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Mostrando postagens de fevereiro, 2018

Martin Heidegger sob o Olhar Budista

Martin Heidegger foi um filósofo alemão habitualmente estudado no existencialismo. Sua obra tem sido considerada uma das mais importantes do século XX, e na sua maior parte é dedicada à questão do Ser, como é evidente no seu trabalho mais conhecido, Ser e Tempo, embora tenha abordado também questões relativas à critica do significado (hermenêutica), à política, aos mitos gregos e à poesia.   Sua influência chegou inclusive à Tailândia, onde o monge budista e professor universitário Bhikku Maha Mani chegou a entrevista-lo em 1963 para o canal SWR.   Entre várias questões pertinentes Heidegger nos adverte para o perigo de convertermo-nos em “máquinas” obedientes. Postado originalmente aqui:  Olhar Budista Wordpress Bhikku Maha Mani: Ao longo de décadas você tem reflectido sobre a essência do ser humano, que compreensão você obteve? Martin Heidegger: A experiência decisiva do meu pensamento, e o que significa ao mesmo tempo para a Filosofia Ocidental,

A NOÇÃO DE “MATERIALISMO ESPIRITUAL” COMO DESCULPA Padma Dorje

por  Padma Dorje.  Praticante budista e autor de " Filosofia: forma de vida & passarela de egos" . O ego pode se apropriar até mesmo das ferramentas que mais diretamente surgiram para enfrentá-lo. Quando cursei filosofia, reli Walden, de Thoureau, após muitos anos. Não me entendam mal na avaliação que segue no segundo parágrafo: a prosa de Thoureau é extraordinária, e o experimento todo, no seu contexto espaço-temporal, é também algo digno de respeito. Os transcendentalistas, como já escrevi em outros textos, são a mais requintada mistura do espírito maverick estadunidense com o iluminismo e o começo daquele cosmopolitanismo que viria a desembocar no multiculturalismo – que evidentemente é uma boa coisa, que permite, por exemplo, que ocidentais como nós admiremos e pratiquemos uma tradição asiática como o budismo. E, claro, o experimento de Thoureau também era uma reação dramática contra o status quo, que em alguns sentidos vale até hoje: um sujeito qu

Generosidade: como o ato de doar nos deixa melhor

Dana paramita, ou generosidade: como o ato de doar nos deixa melhor A fala importantíssima da professora Jetsunma Tenzin Palmo em seu livro "No coração da vida: Sabedoria e compaixão para o cotidiano" O Buda colocou dana, que significa “doar” ou “generosidade” em sânscrito, bem no início do caminho do bodisatva porque é algo que todos podemos fazer. Por mais deludidos que possamos estar, por mais raiva que tenhamos, por mais ciumentos ou gananciosos que possamos ser, ainda assim podemos doar. É uma qualidade muito básica. Não precisamos atingir nenhuma elevação espiritual para aprender a doar. Doar significa abrir as mãos e o coração. É uma maneira muito bonita de responder aos outros. Na Ásia, as pessoas entendem com clareza toda esta qualidade de praticar a doação e a generosidade de forma sincera. Baseia-se no entendimento de que, se quisermos prosperar e ser bem-sucedidos, não só agora, mas em nossas vidas futuras, temos que plantar as sementes. Não pode

“Não há mais contra quem direcionar a revolução, a repressão não vem mais dos outros”. É “a alienação de si mesmo”

BYUNG-CHUL HAN https://brasil.elpais.com/brasil/2018/02/07/cultura/1517989873_086219.html “Hoje o indivíduo se explora e acredita que isso é realização” O filósofo sul-coreano Byung-Chul Han, um destacado dissecador da sociedade do hiperconsumismo, fala sobre suas críticas ao “inferno do igual” Otros Conéctate Conéctate Imprimir O filósofo Byung-Chul Han em Barcelona   MASSIMILIANO MINOCRI   EL PAÍS CARLES GELI “No  1984  orwelliano  a sociedade era consciente de que estava sendo dominada; hoje não temos nem essa consciência de dominação”, alertou em sua palestra no Centro de Cultura Contemporânea de Barcelona (CCCB), na Espanha, onde o professor formado e radicado na Alemanha falou sobre a expulsão da diferença. E expôs sua particular visão de mundo, construída a partir da tese de que os indivíduos hoje se autoexploram e têm pavor do outro, do diferente. Vivendo, assim, “no deserto, ou no inferno, do igual”. Autenticid