sentimentos de alegria, ira, tristeza, prazer, dando-se a sensação de deslocar os nossos espíritos até os antepassados.
A origem do Taiko data-se da Era Joumon e Yagoi há dois mil anos e eram utilizados como meio de comunicação entre as pessoas que estavam em locais diferentes. Eram também utilizados em festividades religiosas e sociais, um valioso instrumento de comunicação com a alma dos antepassados e com os Deuses. [...]
O Taiko é uma cultura que tem por objetivo a manutenção da tradição, seus valores culturais e morais.
Fala-se em alma do Taiko (entenda-se, cultura do Taiko cuja finalidade constitui-se na confirmação da nossa vitalidade e do grito com os companheiros estimulando-se mutuamente para um viver melhor socialmente.
Assim, aos praticantes do Taiko a sua conduta disciplinar, social e moral são fatores fundamentais para ser companheiro e apoio aos parceiros com reciprocidade.
O instrumento Taiko vem sofrendo muitas mudanças após a Segunda Guerra Mundial, precisamente em 1951, por influência do Prof. Daihati Oguti que introduziu o toque coletivo ao Taiko dando sistema múltiplo, possibilitando o seu uso em concertos, inovando o mundo musical.
A vibração do Taiko som transmite a sensação de dinamismo aos praticantes e aos ouvintes, faz as pessoas se sentirem bem, sendo revigorados.
Os percursionistas do Taiko deve ter como fundamento o lema:
- desenvolver um corpo vigoroso, sadio, a coragem, a determinação e o espírito inabalável;
- implantar o sentimento que preza o respeito ao próximo e a filosofia de humildade e eficácia;
- adquirir o respeito aos mais velhos, cooperação mútua, amizade, responsabilidade, união e cultivar o caráter e a dignidade;
- aprender a arte milenar japonesa do Taiko e herdar o valor deste folclore, cultivá-lo, preservá-lo e propagá-lo.
Os praticantes do Taiko devem tocar com o corpo e alma, não basta simplesmente ficar batendo no instrumento para simplesmente fazer barulho, isso qualquer um faz, não precisa estudar e nem ser disciplinado, mas deverá tocar a alma das pessoas que ouvem a sonoridade. Taiko é uma arte, pratica-se música e condicionamento física, possibilitando o prazer, a serenidade, alegria com concentração.
Finalizando, esta é uma explanação muito sucinta, sobre o Taiko que se for filosofar sobre esta arte milenar ficaríamos várias noite discutindo.
Assim, prezados praticantes do Taiko, boa sorte e façam Bastos se orgulharem de vocês, pois representam a nossa cidade em vários eventos da região, temos a convicção de que se sairão muito bem e com louvor.
Nota: Há mais de 100 grupos de Taikô no Brasil, reunidos na Associação Brasileira de Taiko.
. Ler uma reportagem sobre o evento celebrando os 10 anos da Associação
. Ler artigo sobre Taikô do Portal Nippo-Brasil Nippo-Jovem 
. Assistir a Vídeos do grupo brasileiro Wakaba Taikô de Curitiba. Este grupo representou o Brasil no 14º Nippon Taiko Junior Contest, ficando entre os finalistas e recebendo um Prêmio de Menção Honrosa.
. Assistir a Vídeos de Grupos Japoneses de Taikô








Jisui Zendô (Zendô Águas da Compaixão)
Rua Eliziário Goulart da Silva, 93 (antiga Rua Vista Alegre)
bairro Cristo Redentor
(atrás do Hospital Cristo Redentor, bem próximo à Avenida Assis Brasil)
Veja as mãos das ruas para chegar de carro no Google Maps

telefone: (51) 3085-7476


Doações:
Banco Bradesco
Agência 3503-3 – 24 de outubro
Conta Corrente 0011817-6
Associação Comunidade Soto Zen Budista Zendo Sul
CNPJ: 13.490.319/0001-94

Venham Todos!


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Comunidade Soto Zendo Sul - Jisui Zendô - Sanga Águas da Compaixão R. Eliziário Goulart da Silva 93 Porto Alegre, RS 91040-430

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A palavra Taiko (太鼓) significa "tambor" em Japonês. Fora do Japão a palavra é usada frequentemente para referir-se a alguns dos vários tambores japoneses (和太鼓, 'wa-daiko', "Tambor Japonês", em Japonês). No Japão feudal, taikos eram frequentemente usados para motivar as tropas, para ajudar a marcar o passo na marcha e para anunciar comandos e anúncios marciais. Ao se aproximar ou entrar no campo de batalha o taiko yaku (tocados de tambor) era responsável por determinar o passo da marcha, usualmente com seis passos por batida do tambor (batida-2-3-4-5-6, batida-2-3-4-5-6). De acordo com uma das crônicas históricas (o Gunji Yoshu), nove conjuntos de cinco batidas servia para levar um batalhão à batalha, enquanto nove conjuntos de três batidas aceleradas três ou quatro vezes e seguidas pelos gritos "Ei! Ei! O! Ei! Ei! O!" era a chamada para avançar e perseguir o inimigo.

