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Mostrando postagens de maio, 2019

'"O GOVERNO QUER LIMITAR TODA A IDEIA DE LIBERDADE'"

Na quarta-feira, 22, Vladimir Safatle prestou concurso para professor titular na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Da manhã até o fim da tarde, Safatle passou por algumas provas de arguição e exposição. Uma banca composta pelos professores Cícero Romão Resende de Araújo, Marilena Chauí, Eduardo Viveiros de Castro, Peter Pál Pelbart e Jeanne-Marie Gagnebin de Bons lhe deu dez em todas elas. Em sua exposição oral, o professor falou do conceito de liberdade destacado de autonomia, a partir de alguns olhares filosóficos.    Em junho, ele lança o livro "Dar corpo ao impossível" (editora Autêntica), sobre dialética. Depois de ter recebido o título de professor titular, ele falou com exclusividade para a ÉPOCA.    Veja os principais trechos : Sobre o que tratou sua aula? A aula é sobre a noção de liberdade. É uma tentativa de pensar uma outra figura da noção de liberdade, para além da ideia de autonomia individual, para

O DEVER DE DESOBEDECER!

O dever de desobedecer. (Dom Marcelo Barros, Monge Beneditino) A Organização das Nações Unidas (ONU) consagra o 15 de maio como “o dia mundial da objeção de consciência”. Infelizmente poucas pessoas sabem do que se trata. Objeção de consciência é a atitude de quem, por convicção religiosa, social ou política, se nega a pegar em armas e a participar de guerras e praticar atos violentos. Supõe desobediência a leis que ferem a consciência da pessoa ou a ética de um grupo. O Direito internacional ensina que toda pessoa tem o direito e o dever de desobedecer, quando a ordem dada se opõe à sua consciência. Pelo fato de seguir ordens, ninguém deixa de ser responsável pelo que faz. Os tribunais internacionais condenaram soldados nazistas que, cumprindo ordens de oficiais superiores, torturaram ou mataram pessoas. Obedecer vem do verbo latino obaudire que significa “escutar interiormente”. Então, a verdadeira obediência é a capacidade de escutar a palavra do outro, levá-la a sério, mas, dep

Não existe chance do Brasil crescer sem um bom projeto para a educação!

Para compartilhar esse conteúdo, por favor utilize o Link  Os economistas passaram os últimos dias avaliando os riscos de o   país voltar à recessão   ou estar vivendo um período de estagnação. Na sexta-feira (17), a consultoria AC Pastore, do ex-presidente do Banco Central Affonso Celso Pastore, acrescentou um novo item à discussão:  o Brasil não apenas  está vivendo a  mais lenta retomada  da  história como caminha para a depressão. Não há uma definição fechada para depressão. Em seu “Dicionário de Economia do Século 21”, Paulo Sandroni a define como “fase do ciclo econômico em que a  produção entra em declínio  acentuado, gerando queda nos lucros, perda do poder aquisitivo da população e desemprego” —elementos bem presentes no cotidiano nacional atualmente. 1   12 O que aconteceu com a economia brasileira no 1º tri de 2019?                       Primeiro trimestre encerrado, números começam a mostrar como a economia do Brasil se comportou nesse pe

Renúncia ou impeachment?

Renúncia ou impeachment? Vivemos impactos de guerra ideológica que destrói o que há de mais sólido no país Após o segundo turno da última eleição, muitas vezes externalizei o temor que tinha da guerra ideológica sem fim que desde o início Jair Bolsonaro dava mostras de querer empreender. Porque se ele não conseguisse responder aos anseios daqueles que o elegeram —que não queriam propostas mas sim dar vazão à repulsa que sentiam da política e dos políticos—, essas mesmas pessoas, inflamadas pelas teorias conspiratórias de Olavo de Carvalho e seus seguidores, passariam a questionar a própria democracia e suas instituições. Foi o que aconteceu. Mesmo depois de eleito, o governo continuou em campanha e, mostrando não ter a nobreza dos vencedores, nunca estendeu a mão aos seus opositores. Nos primeiros meses de governo, redes bolsonaristas começaram uma série de ataques ao Supremo Tribunal Federal, conclamando pessoas a ocuparem as ruas contra o STF. Os filhos do preside