Eu vou dizer que não acho que seja só a França... Segue a matéria: SAÚDE MENTAL DOS JOVENS EM FRANÇA AGRAVOU-SE DESDE A PANDEMIA, REVELA ESTUDO!

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Saúde mental dos jovens em França agravou-se desde a pandemia, revela estudo!


 Escrito por Gabriela Galvin e publicado em 09/01/2025 no Euronews.

Meninas, adolescentes e mulheres jovens foram particularmente afetadas, segundo a análise.

A crise de saúde mental dos jovens na França só tem piorado, de acordo com um novo estudo que concluiu que eles buscam serviços de saúde mental em uma frequência muito maior do que antes da pandemia de COVID-19.
Após a pandemia, países europeus enfrentam um aumento de jovens com ansiedade, depressão, ideação suicida, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) e outros problemas de saúde mental.
Atualmente, um em cada sete adolescentes no mundo lida com problemas de saúde mental – e a França não é exceção, segundo o estudo, que incluiu cerca de 20 milhões de pessoas com 25 anos ou menos e foi publicado na revista JAMA Network Open.

Entre 2016 e 2023, as taxas de consultas de saúde mental, hospitalizações e prescrições de medicamentos como antidepressivos, estabilizadores de humor e antipsicóticos aumentaram "significativamente" entre os jovens franceses, com um crescimento especialmente visível após a pandemia, de acordo com o estudo liderado por pesquisadores da Universidade Aix-Marseille, na França.
"A situação na França não é isolada, e a COVID-19 evidenciou as falhas do seu sistema de saúde mental", disse Marcel Marchetti, do grupo de defesa Mental Health Europe, à Euronews Health.
"O aumento no uso de medicamentos, especialmente entre jovens, é preocupante, principalmente diante da medicalização excessiva de questões de saúde mental".
Diferenças de gênero
Na França, meninas, adolescentes e mulheres jovens parecem ser as mais afetadas. Durante o período do estudo, adolescentes e adultos jovens passaram a ter maior probabilidade de realizar consultas psiquiátricas ambulatoriais e de serem hospitalizados por tentativas de suicídio.
Segundo a pesquisa, as prescrições de quase todos os tipos de medicamentos para saúde mental aumentaram entre meninas, adolescentes e mulheres jovens, especialmente no período pós-pandemia.
Jovens do sexo masculino também registraram aumento nas prescrições de antidepressivos, medicamentos para dependência de álcool e metilfenidatos – estimulantes usados para tratar TDAH –, mas o crescimento foi menos significativo do que entre as mulheres.
Os pesquisadores sugerem que as redes sociais podem explicar essa diferença.
"Em comparação com os homens, o uso de redes sociais por meninas, adolescentes e mulheres jovens tende a ser mais frequente, expondo-as mais ao cyberbullying e a estresses interpessoais, fatores comuns associados a depressão e tentativas de suicídio", afirmaram.
Medidas governamentais
O governo francês testa a proibição de smartphones em escolas secundárias e apoia restrições da UE ao uso de redes sociais antes dos 15 anos.
Antes de ser demitido no mês passado, o então primeiro-ministro Michel Barnier, nomeado pelo presidente Emmanuel Macron, declarou que a saúde mental deveria ser a principal prioridade do governo francês em 2025.
Jovens franceses também enfrentam lacunas no acesso a cuidados de saúde, com uma queda de 34% no número de psiquiatras infantis entre 2010 e 2022, segundo o órgão nacional de auditoria.
"Há um problema no acesso efetivo a apoio em saúde mental", disse Alex Quinn, responsável por políticas do Fórum Europeu da Juventude, à Euronews Health.
O dilema europeu
O estudo apontou que prescrições de medicamentos para transtornos mentais graves, como lítio e clozapina, tornaram-se mais frequentes em crianças a partir de 6 anos.
Segundo os pesquisadores, esse aumento é "especialmente notável" e pode indicar um crescimento nos diagnósticos de transtorno bipolar na França.
Eventos traumáticos e períodos de alto estresse podem desencadear o transtorno bipolar na adolescência – e essa condição, que causa mudanças extremas de humor entre mania e depressão, aparentemente tornou-se mais comum globalmente.
As conclusões alinham-se a pesquisas anteriores que indicam uma piora na saúde mental dos jovens europeus.
Um estudo dinamarquês identificou aumento em diagnósticos psiquiátricos e uso de drogas psicotrópicas durante a pandemia, enquanto na Espanha as tentativas de suicídio entre meninas, adolescentes e mulheres jovens subiram 195% entre setembro de 2020 e março de 2021.
Além das redes sociais, dinâmicas familiares e estresse econômico durante a pandemia podem ter impulsionado o aumento, segundo os pesquisadores.
Quinn também citou precariedade financeira, instabilidade política/social e a sensação de falta de controle sobre o futuro como fatores potencialmente relacionados: "Jovens não são um grupo homogêneo".

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Eu vou dizer que não acho que seja só a França... Segue a matéria: SAÚDE MENTAL DOS JOVENS EM FRANÇA AGRAVOU-SE DESDE A PANDEMIA, REVELA ESTUDO!

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