Um Barulho Alegre « Monja Isshin

Um Barulho Alegre

Por Monja Isshin:



toco os instrumentos no templo Ryûzô-ji, do meu Mestre de Transmissão de Darma, Onoda Roshi
Aqui apresentamos a tradução de um texto originalmente publicado em inglês no “The Ino’s Blog”, que é mantido pelo Ino* do San Francisco Zen Center – City Center.


Grande parte da minha primeira semana como Ino foi deliciosamente consumida treinando alunos nos tambores, sinos e vocais que nos “afinam” (literalmente) ao ritmo do nosso zazen e serviço.  Existem religiões de melodia e religiões de harmonia, e do meu ponto de vista, o budismo cai na última categoria.  Realmente, a palavra em sânscrito sama, que é traduzida em inglês como “correto” (como no caminho óctuplo da fala correta, ação correta, etc.) significa “afinado, em sintonia”. 

Harmonizar, alinhar, ressoar.  Estas são as qualidades dos sinos, tambores e vozes que se destacam em nosso serviço.  Mesmo depois de mais de 20 anos nesta prática, eu ainda saio com um sorriso quando o conjunto começa, um pouco timidamente, a recitar numa série de notas frequentemente desafinadas, e, de repente, sem esforço, encontra uma altura do tom em comum e harmonias bem afinadas – mesmo entre pessoas que estão em desarmonia durante o resto do dia. 

Há esperança nesses momentos, uma atração silenciosa em direção a uma ressonância que vence o eu separado.  O interessante é que sentimos um medo tão profundo de perder o nosso eu, mas entramos em harmonia tão rapidamente na recitação, dispostos a abrir mão de nossa própria posição para a recompensa de estar em harmonia.  Não há necessidade de que todos estejam na mesma nota – a harmonia tem uma melhor chance de encontrar mais frequências correspondentes a partir de quando dizemos: “Ah, sim, essa é a minha nota! Posso pertencer.  Eu posso estar em casa com a música no meu coração. “

- Kyosho Valorie Beer, Ino, Sexta-feira, 7 de setembro, 2012
- Tradução e Revisão Final: Monja Isshin

- Revisão do Português: Ananda Feix Ribeiro


*Nota da tradutora: Ino é o “oficial” do mosteiro que é responsável pela supervisão do “samu”, cuida do “zendô” (sala de zazen), entoa as dedicatórias nas cerimônias e supervisiona as pessoas que tocam os vários tipos de sinos e tambores. Na maioria dos mosteiros de treinamento, os oficiais geralmente ocupam os seus cargos durante um “angô” (período de prática intensivo, com duração de aproximadamente 3 meses). O Ino atual do San Francisco Zen Center – City Center , Kyosho Valorie Beer, assumiu o cargo recentemente.


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BANANAS

 27/09/12
por Paulo Coelho 



Um amigo meu conta que, certa vez, resolveu passar algumas semanas num mosteiro do Nepal. Certa tarde entrou num dos muitos templos do mosteiro, e encontrou um monge, sorrindo, sentado no altar. 
“Por que o senhor sorri?”, perguntou ao monge. 
“Porque entendo o significado das bananas”, disse o monge, abrindo a bolsa que carregava, e tirando uma banana podre de dentro. “Esta é a vida que passou e não foi aproveitada no momento certo. Agora é tarde demais”. 
Em seguida, tirou da bolsa uma banana ainda verde, mostrou-a, e tornou a guardá-la. 
“Esta é a vida que ainda não aconteceu, é preciso esperar o momento certo”, disse. 
Finalmente, tirou uma banana madura, descascou-a, e dividiu-a com meu amigo. 
“Esta é a vida no momento certo: o presente. Alimente-se com ele, e viva-o sem medo e sem culpa”.

Objetivo da ciência não é tirar Deus de ninguém


Objetivo da ciência não é tirar Deus de ninguém, afirma Gleiser

Postado por Paulo Lopes no http://www.paulopes.com.br/

por Luiz Antônio Araújo para Zero Hora 
Marcelo GleiserNuma época em que cientistas de renome como Richard Dawkins e Sam Harris se dedicam a ampliar o fosso entre ciência e religião, o brasileiro Marcelo Gleiser (foto) assume a delicada tarefa de estender pontes entre os dois lados. Graduado em física pela PUC do Rio e doutorado em física teórica pelo King’s College, de Londres, esse carioca de 53 anos acredita que o entendimento entre as partes é o caminho natural. "Ciência e fé devem coexistir", resume. 
Radicado nos Estados Unidos – desde 1991 é professor do Dartmouth College, uma das mais renomadas universidades americanas – , onde o fundamentalismo cristão desempenha um papel político de primeira grandeza, Gleiser sabe que nem sempre é possível evitar choques. Ele se opõe com vigor às tentativas de setores religiosos de definir a agenda científica. Discorda, porém, daqueles que, do alto das cátedras e dos fundos públicos e privados de financiamento à pesquisa, pretendem vingar Adão e expulsar o Criador do Paraíso do conhecimento.
Por telefone, de Hanover, New Hampshire, nos Estados Unidos, ele concedeu a seguinte entrevista:

Quando se discute a relação entre ciência e religião no universo acadêmico, o polo religioso é sempre o mais frágil. Nos últimos 50 anos, porém, a posição da ciência tem sido muito questionada. Como o senhor vê hoje a posição da ciência diante da religião? 
Não existe uma posição da ciência em relação à religião. Existem posições de cientistas em relação à religião, e essas posições são muito diferenciadas. Num extremo, você tem os novos ateístas, como Richard Dawkins, Daniel Dennett e outros, que acham que ser religioso é ser louco ou estar completamente iludido em relação ao real. Eles fazem um ataque bastante agressivo em relação à fé. No outro extremo, você tem cientistas que são perfeitamente religiosos e veem em seu esforço científico uma aproximação com Deus, se forem judeus, cristãos ou muçulmanos, ou com uma espiritualidade que pode ser budista, hinduísta etc. Para eles, quanto mais aprendem sobre o universo e a natureza, mais se aproximam de Deus. Entre essas duas posições extremas, você tem uma porção de outras posições. No meu caso, vejo essa cruzada antirreligiosa que certos cientistas estão fazendo como uma completa perda de tempo, que não vai levar a nada e ignora o papel essencial que a religião tem na sociedade e em nossa cultura. As pessoas sabem muito pouco sobre história, filosofia e menos ainda sobre o espírito humano para entender o quanto a fé é importante na vida das pessoas. É muita presunção de certos cientistas achar que a ciência pode, dentro da posição dela, acabar com o papel da religião na vida das pessoas. Isso é um absurdo, por vários motivos. Entre eles, e é algo que vai ser assunto do meu próximo livro e vou abordar na minha conferência, o fato de que a ciência também tem limitações na sua concepção e no seu funcionamento.

Quais seriam essas limitações?
Certos cientistas que escrevem para o público, como Stephen Hawking, Bryan Greene e outros, ficam tão empolgados com certas ideias científicas que esquecem de onde elas vêm e quais são seus limites filosóficos e metafísicos. Existe muita distorção sobre o que a ciência pode fazer e já fez quanto à explicação de questões fundamentais, também tocadas pela religião, como a origem do universo, da vida e da mente. Dizer que a ciência entende a origem do universo é uma grande bobagem. A ciência tem teorias que explicam uma porção de coisas maravilhosas sobre o universo, e todos devemos ter muito orgulho delas. Mas a gente ainda não entende a origem do universo, e eu, particularmente, nem sei se a gente conseguiria, dentro do processo científico, entender.

 
Os EUA, onde o senhor está radicado, assistem à tentativa de interferência de setores religiosos na pesquisa e no ensino de matérias científicas. Como vê esse fenômeno? 
Aqui, essa questão, infelizmente, é muito politizada, e não deveria ser. Principalmente durante o governo George W. Bush, quando a direita religiosa foi ao poder, houve várias medidas que interferiam na liberdade de pesquisa científica. Isso causou indignação na maior parte da comunidade acadêmica, que não aceita interferência religiosa na pesquisa científica. Proibir pesquisa com células-tronco porque estão sendo extraídas de fetos é algo inaceitável. Quando isso acontece, parece que estamos voltando ao início do século XVII, quando a Igreja foi atrás de Galileu. Por outro lado, é óbvio que a pesquisa científica sempre tem um aspecto moral que não podemos deixar de lado. Temos de pensar sobre as implicações sociais, culturais e morais da pesquisa científica, e isso é verdade tanto no mundo da engenharia nuclear quanto no da engenharia genética. A questão da clonagem de humanos, que é extremamente complexa, desperta contrariedade na maioria absoluta da comunidade científica. Não existe nenhum uso médico disso. Se você quer ter filhos, há outros procedimentos e você não vai querer ter um filho que tenha o código genético igual ao seu. Dizer que a pesquisa com células-tronco interfere na vida dos fetos é uma besteira porque muitos dos embriões utilizados em clínicas de fertilização in vitro são descartados depois de algum tempo, e junto com esses embriões vão as células-tronco que poderiam ter sido usadas e não o foram. Ninguém está tirando a vida de ninguém. Além disso, hoje em dia há outros modos de obter células-tronco que não recorrem a embriões. Você tem de acoplar sempre a discussão sobre a implicação moral da pesquisa de ponta dentro do quadro político e social, e também como uma questão de ética científica. O cientista não é imune a essas questões éticas, muito pelo contrário – ele e ela devem refletir sobre a implicação ética do que estão fazendo. Por outro lado, o Estado também tem de tomar muito cuidado se for interferir no processo de descoberta e de pesquisa e científica a partir de uma moral que é calcada em religiões antiquadas.


