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Mostrando postagens de junho, 2022

Da negação ao despertar: Ensinamentos Budistas da Monja Coen

Não, não podemos mudar uma realidade que se coloca contra a nossa vontade.. .   Quando algo causa medo, tristeza ou deixa à mostra o nosso desconhecimento, muitas vezes nosso primeiro impulso é negar aquilo que nos traz esse desconforto. Mas, ao fazer isso, a realidade deixa de ser diferente? Não, não podemos mudar uma realidade que se coloca contra a nossa vontade, mas podemos mudar o modo como pensamos e agimos diante dela. A consciência dos fatos é fundamental para que possamos despertar. Somente assim, poderemos rever nossos comportamentos e transformar o mundo em que vivemos. "Podemos criar causas e condições", ensina a Monja Coen, que escreveu esse livro durante a pandemia de Covid-19. À luz do zen-budismo, ela reflete sobre os efeitos do negacionismo, de qualquer ordem, na vida de todos nós e destaca: devemos negar, sim, o erro, o falso e, desse modo, estaremos afirmando a verdade e o bem.

Deus

Um inverno sem mim: pequena digressão sobre a densidade do adoecimento (Coluna da APPOA)

Escrito por Volnei Antonio Dassoler (*)  A confirmação de uma doença grave costuma ser o estopim de uma experiência intensa com o corpo com ressonâncias psicológicas e sociais A confirmação de uma doença grave como câncer, por exemplo, costuma ser o estopim de uma experiência intensa com o corpo com ressonâncias psicológicas e sociais. Após um período de incertezas e expectativas, normalmente acompanhado de exames, consultas e informações, a realidade do diagnóstico se impõe à suspeita da enfermidade, abalando a unidade imaginária mas não menos essencial do Eu. Sob a mira da morte, vive-se um estado de desamparo que institui uma temporalidade de urgência à função do pensamento. Com a vida em risco, a existência é revisitada em seus momentos épicos e mesmo nos detalhes banais. Cada vez menos rara, a surpresa de uma doença grave tem-se tornado um acontecimento regular, não menos impactante por conta disso. Acontece com amigos, vizinhos, familiares e desconhecidos. Aconteceu comigo. Na l

"‘O problema central do Brasil é a mediocridade’" ~ Mangabeira Unger

Leia o original aqui:  ‘O problema central do Brasil é a mediocridade’   Mangabeira Unger   por Alisson Matos e Thais Reis Oliveira. Primeiro: Quem é Roberto Mangabeira Unger? Filósofo e teórico social brasileiro. É atualmente professor da Universidade Harvard e foi por duas vezes foi ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República do Brasil. ( segundo mandato de Lula e primeiro de Dilma). Como mestre, sua obra de filosofia, teoria social e direito é citada por intelectuais do porte de Jürgen Habermas e Richard Rorty . No centro de sua filosofia está a visão de que a humanidade é maior que os contextos nos quais ela é colocada. Ele vê cada indivíduo possuidor da capacidade de ascender a uma vida melhor. Na raiz de seu pensamento social está a convicção de que o mundo é feito e imaginado. Seu trabalho parte da premissa de que nenhum arranjo social, político ou econômico natural é subjacente à atividade individual ou social. Direitos de propriedade,

O bolsopetismo e a lenda urbana da falsa simetria... da minha parte: #EstaNaHoraDeVocêOlharProCiro

 Madeleine Lacsko na Coluna do UOL ~ 09/06/2022 Esses dias alguém me deu a ideia de criar um bonequinho que fala "falsa simetria" quando a gente aperta a barriga. Ainda não decidi se ele será o clássico senhor de meia-idade barbudo com rabo de cavalo ou alguém com pinta de capa da Vogue e discurso de justiceiro social. Os dois modelos são figurinhas carimbadas nas redes sociais há alguns anos. Basta apontar em Lula ou no PT qualquer característica que os luloafetivos reconheçam em Jair Bolsonaro para algum herói lançar o coringa da "falsa simetria". Lula fez uma declaração autoritária? Falsa simetria. O PT se meteu em corrupção? Falsa simetria. É evidente que seria falso equiparar Lula e Bolsonaro. Não são iguais, são profundamente diferentes, com histórias diferentes, propostas diferentes. São indivíduos. Mas carimbar de "falsa simetria" qualquer crítica que sirva a ambos não passa de um instrumento retórico de interdição do debate. Luloafetivos e bolsomí