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Mostrando postagens de novembro, 2022
 

"Dez práticas questionáveis" utilizadas com frequência muito acima do desejável por pesquisadores em psicologia.

O texto a seguir foi retirado do capítulo: Nada é perfeito: o lado obscuro da ciência , do livro Ciência e pseudociência – escrito pelo Doutor em Psicologia e professor de Psicologia Social na Universidade de Brasília, Ronaldo Pilati . Sua área de interesse é a Cognição Social, com foco em racionalidade e irracionalidade humana. Realiza pesquisas científicas sobre diversos temas, como moralidade, comportamento pró-social, desonestidade e influência da cultura no comportamento. Possui interesse especial em como as pessoas compreendem e acreditam em explicações sobre o mundo que as rodeia. Leslie John, George Loewenstein e Drazen Prelec (2012) descreveram em um artigo " Dez práticas questionáveis " utilizadas com frequência muito acima do desejável por pesquisadores em psicologia. São elas:  Não relatar todas as formas de medir as variáveis da pesquisa;  Aumentar a coleta de dados a partir de análises intermediárias, sem alcançar o número inicialmente planejado; Deixar de

Zygmunt Bauman: Retrotopia ou os retrocessos do nosso tempo

Zygmunt Bauman: Retrotopia ou os retrocessos do nosso tempo Enquanto o mundo lamenta um ano sem Zygmunt Bauman, conhecemos as ideias de sua última obra, "Retrotopia", em que a nostalgia é mostrada como um mecanismo de defesa contemporâneo. Há 20 ou 30 anos, não faltava quem assumisse que, em 2017, nos alimentaríamos de pílulas coloridas, que iríamos de férias de Verão até a Lua, que o crescimento econômico seria ilimitado, os recursos infinitos e que as desigualdades sociais se atenuariam. Existia crença no futuro. Os traumas do fascismo e o desacreditar do comunismo, depois da queda do muro de Berlim, faziam acreditar que os modelos políticos e socioeconômicos vigentes poderiam ser melhorados e que a tecnologia nos salvaguardaria. A partir da década de 1990, no campo cultural, que tantas vezes é reflexo e profecia do mundo, começou a perceber-se que entráramos em plena era dos “re” (reformulações, remisturas, reciclagens, revivalismos, regressos, recuperações, remakes, reedi

A MENTE do endividado!

Estar endividado te deixa doente. O que fazer sobre isso? O endividamento pode fazer com que o seu cérebro te sabote na hora de lidar com a situação. Descubra por que isso acontece e veja dicas práticas para começar a sair do vermelho.Criado em 06 nov 22 Atualizado em 07 nov 22 Sair das Dívidas por Erika Paixão - Content Writer no Nubank Imagine a seguinte situação: você acabou de acordar e todo o dinheiro que tinha na conta sumiu. Não sobrou nada, nem para pagar os boletos. Só que ainda está no meio do mês e você precisa do dinheiro para continuar vivendo. O que você faz? Pede socorro para algum parente? Apela pro cheque especial? Usa o cartão de crédito? Faz um empréstimo? Essa situação hipotética na verdade tem um belo pé na realidade. É que hoje, um em cada quatro brasileiros realmente não consegue pagar todas as contas do mês, segundo uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria. É como se o dinheiro tivesse, de fato, desaparecido. O levantamento também mostra que 34% dos en

TRANSTORNO DE ESTRESSE ELEITORAL! Como se proteger de tristeza, raiva e medo após eleição?

Escrito por André Biernath Pel a BBC News Brasil direto de Londres, em  3 outubro 2022 e  Atualizado 31 outubro 2022 Debates acalorados, ânimos acirrados, opiniões opostas… A eleição presidencial foi para muita gente fonte importante de estresse — que, por sua vez, é um dos fatores de risco por trás de transtornos mais sérios, como ansiedade e depressão. De acordo com psiquiatras, a probabilidade de desenvolver um quadro desses é ainda maior quando a disputa fica polarizada demais e pessoas do outro lado do espectro político passam a ser vistas como inimigas , que precisam ser derrotadas a qualquer custo. Além de fazer mal à democracia, esse tipo de pensamento representa uma ameaça à própria saúde mental das pessoas que nutrem sentimentos tão intensos, explicam os médicos. A boa notícia é que existem estratégias que ajudam a evitar uma piora da situação e a prevenir danos ao bem-estar, como fazer autoavaliação do comportamento, desligar das redes sociais e buscar uma avaliação com

O que é a "LEITURA PROFUNDA" e por que ela faz bem para o cérebro

https://www.bbc.co.uk/ideas/videos/what-does-reading-on-screens-do-to-our-brains/p09xx6qw Redação da BBC News Mundo lá, em novembro 2021. A pesquisa da neurocientista Maryanne Wolf aponta que "não há nada menos natural do que ler" para os seres humanos — mas isso não é de forma alguma ruim. "A alfabetização é uma das maiores invenções da espécie humana", diz a especialista americana. Além de útil, é tão poderosa que transforma nossas mentes: "Ler literalmente muda o cérebro", diz ela. O avanço da tecnologia e a proliferação das mídias digitais, contudo, têm modificado profundamente a forma como lemos. Apesar de estarmos lendo mais palavras do que nunca — uma média estimada de cerca de 100 mil por dia —, a maioria vem em pequenas pílulas nas telas de celulares e computadores, e muita coisa é lida "por alto". Essas mudanças de hábito têm preocupado cientistas, entre outros motivos, porque a transformação de novas informações em conhecimento consol

Qual o impacto do celular no nosso corpo e no nosso cérebro? Podemos ficar viciados em celular? E oque é NOMOFOBIA e HIKIKOMORI? Estão ligados?

Escrito por  Claudia Feitosa-Santana * Qual o impacto do celular no nosso corpo e no nosso cérebro? Os supostos malefícios tem evidencia cientifica? A Internet fez 50 anos, mas faz menos de 25 anos que começou a entrar nas nossas casas e pouco mais de 10 anos que a carregamos para todos os lugares dentro de nosso celular. Uma das perguntas mais prevalentes: podemos ficar viciados em celular? Para responder essa pergunta devemos olhar para o comportamento e o cérebro e verificar se encontramos um padrão de comportamento e atividade cerebral que se assemelhe a outros vícios como, por exemplo, álcool, cigarro, compras, sexo etc. E a resposta é Sim. No comportamento, essas pessoas apresentam - por exemplo - buscar recompensa imediata, tal e qual em outros vícios. No cérebro, esse processamento também se mostra alterado. Estudo muito recente publicado em uma revista da Nature analisou 60 jovens de 18 a 30 anos saudáveis, mas se autodeclarando viciados em Internet. Foram analisadas duas rede