Muitos religiosos, porém, se dizem portadores de uma espécie de ética suprema. 
Basear qualquer tipo de ética ou de moral na religião é extremamente obscurantista. Uma das críticas ao ateísmo, que considero infeliz, é achar que só quem é religioso é moral. Você pode ser uma pessoa perfeitamente moral, ética, correta, respeitosa da vida e dos que estão a seu lado sem ter que acreditar em Deus. Usar a religião como uma justificação moral superior não faz o menor sentido. Todo ser humano, religioso ou não, deveria aceitar como preceito fundamental o respeito ao próximo e à vida, e isso não depende de acreditar ou não em Deus. Qualquer tipo de argumento calcado no discurso religioso como sendo superior a uma ética perfeitamente humana e social, para mim, não faz o menor sentido.

Como deveria ser fundamentada a convivência entre fé e ciência? 
As fronteiras têm de ser respeitadas. O problema se inicia quando a religião começa a se meter no processo científico. Quando conselhos educacionais resolvem que não se pode mais ensinar a teoria da evolução de Darwin porque não é religiosa ou quando o Estado, controlado por interesses religiosos, decide interferir nos fundos de pesquisa científica básica porque afetam algum princípio religioso. Quando a religião interfere em algum aspecto do conhecimento, ela está andando para trás e não fazendo o papel importante que pode fazer na vida das pessoas. Por outro lado, quando a ciência faz pronunciamentos grandiosos do tipo “Deus não é mais necessário porque já entendemos tudo sobre o universo”, está abusando do que realmente sabe para fazer uma propaganda indevida. Essa coexistência tem de ser de respeito mútuo. Os cientistas têm de entender que existem 4 bilhões de pessoas no mundo que acreditam em alguma forma de Deus. A ciência não tem como papel tirar Deus de ninguém, e sim explicar como o mundo funciona e talvez minorar um pouco o sofrimento humano. Nesse quadro, as coisas poderiam funcionar bem. Isso prescinde uma separação da Igreja e do Estado, obviamente. A minha cruzada é mostrar que é uma perda de tempo os cientistas acharem que vão convencer as pessoas de que elas não precisam de religião. A religião atua em esferas além da ciência. Se morre alguém querido para você, você vai buscar consolo na sua família, no seu padre, no seu rabino ou seja lá em quem for. A religião oferece um sentido de comunidade, de pertencer, que é um grande antídoto contra a solidão humana. Nesse sentido, ela é extremamente importante. O que atrapalha, no discurso religioso, é a fé em entidades sobrenaturais, que eu acho desnecessária. Mas, certamente, a fé religiosa tem um papel importante na história e na cultura humana. Negar isso é não entender a história e a filosofia.

O que são entidades sobrenaturais? 
Qualquer entidade que viole certas leis fundamentais da natureza. Qualquer entidade que esteja além do espaço e do tempo, que seja onipresente e onisciente, eterna, sem extensão física ou temporal, para mim, é uma entidade sobrenatural.

Essa não é uma descrição de Deus? 
Esse é um Deus. Existem, em mitologias espalhadas pelo planeta, outros deuses que também são eternos e existem além do espaço e do tempo. No Brasil e no mundo ocidental, a gente tem um pouco de miopia em relação a isso. Quase metade da população mundial que acredita em alguma coisa crê em deuses completamente diferentes desse Deus judaico-cristão-muçulmano. Mesmo no Brasil, as comunidades nativas não acreditam nesse Deus, a não ser por terem sido forçadas durante anos de evangelismo. Entidades sobrenaturais incluiriam qualquer coisa além de como entendemos que a matéria se relaciona com as leis da natureza. Inclui deuses, fadas, fantasmas, alma e todas as coisas que têm uma existência de como a matéria se autossustenta por meio das interações fundamentais.

Como o senhor vê a situação da pesquisa científica no mundo contemporâneo? 
A pesquisa científica é um dos maiores motivos de orgulho que a humanidade tem. Isso sempre foi verdade, desde que a ciência moderna começou, há 400 anos, e continua sendo. O discurso pós-moderno, da subjetividade, de que não existem verdades, tem de ser tomado com muito cuidado. É claro que a ciência está sempre avançando. Conceitos científicos são renovados e reformados, e é justamente essa a beleza da ciência, de estar sempre se reinventando a partir de uma compreensão cada vez maior do mundo. Por isso, qualquer cientista que se diz dono de uma verdade deve ser olhado com suspeita. O que era verdade há 200 anos certamente não é mais hoje, e o que é verdade hoje não vai ser daqui a 200 anos. Por outro lado, basta olhar em volta para nos vermos falando ao telefone, no computador, tecnologias digitais, sondas em Marte e curas de doenças. Isso mostra que a ciência é um bem profundo. Também tem um lado mau, mas aí é outra conversa. Há várias áreas novas na ciência, como a astrobiologia, que estuda a possibilidade de vida fora da Terra, as ciências neurocognitivas, que estão aprendendo cada vez mais como funciona o cérebro, a engenharia genética, que está redefinindo o que sabemos sobre como a vida funciona e como a gente pode criar outras formas de vida no laboratório, e a própria nanotecnologia, que estuda a física dos objetos muito pequenos. Achar que o discurso científico está falido é fechar os olhos para o mundo em que estamos vivendo.

