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Mostrando postagens de setembro, 2010

Pasmem: religião não inventou a “culpa”, nem o sobrenatural.

Nietzsche apresenta em “Genealogia da moral”, uma encantadora polêmica, que a “consciência de culpa” ou “má consciência” se originou do “conceito muito material de dívida” . Ou seja, sugeriu que a idéia que serviu de gene para a “culpa”, inclusive a religiosa (e a conduta de culpa cristã, e por tabela as demais religiões salvacionistas ocidentais estão em pauta) é inconsistente e fundamentado no conceito pré-histórico de dívida material (escambo?). Que o castigo, sendo reparação, desenvolveu-se completamente à margem de qualquer suposição acerca da liberdade ou não-liberdade da vontade. O próprio sentimento de justiça (tanto o ordinário quanto o divino), segundo o qual ‘o criminoso merece castigo porque podia ter agido de outro modo’, é na verdade uma forma bastante tardia e mesmo refinada do julgamento e do raciocínio humanos; quem a desloca para o início, engana-se grosseiramente quanto à psicologia da humanidade antiga. Isto a ponto de se requerer primeiramente um alto grau

Newton, Einstein e Deus

Texto de Marcelo Gleiser no Caderno Mais! da Folha de São Paulo. Baseado em uma versão mais completa, publicada em inglês no blog 13.7: Cosmos and Culture. Retirado do blog de Alam Kenjiminowa. As notas ao final são de Rafael Arrais ( http://textosparareflexao.blogspot.com /). Newton, Einstein e Deus Talvez isso surpreenda muita gente, mas tanto Newton quanto Einstein, sem dúvida dois dos grandes gigantes da física, tinham uma relação bastante íntima com Deus. É bem verdade que o que ambos chamavam de "Deus" não era compatível com a versão mais popular do Deus judaico-cristão [1]. Numa época em que existe tanta disputa sobre a compatibilidade da ciência com a religião, talvez seja uma boa ideia revisitar o pensamento desses dois grandes sábios. No epílogo da edição de 1713 de sua obra prima "Princípios Matemáticos da Filosofia Natural" (1686), Newton escreve que o seu Deus (cristão, claro) era o senhor do Cosmo e que deveria ser adorado por esta

Sem esperança

Texto de Charlotte Joko Beck, extraído do livro "Sempre Zen" Há poucos dias fui informada que um amigo se suicidara, alguém que eu não via há muitos anos. Já naquela ocasião o suicídio era tudo que ele conseguia mencionar e, por isso, não me espantei com a notícia. Não que para mim a morte seja uma tragédia. Todos morremos; essa não é a tragédia. Talvez nada seja uma tragédia, mas penso que podemos afirmar que viver sem apreciar a vida é, pelo menos, uma pena. É uma oportunidade preciosa a que temos, estarmos vivos como seres humanos. Tem sido dito que a chance de ter um vida humana é algo como ser escolhido como um grão de areia dentre todos os grãos de uma praia. É uma rara oportunidade e, no entanto, de algum modo, como no caso do meu amigo, acontece algum erro. Parte desse erro está presente em todos nós, na medida em que não damos o justo valor ao mero fato de estarmos vivos. Hoje, portanto, quero falar a respeito de não ter esperança. Parece terrível, não é?

Arca do Gosto - Ou como salvar os sabores da extinção!

Mais uma da campanha Slow Food : A Arca do Gosto é um catálogo mundial que identifica, localiza, descreve e divulga sabores quase esquecidos de produtos ameaçados de extinção, mas ainda vivos, com potenciais produtivos e comerciais reais. O objetivo é documentar produtos gastronômicos especiais, que estão em risco de desaparecer. Desde o início da iniciativa em 1996, mais de 750 produtos de dezenas de países foram integrados à Arca. Este catálogo constitui um recurso para todos os interessados em recuperar raças autóctones e aprender a verdadeira riqueza de alimentos que a terra oferece. » Critérios da Arca do Gosto Resumidamente, os critérios são: qualidades gastronômicas especiais, ligação com a área geográfica local, produção artesanal e com ênfase na sustentabilidade, e o risco de extinção. Breve história A idéia de adotar esta metáfora bíblica para o alimento veio em 1996 e a primeira lista de produtos foi levantada espontaneamente. Subsequentemente a Comis

Nomes bonitos aos nossos fracassos

Publicou a minha querida professora Monja Isshin : Em conversa com uma aluna, mês passado, falando da dificuldade que temos em assumir os nossos problemas e dificuldades, comentei que “sempre damos nomes bonitos aos nossos fracassos”. Na ocasião, eu não poderia imaginar que o meu comentário resultaria neste bonito poema, depois que a minha aluna repetiu a frase para o poeta Mário Feijó. Mário, obrigada por valorizar as minhas despretenciosas palavras de uma forma tão linda! Venha participar de nossa prática! Seja bem-vindo! SEMPRE DAMOS NOMES BONITOS AOS NOSSOS FRACASSOS Cada um pensa que sabe Escolher o seu caminho Muitos até insistem nos erros E não os admitindo dizem que é por amor Outros dizem que têm pena No entanto muitos não vêem Que não souberam fazer escolhas E dizem que foram ingênuos Que se deixaram levar pelo “clima” O melhor é enfrentar tudo Sempre de frente sem artifícios Só assim percebemos que em muitas situações Somos idiotas, teimosos, imbecis

Ciência do Bem estar e Espiritualidade

Convite de divulgação enviado por: Alexander Moreira-Almeida* O NUPES (Núcleo de Pesquisas em Espiritualidade e Saúde da UFJF) tem a satisfação de convidá-los para a conferência internacional Ciencia do Bem estar e Espiritualidade ministrada pelo psiquiatra e pesquisador, referência mundial em sua área de atuação: Claude Robert Cloninger, doutor em Medicina, psiquiatra e geneticista, conhecido por sua pesquisa pioneira sobre as bases biológicas, psicológicas, sociais e espirituais da saúde e da doença mental. Professor de Psiquiatria e Genética e diretor do centro do Bem-estar da Universidade Washington em Saint Louis. Membro dos programas de genética estatística e de neurociência da Divisão de Biologia e Ciências Biomédicas da Universidade Washington. Autor de Feeling Good: The Science of Well-Being (Sentido-se bem, a ciência do bem-estar) (Oxford University Press). Diretor da Fundação Anthropedia. Autor de mais de 250 artigos indexados no PUBMED (www.pubmed.com). Data: