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Karma, culpa e pregos

O Karma de uma pessoa, geralmente é imaginado como uma susseção de ações dimencionadas em um tempo linear.

Faço "algo" ruim e fatalmente serei "julgado" ali a diante. Tranfigura aí uma função: "a causa como culpa". E, em geral, a natureza não ta nem ai para culpas. A gravidade é inexorável, seja com planetas seja com pregos.

Esta interpretação de "causa como culpa" tem mais relação com a identificação e neuroses que sustentam o ego que com a teoria e prática do karma de fato e tranforma a busca por algum crescimento espiritual em uma "contágem de pontos" tal qual uma dieta de cálculo de calorias...

Uma ótima receita para uma Neurose Obsessiva Compulsiva e de reforço do ego.

Karma opera fora do julgo das culpas.

Por mais que se possa pensar em karma como algo individual, karma age mais como "tecido" que como "fio".

Sim meu karma individual é de responsabilidade minha. Não tranfiro minhas responsabilidades a quem quer que seja, nem poderia. Mas minha relação é mais "causa=efeito" e não "causa=culpa".

A culpa exige julgamento e valores. O efeito "percebe" que uma morte pode ser "efeito" do fim de uma vida (ou de uma manifestação de vida) simplesmante porque nada vive para sempre, e não "transforma" a morte numa punição (leitura mais comum da culpa).


Em Porto Alegre temos a quase 40 anos uma famosa feira do livro. Neste período Monta-se estandes na velha praça do centro. Um dia alguém deixou um prego cair no montar ou desmontar um dos estandes e o prego ficou escondido entre as pedras do piso da praça. Meses ou até anos depois, escapando dos varredores de rua este prego vai parar enterrado no tênis de algum passante e vai faze-lo lembrar da ironia de um assunto doméstico... O seu tênis ja estava fazendo um barulho estranho e por mais que eu, digo, ele gostasse do calçado, talvez precisasse troca-lo...

Como furo ficou ainda mais "evidente" que ta na hora de adiquirir um novo calçado. Mesmo que o tênis tenha uma "história"... e um passado.


Sem culpa.

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