O que seria o lado mau da ciência e o que seria possível fazer para, se não anulá-lo, pelo menos controlá-lo? 
O lado mau não vem da ciência, mas do caráter humano. Quando se fala do bem ou mal da ciência ou de a ciência ter feito mal à humanidade, é preciso lembrar que a ciência não fez bem nem mal. A ciência é um corpo de conhecimento que descreve como funciona a natureza. A escolha moral de como vamos usar esse conhecimento vem dos homens. São as pessoas que fazem escolhas e podem usar a radiação nuclear tanto para curar um câncer quanto para construir bombas. Esse lado de sombra ou luz da ciência é do ser humano, que também usa a religião para o bem ou para o mal. Essa escolha tem a ver mais com a natureza do ser humano do que com a da ciência. O que a comunidade científica pode fazer é tentar trazer esse discurso das implicações éticas e morais da ciência para a sociedade. E acho que isso acontece. Existe uma mobilização das comunidades científicas no Brasil e no mundo para que sejam debatidos os usos e abusos da ciência. E, de uma certa forma, isso está acontecendo. As guerras químicas e biológicas estão proibidas. O controle do armamento nuclear envolve uma porção de cientistas e tem algum sucesso. Pelo menos não temos nenhuma guerra nuclear desde 1945.


Leia mais em http://www.paulopes.com.br/2012/09/cientista-diz-que-objetivo-da-ciencia-nao-e-tirar-deus-de-ninguem.html#ixzz27uk6b2fc



Paulopes informa que reprodução deste texto só poderá ser feita com o CRÉDITO e LINK da origem.

Abrindo meu voto



Como eu sou um apaixonado por Porto Alegre sou obrigado a ser bastante reponsavel por tudo que falo sobre minha cidade e também sou muito dedicado a tudo que se possa fazer para melhora-la.

Uma coisa que não posso fazer é deixar que as pessoas que prejudicam a cidade e meus conterrâneos mantenham suas condutas sem ao menos protestar.

Abro meu voto pois acredito que hoje a maioria dos Porto Alegrenses estão sendo LUDIBRIADOS. Ludibriados por uma campanha elaborada na falsa verdade.

O candidato e atual Prefeito na pesquisa divulgada neste sábado aparece na liderança. E com segurança.

Mas o senhor
José Fortunati
usa meias verdades para se posicionar como um grande empreendedor que não é. Fala de obras que são federais como se fossem idéias suas, fala de obras inacabadas como prontas, fala de ações que ele mesmo era contra como se fossem fruto de seu trabalho.


Reprimiu os trabalhadores da prefeitura e torceu o que pode as leis para punir todos que se punham atrás do que é direito... e se diz democrata.
Na contra-proposta deste comportamento temos diversas opções.


Adão Villaverde (PT), Jocelin Azambuja (PSL), Roberto Robaina (PSOL), Wambert di Lorenzo (PSDB) e minha atual opção: Manuela D'Ávila (PCdoB).

Por perceber que o atual prefeito é um engodo. Observando de dentro da máquina da prefeitura sua atuação e sua conduta para com os trabalhadores e para com o povo. Como usou os truques e maquiagens  da publicidade para convencer que os problemas que se perpetuam em Porto Alegre não existissem.

Na publicidade e no imaginário dos apoiadores do prefeito o Guaíba esta limpo e as ruas não alagam nem congestionam, a cidade é a mais limpa das capitais e recicla 90% do lixo que produz, a saúde esta em dia e não temos nem filas por atendimento, nem falta de leitos, nem de vacinas, nem falta de funcionários... são MITOMANÍACOS ou apenas ludibriadores profissionais??? O fato é que é MENTIRA.

PORTO ALEGRE ESTA SUJA DESPROTEGIDA, CONGESTIONADA, DESPROVIDA DE SAÚDE DIGNA E ENTREGUE AOS CCs.



Porquê eu escolhi a Manuela? ? ?

Uma pessoa iluminada não é uma "bolha"

Tenzin Palmo postado no "Darma.info trechos"

As pessoas têm essa ideia de que ao se tornar alguém espiritual você precisa se transformar nessa bolha cósmica, que é o que nos assusta. Mas não é nem um pouco assim. Não significa que você deixa de sentir, que você é emocionalmente neutro. A pessoa ainda tem sua identidade, sua personalidade — só que ela não mais acredita nisso.
Quando encontramos lamas elevados, eles são as pessoas mais vívidas possíveis. Isso porque tantos dos nós que temos em nossas mentes, e que nos mantém tão inibidos, se desfizeram e a natureza espontânea, de fato, da mente pode espalhar seu brilho.
A mente de Buda não é um nada vazio — é recheada de compaixão, alegria e humor. É maravilhosamente leve. Também é extremamente sensitiva e profundamente inteligente. [...]
Todos os grandes santos eram pessoas muito passionais. Só que eles não dissipavam suas paixões em canais negativos. Eles a usavam como combustível para enviá-los à iluminação.

Tenzin Palmo publicado no “Cave in the Snow”, loc. 3150

http://tenzinpalmo.com/tenzin_palmo/biography.htm

Ven. Tenzin Palmo: Biography

Porque a meditação nos ajuda a focar

Postado no Folhas do caminho: 

Porque a meditação nos ajuda a focar




Porque a meditação nos ajuda a focar:
A observação vigilante melhora o circuito cerebral em apenas um mês
Cientistas percebem melhoria das conexões cerebrais após os participantes passarem por apenas 11 horas de treinamento.


por Claire Bates



A pesquisa mostra que apenas um mês de treinamento em meditação altera as conexões cerebrais de maneiras a poder abrir a porta para novos tratamentos para desordens mentais. Os cientistas observaram os efeitos do treinamento integrado de mente e corpo (IBMT) em dois grupos de estudantes universitários. Depois de apenas 4 semanas, ou 11 horas, as sondagens mostraram mudanças físicas nos cérebros dos voluntários.

Tornando-se vigilante:
O estudo provê um quadro mais detalhado de quais mudanças acontecem no cérebro.


Fibras nervosas, conhecidas como ‘matéria branca’, tornam-se mais densas, provendo números maiores de conexões sinalizadoras no cérebro. Ao mesmo tempo, há uma expansão da mielina, o isolamento gorduroso protetor que envolve as fibras nervosas. Os efeitos foram vistos na região anterior cingulata do córtex cerebral, que ajuda na regulação do comportamento. Uma atividade pobre dos nervos nesta parte do cérebro está associada a uma gama de problemas mentais, incluindo desordem de déficit de atenção, demência, depressão e esquizofrenia.

O estudo avança sobre a pesquisa anterior baseada em sondagem por meio de ressonância magnética (MRI) que primeiramente revelou as mudanças cerebrais induzidas por IBMT. Os cientistas revisaram resultados de dois estudos de 2010, olhando detalhadamente para aquilo revelado pelas sondagens. Um deles envolveu 40 estudantes norte-americanos da Universidade de Oregon; o outro 68 estudantes da Universidade de Tecnologia de Dalian na China.

Os pesquisadores descobriram uma maior densidade de axons ou fibras nervosas, após duas semanas de treinamento IBMT, mas nenhuma mudança na formação de mielina. Após um mês, foi notado um aumento tanto na densidade de axons quanto na mielina. Estudantes que passaram pelo IBMT também relataram uma melhoria no humor, experimentando reduzidos níveis de raiva, depressão, ansiedade e fadiga. Mostratam também níveis mais baixos do hormônio do estresse cortisol.

O líder do estudo, professor Michael Posner, da Universidade do Oregon, que conduziu a pesquisa original norte-americana, disse: ‘Este estudo nos dá um quadro mais detalhado do que de fato se modifica. Confirmamos as mesmas localizações das mudanças na matéria branca que encontramos anteriormente. E agora mostramos que tanto a mielinização quanto a densidade dos axons melhoraram. A ordem das modificações que encontramos pode ser similar às mudanças encontradas durante o desenvolvimento cerebral no começo da infância, permitindo um novo modo de revelar como tais mudanças poderiam influenciar o desenvolvimento emocional e cognitivo’.

As descobertas estão relatadas no Journal Proceedings of the National Academy of Sciences. Em suas conclusões, os cientistas escreveram: ‘Este padrão dinâmico da modificação da matéria branca que envolve a região anterior cingulata do córtex cerebral, uma parte da rede cerebral relacionado à autorregulação, pode prover um meio para a intervenção a fim de melhorar ou prevenir desordens mentais’.

A neurocientista Dr. Elena Antonova, do Institute of Psychiatry, do King's College de Londres, disse: ‘As descobertas desse estudo são potenciais boas notícias para todos nós. Se tão somente 11 horas de treinamento em observação vigilante torna a rede neural do cérebro mais prolífica e melhor insulada, então simplesmente sendo vigilantes, o que é acessível a qualquer um a qualquer momento, conseguiremos desfrutar de uma vida de clareza mental e estabilidade emocional’.

Dr. Eva Cyhlarova, chefe de pesquisa da Mental Health Foundation, disse: ‘Este estudo é outro exemplo da neuroplasticidade do cérebro nos adultos e como algumas técnicas simples podem afetar sua estrutura bem como sua função. Além disso, tais mudanças parecem levar a melhorias no humor, que são consistentes com a autorregulação ser uma característica central de muitos problemas de saúde mental. Se um método simples e barato de treinamento mostra resultados positivos, há esperança para mais pessoas com problemas de saúde mental serem capazes de acessar apoio por meio de intervenções acessíveis’.

Publicado no Daily Mail
Nota: Leitores mais a par dos termos técnicos médicos, são bem-vindos para contribuir com correções de tais termos no texto.

Economia Sagrada

Economia Sagrada: 12min para compreender o milagre de uma nova economia, por Charles Eisenstein 

Publicado no " _ dharmalog"

Veja mais no link do título

Economia Sagrada” (Sacred Economy) é um curta-metragem de 12min baseado no livro homônimo do filósofo e escritor americano Charles Eisenstein e protagonizado com ele, que mostra um panorama visionário da situação da economia atual e da humanidade no planeta, onde a acentuação das crises seria a demonstração da falência inevitáel de um sistema insustentável até mesmo para quem vinha se beneficiando dele até agora. Com vários insights e raciocínios ricos sobre como produzimos o momento atual, com acelerada exploração baseada numa simples economia do dinheiro, Eisenstein defende uma economia baseada nos propósitos verdadeiros de cada pessoa, numa “economia do dom“, que exigiria uma reversão de vários mecanismos da economia atual. “Temos que criar um milagre na Terra, algo que é impossível fazer com a velha compreensão de mundo, mas possível a partir de uma nova”, diz ele.
Charles Eisenstein e Ian Mackenzie, diretor deste vídeo, já foram assunto de posts aqui Dharmalog. O diretor Ian Mackenzie é o autor do belíssimo vídeo “Occupy Movement: Show Me Your Face“, um manifesto emocionante vindo do movimento Occupy que pode ser visto no post “OccupyLove em 3min, para os 100%: “Amor é o que aparece quando oferecemos nosso rosto ao outro“, e o filósofo Charles Eisenstein é o protagonista do vídeo “The Revolution is Love“, que pode ser visto no post “A ascensão da humanidade, por Charles Eisenstein: a crise sistemática é o fim da infância humana na Terra“.
O video está em inglês mas possui legendas em português, que precisam ser ativadas e selecionadas clicando no ícone junto aos controles do vídeo, “Turn on captions“.


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O "não" do Samu que quase matou um médico em Porto Alegre - Geral - Zero Hora

O "não" do Samu que quase matou um médico em Porto Alegre - Geral - Zero Hora:


Confusão no socorro26/09/2012 | 05h06

O "não" do Samu que quase matou um médico em Porto Alegre

Ao chamar ambulância para acudir o pai, com grave hemorragia, adolescente não foi atendida por desconhecer endereço completo

O "não" do Samu que quase matou um médico em Porto Alegre Ronaldo Bernardi/Agencia RBS
Médico ginecologista, Link acha que o atendente do Samu errouFoto: Ronaldo Bernardi / Agencia RBS
A quase morte do médico porto-alegrense Carlos Alberto Link ocorreu, dias atrás, em decorrência de uma confusão no socorro que deveria ter sido prestado pelo Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu). Com intensa hemorragia, à beira do desmaio, o médico não conseguia se expressar e pediu à filha que pedisse ajuda via telefone. 

Mas o atendente do Samu não entendeu onde ficava o local e a ambulância acabou não sendo enviada. Link só sobreviveu porque conseguiu dirigir até o Hospital Moinhos de Vento, onde o sangramento foi estancado, após perda de mais de dois litros de sangue.


O incidente aconteceu em 6 de setembro. Link, 49 anos, buscava de carro a filha Rafaela, 14 anos, no Colégio Rosário, situado na área central de Porto Alegre. Na fila de automóveis que se formava próximo à escola, ele começou a se sentir mal e a vomitar sangue. Pediu à filha que ligasse para o Samu. Desesperada, a garota discou 192 e informou da urgência:

— Me ajuda, meu pai tá sangrando, acho que vai morrer.

O atendente perguntou onde ela estava e ela disse: em frente ao Colégio Rosário. O telefonista do Samu perguntou qual o endereço. Atrapalhada, a garota não sabia dizer o nome da rua (era a Praça Dom Sebastião). O atendente disse que não sabia onde era. Aí caiu a ligação. A ambulância nunca chegou.

Rafaela então orientou o pai a ir pela contramão, Avenida Independência acima, desviando de ônibus até chegarem ao Hospital Moinhos de Vento. Link vomitava sangue e estava quase desfalecendo quando foi retirado do carro por atendentes. Exames constataram rompimento de uma artéria intestinal. A pressão estava em 6/4, os batimentos cardíacos em 40 por minuto.

— Mais um pouco e eu não estaria aqui agora para contar a história — relatou ele, quarta-feira passada.

Médico ginecologista, Link acha que o atendente do Samu errou. Deveria ter tentado identificar o local da chamada, perguntando para algum colega, se fosse o caso. Falhas no Samu, aliás, foram confirmadas por uma auditoria três anos atrás. Queixas de atraso são frequentes.

A atual coordenadora-geral do Samu, Rosane Ciconet, concorda que o atendente deveria ter tentado identificar o Colégio Rosário, local que o telefonista realmente desconhecia. 

Ela explica que pedir o endereço é regra, nos atendimentos, e não sinal de má vontade:

— É que, muitas vezes, mencionar apenas um ponto de referência, como um colégio, não é suficiente. Atuamos com uma Central Metropolitana e existem locais homônimos.

Trotes somam quase 30% das ligações ao serviço
Outro problema é o excesso de trotes. Quase 30% das ligações são informações falsas. Rosane assegura, porém, que não foi por temor de trote que Link não foi atendido. A coordenadora do Samu ressalta que todos os casos de demora ou atendimento questionado são estudados, para aprimorar o serviço. É o que ocorreu após a morte de uma estudante de Enfermagem, em 2011.

— Temos treinado os atendentes a identificar, além dos locais, sinais de que a pessoa está mesmo falando a verdade e sendo precisa na sua descrição. É importante, para não deslocar a ambulância em vão — observa Rosane.

Família de estudante morta em 2011 cogita processar município
Os tribunais podem ser o caminho escolhido pela família da jovem Gabriela Franciscatto para exigir justiça no caso da morte dela, ocorrida em 12 de outubro de 2011. Os familiares dizem que a prefeitura de Porto Alegre foi omissa no atendimento prestado pelo Samu à garota.

Bonita, estudiosa, inteligente. Atributos que faziam de Gabriela, 22 anos, uma das mais prestigiadas alunas do curso de Enfermagem do Centro Universitário Metodista (IPA), em Porto Alegre. E que deixam até hoje a família inconsolável com sua morte precoce. 

Gabriela morava sozinha num apartamento da Cidade Baixa e sentiu-se mal. Por volta das 11h do dia 10 de outubro, ligou quatro vezes em sequência para a colega Lorena da Silva, pedindo ajuda. Estava com dor de cabeça e não sentia um lado do corpo. Apavorada, Lorena ligou para o Samu, relatando o mal-estar da amiga. O atendente disse que nada poderia ser feito, porque o chamado deveria partir da própria vítima ou de alguém que estivesse ao lado dela – e Lorena não estava na Capital.

Nervosa, Lorena ligou para Gabriela e pediu à garota que arranjasse ajuda de um vizinho. Gabriela acabou levada por amigos ao Hospital de Pronto Socorro, por volta das 15h. Tarde demais. Ela tinha sofrido um Acidente Vascular Cerebral, que provocou sua morte. Como era do seu desejo, os pais da jovem autorizaram a doação de seus órgãos. Gabriela foi sepultada na sua cidade natal, Frederico Westphalen. Após a morte, colegas de curso realizaram um protesto em frente ao HPS, denunciando a deficiência do serviço.

Marcos, tio de Gabriela e o homem que criou a garota, diz que a mãe da jovem, Maricéria, está deprimida, assim como o irmão mais novo, Bernardo Henrique. Por tudo isso, Marcos acredita que a família vai processar a prefeitura da Capital:

— O Samu usa dinheiro público e deve ser eficiente. Que identifiquem os trotes, mas que jamais deixem, por burocracia, de atender alguém.

Rosane Ciconet, coordenadora do Samu, diz que a morte de Gabriela levou a uma mudança: em caso de dúvida ou se a ligação demonstra urgência, mesmo que não haja alguém ao lado do paciente, a orientação é ligar de volta e conferir.

O Samu em números
A cada dia o serviço da Capital recebe cerca de 1,5 mil ligações.

Dessas, cerca de 200 se configuram pedidos de socorro. As demais se dividem em pedidos de informação, enganos ou trotes.

Dos 200 pedidos diários de urgência, cerca de 60% resultam em encaminhamento de ambulância. Os demais são atendidos por telefone, com orientação de médicos ou enfermeiros.

Com exceção dos telefonistas, todos os funcionários do Samu são do quadro de carreira da prefeitura.

O Samu tem 15 ambulâncias, três delas UTIs móveis. O número respeita proporção recomendada pelo Ministério da Saúde, em relação ao número de habitantes de Porto Alegre.

O Samu é prejudicado por mais de 30% de trotes nas chamadas. Isso leva os operadores de telefonia a desconfiarem dos chamados e a solicitarem vários dados para confirmação.
ZERO HORA ~ Humberto Trezzi e Ronaldo Bernardi

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